O Brasil conquistou duas medalhas de ouro no segundo dia de disputas do Mundial de natação paralímpica, na Ilha da Madeira, em Portugal, nesta segunda-feira (13). Samuel de Oliveira esteve presente nas duas conquistas, vencendo os 50m costas S5 e integrando o revezamento 4x50m livre 20pts. O país ainda faturou quatro medalhas, sendo duas pratas e dois bronzes.
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Com apenas 16 anos de idade, Samuel de Oliveira participa do Mundial pela primeira vez. Ele já havia sido prata nos 50m livre no dia anterior e, desta vez, faturou o ouro nos 50m costas da classe S5, marcando 36.58. O espanhol Antoni Bertran foi prata, com 37.82, enquanto o japonês Kaede Hinata, que também tem 16 anos, levou o bronze, a 37.98. Outro brasileiro na final da prova, Tiago Oliveira ficou em sexto lugar, com 41.96.
Minutos depois de seu ouro, Samuka voltou a cair na água no Complexo de Piscinas de Funchal para disputar o revezamento 4x50m livre 20 pontos misto, junto a Daniel Mendes, Joana Neves e Lidia Cruz. A equipe foi dominante na parte final e venceu com 2:20.40, novo recorde das Américas, conquistando mais um ouro para Samuka. México e Itália ficaram com prata e bronze, respectivamente.
Outros pódios
Entre os outros resultados do dia, que contou com a presença de 15 disputas de finais para os brasileiros, Gabriel Bandeira foi prata nos 100m costas S14, Lidia Cruz e Patricia Santos fizeram dobradinha de prata e bronze nos 100m livre S4 e Larissa Rodrigues ficou com o bronze nos 150m medley SM3.
Gabriel Bandeira conquistou a prata nos 100m costas da classe S14. Ele marcou o tempo de 59.86 para faturar sua segunda medalha neste Mundial, depois do ouro nos 200m livre no dia anterior. O vencedor foi o australiano Benjamin Hance, que bateu o recorde do campeonato com 57.34. O dinamarquês Alexander Hillhouse foi bronze, com 1:00.32.
Dobradinha nos 100m livre S4
A primeira dobradinha brasileira neste Mundial de natação paralímpica veio nos 100m livre S4 feminino, com Lidia Cruz conquistando a prata e Patrícia Santos, o bronze. Elas marcaram, 1:26.21 e 1:31.27, respectivamente. A prova foi dominada pela alemã Tanja Scholz, que bateu o recorde do campeonato e venceu com 1:20.70.
Larissa Rodrigues, de apenas 17 anos, faturou um bronze nos 150m medley SM3, marcando 3:56.62. A norte-americana Leanne Smith sobrou na disputa e levou o ouro com 3:56.94, mais de 17 segundos mais rápida do que a alemã Tanja Scholz, prata com 3:14.35.
Outras finais do Brasil
Daniel Mendes brigou até os últimos metros por uma medalha nos 100m livre S6, mas ficou fora do pódio. Ele marcou 1:06.68, terminando em quarto lugar, a 0.27 do colombiano Nelson Corzo e do francês Laurent Chardard, que dividiram a prata. O italiano Antonio Fantin sagrou-se campeão, com direito a novo recorde mundial: 1:03.65.
Laila Suzigan foi a sexta colocada nos 100m livre S6, com 1:17.22. A vencedora foi a colombiana Sara Vargas Blanco, que teve uma recuperação espetacular e ganhou da ucraniana Anna Hontar na batida final. Sara marcou 1:12.75, novo recorde das Américas.
Cecília Araújo foi a sétima colocada nos 100m costas S8, com 1:28.94. A vencedora foi a italiana Xenia Palazzo, com 1:20.55. Ana Karolina de Oliveira ficou em quarto lugar nos 100m costas S14, com 1:09.56. Por pouco ela não se infiltrou no pódio, que foi 100% britânico: Bethany Firth levou o ouro, com 1:06.96, seguida por Poppy Maskill (1:07.59) e Jessica-Jane Applegate (1:09.08).
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Entre os homens, Guilherme Batista ficou em sexto lugar nos 100m peito SB13, com o tempo de 1:11.21. O ouro foi para Taliso Engel, da Alemanha, com 1:03.89. Lucas Mozela foi o quinto colocado nos 200m medley SM9, marcando 2:24.97. O australiano Timothy Hodge levou o ouro, batendo o recorde mundial a 2:13.43.
José Luiz Perdigão foi o quarto colocado nos 100m borboleta da classe S11, marcando 1:06.85, enquanto Wendell Belarmino foi o sétimo, com 1:07.94. O ouro foi para o japonês Keichi Kimura, com 1:02.68.
Brasil no Mundial
Encerrados dois dias de disputas no Mundial de natação paralímpica, o Brasil tem quatro ouros, seis pratas e três bronzes, totalizando 13 pódios. O país aparece em quarto lugar no quadro de medalhas, que é liderado pela Itália, com nove ouros, cinco pratas e sete bronzes (total de 21). Grã-Bretanha e Estados Unidos vêm logo atrás, com sete ouros cada.