O brasileiro Robert Scheidt terminou o primeiro dia do Campeonato Mundial da Classe Laser apenas na 32ª colocação entre os 156 participantes. O bicampeão olímpico na classe foi mal na regata de abertura da competição, chegando apenas na 27ª colocação. Depois ele se recuperou e ficou em terceiro na segunda prova do dia.
Com os resultados, Robert Scheidt somou 30 pontos perdidos. O líder após o primeiro dia do Mundial da Classe Laser de vela foi o croata Jurisic Filip, que com um primeiro e um terceiro lugares soma apenas quatro pontos perdidos. Por conta do número de participantes, os velejadores são divididos em três flotilhas: amarela, azul e vermelha. Neste primeiro dia, Robert Scheidt ficou na azul.
“Fiz uma regata ruim e uma boa. Na abertura, tive uma largada difícil. Com isso, não consegui velejar livre e, com vento fraco em uma competição de alto nível, fica complicado recuperar. Paguei um preço alto pelos problemas no início da prova”, disse Robert Scheidt.
“O importante é que consegui reagir na segunda. Larguei melhor, velejei melhor, e cheguei em terceiro. Foi um dia longo, com muitas bandeiras pretas em função de largadas escapadas. O bom é que amanhã (madrugada desta sexta-feira, dia 5, pelo horário brasileiro) a previsão é para aumento da velocidade do vento”, complementou.
O Mundial da Classe Laser está sendo disputado em Sakaiminato, no Japão. Começou na noite de quarta (3) pelo horário brasileiros, manhã de quinta (4) no Japão, e vai até dia 9. A competição vale vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem.
No Brasil, para se classificar para as Olimpíadas o velejador deve ser o mais bem colocado do país neste Mundial e ficar entre os 18 primeiros no geral. Contudo, o passaporte ainda não estará carimbado. Ele só perderá essa possível vaga se outro atleta do Brasil for medalhista no Evento-Teste de Enoshima/2019 ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.
Além de Robert Scheidt, que tenta chegar na sétima Olimpíada, o Brasil disputa o Mundial da Classe Laser com Phillip Gochtmann, João Pedro Souto de Oliveira e Bruno Fontes.
Dos três, o melhor no primeiro dia foi João Pedro, o 62º na geral com 45 pontos perdidos, soma de um 36º e um 9º lugares na flotilha azul. Gochtmann, na amarela, acabou com 50 pontos perdidos (35º e 15º) e está em 71º. Bruno é o 86º na geral com 56 pontos perdidos, 30º e 26º lugares nas duas regatas da azul.
Robert Scheidt em Tóquio?
Se chegar a Tóquio, Robert Scheidt será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo. Ele iria em busca da sexta medalha, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000).
