Vôlei de praia masculino
Vôlei de praia masculino – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
PRIMEIRA FASE
CLASSIFICAÇÃO
GRUPO A
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Leshukov/Semenov | 6 | 3 | 3 | 0 | 6 | 0 |
2 | Mol/Sorum | 5 | 3 | 2 | 1 | 4 | 3 |
3 | Herrera/Gavira | 4 | 3 | 1 | 2 | 2 | 4 |
4 | McHugh/Schumann | 3 | 3 | 0 | 3 | 1 | 6 |
GRUPO B
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Plavins/Tocs | 5 | 3 | 2 | 1 | 4 | 3 |
2 | Krasilnikov/Stoyanovskiy | 5 | 3 | 2 | 1 | 5 | 4 |
3 | Gaxiola/Rubio | 4 | 3 | 1 | 2 | 4 | 4 |
4 | Perusic/Schweiner | 4 | 3 | 1 | 2 | 3 | 5 |
GRUPO C
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Cherif/Ahmed | 6 | 3 | 3 | 0 | 6 | 1 |
2 | Gibb/Crabb | 5 | 3 | 2 | 1 | 4 | 2 |
3 | Heidrich/Gerson | 4 | 3 | 1 | 2 | 3 | 5 |
4 | Carambula/Rossi | 3 | 3 | 0 | 3 | 1 | 6 |
GRUPO D
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Alison/Álvaro Filho | 5 | 3 | 2 | 1 | 5 | 2 |
2 | Brouwer/Meeuwsen | 5 | 3 | 2 | 1 | 4 | 2 |
3 | Lucena/Dalhausser | 5 | 3 | 2 | 1 | 4 | 4 |
4 | Azaad/Capogrosso | 3 | 3 | 0 | 3 | 1 | 6 |
GRUPO E
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Bruno Schmidt/Evandro | 6 | 3 | 3 | 0 | 6 | 2 |
2 | Bryl/Fijalek | 5 | 3 | 2 | 1 | 5 | 2 |
3 | Grimalt/Grimalt | 4 | 3 | 1 | 2 | 3 | 4 |
4 | Abicha/Elgraoui | 3 | 3 | 0 | 3 | 0 | 6 |
GRUPO F
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Nicolai/Lupo | 6 | 3 | 3 | 0 | 6 | 2 |
2 | Thole/Wickler | 5 | 3 | 2 | 1 | 5 | 3 |
3 | Losiak/Kantor | 4 | 3 | 1 | 2 | 4 | 4 |
4 | Gottsu/Shiratori | 3 | 3 | 0 | 3 | 0 | 6 |
FASE FINAL
O torneio de 2020
Disputado de 24 de julho até 7 de agosto, o torneio de vôlei de praia masculino em Tóquio-2020 promete um embate de países tradicionais contra caras novas. Vinte e quatro duplas brigarão pelos três lugares do pódio olímpico, com Alison e Álvaro Filho e Evandro e Bruno Schmidt representando o Brasil. Os primeiros estão no Grupo D ao lado dos holandeses Brouwer/Meeuwsen, Lucena/Dalhausser, dos Estados Unidos, e dos argentinos Azad/Capogrosso. Já Bruno Schmidt e Evandro duelarão com os poloneses Fijalek e Bryl, os chilenos Grimaut e os marroquinos Elgraoui e Abicha no Grupo E.
O sistema de disputas será o mesmo dos Jogos do Rio-2016, com vinte e quatro duplas divididas em seis grupos de quatro. As duas melhores colocados de cada chave avançam direto para as oitavas de final. As terceiras colocadas são comparadas em um ranking por seus desempenhos durante a primeira fase, sendo que as duas melhores destas também avançam direto para a próxima fase. Já as outras quatro disputam entre si jogos extras por outras duas vagas, até que sobrem apenas dezesseis no total. De aí em diante, é sempre em fase de mata-mata onde o time que quiser o ouro não poderá mais perder.
#Tokyo2020 #BeachVolleyball Men’s Pools.#TokyoHereWeGo pic.twitter.com/6dLqnLU9fG
— Beach Volleyball World (@BeachVBWorld) July 5, 2021
Brasil nas areias de Tóquio
O Brasil vai para os Jogos com os atuais campeões olímpicos, porém jogando agora em duplas diferentes. Alison e Bruno Schimidt ficaram com o ouro na Rio-2016 e desfizeram a parceria em meados de 2018. Bruno jogará com Evandro, gigante de 2,11 m e campeão mundial em 2017. Alison está com Álvaro Filho, atleta que formou por anos dupla de sucesso ao lado do campeão olímpico Ricardo.
