“Parte do legado estará pronto. Para os Jogos em si, o que importa é dar boas condições para os atletas na água, nos lugares de competição, e não creio que haverá problemas. Acredito que em um ano teremos condições de realizar uma grande competição”
Alemão Thomas Bach, presidente do COI (C0mitê Olímpico Internacional), em entrevista ao jornal O Globo, nesta terça-feira (4), ao comentar a reportagem da agência de notícias Associated Press (AP) a respeito de um estudo apontando o alto grau de contaminação das águas do Rio de Janeiro, em particular da Baia de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e Praia de Copacabana, sede dos eventos de vela, remo, maratona aquática e triatlo, respectivamente, nas Olimpíadas do Rio 2016. Em outras palavras, o COI não vê problemas nas águas do Rio 2016.
A AP encomendou estudos para diversas entidades internacionais, que constataram níveis altos de bactérias de esgoto humano e de vírus nestes locais de competições, que também receberão eventos das Paraolimpíadas. Para os analistas, tais índices de poluição tão elevados deixarão os atletas expostos a diversas doenças, sendo que alguns que treinam nestes locais já apresentaram casos de diarreia, vômitos e febres.
Em junho, um relatório da Fisa (Federação Internacional de Remo), distribuído para as federações nacionais da modalidade, colocava panos quentes neste problema e dizia que não há risco de saúde para os remadores competirem nas Olimpíadas de 2016.
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Bach está no Rio para participar dos eventos que marcarão a data de um ano para a abertura dos Jogos Olímpicos, nesta quarta-feira, dia 5 de agosto. E para mostrar que não tem medo das águas cariocas, o dirigente alemão entrou no mar (só que na Barra da Tijuca, é bom lembrar) e mesmo assim não de corpo inteiro, após um evento realizado para marcar a data festiva, ao lado de vários ex-atletas brasileiros.