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Paris 2024

Ronan Cordeiro é prata e faz história no paratriatlo em Paris

Essa é a primeira medalha de um latino em na história do triatlo olímpico e paralímpico

Ronan Cordeiro
Foto: Dylan Carr/World Triathlon

Paris – Ronan Cordeiro entrou para a história nesta segunda-feira (2). Ele conquistou a prata no paratriatlo, e se tornou o primeiro latino a conquistar uma medalha tanto na competição paralímpica, quanto na olímpica. O atleta competiu na prova PTS5, para quem tem deficiência físico-motora ou paralisia cerebral.

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O quinto colocado do ranking mundial completou os 750m de natação no Rio Sena em 10m52, no segundo lugar. Ele chegou a liderança em diversos momentos no percurso de 20 km do ciclismo, sempre presente no pelotão de cinco triatletas.

Ronan fez a transição para os 5 km de corrida na segunda posição, ao lado do bicampeão paralímpico Martin Schulz, da Alemanha. Mas na reta final da prova, ele correu ao lado do norte-americano Chris Hammer. O campeão mundial deu um sprint para fechar a competição em 58m44.

Ronan cruzou a linha de chegada 15 segudos depois, com 59m01 no relógio. Schulz completou o pódio, em 59m19.

O paranaense de Curitiba afirmou que tinha em mente tudo o que precisava fazer para ganhar a prova. Ouviu dicas de colegas sobre a natação e estava preparado para o trajeto repleto de paralelepípedos. “Hoje o pedal, que é o meu pior ponto, eu fiz valer a pena cada segundo. Na hora que eu saí e corri, eu falei: ‘o Hammer pode fazer a força que ele quiser, mas eu vou pra cima dele’. E eu fui. Infelizmente, faltou… Eu queria ganhar muito. Só que o Hammer apertou demais, cara, e fiquei sem final”, analisou o triatleta, que passou dois anos na Europa para se desenvolver no ciclismo.

Outra brasileira

O Brasil teve mais um representante na tarde parisiense. Oitava colocada no ranking mundial, Letícia Freitas competiu na prova PTVI, para deficientes visuais. Ela foi acompanhada da guia Giovanna Opiari. A dupla completou a natação na quarta colocação, em 13m31. No entanto, perderam posições no ciclismo e fizeram a transição no 10º e penúltimo lugar.

A dupla se recuperou na corrida e concluiu a competição em 9º lugar, com o tempo de 1m11s20. O ouro foi para a espanhola Susana Rodriguez, com 1m04s19. Francesca Tarantello, da Itália, conquistou a prata, enquanto a alemã Anja Renner levou o bronze.

Todas as 11 provas do paratriatlo foram realocadas para esta segunda-feira porque o Rio Sena estava com qualidade imprópria para banho. Os eventos estavam marcados, em um primeiro momento, para o domingo (1º).

A primeira representante do Brasil foi Jéssica Messali. A brasileira ficou entre as três primeiras colocadas durante toda a disputa do PTWC, para cadeirantes. No entanto, ela teve um problema com a cadeira de rodas no último trecho e não completou o evento.

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Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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