Alison e Alvaro chegam como a quarta melhor dupla no ranking mundial. Neste ano, os brasileiros têm como melhor colocação o terceiro lugar na etapa de Cancun do circuito mundial de vôlei de praia. Em 2019, primeiro ano juntos, fizeram quatro finais, uma delas na etapa cinco estrelas de Viena, na Áustria. Venceram em Espinho, Portugal, de quatro estrelas, e em Kuala Lumpur, de três. Vale lembrar que em 2020 o circuito ficou prejudicado por conta da pandemia da Covid-19.
Evandro e Bruno estão em 17º, mas é importante ressaltar que Bruno Schmidt contraiu covid-19 em fevereiro, chegou a precisar de UTI, e só voltou a jogar em meados de abril. Em 2019, fizeram duas finais quatro estrelas, vencendo a de Varsóvia, na Polônia. Marcaram, ainda, um terceiro lugar em Gstaad, uma das duas únicas cinco estrelas do circuito naquele ano.
Rivais dos brasileiros
Mol e Sorum são, favoritos ao ouro. Os noruegueses sobram no ranking mundial e levaram as duas últimas temporadas do circuito mundial vencendo três etapas e o Finals em 2018 e nada menos do que oito no ano seguinte. São, também, bicampeões europeus, 2019 e 2020, e medalhistas de bronze no Mundial de 2019. Os campeões mundiais são os russos Oleg Stoyanovskiy e Viacheslav Krasilnikov, que também estarão em Tóquio. A dupla russa começou a jogar junta exatamente em 2019. Na final do Mundial, bateram os alemães Julius Thole e Clemens Wickler, outros que estarão presentes nas areias olímpicas japonesas.
Dos Estados Unidos, a responsabilidade de manter a tradição de três ouros olímpicos está com duplas marcadas pela experiência. Phil Dalhausser e Nick Lucena, ambos com 41 anos, é uma delas. A outra tem Jake Gibb, de 44 anos, e Taylor Crabb, este “apenas” com 29. Outras duplas que podem chegar com força são Plavins/Tocs, da Lituânia, Cherif/ Ahmed, do Catar, Fijalek/Bryl, da Polônia, e Brouwer/Robert Meeuwsen, da Holanda.
Muita história do vôlei de praia dos Jogos
Com dois ouros, três pratas e um bronze, o Brasil soma sete medalhas em Jogos Olímpicos no torneio masculino. A única edição que o país não conquistou o pódio olímpico foi justamente a primeira delas, Atlanta-96.
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Cabeças de chave número um, Franco Neto e Roberto Lopes eram os líderes do ranking mundial e favoritos ao ouro na oportunidade, especialmente por terem conquistado o título de campeões da temporada do circuito mundial em 1993 e 1994. Em Atlanta, entretanto, deixaram a desejar ao perderem para a dupla espanhola Javier Bosma e Sixto Jimenez, nonos do mundo, na terceira rodada.
Na repescagem, que fazia parte do sistema de disputas naquela época, perderam para os noruegueses Jan Kvalheim e Björn Maaseide, terminando em nono lugar. Uma posição atrás, vieram dois futuros medalhistas olímpicos, Emanuel e Zé Marco. A décima colocação em Atlanta veio após uma derrota para Mike Dodd e Mike Whitmarsh, que terminariam com a medalha de prata no torneio. Na tentativa de se manterem vivos na briga por uma medalha, perderam para os portugueses João Brenha e Miguel Maia, que posteriormente ficariam com o quarto lugar, a melhor posição da história de Portugal no esporte em Jogos Olímpicos. Posição essa que foi repetida em Sydney pelos mesmos atletas.
Com Franco Neto, em parceria com Ricardo Santos, veio a primeira medalha olímpica do Brasil na praia masculina, a prata de Sydney 2000, após derrota para os americanos Dain Blanton e Eric Fonoimoana por 2 x 0. Ricardo e Franco não tiveram dificuldade para chegar à final do torneio, que foi a única derrota da dupla brasileira em toda a competição.
