100m borboleta masculino
100m borboleta masculino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Recordes dos 100m borboleta masculino
Recorde mundial: 49s50 – Caeleb Dressel (USA) – Gwangju (KOR) – 26/07/2019
Recorde olímpico: 50s39 – Joseph Schooling (SIN) – Rio de Janeiro (BRA) – 12/08/2016
Recorde Brasileiro: 51s02 – Gabriel Mangabeira – Roma (ITA) – 31/07/2009
Chances do Brasil nos 100m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Matheus Gonche, estreante em Olímpiadas, será o representante brasileiros em Tóquio-2020.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
O Brasil nos 100m borboleta masculino dos Jogos Olímpicos
A natação brasileira só não se fez presente nos 100m borboleta masculino em duas oportunidades, Los Angeles-1984 e Sydney-2000. Nas outras, o país sempre teve pelo menos um atleta.
Gabriel Mangabeira é quem tem o melhor resultado da história do país na prova, ao ser finalista olímpico em Atenas-2004, terminando em um excelente sexto lugar. Ele participou também de Pequim-2008 onde não passou das eliminatórias.
O paraibano Kaio Márcio Almeida chegou à semifinal olímpica em Pequim-2008 terminando em 15º lugar. Quatro anos antes, ficou nas eliminatórias em Atenas-2004, mesma fase em que terminou em Londres-2012. É o único brasileiro com três participações olímpicas nesta prova.
Além de Mangabeira e Kaio, outros dois brasileiros foram além das eliminatórias na prova dos 100m borboleta em Olímpiadas. Sérgio Waismann ficou em 12º lugar em Munique-1972, mesma posição de José Carlos Souza em Barcelona-1992.
Também representaram o Brasil João Lima Neto na Cidade do México-1968; Rômulo Arantes Filho em Montreal-1976; Cláudio Kestener e Marcos Mattioli em Moscou-1980; Eduardo de Poli e Wladimir Ribeiro em Seul-1988; Eduardo Piccinini em Barcelona-1992; André Teixeira em Atlanta-1996; e finalmente Henrique Martins e Marcos Macedo nos Jogos do Rio-2016.
Favoritos do 100m borboleta masculino nos Jogos de Tóquio-2020
Na história dos 100m borboleta masculino apenas três homens nadaram abaixo dos 50 segundos na prova. Michael Phelps nadou uma, Milorad Cavic também uma e Caeleb Dressel, único do trio em atividade, fez três vezes. Ele dificilmente perderá essa prova em Tóquio-2020. Caeleb é a maior estrela masculina da natação americana desde a aposentadoria de Michael Phelps. É favorito a ser o primeiro homem da história a vencer em Jogos Olímpicos os 100m borboleta, 100m livre e 50m livre em uma mesma edição. Somando os revezamentos, poderá sair do Japão com seis títulos olímpicos.
Tentarão impedir a vitória de Dressel nos 100m borboleta e também lutar por um lugar no pódio o russo Andrey Minakov, vice-campeão mundial em 2019; o sul-africano Chad Le Clos, duas vezes vice-campeão olímpico na prova; o húngaro Kristóf Milák, que é o melhor do mundo nos 200m borboleta; o francês Mehdy Metella; o guatemalteco Luis Carlos Martinez; o brasileiro Vinicius Lanza; e o atual campeão olímpico Joseph Schooling, de Cingapura, que não vive sua melhor fase na carreira.
Histórico dos 100m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
As provas do nado borboleta foram as últimas a entrarem no programa olímpico, especialmente por que o estilo foi inventado apenas na década de 30. A estreia olímpica dos 100m borboleta ocorreu nos Jogos da Cidade do México em 1968. Os Estados Unidos, com sete ouros, são os maiores vencedores da prova.
Aliás, os americanos dominaram a prova em suas três primeiras edições, ganhando onze das 12 medalhas disponíveis nas três primeiras edições olímpicas dos 100m borboleta. Doug Russell foi o primeiro campeão, deixando a estrela Mark Spitz com a prata. Nos Jogos de Munique em 72, onde fez história, Mark Spitz levou o ouro marcando 54s27. Em Montreal-76, novo triunfo americano, desta vez com Matt Vogel.
A edição de Moscou-1980 marcaria o fim do domínio americano nos 100m borboleta. Não apenas por causa do boicote aos Jogos na União Soviética, mas também pela ótima fase vivida pelo sueco Par Arvidsson, que já vinha domindo a prova e confirmou seu favoritismo. Michael Gross, da Alemanha Ocidental, apelidado de “Albatroz”, devido à grande envergadura dos braços, venceu a prova nos Jogos de Los Angeles-1984 com novo recorde mundial (53s08).
