Individual masculino
Individual masculino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
O Brasil no Individual masculino
Três brasileiros competiram no pentatlo em Berlim-1936. Guilherme Catramby Filho terminou em 36º, Rui Duarte em 37º e Anísio da Rocha em 39º. Após a 2ª Guerra Mundial, outros três brasileiros competiram em Londres-1948: Aëcio Coelho foi o 30º, Aloysio Borges 38º e Humberto Bedford 43º.
A melhor performance brasileira na prova masculina foi em Helsinque-1952. Eric Marques tinha ficado com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1951 e, no Mundial do mesmo ano, ele conquistou o bronze por equipes ao lado de Eduardo de Medeiros e Aloysio Borges. Em Helsinque, Eduardo foi o melhor, terminando em 10º lugar, seguido de Aloysio em 21º e Eric em 29º. Aloysio foi o melhor atleta na esgrima. Por equipes, o trio terminou na ótima 6ª colocação.
Outros três brasileiros competiram em Melbourne-1956. Salvio Lemos acabou na 27ª posição, Wenceslau Malta em 31º e Nilo da Silva competiu apenas na prova de hipismo. O Brasil seguiu enviando equipe completa também para Roma-1960. Justo Botelho ficou na 27ª posição, Wenceslau Malta foi 32º e José Wilson 50º. Por equipes, o Brasil ficou em 13º. Já em Tóquio-1964, o Brasil classificou apenas um atleta, José Pereira, que terminou em 28º lugar.
Levou 40 anos para o Brasil voltar a competir no pentatlo moderno. Em Atenas-2004, Daniel dos Santos teve uma passagem discreta e terminou na 29ª posição. No Rio-2016, Felipe Nascimento terminou em 31º com 1.295 pontos.
Os favoritos no Individual masculino
O pentatlo tem se mostrado uma prova bem aberta, com vários atletas diferentes subindo ao pódio em Olimpíadas, Mundiais e Europeus.
O britânico Joseph Choong é uma das principais apostas. Ele teve um ótimo ano de 2019, quando ficou com a prata no Mundial disputado em Budapeste, ficou em segundo lugar em duas etapas da Copa do Mundo e venceu a final da Copa do Mundo em Tóquio. Seu compatriota Jamie Cooke foi campeão mundial em 2018 e no ano seguinte venceu o campeonato europeu, competindo em casa, em Bath.
O francês Valentin Belaud venceu o Mundial em 2016 e em 2019, mas acabou decepcionando no Rio-2016, quando terminou em 20º. Seu compatriota Valentin Prades tem seis medalhas em Mundiais, incluindo uma prata individual em 2018, e 11 em Europeus, incluindo o título individual em 2018.
Prata na Rio-2016, o ucraniano Pavlo Tymoshchenko venceu o Mundial de 2015 e conta com mais 6 medalhas em Mundiais nas variadas provas. Um dos mais experientes atletas da atualidade, deve ir para sua 4ª Olimpíada com várias medalhas em etapas da Copa do Mundo no currículo.
Outro veterano é o húngaro Ádám Marosi, bronze em Londres-2012. Ele foi campeão mundial em 2009 e campeão europeu em 2013. Já venceu oito etapas da Copa do Mundo, incluindo a única disputada em 2020, em Cairo.
Vale ficar de olho também nos sul-coreanos Jun Woong-tae e Lee Ji-hun, no guatemalteca Charles Fernandez, bicampeão doa Jogos Pan-Americanos e no russo Alexander Lifanov.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados
Histórico do Individual masculino nos Jogos Olímpicos
Os suecos dominaram o pódio nas cinco primeiras edições do pentatlo moderno nos Jogos Olímpicos, a partir de Estocolmo-1912. O primeira vencedor foi Gösta Lilliehöök, com 27 pontos contra 28 de Gösta Åsbrink em pódio todo sueco. Após a 1ª Guerra Mundial, os suecos seguiram dominando o pódio na Antuérpia-1920 e em Paris-1924, com títulos de Gustaf Dyrssen e Bo Lindman, que ainda foi prata em Amsterdã-1928 e Los Angeles-1932.