Emanuel e José Loiola, então campeões mundiais, formavam a dupla número dois no ranking mundial e eram grandes favoritos à medalha. Javier Bosma, da Espanha, foi mais uma vez o carrasco da principal dupla brasileira, dessa vez jogando com Fabio Diez, foi o responsável pela eliminação da dupla nacional nas oitavas de final, em jogo extremamente apertado, por 17 x 16.
É importante frisar que até os Jogos de Sydney, o torneio era disputado em melhor de um set, com exceção da final que era uma melhor de três, o usual dos dias de hoje. Além de Emanuel e Loiola, Lee Zahner e Julien Prosser, dupla número um do mundo na ocasião, sentiu o peso de competir em casa e decepcionou a torcida local. Os australianos foram surpreendidos logo na primeira rodada por uma surpreendente dupla mexicana, formada por Juan Alberto Rodriguez Ibarra e Joel Sotelo Villalobos.
Em Atenas 2004, Javier Bosma, desta vez jogando com Pablo Herrera, o terceiro parceiro em três olimpíadas, mais uma vez entrou no caminho dos brasileiros, entretanto, dessa vez, com vitória para o Brasil. O confronto, aliás, veio na final do torneio, onde Ricardo e Emanuel se sagraram campeões com uma campanha espetacular com apenas três sets perdidos em todo o torneio.
A outra dupla brasileira Márcio Araújo e Benjamin Insfran, nono lugar, foram superados pelo irmãos suíços Martin Laciga e Paul Laciga nas oitavas de final.
A primeira, e até agora única, dobradinha brasileira no masculino veio quatro anos depois, em Pequim 2008. Marcio e Fábio Luiz, prata, e Ricardo e Emanuel, bronze, subiram juntos ao pódio com Rogers e Dalhausser, dos Estados Unidos, com o ouro. A campanha de Marcio e Fábio até a final foi quase perfeita, não fosse o tropeço para a dupla austríaca Doppler e Gartmayer na fase de grupos, que deixou os brasileiros na segunda posição do grupo.
Depois, vitórias tranquilas contra Asahi e Shiratori do Japão nas oitavas e os também austríacos Gosch e Horst nas quartas. A semifinal foi Brasil x Brasil, com Ricardo e Emanuel, invictos em Pequim, levemente favoritos. Até a disputa contra os compatriotas, os então campeões olímpicos perderam apenas um set no torneio, contra os russos Barsouk e Kolodinsky nas oitavas de final. Nas semifinais, em um jogo de altíssimo nível, Marcio e Fábio tiraram dos colegas de equipe a chance de defender o título olímpico de Atenas 2004 com uma vitória por 2 x 0.
Na disputa por medalhas, Ricardo garantiu seu terceiro pódio olímpico, bem como Emanuel o seu segundo, jogando uma partida contra outra dupla brasileira, mas que estava defendendo a Georgia. Renato “Geor” Gomes e Jorge “Gia” Terceiro, paraibanos, se naturalizaram georgianos em 2006 para realizar o sonho olímpico, visto que o alto nível da disputa interna no Brasil dificultava e muito as chances de classificação. Chegar às semifinais em Pequim, proporcionando o melhor resultado da história do país no esporte, foi bem surpreendente visto que o melhor resultado prévio deles no circuito mundial foi o nono lugar na etapa de Paris.
Mesmo defendendo a Geórgia, o que ocorreu até a temporada de 2012, nunca chegaram a morar no país, pois preferiram seguir treinando e competindo no Brasil. Na disputa de bronze, não tiveram chances contra Ricardo e Emanuel, seus parceiros de treinos nas areias brasileiras, com vitória para os campeões de Atenas por tranquilos 21 x 15 e 21 x 10. Já Marcio e Fábio levaram a prata, a primeira medalha olímpica da carreira de ambos, com derrota para os americanos na final por 2 a 1.
Em Londres 2012, jogando agora com Alison, Emanuel foi para sua segunda final olímpica, onde conquistaram a medalha de prata. Até a final, os então campeões mundiais só tiveram maiores dificuldades na partida das quartas de final, com uma vitória apertadíssima contra os gigantes poloneses Grzegorz Fijalek e Mariusz Prudel, com parciais de 21 x 17, 16 x 21 e 17 x 15, com direito a virada dos brasileiros no último set. A semifinal foi bem tranquila, com 2 x 0 sobre os letões Martins Plavins e Janis Smedins, que posteriormente ficariam com a medalha de bronze.
