Individual feminino
Individual feminino – Triatlo – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Chances do Brasil no Individual feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Luísa Baptista e Vitória Lopes, respectivamente ouro e prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, vão representar o Brasil em Tóquio-2020, num momento que o país vive sua melhor fase na modalidade. Em novembro de 2020, Luísa foi quarta colocada na etapa de Valencia da Copa do Mundo. Ela chegou a brigar por medalha até o sprint final, sendo superada por Nicola Spirig, da Suíça, campeã olímpica de Londres-2012.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
O Brasil no Individual feminino dos Jogos Olímpicos
Assim como no masculino, o Brasil participou de todas as edições do triatlo feminino, levando equipe completa – três atletas – nas duas primeiras edições. Na estreia, em Sydney-2000, Sandra Soldan ficou em um excelente 11º lugar, menos de 2 minutos atrás da medalhista de bronze Magali Messmer, da Suíça. É o melhor resultado do Brasil no esporte. Mariana Ohata e Carla Moreno também estiveram na edição inaugural, mas não completaram a prova.
O trio se repetiu em Atenas-2004 com Mariana Ohata finalizando em 37º e Sandra Soldan e Carla Moreno não finalizando a competição. Ohata foi para sua terceira olímpiada em Pequim-2008, conquistando o 39º lugar.
Além das três, Pâmela Oliveira é outra brasileira a ser olímpica no triatlo, representando o Brasil tanto em Londres-2012 quando no Rio-2016. Na capital britânica ela terminou em 30º lugar, onde fazia uma excelente prova, saindo em segundo da natação, mas teve um acidente com sua bicicleta que a prejudicou em busca de um melhor resultado. No Rio, completou a prova em 40º lugar.
Favoritas do Individual feminino nos Jogos de Tóquio-2020
Apesar da aposentadoria da atual campeã olímpica Gwen Jorgensen, os Estados Unidos chegam para Tóquio-2020 como favoritos ao ouro, podendo se tornar a segunda nação com duas douradas no naipe feminino, assim como a Suíça. Katie Zaferes é a atleta que mais venceu etapas do circuito mundial no último ciclo, demonstrado mais regularidade que suas adversárias. Décima oitava colocada nos Jogos do Rio em 2016, Zafares melhorou muito a sua corrida, etapa que a tirou da briga por medalhas há cinco anos. No circuito mundial de 2019 venceu cinco das oito etapas, sendo vice em outra. Terminou o ano ainda como campeã mundial.
No atípico ano de 2020, porém, Zaferes não foi tão implacável, tendo como melhor resultado o quinto lugar da etapa de Hamburgo, na Alemanha, etapa que serviu também como campeonato mundial. Porém, caso chegue em sua melhor forma no Japão, Zaferes é grande favorita ao ouro. A equipe americana conta também com Summer Rappaport e Taylor Spivey, atletas que tem se destacado bastante no circuito mundial atualmente.
Com grande destaque no masculino, os britânicos mostram crescimento também no naipe feminino e chegam a Tóquio-2020 com duas atletas entre as favoritas. Vicky Holland, bronze no Rio-2016 e campeã mundial em 2018 e Georgia Taylor-Brown, atual campeã mundial além de bronze duas edições anteriores, podem ser a principais concorrentes de Zeferes na final olímpica.
Vice-campeã mundial, além de vencedora de duas etapas das copas do mundo em 2020, Flora Duffy de Bermudas vive o seu melhor momento na carreira. A atleta da pequena nação caribenha foi oitava colocada nos Jogos do Rio em 2016 e bicampeã mundial em 2016 e 2017. Caso conquiste uma medalha, esta será a primeira de seu país na história olímpica.
Outras atletas para ficar de olho são Laura Lindemann, da Alemanha; Maya Kingma; da Holanda; a australiana Natalie Van Coevorden; e, claro, Nicola Spirig da Suíça, campeã olímpica em Londres-2012 e vice na Rio-2016.
