A nova geração do atletismo mostra a sua cara nas competições internacionais, mais especificamente na Universíade de Nápoles, Itália, o Campeonato Mundial Universitário, cujo torneio está sendo disputado desde segunda-feira (8/7) e prossegue até sábado (13/7) no Estádio San Paolo.
A equipe brasileira comemorou nesta quinta-feira (11/7) mais duas medalhas de ouro. Paulo André Camilo de Oliveira sai com o título de Rei da Velocidade do evento. Depois de vencer os 100 m, com 10.09 (-0.1), na terça-feira (9/7), o paulista radicado em Vila Velha (ES) ganhou também os 200 m, com 20.28, melhor marca pessoal.
O sul-africano Chederick van Wyk voltou a ser o seu grande adversário, ficando com nova medalha de prata, assim como nos 100 m, com 20.44. O irlandês Marcus Lawler ganhou o bronze, com 20.55.
Paulo André, nascido em Santo André, tem 20 anos e é treinado por seu pai, Carlos José Camilo de Oliveira. Atleta do Pinheiros, começou no atletismo no projeto de iniciação esportiva Campeões do Futuro, montado por Camilo em Vila Velha (ES). Paulo André, mesmo muito jovem, é bicampeão dos 100 m do Troféu Brasil Caixa de Atletismo e líder do Ranking Brasileiro e Sul-Americano dos 100 m, com 10.02.
A outra medalha de ouro foi conquistada por Alison Brendom dos Santos, de 19 anos, nos 400 m com barreiras, com 48.57. Com o resultado, o atleta do Pinheiros, quebrou o recorde sul-americano sub-20, que era dele mesmo com 48.84, desde o dia 28 de abril, marcou o terceiro melhor tempo absoluto da prova no Brasil e melhorou sua condição de líder do Ranking Mundial Sub-20 da IAAF. A marca de Alison é a quinta do mundo do ranking absoluto.
Alison é uma das grandes promessas do atletismo brasileiro, que ano a ano se transforma em realidade. Com a marca, ele ratifica os índices para o Mundial de Doha 2019 e para a Olimpíada de Tóquio 2020 (índice da IAAF). Em Nápoles, fez uma final segura, obtendo também o seu melhor resultado pessoal. Ele superou na briga pelo pódio o sul-africano Sokowakhana Zanini, segundo colocado, com 48.73, e o polonês Patrick Dobek, bronze, com 48.99.
Corredor também de 400 m, prova em que ganhou o Campeonato Sul-Americano Sub-20 de Cáli, na Colômbia, em junho, o atleta nascido em São Joaquim da Barra e orientado pelo técnico Felipe de Siqueira da Silva, em São Paulo, ganhou medalha de ouro no revezamento misto 4×400 m no Mundial Sub-18 de Nairóbi, no Quênia, em 2017 e a medalha de bronze nos 400 m com barreiras no Mundial Sub-20 de Tampere, na Finlândia, em 2018.
O atleta adota o boné para proteger as cicatrizes que tem na cabeça, no rosto e no corpo por causa de uma queimadura que sofreu quando ainda aos 10 meses, já andando, virou uma panela de óleo no corpo.
Na final do salto com vara, Juliana de Menis Campos terminou na quinta colocação, com 4,31 m. Já nas eliminatórias dos 110 m com barreiras, Gabriel Constantino e Paulo Henrique Silva passaram para as semifinais. Gabriel, recordista sul-americano da prova, venceu a sua série, com 13.58 (0.8), enquanto Paulo ficou em segundo, com 13.89 (-0.9).