Na final, com uma partida de altos e baixos para as duas duplas, o ouro ficou com os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann, o primeiro do país no esporte, com vitória europeia por 2 x 1, parciais de 23 x 21; 16 x 21 e 16 x 14. Os alemães, aliás, foram carrascos dos brasileiros no torneio, visto que também venceram a parceria de Ricardo e Pedro Cunha nas quartas de final, por 2 x 0.
Após duas medalhas de prata, o Brasil voltou, em casa, ao topo do pódio olímpico masculino. Mas Alison e Bruno não tiveram vida fácil até chegar à final dos jogos do Rio, com direito a uma derrota por 2 x 1 na chave de grupos para os veteranos austríacos Clemens Doppler e Alexander Horst. Na fase de mata-mata, o caminho até o ouro contou primeiro com uma tranquila vitória sobre os espanhóis Herrera e Guavira, por 2 x 0. Em seguida, duas partidas extremamente apertadas, a primeira delas nas quartas contra os americanos Phill Dalhausser, campeão olímpico de Pequim, e Nick Lucena, por 2 x 1.
Na fase seguinte, mais um nervoso tie break contra os holandeses Alexander Brouwer e Robert Meeuwsenn, com parciais de 21 x 17, 21 x 23 e 16 x 14. A final, debaixo de uma tempestade, foi até mais tranquila. Os adversários eram Paolo Nicolai e Daniele Lupo, então campeões europeus, e que deram à Itália, país com extrema tradição no vôlei indoor, a primeira medalha da história do vôlei de praia. Cabeças de chave número um do torneio e então campeões mundiais, Alison e Bruno conquistaram o ouro com uma vitória em sets diretos, com parciais de 21 x 19 e 21 x 17.
A outra dupla brasileira no torneio era Pedro Solberg e Evandro, então medalhistas de bronze mundial e candidatos à medalha olímpica. Mas os brasileiros sofreram três derrotas no Rio, duas delas na fase de grupos, contra duplas com retrospecto inferior na ocasião, e pararam nas oitavas de final.
Os maiores medalhistas do Brasil no vôlei de praia, seja entre homens ou mulheres, são Ricardo e Emanuel, que por coincidência tem uma medalha de cada cor em seu currículo. Juntos foram ouro em Atenas 2004 e bronze em Pequim 2008, com Ricardo prata em Sydney 2000 com Zé Marco e Emanuel em Londres 2012 com Alison. O próprio Alison, também conhecido como Mamute, é o único jogador em atividade que pode igualar os dois, caso conquiste seu terceiro pódio olímpico em Tóquio 2020.
Medalhistas do vôlei de praia masculino por edição nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Atlanta-1996 | Estados Unidos Karch Kiraly Kent Steffes | Estados Unidos Michael Dodd Mike Whitmarsh | Canadá John Child Mark Heese |
Sydney-2000 | Estados Unidos Dain Blanton Eric Fonoimoana | Brasil José Marco Melo Ricardo Santos | Alemanha Axel Hager Jörg Ahmann |
Atenas-2004 | Brasil Ricardo Santos Emanuel Rego | Espanha Javier Bosma Pablo Herrera | Suíça Stefan Kobel Patrick Heuscher |
Pequim-2008 | Estados Unidos Todd Rogers Phil Dalhausser | Brasil Márcio Araújo Fábio Luiz Magalhães | Brasil Ricardo Santos Emanuel Rego |
Londres-2012 | Alemanha Julius Brink Jonas Reckermann | Brasil Alison Cerutti Emanuel Rego | Letônia Mārtiņš Pļaviņš Jānis Šmēdiņš |
Rio-2016 | Brasil Alison Cerutti Bruno Schmidt | Itália Daniele Lupo Paolo Nicolai | Holanda Alexander Brouwer Robert Meeuwsen |
Quadro de medalhas geral do vôlei de praia masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 3 | 1 | 0 | 4 |
Brasil | 2 | 3 | 1 | 6 |
Alemanha | 1 | 0 | 1 | 2 |
Itália | 0 | 1 | 0 | 1 |
Espanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
Letônia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suíça | 0 | 0 | 1 | 1 |