-63 kg feminino
Chances do Brasil
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o Brasil terá Ketleyn Quadros na categoria -63 kg feminino do judô.
Ela conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, tendo sido a primeira mulher a ganhar uma medalha em esportes individuais para o país na história das olimpíadas. Esse bronze veio na categoria até 57 kg.
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Mas Ketleyn Quadros subiu de categoria e vai tentar uma medalha no -63 kg feminino de Tóquio. E as chances são grandes. Afinal, ela vem de um quinto lugar no Mundial de 2021, da prata no Grand Slam Kazan 2021 e do Pan-Americano de 2021.
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Também conquistou um quinto lugar no Grand Slam da Hungria 2020, o título do Aberto Europeu 2020, o título do Grand Slam de Brasília 2019 e um segundo lugar no Grand Prix de Budapeste 2019.
Favoritas -63 kg feminino
O maior favoritismo de todo o judô é sem dúvida nenhuma de Clarisse Agbegnenou. A francesa dominou o ciclo olímpico no peso meio-médio de forma absoluta, vencendo quase todas as competições que disputou e desembarca em Tóquio com o peso de ser super favorita, mantendo a tradição de ouros para a França nesta categoria. Clarisse conquistou quase todos os ouros dos mundiais do ciclo, Budapeste 2017, Baku 2018 e Tóquio 2019. Ela não disputou de de 2021.
Além disso, a francesa, líder de forma isolada do ranking mundial, venceu os Grand Slam de Paris de 2019 e 2020 e foi campeã do Masters de Guangzhou 2018 e vice do Masters de Qingdao 2019.
Apesar de ausente no pódio do último Campeonato Mundial, a principal rival de Clarisse segue sendo a eslovena Tina Trstenjak. Atual campeã olímpica, Tina foi vice-campeã mundial de 2017 e medalhista de bronze em 2018. Além disso, ela é a segunda colocada do ranking mundial e segue marcando presença nos pódios do Circuito Mundial de judô, como o ouro no Grand Prix de Zagreb de 2019 e as pratas nos Grand Slams de Baku 2019 e Dusseldorf 2020.
A japonesa Miku Tashiro foi vice-campeã mundial nas duas últimas edições e conta com o apoio da torcida em Tóquio para enfim derrotar a francesa na final de um grande evento do judô. Além das medalhas em mundiais, a japonesa somou muitos pódios ao longo dos últimos meses que contam pontos importantes para o ranking mundial, como as medalhas de ouro dos Grand Slams de Baku 2019 e Dusseldorf em 2019 e 2020.
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Juul Franssen, da Holanda, conquistou a medalha de bronze nos mundiais de 2018 e 2019 e pode ser considerada como uma das principais candidatas a aparecer no pódio na Olimpíada de Tóquio, derrotando o trio de favoritas.
Esse lugar também pode ser ocupado pela alemã Martyna Trajdos, medalhista de bronze do último mundial. Pintam como zebra a canadense Catherine Pinard, a cubana Maylin Del Toro Carbajal, a chinesa Junxia Yang, e a brasileira Ketleyn Quadros.
O Brasil no -63 kg feminino do Jogos Olímpicos
Ao contrário da maioria das categorias do judô na Olimpíada, o meio médio feminino do Brasil enviou representantes em todas as edições olímpicas em que o judô feminino esteve presente nos Jogos Olímpicos, tendo como o melhor resultado um quinto lugar conquistado na edição do Rio de Janeiro, em 2016.
Nossa primeira judoca na categoria foi Tânia Ishii, filha do lendário Shiaki Ishii, primeiro medalhista no judô brasileiro com o bronze em Munique-1972. Tânia pisou no tatame do Palau Braugrana no dia 30 de julho na capital da Catalunha para enfrentar a chinesa Zhang Di, onde acabou sendo derrotada. A chinesa viria a conquistar a medalha de bronze naquela edição. Quatro anos depois, em Atlanta-1996, foi a vez de Cristiane Parmigiano vestir as cores do Brasil e disputar as Olimpíadas na categoria meio-médio. Assim como Tânia, Cristiane também acabou sendo derrotada na primeira luta.
