Paris – O primeiro latino a conquistar uma medalha na história do triatlo paralímpico chegou a fazer um churrasco de despedida do esporte. Ronan Cordeiro superou frustrações e a depressão para conquistar a prata nos Jogos Paralímpicos de Paris.
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“Em 2018, eu abandonei o esporte. Eu era da natação. Eu fiz um churrasco de despedida e um amigo meu falou: ‘Você é um desperdício. Não posso deixar você desistir’. Ele me indicou para um treinador sem me falar. Foi quando eu subi em uma bicicleta e nunca mais consegui parar”, detalhou o medalhista da categoria PTS5, para atletas com deficiência físico-motora ou paralisia cerebral.
Muito emocionado após a prova realizada nesta segunda-feira (2), o curitibano agradeceu a todos que o mantiveram no esporte, mas fez uma reflexão. “O triatlo é um esporte e muito injusto com os sul-americanos. Todos os europeus, todos os meus adversários aqui, andam com uma bicicleta acima de R$ 200 mil”. Apesar disso, o atleta agradeceu aos investimentos que ele e os companheiros do paratriatlo brasileiro recebem.
“Para os próximos jogos, a gente vai vir muito mais forte. Se tiver relay (revezamento) no próximo jogo, a gente vai com tudo. E eu quero lutar novamente. Eu queria muito ganhar”, projetou.
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O primeiro mundial de revezamento no paratriatlo será realizado em outubro deste ano, na Espanha. A competição por equipes só está presente, por enquanto, na Olimpíada.
Além de Ronan, o paratriatlo brasileiro foi representado por outros dois atletas. Jessica Messali teve problemas com a cadeira de rodas e não completou a prova do PTWC, para cadeirantes. Já Letícia Freitas ficou na nona colocação do PTVI, para deficientes físicos. Ela competiu acompanhada da guia Giovanna Opiari.Todas as 11 provas do paratriatlo foram realocadas para esta segunda-feira porque o Rio Sena estava com qualidade imprópria para banho. Os eventos estavam marcados, em um primeiro momento, para o domingo (1º).
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