Arquipélago formado por mais de 300 ilhas no Oceano Pacífico, Fiji tem no rúgbi uma verdadeira paixão popular e inclusive classificou as equipes masculina e feminina para os Jogos do Rio 2016 na modalidade seven. Porém, nem o fato de ser uma das potências do esporte, que volta às Olimpíadas após quase 100 anos, torna a vida de Fiji mais fácil, tanto que os dirigentes do país estão organizando uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar na preparação das duas seleções.
“Todos nós temos um mesmo sonho, que é o de ouvir o nosso hino nacional sendo tocado enquanto os jogadores estão no pódio. E ter pessoas que querem ajudar a fazer deste sonho uma realidade será ótimo para o rúgbi de Fiji”, afirmou o CEO da federação de rúgbi de Fiji, Berlin Kafoa. Um grupo de executivos de diversas empresas e entidades esportivas do país está organizando está campanha de arrecadação, que foi iniciada na última sexta-feira, primeiro dia de 2016.
Em um comunicado publicado no site oficial do Conselho de Esportes de Fiji (o equivalente ao COB no Brasil), a entidade deixa até números de telefone e e-mails para os interessados em ter mais informações sobre a campanha, mas não deixa claro o montante que precisam arrecadar para ajudar na “vaquinha olímpica” que pode contribuir para medalhas de Fiji no rúgbi seven. Porém, o objetivo é alcançar o maior número de pessoas possível.
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Na sala de embarque do Aeroporto de Suva, por exemplo, será colocada uma espécie de bola gigante de rúgbi, que servirá como um grande cofre, convidando as pessoas que passarem pelo local a depositarem suas moedas e trocados para ajudar na campanha.
Esportivamente falando, Fiji é uma das forças do torneio olímpico do rúgbi seven. A equipe masculina, por exemplo, é a atual campeã mundial da modalidade, enquanto no feminino os dirigentes esperam que elas fiquem entre os três primeiros no Rio 2016.
A situação de Fiji não chega a ser inédita, muitos atletas ou mesmo países precisam realizar campanhas para aumentar o caixa e ajudar na preparação de uma campanha olímpica. Até mesmo no Brasil já tivemos diversos exemplos disso, como a campeã olímpica Maurren Maggi, que no início de 2014 precisou recorrer a um crowdfounding (vaquinha virtual) para bancar parte de seus treinamentos.
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Só para lembrar que mais de R$ 1 bilhão foi investido no esporte brasileiro no último ciclo olímpico visando a Rio 2016, em investimentos diretos nos atletas, convênios do Ministério do Esporte com confederações, construção de instalações esportivas etc.