49er
Chances do Brasil
Marco Grael e Gabriel Borges conquistaram a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos e classificaram o Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na classe 49er. Essa será a segunda edição olímpica dos velejadores.
A dupla encerrou a sua participação nos Jogos Olímpicos 2016 com a décima primeira colocação.
Com o 13º lugar obtido no Mundial de 2020, os dois velejadores brasileiros, dificilmente, chegam para brigar por medalhar na Olimpíada de Tóquio. Mas no último teste antes de Tóquio, em junho na Semana Internacional de Vela de Cascais, Marco Grael e Gabriel Borges obtiveram um bom quarto lugar.
Favoritos na 49er
Campeões na Rio-2016, nove vezes campeões mundiais e com raras derrotas em etapas da Copa do Mundo, Peter Burling e Blair Tuk, da Nova Zelândia, são a embarcação com o maior favoritismo de toda a vela olímpica de Tóquio-2020, com grandes chances de se tornarem os primeiros bicampeões do evento
Quem pode estragar a festa kiwi são os alemães bronze no Rio e no último mundial, Erik Heil e Thomas Plößel. Outros que podem surpreender são os espanhóis, vice mundiais, Diego Botín e Iago López, os irmãos croatas campeões mundiais em 2018, Šime e Mihovil Fantela, os austríacos Benjamin Bildstein e David Hussl, líderes do ranking mundial, e os britânicos Dylan Fletcher e Stuart Bithell.
Tradicionais rivais de Burling e Tuk, os australianos se Nathan Outteridge e Iain Jensen se aposentaram e o país agora será representado pelos jovens William Phillips e Sam Phillips, quinto lugar no mundial de 2020.
O Brasil na 49ers dos Jogos Olímpicos
A vela brasileira já foi representada na 49er em 3 oportunidades, sempre com bons resultados. A dupla André Fonseca e Rodrigo Duarte competiu pelo Brasil nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, onde chegaram em ambas as ocasiões na regata da medalha. A dupla foi sexto lugar na Grécia e sétimo lugar na China.
A outra participação veio nos Jogos do Rio em 2016. Marco Grael, filho de Torben e outro talentosíssimo membro da família, terminou na 11º colocação do torneio ao lado de Gabriel Borges, a poucos pontos da regata da medalha.
Juntos, os dois se classificaram para Tóquio-2020 ao vencerem os Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, onde derrotaram os argentinos Yago Lange e Klaus Lange, filhos do lendário Santiago Lange.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para a Olimpíada
Histórico da 49er nos Jogos Olímpicos
A classe 49er, exclusiva para homens, entrou no programa olímpico a partir dos Jogos de Londres-2012. Até então, a classe era aberta para homens e mulheres e teve três edições olímpicas: Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008.
Cinco países diferentes levaram os ouros olímpicos já distribuídos desta classe. O primeiro deles foi para os finlandeses Thomas Johanson e Jyrki Järvi.
Atenas-2004 foi vencida por Iker Martínez e Xabier Fernández da Espanha, Pequim-2008 por Jonas Warrer e Martin Kirketerp da Dinamarca, Londres-2012 por Nathan Outteridge e Iain Jensen da Austrália e por fim, os atuais campeões, Peter Burling e Blair Tuke da Nova Zelândia.
Burling e Tuke, com nove ouros em mundiais, são os maiores vencedores da 49er masculina e grandes estrelas do esporte. Eram favoritos em Londres-2012 quando perderam para os australianos Outterudge e Jensen por uma larga diferença de 24 pontos. No Rio, deram o troco nos rivais e conquistaram o ouro olímpico por uma diferença ainda maior, absurdos 43 pontos. Antes mesmo da regata da medalha já eram os campeões.
Medalhistas – 49er – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Londres-2012 | Austrália | Nova Zelândia | Dinamarca |
Rio-2016 | Nova Zelândia | Austrália | Alemanha |
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Quadro de medalhas – 49er – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Austrália | 1 | 1 | 0 | 2 |
Nova Zelândia | 1 | 1 | 0 | 2 |
Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Alemanha | 0 | 0 | 1 | 1 |