Às vezes, é inacreditável o que um atleta precisa passar para competir. Só que é mais inacreditável os sufocos de quem não consegue competir por problemas que não dependem de si. Assim, Kauê Willy atravessou o planeta para nadar, pedalar e correr na etapa de Napier da Copa do Mundo de triatlo, na Nova Zelândia. Porém, apenas assistiu a prova de camarote, neste sábado (24), porque sua roupa de competição não chegou e a organização não tinha reserva.
Em pleno 2024, com toda a sofisticação da tecnologia para rastreamento e logística, uma ausência de equipamento básico tirou Kauê da prova. É simplesmente a primeira etapa da Copa do Mundo em um ano olímpico, ou seja, a competição é de fundamental importância para o brasileiro. No entanto, o triatleta não pôde medir suas forças contra alguns dos principais concorrentes mundiais da modalidade.
- Nathan Torquato recupera joelho em busca do bi paralímpico
- Hugo Calderano cai na estreia do WTT Finals, no Japão
- Warriors vencem Hawks e assumem a liderença no Oeste
- Sporting, de Edy Oliveira, vence o PSG pela Champions League
- Oito brasileiros chegam nas semis do Pan-Americano de escalada
Em seus stories nas redes sociais, Kauê postou dois vídeos, visivelmente triste, relatando o ocorrido:
“E aí, pessoal. Beleza? Passando aqui para avisar, dando continuidade ao vídeo, que, infelizmente, não vou largar. Minha mala não chegou, ainda teria uma chance de largar com uma roupa de ciclismo por baixo, porque era com roupa de borracha a prova. Mas a prova virou sem (a obrigação dessa) roupa, que, para mim seria ótimo, se eu tivesse meu macaquinho. A World Triathlon também errou porque não trouxeram macaquinho reserva, que eles precisam trazer justamente para esses casos, sempre tem três de tamanhos diferentes, que chamamos de neutro. A Latam falou que iria chegar, mas falaram que não sabem onde está minha mala. Se tivessem me avisado antes, até poderia ter conseguido alguma coisa antes. É triste, a gente se esforça tanto para isso”, terminou lamentando Kauê.
A prova
Além disso, Kauê já tinha comentado que pela primeira vez chegara sua bicicleta e não a mala, o que sugere o problema oposto em outras ocasiões. Sem o brasileiro, os triatletas tiveram que nadar 750 m, pedalar quatro voltas de 5 km e correr duas voltas de 2,5 km, em Napier, na ilha norte da Nova Zelândia.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Dos 41 concorrentes, a vitória ficou com Callum McClusky, do país vizinho. Desse modo, o australiano marcou 49min41 para subir no lugar mais alto do pódio. O, literalmente, prata da casa, Hayden Wilde terminou em segundo, com seis segundos a mais. Por fim, ao acrescentar mais dois segundos, o espanhol Alberto González Garcia fechou com a terceira colocação. Entre as mulheres, não teve representante brasileira. Novamente, a vitória foi para a Austrália, com Sophie Linn, e as britânicas Sophie Alden e Olivia Mathias concluíram quase juntas para o pódio.