Em Sidney-2000 a família Ishii enviava mais um de seus membros para as Olimpíadas, dessa vez a irmã mais nova de Tânia, Vânia Ishii. Vânia chegou com o status de atual campeã Pan-Americana, medalha conquistada em Winnipeg-1999. Vânia venceu suas duas primeiras lutas, contra a holandesa Danielle Vriezema e contra a espanhola Sara Álvarez, mas acabou caindo nas quartas de final contra a italiana Jenny Gal. Na repescagem, Vânia estreou vencendo a russa Anna Saraeva, mas perdeu na luta seguinte para a belga Vera Vendacaveye, medalhista de prata na edição anterior.
Quatro anos mais tarde, em Atenas-2004, Vânia voltou a representar o Brasil e mais uma vez acabou se encontrando com a belga Vendecaveye, mas dessa vez logo na primeira rodada. Vera àquela altura já contava com duas medalhas olímpicas, cinco medalhas em mundiais, sendo duas delas de ouro, e vários títulos europeus, e acabou vencendo a brasileira com um ippon. Danieli Yuri foi a judoca que representou o Brasil nas Olimpíadas de Pequim-2008, caindo na primeira luta diante da sul-coreana Já-Young Kong.
As duas últimas edições olímpicas foram disputadas pela paulista Mariana Silva. Medalhista de bronze no Mundial Júnior de 2009, a judoca natural de Peruíbe foi 17ª colocada nas Olimpíadas de Londres-2012, sendo derrotada na primeira luta pela norte-coreana Xu Lili, que viria a ser medalhista de prata.
Quatro anos depois, Mariana Silva conquistaria o melhor resultado para o judô feminino brasileiro na categoria até 63 kg. Competindo em casa na Rio-2016, a judoca começou vencendo a ganesa Szandra Szögedi por ippon e em seguida derrotou a alemã Martyna Trajdos por um yuko. Nas quartas de final a paulista passou por uma das principais favoritas ao pódio, a israelense Yarden Gerbi, também por um yuko. Mariana se tornava assim a quarta mulher do judô brasileiro a avançar para uma semifinal olímpica, igualando os feitos de Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Rafaela Silva.
Entretanto, nas semifinais Mariana acabou se encontrando com a principal favorita ao ouro, a eslovena Tina Trstenjak, sendo derrotada por ippon. Após uma luta muito equilibrada contra a holandesa Anicka Van Emden, Mariana Silva acabou derrotada pelo placar mínimo de um yuko, se despedindo da medalha de bronze e terminando em quinto lugar.
Histórico -63 kg feminino nos Jogos Olímpicos
A categoria meio-médio é a que possui a menor variação de campeãs no judô feminino, com apenas três países tendo subido ao topo do pódio. O Japão foi o país que mais venceu na categoria -63 kg, com três medalhas de ouro e uma de bronze. Completam os países que já foram campeões a França, dois ouros, duas pratas e um bronze, e a Eslovênia com dois ouros e um bronze. A categoria que começou com o limite de pesos até 61 kg tem como melhor resultado brasileiro o quinto lugar de Mariana Silva no Rio de Janeiro em 2016.
A primeira campeã em Olimpíada foi a francesa Catherine Fleury, já mostrando a força da categoria para o país europeu. Na final, a francesa derrotou a israelense Yael Arad. As medalhas de bronze ficaram com Yelena Petrova, da Equipe Unificada, e com Zhang Di, da China. A segunda campeã olímpica foi a japonesa Yuko Emoto, derrotando na final a belga Gella Vandecaveye, campeã mundial de 1993. Os bronzes ficaram com a Coreia do Sul e com os Países Baixos.
A França voltou a fazer uma campeã olímpica em Sidney-2000. Séverine Vandenhende conquistou a segunda medalha francesa ao bater na final a chinesa Li Shufang. Os bronzes ficaram com Vandecaveye, da Bélgica, e com Jung Sung-sook, da Coreia do Sul, que conquistou sua segunda medalha de bronze seguida.
A japonesa Yumi Tanimoto se tornou a primeira judoca a conquistar o bicampeonato olímpico no peso meio-médio. As medalhas de ouro vieram nas edições de Atenas-2004 e Pequim-2008. Na final de Atenas, a japonesa bateu a judoca austríaca Claudia Heill, e na final de Pequim derrotou a francesa Lucie Décosse, campeã mundial em 2005 e vice-campeã mundial de 2007. No pódio da Olimpíada de 2004 com a medalha de bronze ainda estavam presentes a cubana Driulis González, que já havia conquistado três medalhas olímpicas na categoria abaixo, e a eslovena Urska Zolnir.
A Eslovênia se tornou o terceiro país a conquistar a medalha de ouro no peso meio-médio dos Jogos Olímpicos, se juntando ao Japão e França. O país conquistou as duas últimas medalhas de ouro, em Londres-2012 e Rio-2016. A primeira foi vencida por Urska Zolnir em Londres, oito anos depois de ter sido medalhista de bronze em Atenas. Na final, a eslovena bateu a chinesa Xu Lili . Yoshie Ueno, do Japão, e Gevrise Emane, da França, completaram o pódio. A segunda medalha foi conquistada por Tina Trstenjak, em uma das finais mais esperadas do judô no Rio de Janeiro. Tina tinha sido a campeã do último campeonato mundial, disputado em 2015, enquanto do outro lado estava a francesa Clarisse Agbegnenou, que havia sido campeã do mundial de 2014. Tina levou a melhor e deu ao seu país o bicampeonato olímpico. Os bronzes ficaram com Yardem Gerbi, de Israel, e com Anicka van Emden, dos Países Baixos, que derrotou a brasileira Mariana Silva na disputa pela medalha por um yuko.
Medalhistas – judô -63 kg feminino – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Barcelona-1992 | Catherine Fleury (FRA) | Yael Arad (ISR) | Zhang Di (CHI) Yelena Petrova (EUN) |
Atlanta-1996 | Yuko Emoto (JAP) | Gella Vandecaveye (BEL) | Jenny Gal (HOL) Jeong Seong-Suk (COR) |
Sydney-2000 | Séverine Vandenhende (FRA) | Li Shufang (CHI) | Gella Vandecaveye (BEL) Jeong Seong-Suk (COR) |
Atenas-2004 | Ayumi Tanimoto (JAP) | Claudia Heill (AUT) | Urška Žolnir (ESL) Driulis González (CUB) |
Pequim-2008 | Ayumi Tanimoto (JAP) | Lucie Décosse (FRA) | Elisabeth Willeboordse (HOL) Won Ok-Im (PKR) |
Londres-2012 | Urška Žolnir (ESL) | Xu Lili (CHI) | Yoshie Ueno (JAP) Gévrise Émane (FRA) |
Rio-2016 | Tina Trstenjak (ESL) | Clarisse Agbegnenou (FRA) | Yarden Gerbi (ISR) Anicka van Emden (HOL) |
Quadro de medalhas – judô -63 kg feminino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Japão | 3 | 0 | 1 | 4 |
França | 2 | 2 | 1 | 5 |
Eslovênia | 2 | 0 | 1 | 3 |
China | 0 | 2 | 1 | 3 |
Bélgica | 0 | 1 | 1 | 2 |
Israel | 0 | 1 | 1 | 2 |
Áustria | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 3 | 3 |
Coreia do Sul | 0 | 0 | 2 | 2 |
Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 |
Coreia do Norte | 0 | 0 | 1 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 0 | 1 | 1 |