200m livre feminino
200m livre feminino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Recordes dos 200m livre feminino
Recorde mundial: 1m52s98 – Federica Pellegrini (ITA) – Roma (ITA) – 29/07/2009
Recorde olímpico: 1m53s61 – Allison Schmitt (USA) – Londres (GBR) – 31/07/2012
Recorde Brasileiro: 1m57s28 – Manuella Lyrio – Rio de Janeiro (BRA) – 08/08/2016
Chances do Brasil nos 200m livre feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
O Brasil não terá representantes no evento em Tóquio-2020.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Favoritas do 200m livre feminino nos Jogos de Tóquio-2020
A final dos 200m livre feminino de Tóquio-2020 promete ser a mais forte de toda a sua história.
O número de atletas com chances de medalha é tão grande que nadar para 1min54s, marca que tem sido o número mágico para a conquista de medalhas nos últimos anos, não necessariamente garantirá a atleta sequer na final, muito menos no pódio. É a prova mais acirrada de toda a natação mundial atualmente.
Pelo menos 12 atletas de altíssimo nível nadam para a casa dos 1m54. A italiana Federica Pellegrini desponta com um leve favoritismo após o bicampeonato mundial em 2017 e 2019, chegando a quatro títulos mundiais somando os conquistados em 2009 e 2011.
A grande favorita, contudo, é da atual campeã olímpica na prova, a americana Katie Ledecky. Entretanto, ao contrário de 2016, o ouro dessa vez não é tão certo pois a americana tem visto sua hegemonia ameaçada nas provas de 200m livre e 400m livre. Ao contrário das distâncias maiores (800m e 1.500m), Ledecky não tem demonstrado mais a facilidade de outrora para levar suas medalhas nessas distâncias.
Além de Federica, quem mais tem dado trabalho para Ledecky são as australianas Ariarne Titmus e Emma Mckeon. Ariarne, de apenas 20 anos, foi vice-campeã mundial, atrás apenas da italiana.
Atleta com mais recordes mundiais entre as mulheres e atual vice-campeã olímpica da prova, a sueca Sarah Sjostrom vem subindo constantemente nos pódios importantes da distância, mas ainda lhe falta o ouro, o qual ela é uma das favoritas para buscar no Japão.
Siobhan Haughey (Hong Kong), Rikako Ikee (Japão), Yang Junxuan (China), Charlotte Bonet (França), Femke Heemskerk (Holanda), Taylor Ruck (Canadá) e Alisson Schmitt (Estados Unidos) são outras atletas para ficar de olho nesta prova.
O Brasil nos 200m livre feminino dos Jogos Olímpicos
O Brasil esteve presente em cinco edições olímpicas nos 200m livre feminino, com seis atletas. A primeira da lista foi a carioca Lucy Burle, em Munique-1972, que ficou nas eliminatórias da prova. A atleta também nadou os 100m livre na competição.
A segunda representante nos 100m livre foi Patrícia Amorim, em Seul-1988. Especialista nas provas de fundo, Patrícia terminou em 25º lugar no evento. Além da natação, a atleta ficou conhecida nacionalmente por ser presidente do Clube de Regatas do Flamengo de 2010 a 2012.
Dezesseis anos após Patrícia, foi a vez de Mariana Brochado nadar o evento, terminando em 23º lugar em Atenas-2004. Nessa edição, Mariana fez parte do histórico revezamento 4×200 m livre feminino que foi finalista olímpico, terminando em sétimo lugar, ao lado de Joanna Maranhão, Paula Barracho e Monique Ferreira. Nos Jogos de Pequim-2008, Monique representou o Brasil, terminando a prova em 28º.
Nos Jogos Rio-2016, o Brasil teve duas atletas, sendo Manuella Lyrio a primeira da história do país a chegar às semifinais, terminando a competição em 12º lugar, a melhor colocação brasileira na história da prova. Larissa Oliveira também representou o Brasil, finalizando a competição em 35º lugar.
Histórico dos 200m livre feminino nos Jogos Olímpicos
A prova dos 200m livre feminino estreou nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968. Os Estados Unidos são os maiores vencedores da prova, com cinco campeãs ao longo da história olímpica. Na primeira edição do evento, pódio completo para o país da América do Norte, com ouro para Debbie Meyer, prata para Jan Henne e bronze para Janne Barkman.
Em Munique-1972, o grande duelo foi entre a australiana Shane Gould e a americana Shirley Babashoff, que vinham se revezando na quebra do recorde mundial da prova durante todo o ciclo olímpico. Nos Jogos, Shane se mostrou superior e ficou com o ouro, deixando a prata para Shirley, seguida da compatriota Keena Rothhammer em terceiro.
Para Montreal-1976, com a aposentadoria de Shane Gould, Shirley travou uma nova batalha pela hegemonia na prova. A grande adversária da vez foi Kornelia Ender, da Alemanha Oriental. Kornelia, nas seletivas de seu país, nadou para 1m59s78, se tornando a primeira atleta da história a quebrar a barreira dos dois minutos na prova. Na final olímpica, a alemã oriental bateu novamente o recorde (1m59s26), ficou com o ouro e deixou Shirley Babashoff novamente com a prata. Enith Brigitha, da Holanda, completou o pódio.
