Individual geral
Individual geral – Ginástica rítmica – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Chances do Brasil
O Brasil não terá representantes no individual geral da ginástica rítmica.
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Favoritas do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Como acontece em toda edição, as russas são as grandes favoritas a ocuparem o topo do pódio do individual geral da ginástica rítmica em Tóquio. Dessa vez a dupla russa é formada por duas irmãs que dominaram completamente o ciclo olímpico. Gêmeas, as ginastas de 22 anos Dina e Arina Averina medirão forças na Ariake Gymnastics Centre em Tóquio e tentarão manter a tradição do país que está presente no topo do pódio desde a edição de Sydney-2000.
Dina Averina conquistou as três medalhas de ouro do individual geral nos mundiais disputados no ciclo em 2017, 2018 e 2019. Nome constante no topo do pódio nas grandes competições, como nas etapas de Copa do Mundo, Dina surge como a grande favorita. Já Arina Averina foi medalhista de prata nos mundiais de 2019 e 2017, mas acabou de fora do pódio na edição de 2018, sendo desbancada por sua compatriota Alina Soldatova.
O nome mais cotado a ser o terceiro a ocupar um lugar no pódio é o de Linoy Ashram, de Israel. Ao lado da dupla russa a ginasta israelense esteve presente no pódio dos três mundiais do ciclo, tendo sido bronze em 2017 e 2019 e conseguindo desbancar a russa Alina Soldatova do segundo lugar no mundial de 2018. Vlada Nikolchenko, da Ucrânia, Boryana Kalenyn, da Bulgária, e Katsiaryna Halkina, de Belarus terão a difícil tarefa de tentar evitar a confirmação de um dos pódios mais previsíveis de toda edição de Tóquio-2020.
Brasil no individual geral nos Jogos Olímpicos
Ao longo das nove edições olímpicas, o Brasil teve a participação de três ginastas na competição do individual geral. Com pouca tradição no evento, nenhuma de nossas ginastas conseguiu avançar até a final.
A primeira participação brasileira veio logo na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984 com a carioca Rosana Favilla. Rosana teve 8,950 na prova do arco, 9,150 na bola, 9,200 nas maças e 8,550 na fita e terminou a fase de classificação na 24ª colocação com 35,650.
A segunda participação brasileira aconteceu em Barcelona-1992, com a representação de Marta Schonhurst, que completou suas apresentações com um total de 34,450. As apresentações de Marta renderam as notas de 8,600 na corda, 8,450 no arco, 8,650 na bola e 8,750 nas maças.
A mais recente participação brasileira na prova individual da ginástica rítmica aconteceu nas olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, após um longo período de ausência. A capixaba Natália Gáudio ocupou a vaga destinada ao país sede do evento, participando assim da fase de classificação. Natália terminou na 23ª colocação, alcançando a melhor posição de uma brasileira nessa prova. Os 16,150 no arco, 16,300 na bola, 16,450 nas maças e 16,250 na fita renderam uma pontuação total de 65,532 para a capixaba.
Histórico do individual geral em Jogos Olímpicos
A prova do individual geral da ginástica rítmica, que conta com um amplo domínio russo, teve sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984. Ao longo de nove edições as russas conquistaram cinco medalhas de ouro, além de outras quatro medalhas de prata e uma de bronze.
A primeira campeã olímpica foi a canadense Lori Fung, em Los Angeles-1984. A ginasta havia se classificado para a final na terceira colocação, atrás das romenas Doina Staiculesco e Alina Dragan, mas acabou superando as europeias para conquistar o topo do primeiro pódio olímpico do individual geral.
A edição de Seul-1988 foi vencida pela soviética Marina Lobatch. Marina deixou para trás a medalhista de prata mundial em 1987 no individual geral, a búlgara Adriana Dunavska por apenas 0,025 para conquistar o ouro. O bronze ficou com a jovem soviética de origem ucraniana Alexandra Timoshenko, de apenas 16 anos.
Quatro anos depois, a União Soviética já havia sido dissolvida e os países que faziam parte da nação foram agrupados sob a bandeira do COI com o nome de Equipe Unificada para os Jogos de Barcelona-1992. Alexandra Timoshenko agora competia entre esses atletas e, mais madura, conquistou a medalha de ouro. A prata foi conquistada por Carolina Pascual, da Espanha, e o bronze ficou com Oksana Skaldina, também de origem ucraniana e que representou a Equipe Unificada.
A Ucrânia detém a última medalha de ouro do individual conquistada por um país antes do início do domínio russo. A responsável pelo feito foi Kateryna Serebrianska nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996. Oito vezes medalhista de ouro em mundiais, Kateryna confirmou o grande favoritismo que possuía e bateu na final a sua maior rival, a russa Yana Batyrshina. O bronze foi conquistado por Olena Vitrychenko, também da Ucrânia.
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A partir da edição seguinte, Sydney-2000, todas as medalhas de ouro foram conquistadas por ginastas russas. O primeiro título veio com Yulia Barsukova, que terminou na frente de sua xará, a ginasta de Belarus, Yulia Raskina. As duas terminaram à frente daquela que era apontada como a grande favorita ao ouro, a russa Alina Kabaeva, campeã mundial por equipes, do individual geral, da bola e da fita em 1999.
Alina Kabaeva daria a volta por cima e sairia do bronze conquistado em Sydney-2000 para o topo do pódio em Atenas-2004. A russa deixou para trás sua compatriota Irina Tchachina e a ucraniana Anna Bessonova.
As duas edições seguintes apresentaram a única bicampeã olímpica na prova individual da ginástica rítmica até hoje, a russa Yevgeniya Kanayeva, ginasta com o maior número de medalhas de ouro conquistadas em mundiais da categoria (17). O primeiro título olímpico veio em Pequim-2008, quando terminou na frente de Inna Zhukova, de Belarus, por mais de três pontos de vantagem.
Quatro anos depois, o bicampeonato de Yevgeniya Kanayeva foi conquistado em Londres-2012, superando por dois pontos sua compatriota Daria Dmitrieva. