Polo Aquático masculino
Tabela do polo aquático masculino – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
GRUPO A
Pos | Time | Pts | J | V | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | Grécia | 9 | 5 | 4 | 68 | 34 |
2 | Itália | 8 | 5 | 3 | 60 | 32 |
3 | Hungria | 7 | 5 | 3 | 64 | 35 |
4 | Estados Unidos | 4 | 5 | 2 | 59 | 53 |
5 | Japão | 2 | 5 | 1 | 65 | 66 |
6 | África do Sul | 0 | 5 | 0 | 20 | 116 |
GRUPO B
Pos | Time | Pts | J | V | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | Espanha | 10 | 5 | 5 | 61 | 31 |
2 | Croácia | 7 | 5 | 3 | 62 | 46 |
3 | Sérvia | 6 | 5 | 3 | 70 | 46 |
4 | Montenegro | 4 | 5 | 2 | 54 | 56 |
5 | Austrália | 4 | 5 | 2 | 49 | 60 |
6 | Cazaquistão | 0 | 5 | 0 | 35 | 92 |
Bicampeões?
Itália, Espanha, Estados Unidos, Austrália, África do Sul, Hungria, Cazaquistão, Grécia, Montenegro, Sérvia e Japão serão as doze equipes do torneio olímpico de polo aquático masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Os sérvios, atuais campeões, e os húngaros, maiores vencedores da modalidade, são os principais postulantes ao título.
Apesar de terem sido superados nos principais torneios no atual ciclo olímpico, mundiais de Budapeste-2017, onde terminaram com o bronze, e de Gwangju-2019, onde foram apenas 5º lugar, a Sérvia venceu seis das últimas oito edições da liga mundial e cinco dos últimos quatro europeus. É, de longe, o time com maior regularidade no período. São liderados pelos atacantes Strahinja Rašović e Dušan Mandić. Já a Hungria, dona de nove ouros e 15 medalhas, conquistou o europeu depois de 21 anos e tem em Dénes Varga seu maior expoente nos dias de hoje.
Quem também está regressando depois de um tempo de maus resultados é a Espanha, campeã olímpica em Atlanta-96. Foi vice-campeã mundial em 2019 e 2020, batendo neste último a já campeã olímpica Sérvia nas quartas de final. O time tem como destaque o goleiro Daniel López, o melhor da posição nas estatísticas dos últimos grandes campeonatos. A seleção de Montenegro, campeã da liga mundial em 2018 e 2020 e bronze no europeu, tenta a primeira medalha após três quartos lugares seguidos. Conta com Aleksandar Ivović, maior goleador do mundial de 2019. Por fim, a Croácia, ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, credencia-se à medalha em Tóquio pelo título mundial em 2017 e o bronze em 2019, além do bronze no europeu de 2018.
Reis húngaros
Das modalidades coletivas do programa, o polo aquático masculino é a que esteve mais presente em Olimpíadas. São 26 edições ao todo. Os quatro primeiros títulos foram da Grã-Bretanha, onde o esporte foi criado, mas a partir de 1932, em Los Angeles, a Hungria começou seu domínio, que pode ser comparado ao dos Estados Unidos no basquete. São nove títulos olímpicos no pólo, que é o esporte número 1 do país, além de outras três pratas e três bronzes, 15 pódios no total. O domínio húngaro é tanto que esta é a segunda nação com mais ouros olímpicos em um mesmo evento de esporte coletivo, ficando atrás apenas da seleção masculina de basquete dos Estados Unidos com 14.
A primeira medalha olímpica da Hungria no polo aquático foi a prata de Amsterdã-28 e o primeiro ouro chegou em Los Angeles-32. De Amsterdã-28 a Moscou-80 a país subiu em todos os pódios, sendo cinco vezes no lugar mais alto. A sequência foi quebrada em Los Angeles-1984, mas não dentro da piscina. Naquele ano, o país aderiu ao boicote imposto pela União Soviética aos Jogos dos então inimigos da guerra fria Estados Unidos.
