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Paris 2024

Brasileiros veem potencial para evolução no triatlo revezamento

Miguel Hidalgo, Vittoria Lopes e Djenyfer Arnold enaltecem diploma conquistado com a oitava colocação e se anima pra treinar mais juntos a fim de avançar em Los Angeles

Vittoria Lopes triatlo revezamento paris 2024 Brasil Olimpíada Jogos Olímpicos
(Luiza Moraes/COB)

Paris – O Brasil experimentou em Paris o revezamento misto do triatlo. Em Tóquio, ano em que a prova debutou no programa, não participamos. Agora na capital francesa, Miguel Hidalgo, Djenyfer Arnold, Manoel Messias e Vittoria Lopes saíram com a oitava colocação, resultado que dá direito a um diploma, conquista enaltecida por eles. Mas ficou uma sensação de que, com um pouco mais de atenção, dá pra ir além.

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“Nosso relay tem muito a entregar ainda. Tivemos poucas oportunidades para competir os quatro juntos, essa é a terceira vez que vamos para uma prova com os quatro. Já trouxemos duas vezes um oitavo lugar, no Mundial e agora, então acho que esse é o nosso ponto forte. Temos de trabalhar, porque tem muito potencial. Acho que é o maior potencial que a gente tem pra buscar uma medalha”, afirmou Djenyfer Arnold. Ela foi a de melhor resultado entre os brasileiros, a quinta na segunda das quatro pernas.

Djenyfer Arnold triatlo revezamento paris 2024 Brasil Olimpíada Jogos Olímpicos
Djenyfer Arnold (Luiza Moraes/COB)

Miguel Hidalgo acrescenta que “se cada um tiver individualmente muito bem e der o melhor no revezamento, é o que vai fazer a gente evoluir como equipe. Acho que competir mais vezes pra, de repente, tomarmos melhores decisões e isso você só aprende competindo. Um dia de competição vale mais experiência que um ano de treino sem competir. Acho que o que é mais importante é competir em todos os mundiais de revezamento que tiver.”

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Energia, sintonia

A prova de revezamento é, a rigor, cada um por si. Enquanto um está na disputa, os outros aguardam a hora de entrar em cena. Então, porque a necessidade de competir juntos, se não tem o que fazer para ajudar durante a competição? “É energia, sabe? Quando tem sintonia, vivência, a gente começa a confiar mais no outro, dar essa força. Não é o fato de ser uma prova individual, é o fato de um poder ajudar, aconselhar e acrescentar”, explica Vittória Lopes.

Miguel Hidalgo triatlo revezamento paris 2024 Brasil Olimpíada Jogos Olímpicos
(Luiza Moraes/COB)

“Os franceses nascem no triatlo fazendo o super sprint, que é a distância de hoje. No Brasil ou é um Ironman ou é olímpico, a gente não se sente tão à vontade. Tivemos de aprender para a Olimpíada (de Paris) esse formato, porque antes não competíamos. É mais essa sintonia que tem muito a acrescentar”, acrescenta a atleta que fechou pelo Brasil.

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Diploma Olímpico

Em matéria apenas de números, o resultado do triatlo revezamento é o melhor do Brasil na modalidade, embora seja difícil comparar com as disputas individuais, onde Miguel Hidalgo tem um 10º lugar. Além do total de adversários, as distâncias são diferentes. Mas é certo que o diploma olímpico deixou uma sensação de dever cumprido. “A gente cumpriu a missão de ganhar o diploma olímpico no relay, nosso primeiro de diploma olímpico em seis Olimpíadas. A missão principal foi cumprida”, disse Hidalgo. “A gente queria o diploma olímpico”, acrescentou Vittória Lopes.

Vittoria Lopes triatlo revezamento paris 2024 Brasil Olimpíada Jogos Olímpicos
(repodução/instagram/vittorialopes)

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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