Nos anos seguintes o posto de melhor do mundo continuou em um revezamento entre alemãs e americanas. Em Moscou-1980, com os Estados Unidos de fora dos jogos devido ao boicote, Barbara Krause da Alemanha Oriental manteve o título para o país.
Quatro anos depois, o cenário se inverteu. Em Los Angeles-1984, sem a Alemanha Oriental, que aderiu ao boicote da União Soviética, a vida dos americanos em algumas provas ficou mais fácil. Entre elas, os 200m livre feminino, que teve dobradinha dos Estados Unidos com Mary Wayte ficando com o ouro e Cynthia Woodhead com a prata.
Em novo duelo EUA x Alemanha Oriental nos Jogos de Seul-1988, o ouro ficou mais uma vez com as alemãs, com o triunfo de Heike Friedrich. Os Estados Unidos não subiram ao pódio, e assim a prata ficou com Silvia Poll, da Costa Rica, conquistando a primeira medalha olímpica da história do país.
A briga entre Estados Unidos e Alemanha continuou mesmo após a reunificação do país europeu, ocorrida em 1989. O “toma lá dá cá” se manteve em Barcelona-1992, com o ouro voltando para os Estados Unidos de Nicole Haislett, prata para a alemã Franziska van Almsick e bronze para a também alemã Kerstin Kielga.
Em Atlanta-1996, quando se imaginava um novo duelo entre americanas e alemãs nos 200m livre, a costa-riquenha Claudia Poll quebrou a sequência de ouros entre os dois países e conquistou a primeira medalha dourada da história do pequeno país da América Central. Ela e sua irmã Silvia Poll são até os dias de hoje as únicas medalhistas olímpicas da Costa Rica. Franziska repetiu a prata de Barcelona na natação.
Em Sydney-2000, pela primeira vez na história, o pódio olímpico dos 200m livre não contava com a presença de Estados Unidos ou Alemanha. Já a Austrália, voltava ao pódio da prova em grande estilo, com ouro de Susie O’Neill, deixando com a prata Martina Moravcová da Eslováquia e Claudia Poll, bronze, para a Costa Rica.
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Nos Jogos de Atenas-2004, o ouro ficou para Camelia Potec, da Romênia, enquanto a italiana Federica Pellegrini fez sua estreia olímpica, levando a prata e iniciando uma trajetória espetacular na prova. Em Pequim-2008, ficou com a medalha de ouro e também bateu o recorde mundial da prova, que baixou no Mundial de 2009 e até hoje está em seu poder.
Federica foi sexta colocada em Londres-2012 e quarta colocada no Rio-2016, quase se aposentando da prova por se sentir muito frustrada. Para a alegria da torcida italiana, a atleta não seguiu com o plano e vive atualmente sua melhor fase na carreira desde 2009. A americana Allison Schmitt, campeã olímpica em Londres-2012, é quem mais se aproximou do recorde de Pellegrini desde que a marca foi obtida em 2009. A atleta foi campeã olímpica com 1m53s61, recorde americano e segunda melhor marca de todos os tempos na natação. A terceira é de Katie Ledecky, campeã da Olimpíada do Rio-2016, com 1m53s76.
As medalhistas dos 200m livre feminino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Cidade do México 1968 | Debbie Meyer (USA) | Jan Henne (USA) | Jane Barkman (USA) |
Munique 1972 | Shane Gould (AUS) | Shirley Babashoff (USA) | Keena Rothhammer (USA) |
Montreal 1976 | Kornelia Ender (GDR) | Shirley Babashoff (USA) | Enith Brigitha (NED) |
Moscou 1980 | Barbara Krause (GDR) | Ines Diers (GDR) | Carmela Schmidt (GDR) |
Los Angeles 1984 | Mary Wayte (USA) | Sippy Woodhead (USA) | Annemarie Verstappen (NED) |
Seul 1988 | Heike Friedrich (GDR) | Sylvia Poll (CRC) | Manuela Stellmach (GDR) |
Barcelona 1992 | Nicole Haislett (USA) | Franziska van Almsick (GER) | Kerstin Kielgass |
Atlanta 1996 | Claudia Poll (CRC) | Franziska van Almsick (GER) | Dagmar Hase (GER) |
Sydney 2000 | Susie O’Neill (AUS) | Martina Moravcová (SVK) | Claudia Poll (CRC) |
Atenas 2004 | Camelia Potec (ROU) | Federica Pellegrini (ITA) | Solenne Figuès (FRA) |
Pequim 2008 | Federica Pellegrini (ITA) | Sara Isakovič (SLO) | Pang Jiaying (CHN) |
Londres 2012 | Allison Schmitt (USA) | Camille Muffat (FRA) | Bronte Barratt (AUS) |
Rio 2016 | Katie Ledecky (USA) | Sarah Sjöström (SWE) | Emma McKeon (AUS) |
Quadro de medalhas dos 200m livre feminino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 5 | 4 | 2 | 11 |
Alemanha Oriental | 3 | 1 | 2 | 6 |
Austrália | 2 | 0 | 2 | 4 |
Costa Rica | 1 | 1 | 1 | 3 |
Itália | 1 | 1 | 0 | 2 |
Romênia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha | 0 | 2 | 2 | 4 |
França | 0 | 1 | 1 | 2 |
Eslováquia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Eslovênia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Suécia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 2 | 2 |
China | 0 | 0 | 1 | 1 |