4 x 100m livre feminino
4 x 100m livre feminino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Recordes dos 4 x 100m livre feminino
Recorde mundial: 3m30s05 – Austrália (Shayna Jack, Bronte Campbell, Emma McKeon e Cate Campbell) – Gold Coast (AUS) – 05/04/2018
Recorde olímpico: 3m30s65 – Austrália (Emma McKeon, Brittany Elmslie, Bronte Campbell e Cate Campbell) – Rio de Janeiro (BRA) – 06/08/2016
Recorde Brasileiro: 3m37s39 – Larissa Oliveira, Gracielle Hermann, Etiene Medeiros e Daynara de Paula – Toronto (CAN) – 14/07/2015
Chances do Brasil nos 4 x 100m livre feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Diferentemente do que ocorreu no masculino, a equipe feminina do Brasil ainda não possuía a vaga direta em nenhuma prova conjunta. No 4x100m, 12 das 16 vagas já estavam definidas e as quatro restantes iriam para os quatro melhores tempos do ranking mundial.
Na Seletiva Olímpica da natação, as quatro melhores nadadoras do 100m participariam depois de uma tomada de tempo para tentar melhorar a posição no ranking mundial. Etiene Medeiros, Stephanie Balduccini, Larissa Oliveira, e Ana Vieira caíram na água e cravaram 3min38s59, 2ª melhor marca da história do 4x100m feminino, atrás apenas do recorde obtido no Pan de Lima em 2019.
+ Confira um perfil completo de Larissa Oliveira, Etiene Medeiros, Ana Vieira e Stephanie Balduccini
As quatro então tiveram que secar os outros países e torcer para que o tempo feito na Seletiva ficasse com uma das quatro vagas restantes. No início de junho, a Fina (Federação Internacional de Natação) confirmou, a convocação do revezamento 4x100m livre feminino do Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Pata Tóquio, as nadadoras terão que, no mínimo, baixar o recorde sul-americano de 3m37s39. Se fizerem isso, é possível se classificar para a final entre as oito melhores. O ideal seria baixar da casa dos 3min37s.
Pensar em uma medalha é muito difícil. As brasileiras teriam que nadar, em tese, abaixo de 3min33s50, cinco segundos a menos do tempo obtido na Seletiva. Isso é algo que parece pouco provável analisando os resultados obtidos ao longo do ciclo. Uma final já seria uma grande conquista.
Favoritas do 4 x 100m livre feminino nos Jogos de Tóquio-2020
Austrália, Estados Unidos, Canadá e Holanda. Esses são os países que formam há anos o Top 4 da prova e que devem brigar por medalhas na Olimpíada de Tóquio 2020.
A Austrália, liderada pelas irmãs Campbell, venceu o último Mundial mesmo não fazendo sua melhor marca, mas o suficiente para colocar cerca de 0s80 a frente dos Estados Unidos. Donas das quatro melhores marcas de todos os tempos, a equipe australiana dificilmente perderá o ouro em Tóquio-2020, onde provavelmente vai nadar abaixo do recorde mundial de 3m30s05, feito por elas para nos Jogos da Comunidade Britânica em 2018.
É sempre bom, claro, não subestimar a equipe americana na natação. No 4x100m, são vice campeãs mundiais em 2019 com 3m31s02, recorde nacional do país. Os Estados Unidos já surpreenderam as australianas com o título mundial de 2017. Raro nos últimos anos, mas este feito pode sim se repetir na Olimpíada do Japão.
Ainda na América do Norte, o Canadá é o país que mais evoluiu na natação feminina na última década e a prova disso é o 4 x 100 m livre, onde o país conquistou o bronze dos Jogos do Rio e repetiu a medalha no Mundial de 2019, desbancando em ambas as ocasiões a Holanda.
Campeãs na Olimpíada de Pequim-2008, as holandesas ainda contam com Ranomi Kromowidjojo e Femke Heemskerk, dupla que fez parte da equipe no seu auge. Elas buscam não só se manterem em alto nível como achar peças de possam substituir Inge Dekker e Marleen Veldhuis que fizeram parte da equipe imbatível em 2008 e 2009. China, Suécia, Japão e Alemanha completam a lista de países com chance de brigar pelo pódio na Olimpíada.
O Brasil nos 4 x 100m livre feminino dos Jogos Olímpicos
Ao contrário da equipe masculina que participou de quase todas as edições olímpicas na natação e conquistou um bronze em Sydney-2000, a equipe feminina do 4x100m feminino só participou de cinco edições olímpicas. Na primeira delas, em Londres-1948, obteve o melhor resultado até hoje um sexto lugar com o time composto por Eleonora Schmitt, Maria da Costa, Talita Rodrígues e Piedade Coutinho-Tavares.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Dois destaques na participação desta equipe. O primeiro foi a presença nesse time de Piedade Coutinho, que 12 anos antes em Berlim-1936 conquistou o quinto lugar nos 400m livre, o melhor resultado individual do Brasil na natação feminina, empatado com o dos 400m medley de Joanna Maranhão em Atenas-2004. O segundo foi a participação de Talita Rodrigues, que tinha na ocasião da final olímpica apenas 13 anos e 347 dias e era até este ano a mais jovem atleta a representar o Brasil na história das Olimpíadas.
