50m livre masculino
50m livre masculino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Recordes dos 50m livre masculino
Recorde mundial: 20s91 – César Cielo (BRA) – São Paulo (BRA) – 18/12/2009
Recorde olímpico: 21s30 – César Cielo (BRA) – Pequim (CHN) – 16/08/2008
Recorde Brasileiro: – 20s91 – César Cielo – São Paulo (BRA) – 18/12/2009
Chances do Brasil nos 50m livre masculino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Quarto colocado em Londres-2012 e sexto na Rio-2016, Bruno Fratus será o representante brasileiro nos 50m livre nos Jogos de Tóquio-2020. Atualmente um dos melhores velocistas do planeta, Fratus chega como favorito ao pódio olímpico este ano.
+Confira o perfil completo de Bruno Fratus
O Brasil nos 50m livre masculino dos Jogos Olímpicos
Além de Cielo, ouro em Pequim-2008 e bronze em Londres-2012, Fernando Scherer, bronze em Atlanta-1996 e Bruno Fratus, principal velocista nacional atualmente, o Brasil contou com atletas classificados para a prova em todas as edições olímpicas que o evento foi disputado. Os pioneiros foram José Moreira e Jorge Fernandes, este medalhista olímpico com o revezamento 4×200 m em Moscou-1980.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Os brasileiros não passaram das eliminatórias, terminando respectivamente 33º e 37º lugares em Seul-1988. Em Barcelona-92 Gustavo Borges foi o primeiro atleta do Brasil terminando entre os 16, ao finalizar em 13º lugar, posição que repetiu em Atlanta-1996, mesma edição olímpica da medalha de bronze de Fernando Scherer, o Xuxa.
O Brasil não teve finalistas em Sydney-2000 e Atenas-2004. Nessas edições, Xuxa ficou em 20º na Austrália e Edvaldo Filho foi 23º. Já na Grécia, Xuxa voltou às semifinais, ficando em 11º, sendo o único brasileiro no evento na ocasião
Em Pequim-2008, além do ouro de Cielo, Nicholas Santos foi 16º colocado naquela edição. O nível de Pequim foi tão forte que a marca de Nicholas teria lhe rendido o sexto lugar quatro anos antes.
Favoritos do 50m livre masculino nos Jogos de Tóquio-2020
Caeleb Dressel é o principal atleta da prova atualmente, e pode trazer o sexto ouro americano no evento nos Jogos de Tóquio-2020. O atleta é o atual bicampeão mundial da distância, sendo que para vencer o título de 2019 marcou 21s04, o tempo mais próximo do recorde mundial de César Cielo. Favorito também nos 100m livre e nos 100m borboleta, pode sair dos Jogos de Tóquio com seis medalhas de ouro caso vença também com a equipe americana os revezamentos 4 x 100m livre, 4 x 100m medley e 4 x 100m medley misto.
O britânico Ben Proud é o principal adversário de Dressel. Seus principais resultados são o bronze mundial em 2017 e o título europeu em 2018, apesar de ser um atleta bastante irregular em competições de alto nível.
Depois de Dressel, Bruno Fratus é quem tem demonstrado mais regularidade nas grandes competições, com destaque para o vice-campeonato mundial em 2017 e 2019, além do bronze em 2015. Conquistou ainda o título dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, deixando Nathan Adrian, medalhista olímpico da prova, com a prata.
O brasileiro possui 21s27 como melhor marca na carreira e é a principal chance de medalha do Brasil nas piscinas de Tóquio. Fratus é o nadador que mais vezes nadou abaixo da barreira dos 22 segundos na história da prova, 80 vezes até janeiro de 2020.
Outros nomes de destaque são o grego Kristian Golomeev, vice mundial empatado com Bruno Fratus em 2019; Vladmir Morozov, russo medalhista olímpico no 4 x 100m livre em Londres-2012; Michael Andrew, o segundo americano do ranking mundial da atualidade; o italiano Andrea Vergani, bronze no Europeu de 2018; Shinri Shioura, estrela do Japão que nadará em casa; e o campeão olímpico de Londres-2012, o francês Florent Manaudou, que retornou à natação após sua aposentadoria precoce ao fim dos Jogos Rio-2016.
Histórico dos 50m livre masculino nos Jogos Olímpicos
A prova mais rápida da natação mundial está presente nos Jogos Olímpicos desde Seul-1988, na Coréia do Sul. O evento é historicamente dominado pelos Estados Unidos, país que já conquistou cinco ouros olímpicos e só não subiu ao pódio da disputa em Pequim-2008. A prova entrou no programa olímpico justamente em um momento de protagonismo e grandes rivalidades de velocistas americanos e soviéticos.
O primeiro campeão de todos foi Matt Biondi, com 22s14, recorde mundial da prova na época. A prata também foi para os Estados Unidos, com Tom Jager e o bronze para o soviétivo Gennadiy Prigoda.
