Começa nesta sexta-feira (11) a soma de pontos para o ranking olímpico de triatlo para Tóquio-2020. Saiba os critérios e os personagens que fazem parte dessa disputa
Tem início oficialmente nesta sexta-feira (11) a corrida dos triatletas que sonham em representar as cores do seu país nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O ranking olímpico, organizado pela ITU (International Triathlon Union), estará aberto até o dia 11 de maio de 2020 e classificará 110 atletas (55 masculinos e 55 femininos) para a disputa de 3 eventos: individual masculino, individual feminino e team relay.
Neste período de 24 meses, os atletas poderão utilizar seus 12 melhores resultados para pleitear uma vaga. Cada País poderá classificar no máximo 1 ou 2 atletas de cada gênero para a disputa, sendo que apenas 3 a 5 países vão conseguir classificar 3 atletas masculinos e/ou femininos. A distribuição das vagas por nação será de acordo com a posição dos atletas no ranking olímpico.
Critérios Individuais
O critério mínimo de elegibilidade para qualquer uma das vagas é a posição 140 do ranking de qualificação olímpica individual, sendo que, para uma nação conquistar uma vaga, espera-se que tenha ao menos um atleta aproximadamente entre os 60 primeiros do ranking olímpico. Para a Seleção Brasileira, considerando os critérios aprovados e publicados pela Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri), a classificação direta, caso o Brasil tenha conseguido uma vaga, será possível nas seguintes situações:
1. Ser Top 5 no evento teste a se realizar no percurso dos Jogos Olímpicos em 2019;
2. Ser Top 5 no WTS Grand Final de 2019;
3. Ser Top 3 em qualquer evento WTS compreendido nos dois períodos de qualificação olímpica;
4. Medalha de Ouro nos Jogos Panamericanos de 2019, desde que seja o melhor atleta brasileiro classificado no Ranking Olímpico no seu encerramento;
Além disso, o atleta também deverá estar classificado até a 30ª posição no Ranking Olímpico no seu encerramento para poder usufruir da vaga direta. A segunda e a eventual terceira vaga serão preenchidas pelos atletas com as melhores posições no Ranking Olímpico no seu encerramento, desde que estejam até a 30ª posição.
“As exigências são rígidas, mas nossa prioridade é que os atletas estejam em condições de competir e representar o Brasil em seu mais alto nível. Fazemos votos de que o maior número possível de atletas se classifiquem e vamos trabalhar duro para proporcionar as melhores condições possíveis de qualificação e de preparação”, afirma Sergio Santos, diretor técnico da CBTri e treinador da equipe na Rio-2016.
Mixed Team Relay
Novidade no cronograma do triatlo olímpico, o revezamento misto chega para tornar a disputa mais emocionante e competitivo. Cada time é composto por 2 homens e 2 mulheres. De forma intercalada, cada integrante realiza o percurso de 300 metros de natação, 8 quilômetros de ciclismo e 2 quilômetros de corrida. O relógio para quando o último membro da equipe finalizar o combinado.
Importante destacar que não será obrigatório competir no evento individual para participar no Mixed Team Relay. No entanto, a quota do país não será acrescida por isso. Ou seja, com este evento, ficarão asseguradas 22 das 55 vagas de qualificação possíveis e as outras 26 vagas serão asseguradas pelo ranking de qualificação Olímpica individual. O encerramento do ranking para o Team Relay será em 31 de março 2020.
Brasileiros na disputa
Veteranos e destaques da nova geração já estão treinando a todo vapor visando garantir a maior quantidade possível de brasileiros no maior evento poliesportivo do calendário mundial.
Entre os mais experientes estão Danilo Pimentel, reserva na Rio2016, que está treinando nos Estados Unidos com o grupo de alto rendimento da ITU (Origin Performance) para garantir sua primeira Olimpíada. Outra favorita à vaga é Bia Neres, que acabou engravidando na reta final da classificação para a Rio2016 e ficou fora da disputa por vaga, mas voltou à ativa a todo vapor, subindo no pódios dos principais eventos do calendário nacional desde 2017. Atualmente com 23 anos, Luísa Baptista também tem alcançado ótimos resultados e espera continuar evoluindo para chegar no auge de sua forma física em Tóquio.
“Pretendo buscar um resultado constante durante todo o ciclo olímpico, evoluindo principalmente na natação e ciclismo. Acredito que a conquista da vaga olímpica seja plausível pelos resultados do último ano e existe a inclusão do mixed team relay nos Jogos, o que vai tornar a disputa muito mais interessante. Planejamos o calendário com algumas provas chaves em que vamos buscar o melhor resultado possível. Neste ano temos a Copa do Mundo de Huatulco no ínício de junho e logo depois o Panamericano em Brasília”, conta Luísa.
Mas quem vem surpreendendo mesmo e chega forte na disputa são os atletas da nova geração, que estão obtendo resultados muito expressivos nos eventos de alto nível. Um deles é Manoel Messias, 21 anos, oriundo de um projeto social do Ceará, atual campeão panamericano e campeão mundial Junior em 2015. Também natural de Fortaleza, Vittória Lopes, 22 anos, parece ter herdado o talento da mãe (Hedla Lopes) concluinte de mais de 15 Ironmans, e em 2017 foi escolhida a melhor atleta da modalidade pelo COB, faturando o Prêmio Brasil Olímpico.
Quem também corre por fora são Diogo Sclebin – que tenta sua terceira Olimpíada, Kauê Willy, Anton Ruanova – naturalizado brasileiro de origem espanhola -, e Matheus Diniz. A primeira oportunidade de pontuar dos brasileiros será no próximo dia 10 de junho, na etapa de Huatulco (MEX) da Copa do Mundo de Triatlo.