Sangue na água
Durante as semifinais dos Jogos de Melbourne-56, a seleção húngara protagonizou ao lado da União Soviética o chamado blood in the water match, ou jogo do sangue na água. A violência da partida teve raiz em uma revolta popular na Hungria, país naquele tempo sob controle indireto dos soviéticos. Para conter o levante, tropas foram enviadas a Budapeste causando a morte de cerca de 2 mil pessoas. Na ocasião, os atletas do polo já estavam em Melbourne e encontraram dificuldade em obter notícias sobre amigos e familiares, o que deixou todos furiosos.
Tudo começou quando o jogo já estava em 4 a 0 para os húngaros e o soviético Valentin Prokopov abriu o supercílio de Ervin Zádor com um soco no rosto, causando o sangramento que marcou o episódio. Logo uma briga generalizada tomou contra da arena, inclusive com a participação da torcida, só encerrada com a chegada da polícia. O momento inspirou o documentário Freedom’s Fury, produzido por Lucy Liu e Quentin Tarantino, e com narração da lenda da natação Mark Spitz.
Itália e Iugoslávia
Iugoslávia e Itália também têm destaque, com três ouros cada. Os italianos foram campeões em Londres-48, Roma-60 e Barcelona-92 e os iugoslavos levaram o ouro na Cidade do México-68 e em Los Angeles-84 e Seul-88. Quatro anos mais tarde, o país do leste europeu acabou desmembrado e a tradição na modalidade foi dividida entre sérvios, croatas e montenegrinos. Também foram campeões a União Soviética, em Munique-72 e Moscou-80, a França, em Paris-1924, a Alemanha, em Amsterdã-28, e a Espanha, em Atlanta-96. Esta última coroando Manuel Estiarte, o maior goleador olímpico do polo aquático masculino com 127 gols.
E o Brasil?
A seleção olímpica brasileira competiu em oito edições: Antuérpia-1920, Los Angeles- 32, Helsinque-52, Roma-60, Tóquio-64, Cidade do México-68, Los Angeles-84 e Rio-2016, onde foi país sede. A melhor participação foi na primeira, terminando em sexto lugar. Doze anos mais tarde, após jogar contra Japão e Hungria, teve os resultados anulados por indisciplina de jogadores no duelo contra a seleção europeia. Em Helsinque-52 o país ficou em nono e, nas quatro edições seguintes, terminou na 12ª colocação sem conseguir vencer nenhuma partida.
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O retorno demorou 32 anos, mas foi memorável. Nos Jogos Olímpicos da Rio-2016, a seleção, que já vinha de uma medalha de bronze na Liga Mundial de 2015, começou o torneio ganhando da fortíssima Austrália e goleando o Japão. No terceiro duelo veio aquela considerada a maior vitória da equipe: 6 a 5 sobre os sérvios, que viriam a conquistar a medalha de ouro. Nas quartas de final, cruzou com a então campeã Croácia e encerrou a campanha.
Quadro de medalhas do polo aquático masculino
País | Ouro | Prata | Bronze | Total | |
1 | Hungria | 9 | 3 | 3 | 15 |
2 | Grã Bretanha | 4 | 0 | 0 | 4 |
3 | Iugoslávia | 3 | 4 | 0 | 7 |
4 | Itália | 3 | 2 | 3 | 8 |
5 | União Soviética | 2 | 2 | 3 | 7 |
6 | Estados Unidos | 1 | 4 | 4 | 9 |
7 | Croácia | 1 | 2 | 0 | 3 |
8 | Alemanha | 1 | 2 | 0 | 3 |
10 | Espanha | 1 | 1 | 0 | 2 |
11 | França | 1 | 0 | 3 | 4 |
12 | Sérvia | 1 | 0 | 2 | 3 |
13 | Bélgica | 0 | 4 | 2 | 6 |
14 | Suécia | 0 | 1 | 2 | 3 |
15 | Rússia | 0 | 1 | 1 | 2 |
16 | Sérvia e Montenegro | 0 | 1 | 1 | 2 |
17 | Holanda | 0 | 0 | 2 | 2 |
18 | Comunidade dos Estados Independentes | 0 | 0 | 1 | 1 |
19 | Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |