CCE Individual
Chances do Brasil
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o hipismo brasileiro terá Carlos Parro, Marcelo Tosi, Rafael Losano e o reserva Marcio Appel no CCE individual (Concurso Completo de Equitação).
Dificilmente, os brasileiros brigam por medalhas no individual, mas Carlos Parro tem tudo para ser o destaque. Ele foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e tentará melhorar o melhor resultado de um brasileiro no CCE individual.
Aécio Coelho foi o sétimo colocado no CCE individual da Olimpíada de Los Angeles-1984.
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Favoritos no CCE individual
Assim como acontece nas outras disputas do hipismo, a Alemanha e a Grã-Bretanha pintam com favoritismo para o ouro olímpico do CCE individual.
Pelo lado alemão, destaque para Michael Jung que busca um inédito tricampeonato olímpico individual e Ingrid Klimke, atual bicampeã europeia e medalhista de bronze no mundial. Ela é filha de Reiner Klimke, cinco vezes campeão olímpico no hipismo adestramento e tem grandes chances de marcar história no esporte alemão como seu pai caso conquiste o ouro na prova individual, se tornando a primeira mulher da história com o feito. Sandra Auffarth, vice europeia e bronze em Londres-2012 é outra alemã para ficar de olho.
No lado britânico também há uma mulher favorita, a atual campeã mundial Rosalind Canter. Além dela a equipe da Rainha Elizabeth conta com Oliver Townend e Nicola Wilson, bronze no europeu de 2017.
De outras nações, destaque para os irlandeses com o atual vice-campeão mundial Padraig McCarthy e a medalhista de bronze no europeu de 2019 Cathal Daniels. Os franceses Sidney Dufresne e Donatien Schauly, além do tricampeão olímpico por equipes Andrew Hoy da Austrália, país que não sobe ao pódio olímpico individual desde Sydney-2000 com uma medalha de prata justamente de Hoy.
O Brasil no CCE individual dos Jogos Olímpicos
No CCE individual, o Brasil já foi representado por diversos atletas ao longo de oito edições olímpicas. O melhor resultado brasileiro veio justamente na primeira participação, em Los Angeles-1984, quando Aécio Coelho completou a prova de adestramento, cross country e saltos em um espetacular sétimo lugar. O Brasil só voltou ao top 20 olímpico nos Jogos do Rio em 2018, com o 18º de Carlos Parro.
Parro provavelmente estará em Tóquio 2020, onde lidera uma equipe que vive o seu melhor momento do CCE no Brasil. Ele foi bronze no Pan de Lima na prova individual e junto com Marcelo Tossi, Ruy Fonseca e Rafael Losano foram vice-campeões Pan-Americanos, ficando atrás apenas da equipe dos Estados Unidos.
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Histórico do CCE individual nos Jogos Olímpicos
O Concurso Completo de Equitação, conhecido também como CCE individual ou “evento de três dias”, está presente nos Jogos Olímpicos desde Estocolmo-1912, assim como a modalidade de adestramento. Nesta prova, dez países já conquistaram medalhas de ouro olímpicas, sendo a Suécia a líder do quadro de medalhas com quatro títulos, seguida de Alemanha, Nova Zelândia e Holanda com três, além de França, Austrália, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Itália com dois.
Os neozelandeses foram ouro com Mark Todd em Los Angeles-1984 e Seul-1988, sendo estas duas das seis medalhas olímpicas da carreira de Todd que ainda conquistou uma prata e três bronzes por equipes. O que faz dele o maior medalhista olímpico do CCE. Todd pode aumentar o seu cartel pois tem grandes chances de estar na equipe olímpica neozelandesa em Tóquio-2020, o que seria sua oitava participação olímpica desde 1984.
Se a Alemanha sempre dominou as provas de adestramento e saltos, o mesmo não se pode dizer do CCE, que só teve medalhas de ouro individuais para o país no século XXI. E quando vieram, foram logo três de uma vez, conta que pode aumentar em Tóquio 2020. O responsável por quebrar o tabu alemão foi Hinrich Romeike, campeão em Pequim-2008 mesmo fazendo quatro pontos na prova de saltos contra uma passagem perfeita da vice-campeã Gina Miles dos Estados Unidos. A diferença entre eles foi no adestramento, com larga vantagem para Romeike.
Já os ouros de Londres-2012 e Rio-2016 foram para Michael Jung, o terceiro bicampeão olímpico do CCE individual. Jung, de apenas 38 anos, possui ainda um ouro e uma prata por equipes. Tem grandes chances de já em Tóquio igualar os quatro ouros de Charles Pahud de Mortanges e o número de seis medalhas de Mark Todd, o que o tornaria o atleta mais condecorado do hipismo CCE. Levando em consideração o fato de ter apenas 38 anos, novo para o hipismo, deve sim ultrapassar essas marcas um dia.
Medalhistas – hipismo – CCE individual – Jogos Olímpicos
| Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
| Tóquio-1964 | Mauro Checcoli (ITA) | Carlos Moratorio (ARG) | Fritz Ligges (ALE) |
| Cidade do México-1968 | Jean-Jacques Guyon (FRA) | Derek Allhusen (GBR) | Michael Page (EUA) |
| Munique-1972 | Richard Meade (GBR) | Alessandro Argenton (ITA) | Jan Jönsson (SUE) |
| Montreal-1976 | Tad Coffin (EUA) | J. Michael Plumb (EUA) | Karl Schultz (FRG) |
| Moscou-1980 | Federico Roman (ITA) | Aleksandr Blinov (URS) | Yury Salnikov (URS) |
| Los Angeles-1984 | Mark Todd (NZL) | Karen Stives (EUA) | Virginia Holgate (GBR) |
| Seul-1988 | Mark Todd (NZL) | Ian Stark (GBR) | Virginia Leng (GBR) |
| Barcelona-1992 | Matt Ryan (AUS) | Herbert Blöcker (ALE) | Blyth Tait (NZL) |
| Atlanta-1996 | Blyth Tait (NZL) | Sally Clark (NZL) | Kerry Millikin (EUA) |
| Sydney-2000 | David O’Connor (EUA) | Andrew Hoy (AUS) | Mark Todd (NZL) |
| Atenas-2004 | Leslie Law (GBR) | Kim Severson (EUA) | Pippa Funnell (GBR) |
| Pequim-2008 | Hinrich Romeike (ALE) | Gina Miles (EUA) | Tina Cook (GBR) |
| Londres-2012 | Michael Jung (ALE) | Sara Algotsson Ostholt (SUE) | Sandra Auffarth (ALE) |
| Rio-2016 | Michael Jung (ALE) | Astier Nicolas (FRA) | Phillip Dutton (EUA) |
Quadro de medalhas – hipismo – CCE individual – Jogos Olímpicos
| País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
| Alemanha | 3 | 1 | 2 | 6 |
| Nova Zelândia | 3 | 1 | 2 | 6 |
| Estados Unidos | 2 | 4 | 3 | 9 |
| Grã-Bretanha | 2 | 2 | 4 | 8 |
| Itália | 2 | 1 | 0 | 3 |
| Austrália | 1 | 1 | 0 | 2 |
| França | 1 | 1 | 0 | 2 |
| União Soviética | 0 | 1 | 1 | 2 |
| Suécia | 0 | 1 | 1 | 2 |
| Argentina | 0 | 1 | 0 | 1 |
| Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |
