Paris – O Brasil experimentou em Paris o revezamento misto do triatlo. Em Tóquio, ano em que a prova debutou no programa, não participamos. Agora na capital francesa, Miguel Hidalgo, Djenyfer Arnold, Manoel Messias e Vittoria Lopes saíram com a oitava colocação, resultado que dá direito a um diploma, conquista enaltecida por eles. Mas ficou uma sensação de que, com um pouco mais de atenção, dá pra ir além.
“Nosso relay tem muito a entregar ainda. Tivemos poucas oportunidades para competir os quatro juntos, essa é a terceira vez que vamos para uma prova com os quatro. Já trouxemos duas vezes um oitavo lugar, no Mundial e agora, então acho que esse é o nosso ponto forte. Temos de trabalhar, porque tem muito potencial. Acho que é o maior potencial que a gente tem pra buscar uma medalha”, afirmou Djenyfer Arnold. Ela foi a de melhor resultado entre os brasileiros, a quinta na segunda das quatro pernas.
Miguel Hidalgo acrescenta que “se cada um tiver individualmente muito bem e der o melhor no revezamento, é o que vai fazer a gente evoluir como equipe. Acho que competir mais vezes pra, de repente, tomarmos melhores decisões e isso você só aprende competindo. Um dia de competição vale mais experiência que um ano de treino sem competir. Acho que o que é mais importante é competir em todos os mundiais de revezamento que tiver.”
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Energia, sintonia
A prova de revezamento é, a rigor, cada um por si. Enquanto um está na disputa, os outros aguardam a hora de entrar em cena. Então, porque a necessidade de competir juntos, se não tem o que fazer para ajudar durante a competição? “É energia, sabe? Quando tem sintonia, vivência, a gente começa a confiar mais no outro, dar essa força. Não é o fato de ser uma prova individual, é o fato de um poder ajudar, aconselhar e acrescentar”, explica Vittória Lopes.
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“Os franceses nascem no triatlo fazendo o super sprint, que é a distância de hoje. No Brasil ou é um Ironman ou é olímpico, a gente não se sente tão à vontade. Tivemos de aprender para a Olimpíada (de Paris) esse formato, porque antes não competíamos. É mais essa sintonia que tem muito a acrescentar”, acrescenta a atleta que fechou pelo Brasil.
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Diploma Olímpico
Em matéria apenas de números, o resultado do triatlo revezamento é o melhor do Brasil na modalidade, embora seja difícil comparar com as disputas individuais, onde Miguel Hidalgo tem um 10º lugar. Além do total de adversários, as distâncias são diferentes. Mas é certo que o diploma olímpico deixou uma sensação de dever cumprido. “A gente cumpriu a missão de ganhar o diploma olímpico no relay, nosso primeiro de diploma olímpico em seis Olimpíadas. A missão principal foi cumprida”, disse Hidalgo. “A gente queria o diploma olímpico”, acrescentou Vittória Lopes.