Depois de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008, Juraci Moreira não abandonou o esporte. Pelo contrário, ele seguiu com a missão de promover o triatlo e a prática esportiva como um todo ao redor do país e hoje comando o projeto social chamado Formando Campeões, que completa cinco anos.
“Era um sonho que tinha para o pós-carreira, oferecer a chance de crianças e adolescentes praticarem esporte de forma gratuita. Estou conseguindo consolidar esse trabalho. Implantamos o núcleo inicial em Curitiba, e hoje já são 11 deles pelo Brasil (7 em São Paulo, 2 em Curitiba e 2 no Ceará). Atendemos 500 crianças, de oito a 16 anos”, afirmou Juraci à “Agência Brasil”.
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“Dá muito trabalho, mas é uma alegria chegar lá no núcleo e ver o sorriso das crianças e conversar com os pais. A maioria nem sabia o que era o triatlo e agora estão praticando o esporte. Esse é o maior ganho que tenho nesse projeto. São realidades bem diferentes, mas não fazemos nenhuma distinção. É uma soma de conhecimento e uma troca de experiências que vale muito a pena”, completou.
O foco da escolinha Formando Campeões, entretanto, não é o alto rendimento. Mas Juraci reconhece que às vezes algum talento pode aparecer, como Manoel Messias, melhor brasileiro no ranking mundial de triatlo.
“Nosso objetivo não é o alto rendimento. Mas os atletas acabam surgindo de graça. Começando cedo e de forma séria, com essas crianças o trabalho tem tudo para dar certo. Ele (Manoel Messias) é oriundo de um projeto social e aos 23 anos já está praticamente classificado para os Jogos de Tóquio”.
Esperança para Tóquio-2020
E não é só Messias. Kauê Willy, de 24 anos, é uma das grandes apostas do triatlo e saiu justamente do projeto de Juraci Moreira. “Torço muito para que ele consiga chegar lá (Tóquio-2020). É meu conterrâneo aqui de Curitiba, saiu do meu projeto social. Mas ainda faltam algumas etapas para o fechamento do ranking, e ele precisa se manter bem. Ele treina com o meu técnico, o Homero Cachel, que me acompanhou na Olimpíada. Tomara que dê certo”.
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Além disso, caso o revezamento misto confirme a vaga em Tóquio, o Brasil repetirá o feito da equipe em Sydney 2000: “Com algumas alterações nas regras e no número de atletas, o Brasil só levou três homens e três mulheres naquela oportunidade. Poder repetir isso agora seria espetacular”, concluiu Juraci Moreira.