Em Barcelona-1992, o favoritismo da dupla americana era notório, com Biondi buscando seu bicampeonato olímpico e Tom Jager, então recordista mundial com 21s81. A festa dos Estados Unidos foi interrompida por Alexander Popov, russo que deixou Biondi com a prata e Jager com o bronze, se tornando o principal velocista do planeta nos anos 90, pois além de vencer em Barcelona, foi campeão também em Atlanta-1996, tanto nos 50m quantos nos 100m, calando a torcida local. Em Atlanta, o pódio foi completo por Garry Hall Jr, um novo ídolo da torcida americana que terminou com a prata e com Fernando Scherer, o Xuxa, que trouxe ao Brasil a primeira medalha olímpica nacional na prova, o bronze.
Quatro anos depois, em Sydney-2000, foi a vez dos americanos voltarem ao topo do pódio, com direito ao melhor cenário possível para a torcida dos Estados Unidos, com um empate entre Garry Hall Jr e Anthony Ervin pelo ouro, deixando Pieter van den Hoogenband, da Holanda, com o bronze. Popov apenas em sexto na prova.
Garry Hall Jr venceu também em Atenas-2004, seguido pelo croata Duje Draganja e por Roland Schoemann, da África do Sul, com o bronze.
O ano de 2008 elevou extremamente o nível da prova, especialmente pelo uso dos trajes tecnológicos, que melhoravam a flutuabilidade dos atletas na piscina, o que ajuda bastante nadadores de provas de velocidade. Até aquela temporada, o recorde mundial era de 21s64, de Alexander Popov, feito em junho de 2000.
Só antes dos Jogos de Pequim a marca foi quebrada quatro vezes, com Eamon Sullivan chegando aos Jogos como recordista mundial da prova com 21s28, feitos na seletiva australiana. Sullivan decepcionou em Pequim, ficando em sétimo lugar. Na China, o mundo viu a ascensão de César Cielo, um dos maiores velocistas de todos os tempos, que conquistou para o Brasil o primeiro e até hoje único ouro olímpico da história da natação do país, com o tempo de 21s30.
Esta marca até os dias atuais segue como recorde olímpico. Prata e bronze para a França, respectivamente para Amaury Leveaux e Alain Bernard com. Para se ter uma ideia do nível da prova em Pequim, o tempo de 21s98 que deu a Garry Hall Jr o ouro em Atenas-2004 sequer seria suficiente para chegar na final, pois o oitavo colocado das semifinais foi o americano Ben Wildman-Tobriner com 21s76.
Em Londres-2012 Cielo, que além de campeão olímpico era na ocasião bicampeão mundial, era o franco favorito da prova, mas foi vencido pelo francês Florent Manaudou, que chegou sem ser considerado favorito, avançou em sexto para a final e conquistando o ouro com 21s34. Cielo terminou com o bronze, a terceira medalha olímpica do Brasil na prova, com 21s59, superado também pelo americano Cullen Jones. Outro resultado positivo do Brasil foi o quarto lugar de Bruno Fratus, com 21s61, a apenas 0s02 do pódio olímpico.
Nos Jogos Rio-2016, Cielo não se classificou para a equipe nacional ao ficar em terceiro lugar na seletiva olímpica brasileira, atrás de Bruno Fratus e Ítalo Manzine. Fratus já era na ocasião o principal velocista brasileiro, vindo de um bronze mundial em 2015 e ganhou toda a atenção nacional com a não classificação de Cielo. Na final, ficou em sexto lugar, vendo o ouro voltar para as mãos dos Estados Unidos com Anthony Ervin, campeão olímpico em Sydney-2000, surpreendendo o mundo aos 35 anos para conquistar o bicampeonato olímpico. A prata ficou com o francês Florant Manaudou e o bronze com o americano Nathan Adrian.
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Os medalhistas dos 50m livre masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Seull 1988 | Matt Biondi (USA) | Tom Jager (USA) | Gennady Prigoda (TRS) |
Barcelona 1992 | Aleksandr Popov (EUN) | Matt Biondi (USA) | Tom Jager (USA) |
Atenas 1996 | Aleksandr Popov (RUS) | Gary Hall Jr. (USA) | Fernando Scherer (BRA) |
Sydney 2000 | Gary Hall Jr. (USA) Anthony Ervin (USA) | — | Pieter van den Hoogenband (NED) |
Atenas 2004 | Gary Hall Jr. (USA) | Duje Draganja (CRO) | Roland Schoeman (RSA) |
Pequim 2008 | César Cielo Filho (BRA) | Amaury Leveaux (FRA) | Alain Bernard (FRA) |
Londres 2012 | Florent Manaudou (FRA) | Cullen Jones (USA) | César Cielo Filho (BRA) |
Rio 2016 | Anthony Ervin (USA) | Florent Manaudou (FRA) | Nathan Adrian (USA) |
Quadro de medalhas dos 50m livre masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 5 | 4 | 2 | 11 |
França | 1 | 2 | 1 | 4 |
Brasil | 1 | 0 | 2 | 3 |
Rússia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Croácia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
África do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 |
União Soviética | 0 | 0 | 1 | 1 |