Judô – Jogos Paralímpicos
Judô nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020
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São nove atletas do judô que vão defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, sendo cinco no masculino, Antônio Tenório da Silva na classe B1, Wilians Araújo, também na B1, Thiego Marques da Silva, na B3, Harlley Damião Pereira de Arruda, B1, e Arthur Cavalcante da Silva, outro na B1. No feminino vão Alana Maldonado, Karla Cardoso, Lúcia Araújo e Meg Emmerich. Todas da classe B3
O maior destaque está no masculino, para Antônio Tenório (100kg). Ele é tetracampeão olímpico (Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008), medalhista de prata na Rio-2016 e bronze em Londres-2012. Foi campeão Parapan-americano na Rio-2007, prata em Guadalajara quatro anos mais tarde e bronze em Toronto-2015 e Lima-2019. Em 2020 foi ouro no Campeonato das Américas de Montreal e bronze no Aberto da Alemanha. Aos 50 anos de idade, coleciona muitas outras conquistas e chega na capital japonesa como o terceiro do ranking mundial da categoria na International Blind Sports Federation (IBSA). Em abril deste ano, porém, teve graves problemas de saúde causados pela covid-19.
Wilians Araújo (+100kg) também foi prata na Rio 2016 e tem, ainda, dois vice-campeonatos Parapan-americanos, em Guadalajara-2011 e Toronto-2015. Ano passado foi campeão do Campeonato das Américas de Montreal e do Aberto da Alemanha e, em 2021, conquistou o bronze no Grand Prix de Warwick.
A seleção conta, ainda, com Thiego Marques da Silva (60kg), atleta do Time Ajinomoto, bronze no Parapan de Lima-2019 e no Campeonato das Américas de Montreal e Aberto da Alemanha em 2020. Harlley Damião Pereira de Arruda (81kg) tem três bronzes Parapan-americanos, em Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019, e também no Aberto da Alemanha de 2020. Arthur Cavalcante da Silva (90kg) também foi bronze no Parapan de Toronto-2015 e prata em Lima-2019. Ano passado foi prata no Campeonato das Américas de Montreal e bronze no Aberto da Alemanha.
Alana, Karla, Lúcia e Meg
No feminino, os maiores holofotes estão em Alana Maldonado (70kg), atleta do Time Ajinomoto medalhista de prata na Rio-2016, campeã mundial em 2018 e vice-campeã Parapan-americana em 2015 e 2019. Foi campeã do Aberto da Alemanha no ano passado e, em 2021, venceu o Grand Prix de Baku e foi prata no Grand Prix de Warwick. Chega em Tóquio como a número um do mundo na categoria.
Karla Cardoso (52kg) tem duas medalhas de prata em Jogos Paralímpicos, em Atenas-2004 e Pequim-2008. Foi, ainda, tricampeã dos Jogos Parapan-americanos – Rio-2007, Guadalajara-2011 e Toronto-2015 – e ainda beliscou um bronze em Lima-2019. Em 2020, levou uma prata no Campeonato das Américas de Montreal.
Lúcia Araújo (57kg) fez as duas últimas finais dos Jogos Paralímpicos (Londres-2012 e Rio-2016), conquistando duas pratas. É a atual bicampeã Parapan-americana, 2015 e 2019, e no ano passado foi ouro no Campeonato das Américas de Montreal e prata no Aberto da Alemanha. Em 2021 foi campeã do Grand Prix de Warwick e bronze no Grand Prix de Baku. Chega como a terceira melhor do ranking mundial.
Meg Emmerich (+70kg) foi bronze no Mundial de 2018, campeã do Parapan de 2019 e, em 2020, foi campeã do Campeonato das Américas de Montreal e do Aberto da Alemanha. Esse ano foi prata no Grand Prix de Warwick, campeã do Grand Prix de Baku e desembarca como a segunda melhor no ranking mundial, sempre da IBSA.
Local da competição
As disputas do judô nos Jogos Paralímpicos serão realizadas na tradicional Arena Nippon Budokan, na cidade de Tóquio. Construído para a Olimpíada de 1964, o local recebe dezenas de grandes shows e concertos ao longo dos anos. Seu nome significa “Salão de Artes Marciais”. O torneio tem três dias, com as classificatórias começando às 22h30 de 26, 27 e 28 de agosto. As sessões finais começam sempre às 4h do dia seguinte, ou seja, 27, 28 e 29.
Judô nos Jogos Paralímpicos
O judô dos Jogos Paralímpicos de Tóquio é disputado por atletas com classificação oftalmológica B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), que lutam divididos por categorias de acordo com o peso e gênero. O atleta B1 é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono. Há também a possibilidade de um atleta surdo (com deficiência visual) praticar a modalidade. Neste caso, ele é identificado com um círculo amarelo no judogui.
As regras são as mesmas da Federação Internacional de Judô (FIJ) na pontuação, sendo o waza-ari a mais baixa e o ippon a que encerra a luta. O sistema de punições também é o mesmo, ou seja, três delas dão a vitória para o adversário. O tempo de luta na categoria masculina é de cinco minutos e de quatro no feminino. Em caso de empate na pontuação após o tempo regulamentar, a luta é decidida no golden score, com o vencedor sendo aquele que pontuar primeiro.
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A modalidade entrou no programa em Seul-1988, somente na categoria masculina. A estreia das disputadas femininas veio 16 anos depois, em Atenas-2004. Há poucas adaptações em relação ao judô convencional. No início das lutas, por exemplo, os atletas começam com a pegada feita, ou seja, um segurando no quimono do outro. Outro ponto importante é que a luta é interrompida sempre que os oponentes perdem o contato.