Park feminino
Park feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Chances do Brasil no park feminino
Das quatro categorias olímpicas, o park feminino é a única na qual o Brasil nunca conquistou uma medalha em campeonatos mundiais. Mas a equipe vem evoluindo demais no cenário mundial nos últimos anos.
O principal nome da equipe brasileira é Yndiara Asp, que beliscou o primeiro grande pódio internacional com o quarto lugar da etapa de Nanjing do circuito mundial em 2019, com pódio completamente japonês.
Ynd, como é conhecida, não participou do último Mundial devido a uma lesão no púbis, quando era favorita a conquistar a primeira medalha brasileira da história do evento.
Além dela, Dora Varella, sexta colocada no Mundial e Isadora Pacheco, sétima, completam o time brasileiro, que pode surpreender as japonesas e figurar no pódio olímpico. Aliás, a grande amizade e união entre as três pode ser um grande diferencial na hora da competição.
+ Confira os perfis completos de Dora Varella, Yndiara Asp e Isadora Pacheco
Park feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Se o Japão não tem grande representatividade na categoria park masculino, o mesmo não pode se dizer do feminino. Aqui, elas dominam, e podem fazer um pódio completo para os donos da casa. É no park feminino também que Brasil e Estados Unidos tem sua menor força, o que em hipótese alguma significa que os países não tenham chances de medalha.
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Com quatro atletas fortíssimas no top 10 do ranking mundial, será nesta competição que a torcida japonesa provavelmente vibrará mais com a disputa do skate no torneio olímpico. Por sina, será uma zebra enorme se o país, que fez dobradinha nas duas últimas edições do mundial, sair sem medalhas.
Das atletas que aparecem no ranking mundial, três delas tem dominado as principais competições do circuito, inclusive fizeram pódio completo em uma etapa do circuito mundial 2019, em Nanjing, na China.
Trio japonês
A primeira delas é Misugu Okamoto, com apenas 14 anos de idade, já campeã mundial da categoria e líder do ranking com larga vantagem. Na temporada 2018/2019 o único campeonato que perdeu foi justamente o título nacional, ficando com a prata.
Mesmo com pouca idade, é extremamente competitiva e terá enorme favoritismo para ganhar os Jogos literalmente no quintal de casa, já que é natural da cidade de Tóquio.
Quem colecionou medalhas de prata na última temporada, perdendo justamente para Okamoto, foi Sakura Yosozumi, de 18 anos e natural da pequena cidade de Wakayama, no sul do país.
Campeã mundial em 2018, Sakura foi três vezes medalha de prata nos principais torneios da temporada, atrás da compatriota, e é atual vice lider do ranking mundial. Tanto ela quanto Okamoto só não estão ainda garantidas em Tóquio 2020 pois a disputa interna é muito forte.
Completando o trio principal vem Kisa Nakamura, experiente mesmo com apenas 20 anos. Bronze nos mundiais de 2016 e 2017 e vice-campeã em 2018, não tem conseguido subir posições mais altas no pódio principalmente por culpa de suas compatriotas, que têm demonstrado mais regularidade que a atleta nascida em Osaka.
Kisa não foi bem no Mundial de São Paulo de 2019, algo atípico, não chegando as finais, o que a fez ligar o sinal de alerta na corrida olímpica.
Ela, que foi a primeira japonesa a se infiltrar no domínio americano da prova no início do ciclo, está em sétimo lugar, apenas duas posições acima de Kokona Hikari, de apenas onze anos de idade e que, mesmo com menos bagagem internacional, foi a única atleta a interromper o domínio de Misugu Okamoto no ano, ao surpreender e vencer o campeonato japonês. Foi medalhista de bronze no Drew Tour, uma importante competição de nível mundial.
Outras favoritas no park feminino
Das principais atletas do skate que podem acabar com o sonho do ouro japonês, duas delas vem da Europa. Sky Brown, britânica nascida no Japão, tem apenas 12 anos e vem aparecendo com frequência nos pódios internacionais ao lado das japonesas.
Bronze no Mundial e em uma das etapas do circuito, é a única esperança da Grã-Bretanha, uma das principais potências olímpicas, a conquistar uma medalha olímpica na estreia do skate. É a atualmente a terceira colocada do ranking mundial.
Outro nome forte é Lizzie Armanto, americana que defende a Finlândia, terra de seu pai. Lizzie, que optou por defender as cores do país nórdico, tem como principal resultado na última temporada a medalha de prata do Drew Tour, impedindo a tradicional dobradinha japonesa.
Quinta no ranking mundial, ainda compete como americana em torneios que não são válidos para o ranking olímpico. Entretanto, caso optasse por representar a bandeira dos Estados Unidos, seria a melhor colocada entre as atletas do país.
Talentos individuais
A Austrália mesmo não tendo uma grande equipe no skate, sempre aparece individualmente com boas atletas nos torneios.
No park feminino, tem Poppy Starr Olsen, de 18 anos e medalhista de bronze no Mundial de 2018. Com bastante regularidade, foi quarta colocada no Mundial de 2019, e corre por fora para ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 para o país da Oceania.
Antes do surgimento da força japonesa, quem dominava a categoria no início do ciclo eram os Estados Unidos, que não vivem sua melhor fase.
No ranking mundial, a melhor classificada é Bryce Wettstein, de 16 anos de idade, oitava colocada e que no mundial de 2019 ficou em nono lugar.
Campeã do mundo em 2017 com apenas 13 anos, Brighton Zeuner é a segunda colocada dentre as americanas, competiu pouco na última temporada e voltou com um 4º no circuito mundial, em etapa disputada no Rio de Janeiro.
Completam a lista do time americano, brigando por vagas olímpicas, Jordyn Barratt, Jordan Santana e Arianna Carmona.