O primeiro a quebrar a sequência sueca foi o alemão Gotthardt Handrick, que venceu em Berlim-1936, mas após a 2ª Guerra os suecos voltaram a vencer por mais três edições seguidas. Lars Hall foi ouro em Helsinque-1952 e Melbourne-1956, se tornando o primeiro bicampeão olímpico do pentatlo. Em 1852 foi incluída a prova por equipes e, curiosamente, nunca a Suécia ficou com o ouro.
Após essa era sueca de vitórias, foi a vez da Hungria subir ao topo da modalidade. Ferenc Németh foi ouro em Roma-1960, Ferenc Török em Tóquio-1964 e András Balczó levou em Munique-1972. Balczó ganhou sua primeira medalha em Mundiais em 1958, competiu em Roma-1960, venceu cinco Mundiais seguidos de 1963 a 1969 e encerrou sua brilhante carreira com o ouro olímpico. Foram ao todo cinco medalhas olímpicas (3 ouros e 2 pratas) e 19 medalhas em Mundiais, sendo 10 ouros.
Dois fatos inusitados aconteceram na disputa olímpica na Cidade do México-1968. O sueco Hans-Gunnar Liljenwall foi o primeiro atleta da história a ser desclassificado por doping de álcool, por tomar umas cervejas antes da prova de tiro. Já o alemão ocidental Hans Todt ficou com 0 ponto na prova de hipismo. O cavalo sorteado para o atleta refugou três vezes e ele zerou. Indignado por perder anos de treino por conta de um sorteio de cavalo, Todt atacou o cavalo e precisou ser contido por seus companheiros.
Dono de três medalhas olímpicas e 11 Mundiais, o soviético Boris Onischenko foi flagrado com um dispositivo em sua espada que marcava pontos de maneira errada. Ele foi imediatamente excluído dos Jogos, expulso da Vila Olímpica no México e nunca mais competiu fora da União Soviética.
A União Soviética venceu quatro vezes o ouro por equipe, mas apenas uma vez no individual. O único campeão foi Anatoly Starostin, em Moscou-1980. Quatro vezes campeão mundial, Pavel Lednev é o atleta com o maior número de medalhas olímpicas no pentatlo, com sete no total, sendo dois ouros por equipes, duas pratas e três bronzes.
Em Atlanta-1996, o formato da disputa mudou e as cinco provas começaram a ser disputadas em um único dia. Neste novo formato, a corrida passaria a ser sempre a última prova e a largada era determinada de acordo com a pontuação nas outras quatro provas.
O atleta com maior pontuação larga na frente e a diferença de pontos é transformada em tempo. Assim, quem cruzar a linha de chegada primeiro, é o campeão. O primeiro campeão neste novo formato foi o cazaque Alexander Parygin.
Nos anos 2000, a Rússia virou o país a ser batido em Olimpíadas. Dmitry Svatkovsky faturou o ouro em Sydney-2000. Andrey Moiseev foi o vencedor em Atenas-2004 e em seguida conquistou o bicampeonato em Pequim-2008.
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Para Londres-2012, a UIPM alterou o formato da prova final, combinando a prova de tiro com a corrida, a chamada laser run. Neste formato, os atletas percorrem 3.000 m de cross-country tendo que parar algumas vezes no estande de tiro para dar cinco tiros com uma arma a laser.
Ele só pode voltar a correr quando acertar os cinco alvos ou dar o tempo de 70 segundos. O tcheco David Svoboda foi o vencedor do ouro, batendo o recorde olímpico com 5.928 pontos no total, chegando 6 s na frente do chinês Cao Zhongrong.
Para a Rio-2016, a pontuação foi dividida por 4, de maneira que cada ponto equivale a um segundo. E a Rússia voltou ao topo com Aleksander Lesun com 1.479 pontos, cruzando a linha 7 s antes do ucraniano Pavlo Tymoshchenko.
