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Paralimpíada Todo Dia

Brasil é o país do futebol …. de cegos!

Confira mais um post de Monica Valentin no blog Universo Paralímpico dentro do Olimpíada Todo Dia. Neste o assunto é o futebol de cegos

Copa do Mundo de Futebol de cegos Brasil
Ale Cabral/CPB

O ano de 2022 já tinha um sinônimo certo, o ano da Copa do Mundo da Fifa. E futebol, mais uma vez é o tema que embala o dia a dia dos brasileiros. Que esse povo é alucinado por futebol todo mundo já sabe, né? Que o talento dos nossos jogadores é reconhecido mundialmente também. E ainda, que o Brasil é o que mais acumula o título de campeão do mundo. E o quanto sabem que somos tudo isso e mais um pouco no futebol de cegos?

Brasil x Japão futebol de cegos
Takuma Matsushita/CPB

A Seleção Brasileira de futebol de cegos apresenta historicamente um verdadeiro domínio nas competições, acumulando títulos que só nos dão orgulho. Em Jogos Parapan-Americanos já é tetracampeã (2007, 2011, 2015 e 2019), considerando Copas América já ganhou seis vezes (1997, 2001, 2003, 2009, 2013 e 2019), e Mundiais quatro (2000, 2010, 2014 e 2018). Depois que a modalidade se tornou oficialmente paralímpica, ou seja, foi incluída no programa de esportes das Paralimpíadas, em 2008 nos Jogos de Pequim, o Brasil jamais perdeu uma única partida. Não é incrível? Atualmente somos pentacampeões!

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Talento que já foi reconhecido internacionalmente de forma individual também. Três jogadores já foram eleitos os melhores do mundo: Mizael Conrado de Oliveira (1998), Ricardo Alves Steinmetz, o Ricardinho, (2006 e 2014) e Jefferson da Conceição Gonçalves, o Jefinho, (2010, 2014 e 2018).

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Rivalidade argentina

O que seria do futebol sem a tradicional rivalidade com los hermanos argentinos, não é mesmo? De fato, a seleção argentina é um grande time e trava grandes duelos nas competições, na maioria das vezes na grande final. Felizmente, os brasileiros têm tido os melhores resultados destes embates, mas a pressão aumenta agora que a próxima Copa América da modalidade será disputada na casa deles, em Córdoba, no próximo mês, de 20 a 29 de outubro.

Futebol de cegos
Ale Cabral/CPB

Então, aproveita o clima futebolístico do ano e bora torcer muito para eles também? Assista pelo menos uma partida! Adianto que vai se surpreender com tamanha habilidade dos jogadores. É provável que você fique duvidando de como foi possível acertar o passe, o entrosamento do time e ficar de queixo caído com dribles! Sim, dribles! Eu já testemunhei até um chapéu! O grande desafio é segurar a emoção dos lances e torcer em silêncio! Rs.  E aí, topa conferir?

Saiba mais sobre as particularidades do futebol de cegos

O futebol de cegos é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas, normalmente, são em uma quadra de futsal adaptada, mas também podem ser praticadas em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.

Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferentemente de um estádio convencional de futebol, as partidas de futebol de cegos são silenciosas, em locais sem eco. O jogo é dividido em dois tempos de 15 minutos, com 10 minutos de intervalo.

Falta Brasil x Japão futebol de cegos
Takuma Matsushita/CPB

A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e, se tocá-la, cometerão uma falta. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há, ainda, um guia (chamador) que fica atrás do gol adversário para orientar os atletas do seu time. Ele diz onde os jogadores devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O técnico e o goleiro também auxiliam em quadra.

A AUTORA DO BLOG UNIVERSO PARALÍMPICO

Foto divulgação Monica Valentin UNIVERSO PARALÍMPICO

Mônica Valentin é graduada em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Mogi das Cruzes, com MBA Executivo em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, pós-graduação em Gerenciamento Esportivo pela Griffith University/Austrália, Master da FIFA/FGV/CIES em Gestão, Marketing e Direito no Esporte e pós-graduação em Marketing Digital pela ESPM & Digital Marketing Institute.

Dezessete anos de carreira na área de marketing e comunicação. Já trabalhou no segmento de outdoor, universidade, jornais e televisão. Atuou na área de Operações da Maratona de Gold Coast/Austrália, foi colunista na J. Cocco Sportaiment Strategy, atendeu o Sport Club Corinthians Paulista, até ingressar no esporte paralímpico, em 2013, no Comitê Paralímpico Brasileiro, onde ficou na área de marketing por três anos e depois por mais dois na área de esportes. No início de 2018, assumiu a carreira do nadador paralímpico Daniel Dias e do marketing do Instituto Daniel Dias. No ano seguinte, abriu sua própria empresa para ampliar o agenciamento à atletas paralímpicos. Durante as Paralimpíadas de Tóquio tinha seis dos sete agenciados em atuação conquistando medalhas. Também em 2021, começou a trabalhar na Confederação Brasileira de Skate para o gerenciamento do patrocínio das Loterias Caixa.

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