Skiff Quádruplo masculino
Chances do Brasil
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o Brasil não terá nenhum representante no Skiff Quádruplo masculino. O remo terá apenas um atletas: Lucas Verthein que garantiu a classificação ao vencer o Single Skiff masculino na Regata Continental de Qualificação Olímpica do remo, disputada em março de 2021 no Rio de Janeiro.
Em todas as outras 13 categorias do remo em Tóquio, o Brasil não terá nenhum representante.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para a Olimpíada
Favoritos no Skiff Quádruplo masculino
Apenas um país esteve presente por mais de uma vez nos pódios dos mundiais do ciclo: Itália. As outras sete medalhas distribuídas no período acabaram com sete países distintos, mostrando o equilíbrio da prova.
Dessa forma, a prova do skiff quádruplo masculino está em aberto, com vários países podendo conquistar o ouro. A já citada Itália foi campeã mundial em 2018 e medalhista de prata em 2019. Formado por Filippo Mondelli, Andrea Panizza, Luca Rambaldi e Giacomo Gentili, o barco italiano aparece como um dos grandes favoritos ao ouro.
Campeão mundial de 2019, o barco da Holanda também surge como um dos prováveis campeões do skiff quádruplo. Quarto colocados no mundial de 2017 e quinto colocados em 2018, os holandeses foram, ao lado dos italianos, os mais constantes no período.
Finalista do Mundial de 2017 e vice-campeão mundial em 2019, o barco polonês fecha o trio dos mais regulares do ciclo e também deve marcar presença na briga por medalha.
Atuais medalhistas de prata na olimpíada do Rio de Janeiro, os australianos foram vice-campeões mundiais em 2018 e quarto colocados em 2019, e também podem acabar aparecendo no pódio em Tóquio.
Os britânicos, vice-campeões mundiais de 2017, acabaram de fora da final tanto no mundial de 2018 quanto no de 2019, mas ainda devem ser levados em consideração. Correm por fora, a Ucrânia, medalhista de bronze em 2018, a Nova Zelândia, e a Alemanha, atual campeã olímpica que vinha fazendo um ciclo bem abaixo de suas tradições, mas que conseguiu voltar à final do mundial de 2019 após amargar apenas o oitavo lugar nos mundiais de 2017 e 2018.
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O Brasil no Skiff Quádruplo masculino dos Jogos Olímpicos
Nos mais de 40 anos em que a prova do skiff quádruplo está presente no programa olímpico, o Brasil foi representado em duas edições. A primeira delas foi em 1980, em Moscou, na segunda aparição da prova em olimpíadas. Fizeram parte da equipe, o gaúcho José Cláudio Lazzarotto, os cariocas Ronaldo e Ricardo de Carvalho e o catarinense Waldemar Trombetta que ficaram na 12ª colocação após terminarem a final B na penúltima colocação.
Após uma ausência de 16 anos, o Brasil voltou a enviar um barco nessa categoria. Integrado pelos gaúcho André Costa e Giovanni Valentina, pelo carioca Oswaldo Kuster Neto e pelo catarinense Alexander Altair Soares, o barco brasileiro foi eliminado após não conseguir a classificação em sua bateria e na repescagem.
Histórico do Skiff Quádruplo masculino nos Jogos Olímpicos
O skiff quádruplo masculino está presente em Jogos Olímpicos desde a edição de Montreal-1976, sendo a segunda prova com menos tempo no programa olímpico do remo masculino atual, na frente apenas do Skiff Duplo Leve.
Ao longo dos mais de 40 anos em Jogos Olímpicos e das 11 edições disputadas, a Alemanha construiu uma grande soberania na categoria, tendo conquistado o ouro por quatro vezes. A Alemanha Oriental e a Itália dividem o posto de segunda potência na prova com dois ouros cada uma.
Fora as três nações, apenas Rússia, Polônia e Alemanha Ocidental conquistaram medalhas de ouro na categoria.
A Itália veio a conquistar a sua primeira medalha na edição de Seul-1988 com Agostino Abbagnale, que também faria parte da equipe campeã olímpica de 2000 na mesma prova e da dupla campeã do skiff duplo de 1996. Em 1988 o quarteto italiano ainda contava com Davide Tizzano, Gianluca Farina e Piero Poli, este último campeão olímpico em 1996 no skiff duplo ao lado de Abbagnale.
Em 1992, o muro que dividia Berlim já havia caído e a Alemanha reunificada, surgindo assim a maior potência dessa categoria. Logo em Barcelona, os alemães mostraram a força do país com o quarteto formado por Andreas Hajek, Michael Steinbach, Stephan Volkert e André Willms.
A Alemanha viria a conquistar o seu bicampeonato olímpico em Atlanta-1996 com uma formação bem similar ao time de 1992, com apenas a saída de Michael Steinbach e a entrada de André Steiner.
Liderados pelo experiente Agostino Abbagnal o skiff quádruplo italiano foi o campeão olímpico de Sydney-2000.
Foi a segunda medalha de ouro da Itália na categoria, igualando a Alemanha e a Alemanha Oriental. Quatro anos depois, em Atenas-2004, o ouro iria pela primeira vez para a Rússia, enquanto a prata seria conquistada pela República Tcheca e o bronze novamente pela Ucrânia, deixando a Alemanha de fora do pódio pela primeira vez desde 1992.
Após uma ausência de duas edições seguidas do pódio, a Alemanha retomou sua hegemonia na prova vencendo as duas últimas edições olímpicas.
Medalhistas – Skiff Quádruplo masculino – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Montreal-1976 | Alemanha Oriental | União Soviética | Tchecoslováquia |
Moscou-1980 | Alemanha Oriental | União Soviética | Bulgária |
Los Angeles-1984 | Alemanha Ocidental | Austrália | Canadá |
Seul-1988 | Itália | Noruega | Alemanha Oriental |
Barcelona-1992 | Alemanha | Noruega | Itália |
Atlanta-1996 | Alemanha | Estados Unidos | Austrália |
Sydney-2000 | Itália | Holanda | Alemanha |
Atenas-2004 | Rússia | República Tcheca | Ucrânia |
Pequim-2008 | Polônia | Itália | França |
Londres-2012 | Alemanha | Croácia | Austrália |
Rio-2016 | Alemanha | Austrália | Estônia |
Quadro de medalhas – Skiff Quádruplo masculino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Alemanha | 4 | 0 | 1 | 5 |
Itália | 2 | 1 | 1 | 4 |
Alemanha Oriental | 2 | 0 | 1 | 3 |
Polônia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Rússia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 1 | 0 | 0 | 1 |
Austrália | 0 | 2 | 2 | 4 |
Noruega | 0 | 2 | 0 | 2 |
União Soviética | 0 | 2 | 0 | 2 |
Croácia | 0 | 1 | 0 | 1 |
República Tcheca | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda | 0 | 1 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 1 | 0 | 1 |
Bulgária | 0 | 0 | 1 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
Checoslováquia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Estônia | 0 | 0 | 1 | 1 |
França | 0 | 0 | 1 | 1 |
Ucrânia | 0 | 0 | 1 | 1 |