Histórico do Individual feminino nos Jogos Olímpicos
Assim como a prova masculina, o triatlo feminino estreou nos Jogos Olímpicos em Sydney-2000 e não poderia ter cidade melhor para que isso acontecesse. Além de ser uma cidade conhecida mundialmente pela prática esportiva ao ar livre, a Austrália dominava o triatlo feminino nos anos 90 e aguardava ansiosamente pela estreia olímpica. Com três campeãs mundiais na equipe, o país poderia inclusive fazer um pódio completo. Os torcedores do país só não contavam com uma água no chopp vindo diretamente da Suíça
O time da casa foi formado por três campeãs mundiais, Michellie Jones (1992 e 1993), Loretta Harrop (1999) e Nicole Hackett (2000). A imprensa australiana e os 30.000 expectadores que lotaram o entorno da belíssima Ópera de Sydney estavam certos de que não só o ouro viria como talvez também um pódio completo. Para o nível da expectativa a prata de Michellie Jones foi até certo ponto frustrante.
As suíças Brigitte McMahon e Magali Messmer, com um belo trabalho de equipe, surpreenderam as australianas e levaram respectivamente ouro e bronze, com McMahon vencendo Jones no sprint final por apenas 2 segundos de diferença.
Vice europeia no mesmo ano, Kate Allen da Áustria venceu o ouro em Atenas-2004, seguida da australiana Loretta Harrop, que conquistara a medalha olímpica que era esperada em Sydney e da americana Susan Williams.
Depois de chegar duas vezes como favoritas e conquistarem o vice-campeonato, as australianas enfim venceram o ouro olímpico em Pequim-2008 com Emma Snowsill, também tricampeã mundial. Ela chegou com 1m06s97 à frente da portuguesa Vanessa Fernandes, maior diferença da história da prova entre a campeã e a vice. Emma Moffatt, outra australiana campeã mundial, completou o pódio, com o bronze.
Se em Pequim foi a maior diferença entre as duas primeiras colocadas, em Londres-2012 foi necessário decidir a campeã no photo finish. Nicola Spirig, da Suíça e Lisa Norden, da Suécia, disputaram a prova inteira lago a lado. Saíram juntas da natação, fizeram uma idêntica competição de ciclismo e correram juntas cada metro da parte final até avistarem a linha de chegada.
O sprint das duas foi uma das imagens mais reproduzidas dos Jogos de tão acirrado que foi, com a tecnologia ajudando a decifrar quem havia tocado a fita da linha de chegada primeiro. Melhor para Spirig, que conquistou ali o segundo ouro suíço na modalidade. Apenas dois segundos atrás delas a Austrália conquistava mais uma medalha de bronze, desta vez com Erin Densham
Nos Jogos do Rio-2016, os Estados Unidos enfim conquistaram uma medalha de ouro na modalidade. O feito coube à Gwen Jorgensen, bicampeã mundial em 2014 e 2015, que dominou o ciclo inteiro. Defendendo o título olímpico, a suíça Nicola Spirig nadou e pedalou lado a lado com a americana, terminando as duas primeiras etapas igualadas.
Mas Jorgensen, como esperado, se destacou na corrida de 10 km, abriu 40 segundos de diferença sobre a suíça e ficou com o ouro, Vicky Holland completou o pódio conquistando para a Grã Bretanha o bronze, a primeira medalha feminina. Destaque especial também para a chilena Bárbara Riveros, quinta colocada, a melhor posição de um atleta da América Latina na modalidade.
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As medalhistas do Individual feminino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Sydney 2000 | Brigitte McMahon (SUI) | Michellie Jones (AUS) | Magali Messmer (SUI) |
Atenas 2004 | Kate Allen (AUT) | Loretta Harrop (AUS) | Susan Williams (USA) |
Pequim 2008 | Emma Snowsill (AUS) | Vanessa Fernandes (POR) | Emma Moffatt (AUS) |
Londres 2012 | Nicola Spirig (SUI) | Lisa Nordén (SWE) | Erin Densham (AUS) |
Rio 2016 | Gwen Jorgensen (USA) | Nicola Spirig Hug (SUI) | Vicky Holland (GBR) |
Quadro de medalhas do Individual feminino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Suíça | 2 | 1 | 1 | 4 |
Austrália | 1 | 2 | 2 | 5 |
Estados Unidos | 1 | 0 | 1 | 2 |
Áustria | 1 | 0 | 0 | 1 |
Portugal | 0 | 1 | 0 | 1 |
Suécia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 0 | 1 | 1 |