Esta marca será superada em Tóquio pela participação de Rayssa Leal no skate street, que terá no momento das disputas de sua modalidade 13 anos e 199 dias.
Além da participação em Londres, o revezamento 4x100m feminino do Brasil também esteve na Olimpíada de Seul-1988, Atenas-2004, Pequim-2008 e Rio-2016, mas não voltou a avançar até à final.
Histórico dos 4 x 100m livre feminino nos Jogos Olímpicos
O 4 x100m livre feminino estreou nos Jogos Olímpicos junto com a participação feminina na natação, em Estocolmo-1912.
Os Estados Unidos já venceram a prova 14 vezes, mas atualmente quem tem brilhado mesmo no âmbito olímpico são australianas e holandesas. As primeiras campeãs olímpicas, entretanto, foram as britânicas, vencedoras nas piscinas suecas há 119 anos.
Domínio americano
Os Estados Unidos venceram as três edições seguidas, em equipes que tinham grandes nomes como Albina Osipowich, Martha Norelius ,Gertrude Ederle e Helene Madison. Já em Berlim-1936, lideradas por Willy den Ouden e Rie Mastenbroek, a Holanda conquistou o seu primeiro título, iniciando uma forte tradição que vem até os dias de hoje.
No pós-guerra, os Estados Unidos voltaram a vencer em Londres-1948, a Hungria ganhou em Helsinque-1952 e a Austrália, país que domina a prova até os dias de hoje, foi campeã em Melbourne-1956, lideradas pela tricampeã olímpica individual dos 100m livre Dawn Fraser.
De Roma-1960 a Montreal-1976, mais cinco títulos dos EUA. A sequência foi interrompida na Olimpíada de Moscou-1980, onde as alemãs orientais aproveitaram o boicote do país rival para ficarem com o título.
Em Los Angeles-1984, desta vez com alemãs e soviéticas boicotando os Jogos, mais um título americano. Em Seul-1988, os dois países voltaram a se enfrentar depois de 12 anos e o título ficou com a Alemanha Oriental, liderada por Kristin Otto, vencedora de seis ouros olímpicos naquela Olimpíada.
Nas três olímpiadas seguintes, mas três ouros americanos, com destaque para Dara Torres, que fez parte dos times de Barcelona-1992 e Sydney-2000, e Jenny Thompson, que nadou nas três edições.
Surgimento de outras forças
A Austrália venceu em Atenas-2004, Londres-2012 e Rio-2016, e só teve seu domínio nos últimos anos interrompido pela também espetacular equipe da Holanda, campeã olímpica em Pequim-2008.
Entre pratas e bronzes, os Estados Unidos não saem do hall das melhores equipes e vão brigar muito forte por esse ouro que não vem há 21 anos.
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As medalhistas dos 4 x 100m livre feminino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Estocolmo 1912 | Grã-Bretanha | Alemanha | Áustria |
Antuérpia 1920 | Estados Unidos | Grã-Bretanha | Suécia |
Paris 1924 | Estados Unidos | Grá-Bretanha | Suécia |
Amsterdã 1928 | Estados Unidos | Grã-Bretanha | África do Sul |
Los Angeles 1932 | Estados Unidos | Holanda | Grã-Bretanha |
Berlim 1936 | Holanda | Alemanha | Estados Unidos |
Londres 1948 | Estados Unidos | Dinamarca | Holanda |
Helsinque 1952 | Hungria | Holanda | Estados Unidos |
Melbourne 1956 | Austrália | Estados Unidos | África do Sul |
Roma 1960 | Estados Unidos | Austrália | Alemanha |
Tóquio 1964 | Estados Unidos | Austrália | Holanda |
Cidade do México 1968 | Estados Unidos | Alemanha Oriental | Canadá |
Munique 1972 | Estados Unidos | Alemanha Oriental | Alemanha Ocidental |
Montreal 1976 | Estados Unidos | Alemanha Oriental | Canadá |
Moscou 1980 | Alemanha Oriental | Suécia | Holanda |
Los Angeles 1984 | Estados Unidos | Holanda | Alemanha Ocidental |
Seul 1988 | Alemanha Oriental | Holanda | Estados Unidos |
Barcelona 1992 | Estados Unidos | China | Alemanha |
Atlanta 1996 | Estados Unidos | China | Alemanha |
Sydney 2000 | Estados Unidos | Holanda | Suécia |
Atenas 2004 | Austrália | Estados Unidos | Holanda |
Pequim 2008 | Holanda | Estados Unidos | Austrália |
Londres 2012 | Austrália | Holanda | Estados Unidos |
Rio 2016 | Austrália | Estados Unidos | Canadá |
Quadro de medalhas dos 4 x 100m livre feminino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 14 | 4 | 4 | 22 |
Austrália | 4 | 2 | 1 | 7 |
Holanda | 2 | 6 | 4 | 12 |
Alemanha Oriental | 2 | 3 | 0 | 5 |
Grã-Bretanha | 1 | 3 | 1 | 5 |
Hungria | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha | 0 | 2 | 3 | 5 |
China | 0 | 2 | 0 | 2 |
Suécia | 0 | 1 | 3 | 4 |
Dinamarca | 0 | 1 | 0 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 3 | 3 |
África do Sul | 0 | 0 | 2 | 2 |
Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 2 | 2 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |