200m livre masculino
200m livre masculino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Recordes dos 200m livre masculino
Recorde mundial: 1m42s00 – Paul Biedermann (GER) – Roma (ITA) – 28/07/2009
Recorde olímpico: 1m42s96 – Michael Phelps (USA) – Pequim (CHN) – 12/08/2008
Recorde Brasileiro: 1m45s51 – Fernando Scheffer – Porto Alegre (BRA) – 21/12/2018
Chances do Brasil nos 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Fernando Scheffer será um dos representante do Brasil nos 200m livre nos Jogos de Tóquio. Ele é o atual recordista sul-americano da prova, com 1m45s51, e pode não só garimpar uma final olímpica como pode brigar também por uma medalha. O outro representante do Brasil na prova será Breno Correia, que tem como melhor tempo na vida 1min46s65. com boas chances de grandes feitos nas piscinas japonesas.
+ Confira um perfil completo com os principais resultados no ciclo o de Fernando Scheffer, Breno Corrria
Nos últimos dois mundiais (Hungria 2017 e Coreia 2019, o oitavo e último classificado para a final dos 200m livre fez, respectivamente ele teria para chegar à final dos 200m livre fora, respectivamente 1min46s28 e 1min45s76. Na Rio 2016, foi preciso fazer 1min46s23. Para a medalha, o mínimo necessário a se fazer foi 1min45s23 (Rio 2016 e Budapeste 2017) e 1min45s63.
+ Veja a lista de todos os brasileiros classificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio
Ou seja, se repetirem suas melhores marcas, Scheffer brigará, em tese, por uma medalha, e Breno para ir a uma final.
Favoritos do 200m livre masculino nos Jogos de Tóquio-2020
Dos dez atletas com as melhores marcas da história da prova, apenas um estará em Tóquio-2020, o lituano Danas Rapsys.
Atleta em constante crescimento, ele chegou a vencer os 200m livre no Mundial de Gwangju em 2019, mas foi desclassificado devido a um movimento irregular de milésimos de segundos na saída do bloco de largada. Já declarou que irá buscar o ouro em Tóquio-2020 para provar que é o melhor da atualidade.
O trabalho de Rapsys se tornara um pouco menos difícil pois Sun Yang, atual bicampeão mundial e campeão olímpico, não estará em Tóquio após ter tomado uma punição por violação no controle antidopagem de oito anos. Em 2019 o chinês não aceitou fazer um exame antidoping surpresa pois alegou que um dos fiscais da agência mundial antidoping que foram a sua casa estava sem credencial. A corte arbitral do esporte julgou isso como infração gravíssima e o suspendeu pelos próximos oito anos, o que praticamente significa sua aposentadoria.
Vice-campeão em Gwangju-2019, Katsuhiro Matsumoto do Japão é uma das principais apostas da casa. Martin Malyutin da Rússia e Duncan Scott do Reino Unido empataram com o bronze em Gwangju e são boas apostas para o ouro olímpico em Tóquio.
A tradicional equipe americana não teve representantes na final do último Mundial, mas isso em nada exclui esses atletas de quaisquer projeções de medalhas para os Jogos. Andrew Seliskar, Townley Haas, Blake Pieroni e Zach Apple brigarão internamente para ver qual será a dupla de nadadores que vai nadar a prova. Qualquer um que for será favorito à medalha.
Outras apostas para o pódio são Fernando Scheffer do Brasil, nono colocado no Mundial de Gwangju; Chad Le Clos, sul-africano e atual vice campeão olímpico; Filippo Megli, da Itália; Clyde Lewis da Austrália; Dominik Kozma da Hungria; Ji Xinjie da China; e James Guy, da Grã-Bretanha.
O Brasil nos 200m livre masculino dos Jogos Olímpicos
O resultado mais importante da história do Brasil nos 200m livre masculino é a medalha de prata de Gustavo Borges em Atlanta-1996. O paulista fez 1m48s08, chegando atrás do neozelandês Danyon Loader.
A marca de Gustavo foi recorde sul-americano até a Olimpíada de Pequim em 2008, quando Rodrigo Castro fez 1m47s87 para chegar às semifinais da prova naquela ocasião.
Alfredo Machado e Ruy de Oliveira foram os primeiros representantes do Brasil na prova, ficando nas eliminatórias da prova em Munique-1972. Na Olimpíada de Moscou-1980, o Brasil teve Jorge Fernandes (16º), Marcus Matiolli (17º) e Cyro Delgado (19º).
Cristiano Michelena e Júlio César Rebolal representaram o Brasil em Seul-1988, também ficando nas eliminatórias. Antes de ser semifinalista na Olimpíada de Pequim 2008, Rodrigo Castro foi 33º em Sydney-2000 e 20º em Atenas-2004.
Na Olimpíada do Rio-2016 o Brasil teve dois atletas inscritos, sendo o melhor resultado de João de Lucca em 25º com 1m47s63. Nicolas Oliveira, que também competiu com a equipe de revezamento, não largou.
Histórico dos 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
Uma das mais tradicionais provas do programa olímpico, os 200m livre masculino estreou nos Jogos Olímpicos de Paris-1900 e tem a Austrália, com quatro ouros, sua maior vencedora.