Os medalhistas do individual masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze | |||
Estocolmo 1912 | Gösta Lilliehöök | SWE | Gösta Åsbrink | SWE | Georg de Laval | SWE |
Antuérpia 1920 | Gustaf Dyrssen | SWE | Erik de Laval | SWE | Gösta Runö | SWE |
Paris 1924 | Bo Lindman | SWE | Gustaf Dyrssen | SWE | Bertil Uggla | SWE |
Amsterdã 1928 | Sven Thofelt | SWE | Bo Lindman | SWE | Helmut Kahl | GER |
Los Angeles 1932 | Johan Oxenstierna | SWE | Bo Lindman | SWE | Richard Mayo | USA |
Berlim 1936 | Gotthard Handrick | GER | Charles Leonard | USA | Silvano Abbà | ITA |
Londres 1948 | Wille Grut | SWE | George Moore | USA | Gösta Gärdin | SWE |
Helsinque 1952 | Lars Hall | SWE | Gábor Benedek | HUN | István Szondy | HUN |
Melbourne 1956 | Lars Hall | SWE | Ole Mannonen | FIN | Wäinö Korhonen | FIN |
Roma 1960 | Ferenc Németh | HUN | Imre Nagy | HUN | Bob Beck | USA |
Tóquio 1964 | Ferenc Török | HUN | Igor Novikov | URS | Albert Mokeyev | URS |
Cidade do México 1968 | Björn Ferm | SWE | András Balczó | HUN | Pavel Lednyov | URS |
Munique 1972 | András Balczó | HUN | Boris Onishchenko | URS | Pavel Lednyov | URS |
Montreal 1976 | Janusz Pyciak-Peciak | POL | Pavel Lednyov | URS | Jan Bártů | TCH |
Moscou 1980 | Anatoly Starostin | URS | Tamás Szombathelyi | HUN | Pavel Lednyov | URS |
Los Angeles 1984 | Daniele Masala | ITA | Svante Rasmuson | SWE | Carlo Massullo | ITA |
Seul 1988 | János Martinek | HUN | Carlo Massullo | ITA | Vakho Iagorashvili | URS |
Barcelona 1992 | Arkadiusz Skrzypaszek | POL | Attila Mizsér | HUN | Eduard Zenovka | EUN |
Atlanta 1996 | Aleksandr Parygin | KAZ | Eduard Zenovka | RUS | János Martinek | HUN |
Sydney 2000 | Dmitry Svatkovsky | RUS | Gábor Balogh | HUN | Paval Douhal | BLR |
Atenas 2004 | Andrey Moiseyev | RUS | Andrejus Zadneprovskis | LTU | Libor Capalini | CZE |
Pequim 2008 | Andrey Moiseyev | RUS | Edvinas Krungolcas | LTU | Andrejus Zadneprovskis | LTU |
Londres 2012 | David Svoboda | CZE | Cao Zhongrong | CHN | Ádám Marosi | HUN |
Rio 2016 | Aleksandr Lesun | RUS | Pavlo Tymoshchenko | UKR | Ismael Hernández | MEX |
Quadro geral de medalhas no individual masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Suécia | 9 | 6 | 4 | 19 |
Hungria | 4 | 6 | 3 | 13 |
Rússia | 4 | 1 | 0 | 5 |
Polônia | 2 | 0 | 0 | 2 |
União Soviética | 1 | 3 | 5 | 9 |
Itália | 1 | 1 | 2 | 4 |
República Tcheca | 1 | 0 | 1 | 2 |
Alemanha | 1 | 0 | 1 | 2 |
Cazaquistão | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 2 | 2 | 4 |
Lituânia | 0 | 2 | 1 | 3 |
Finlândia | 0 | 1 | 1 | 2 |
China | 0 | 1 | 0 | 1 |
Ucrânia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Belarus | 0 | 0 | 1 | 1 |
Tchecoslováquia | 0 | 0 | 1 | 1 |
México | 0 | 0 | 1 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 0 | 1 | 1 |