Após o encerramento do Mundial de esportes aquáticos, realizados em Kazan (RUS), a empresa holandesa Infostrada, que faz análise de dados e estatísticas de eventos esportivos, atualizou sua previsão de medalhas para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. E pelo levantamento divulgado, o Brasil conseguirá atingir a meta estabelecida pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) e Ministério do Esporte de ficar no top 10 da classificação final das próximas Olimpíadas. Em compensação, com menos medalhas do que o esperado.
Desde o final dos Jogos de Londres 2012, tanto o COB quanto o Ministério vêm propagando que o objetivo do Brasil para o Rio 2016 será ficar entre os dez primeiros do quadro de medalhas, com um total de 27 pódios. Para isso, foi feito um investimento que supera a casa de R$ 1 bilhão para este ciclo olímpico, em investimentos para incrementar a preparação dos atletas através dos planos Bolsa-Atleta, Bolsa-Pódio, patrocínios para confederações esportivas, compra de equipamentos esportivos, reformas e construções de centros de treinamentos, enfim, tudo que possa ajudar no aumento da contabilidade olímpica de medalhas.
Pelos dados do Infostrada divulgados, o Brasil conseguirá terminar no top 10 em 2016, mas terá 25 medalhas, duas abaixo do programado. Seriam, segundo a empresa holandesa, nove de ouro, 12 de prata e quatro de bronze. Isso é ruim se acontecer? Claro que não, visto que o máximo de pódios olímpicos obtidos pelo Brasil foram 17, justamente em Londres 2012.
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Já escrevi e falei em palestras ou programas esportivos que considero a meta do top 10 ousada demais, porém não impossível de ser alcançada, justamente pelo fato dos Jogos Olímpicos serem realizados no Brasil. Se a tal meta vier com uma ou duas medalhas a menos, pouco importa. Mas prefiro aguardar um pouco mais antes de ficar brincando de Mãe Dinah.
Só dois detalhes inusitados em relação à previsão do Infostrada sobre as medalhas brasileira: entre as nove de ouro, uma viria do futebol masculino, e outra na ginástica artística com Diego Hypólito, no solo. Tanto a equipe masculina de futebol quanto o ginasta estão longe de passarem por suas melhores fases.
As 25 medalhas brasileiras previstas pelo Infostrada em seu último levantamento são as seguintes:
Ouro
- Futebol masculino
- Atletismo: Fabiana Murer – salto com vara
- vôlei masculino
- Vela: Martine Grael e Kahena Kunze – 49er FX feminina
- Natação: Cesar Cielo – 50 m livre
- Vôlei de praia masculino: Alisson/Bruno
- Vôlei de praia feminino: Ágatha/Bárbara
- Ginástica artística: Diego Hypólito – solo
- Ginástica artística: Arthur Zanetti – argolas
Prata
- Tênis: duplas masculina
- Vôlei feminino
- Natação: Bruno Fratus – 50 m livre
- Boxe masculino: Robson Conceição – peso leve
- Boxe feminino: Clélia Marques da Costa – peso mosca
- Handebol feminino
- Judô feminino: Érika Miranda – até 52 kg
- Judô feminino: Mayra Aguiar – até 78 kg
- Judô masculino: Rafael Silva – + 100 kg
- Vôlei de praia feminino: Larissa/Talita
- Luta livre feminina: Aline Silva – até 75 kg
- Maratona aquática feminina: Ana Marcela Cunha
Bronze
- Natação: Leonardo de Deus – 200 m borboleta
- Judô feminino: Sarah Menezes – até 52 kg
- Judô feminino: Maria Suellen Altheman – + de 100 kg
- Luta livre feminina: Joice Silva – até 58 kg