É do país, aliás, o primeiro campeão olímpico, com Freddy Lane ganhando a prova e cravando o primeiro recorde mundial da distância (2m25s20). Após Paris, o evento ficou de fora do programa olímpico por 68 anos, regressando apenas na Olimpíada da Cidade do México-1968.
Naquela edição, o americano Don Schollander, então recordista mundial, chegou ao México como favorito, mas foi surpreendido pelo australiano Michael Wenden, que venceu a prova da natação.
O mito Mark Spitz levou ouro da prova em Munique-1972 e batendo o recorde mundial. Nas quatro edições olímpicas seguintes, todos os campeões olímpicos também venceram a prova e quebraram o recorde: Bruce Furniss, dos Estados Unidos, em Montreal-76; Sergey Kopliakov, da União Soviética, em Moscou-1980; Michael Gross da Alemanha Ocidental, em Los Angeles-1984; e Duncan Armstrong, da Austrália, em Seul-1988.
Yevgeny Sadovyi, da Comunidade dos Países Independentes, bandeira pela qual competiram atletas da União Soviética que estava em dissolução, venceu os Jogos de Barcelona-1992, enquanto Danyon Loader, da Nova Zelândia levou o ouro em Atlanta-1996, com Gustavo Borges chegando em segundo lugar e conquistando a primeira medalha brasileira na história da prova.
A Olimpíada de Sydney-2000 marcou o início de um memorável duelo entre dois dos maiores ídolos na natação, o australiano Ian Thorpe e o holandês Pieter van den Hoogenband. Thorpe era favorito e recordista mundial, baicando o tempo em quatro oportunidades. Mas nem com o apoio da fanática torcida australiana pôde impedir que Pieter levasse o ouro para a Holanda, depois de quebrar o recorde mundial da prova nas semifinais. Thorpe foi prata e o italiano Massimiliano Rosolino ficou com o bronze.
Na revanche em Atenas-2004, Thorpe confirmou o favoritismo e venceu o ouro, deixando Pieter com a prata. A rivalidade entre os dois era restrita as piscinas, pois fora dela os dois tinham uma boa amizade. O bronze em Atenas-2004 ficou para Michael Phelps. Na ocasião, o evento foi chamado pela imprensa internacional como a “prova do século” na natação.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK
Phelps, maior nadador de todos os tempos, dominou os 200m livre no ciclo seguinte e nos Jogos de Pequim-2008 confirmou seu favoritismo, faturando um dos oito ouros que conquistou naquela edição. O francês Yannick Agnel fez a terceira melhor marca da história (1m43s14) para ficar com o título olímpico de Londres-2012. Prata em Londres, o chinês Sun Yang conquistou o ouro na Rio-2016.
Os medalhistas dos 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Paris 1900 | Fred Lane (GBR) | Zoltán Halmay (HUN) | Karl Ruberl (AUT) |
Cidade do México 1968 | Mike Wenden (AUS) | Don Schollander (USA) | John Nelson (USA) |
Munique 1972 | Mark Spitz (USA) | Steve Genter (USA) | Werner Lampe (FRG) |
Montreal 1976 | Bruce Furniss (USA) | John Naber (USA) | Jim Montgomery (USA) |
Moscou 1980 | Sergey Koplyakov (URS) | Andrey Krylov (URS) | Graeme Brewer (AUS) |
Los Angeles 1984 | Michael Gross (FRG) | Mike Heath (USA) | Thomas Fahrner (FRG) |
Seul 1988 | Duncan Armstrong (AUS) | Anders Holmertz (SWE) | Matt Biondi (USA) |
Barcelona 1992 | Yevgeny Sadovy (EUN) | Anders Holmertz (SWE) | Antti Kasvio (FIN) |
Atlanta 1996 | Danyon Loader (NZL) | Gustavo Borges (BRA) | Daniel Kowalski (AUS) |
Sydney 2000 | Pieter van den Hoogenband (NED) | Ian Thorpe (AUS) | Massimiliano Rosolino (ITA) |
Atenas 2004 | Ian Thorpe (AUS) | Pieter van den Hoogenband (NED) | Michael Phelps (USA) |
Pequim 2008 | Michael Phelps (USA) | Park Tae-Hwan (KOR) | Peter Vanderkaay (USA) |
Londres 2012 | Yannick Agnel (FRA) | Park Tae-Hwan (KOR) Sun Yang (CHN) | — |
Rio 2016 | Sun Yang (CHN) | Chad le Clos (RSA) | Conor Dwyer (USA) |
Quadro de medalhas dos 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 3 | 4 | 6 | 13 |
Austrália | 3 | 1 | 2 | 6 |
Holanda | 1 | 1 | 0 | 2 |
China | 1 | 1 | 0 | 2 |
União Soviética | 1 | 1 | 0 | 2 |
Alemanha Ocidental | 1 | 0 | 2 | 3 |
França | 1 | 0 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 1 | 0 | 0 | 1 |
Nova Zelândia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 2 | 0 | 2 |
Suécia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Brasil | 0 | 1 | 0 | 1 |
Hungria | 0 | 1 | 0 | 1 |
África do Sul | 0 | 1 | 0 | 1 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Finlândia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Itália | 0 | 0 | 1 | 1 |