Um feito histórico acabou reservado para os Jogos de Seul-1988. O favoritismo era todo do americano Matt Biondi, mas a vitória ficou com o jovem Anthony Nesty, do Suriname, país sem qualquer tradição olímpica e que tinha apenas uma piscina de competição em todo o país. Nesty se tornou ainda o primeiro e até hoje único atleta negro a ser campeão olímpico individual de natação.
A vitória em Barcelona-1992 foi do americano Pablo Morales com 53s32, mas quatro anos depois, em Atlanta-1996, nova decepção para os Estados Unidos, graças à vitória do russo Denis Pankratov. Em Sydney-2000, os australianos eram os favoritos da vez para faturarem o ouro com Michael Klim, mas quem levou o ouro foi o sueco Lars Frölander.
A partir de Atenas-2004, começou a era de domínio de Michael Phelps nos 100m borboleta, emendando triunfos também em Pequim-2008 e Londres-2012. Em Pequim-2008, a vitória foi emocionante, com Phelps chegando apenas 0s01 à frente do sérvio Milorard Cavic, que ficou com a prata.
Em Londres-2012 a prova para Phelps teve um gostinho de revanche contra o jovem sul-africano Chad le Clos que havia vencido o americano dois dias antes na final dos 200m borboleta.
O enredo que envolveu a final olímpica dos Jogos do Rio em 2016 foi um dos mais bacanas da história olímpica em todos os eventos. Não só pela marca ou por Joseph Schooling ter conquistado a primeira medalha de ouro da história de Cingapura, mas por mostrar a importância de ídolos no esporte para o surgimento de novos talentos.
Após vencer o ouro, deixando a medalha de prata com um triplo empate entre Michael Phelps, Chad Le Clos e László Cseh, uma foto de um pequeno Joseph, ainda criança, ao lado seu ídolo maior no esporte, o americano Michael Phelps em 2008, acabou viralizando no mundo todo. Provavelmente aquela criança ainda não imaginava que um dia não só venceria seu ídolo em uma final olímpica como bateria o recorde olímpico dele. Ali, os Jogos Olímpicos mostraram a importância da inspiração que aqueles atletas, campeões olímpicos ou não, podem proporcionar para os povos de seus países.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK
Os medalhistas dos 100m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze | |||
Cidade do México 1968 | Doug Russell (USA) | USA | Mark Spitz (USA) | USA | Ross Wales (USA) | USA |
Munique 1972 | Mark Spitz (USA) | USA | Bruce Robertson (CAN) | CAN | Jerry Heidenreich (USA) | USA |
Montreal 1976 | Matt Vogel (USA) | USA | Joe Bottom (USA) | USA | Gary Hall (USA) | USA |
Moscou 1980 | Pär Arvidsson (SWE) | SWE | Roger Pyttel (GDR) | GDR | David López-Zubero (ESP) | ESP |
Los Angeles 1984 | Michael Gross (FRG) | FRG | Pablo Morales (USA) | USA | Glenn Buchanan (AUS) | AUS |
Seul 1988 | Anthony Nesty (SUR) | SUR | Matt Biondi (USA) | USA | Andy Jameson (GBR) | GBR |
Barcelona 1992 | Pablo Morales (USA) | USA | Rafał Szukała (POL) | POL | Anthony Nesty (SUR) | SUR |
Atlanta 1996 | Denis Pankratov (RUS) | RUS | Scott Miller (AUS) | AUS | Vladislav Kulikov (RUS) | RUS |
Sydney 2000 | Lars Frölander (SWE) | SWE | Michael Klim (AUS) | AUS | Geoff Huegill (AUS) | AUS |
Atenas 2004 | Michael Phelps (USA) | USA | Ian Crocker (USA) | USA | Andriy Serdinov (UKR) | UKR |
Pequim 2008 | Michael Phelps (USA) | USA | Milorad Čavić (SRB) | SRB | Andrew Lauterstein (AUS) | AUS |
Londres 2012 | Michael Phelps (USA) | USA | Chad le Clos (RSA) Yevgeny Korotyshkin (RUS) | RSA RUS | — | — |
Rio 2016 | Joseph Schooling (SGP) | SGP | Michael Phelps (USA) Chad le Clos (RSA) László Cseh (HUN) | USA RSA HUN | — |
Quadro de medalhas dos 100m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 7 | 6 | 3 | 16 |
Suécia | 2 | 0 | 0 | 2 |
Rússia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Suriname | 1 | 0 | 1 | 2 |
Cingapura | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 1 | 0 | 0 | 1 |
Austrália | 0 | 2 | 3 | 5 |
África do Sul | 0 | 2 | 0 | 2 |
Canadá | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Hungria | 0 | 1 | 0 | 1 |
Polônia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Sérvia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
Espanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
Ucrânia | 0 | 0 | 1 | 1 |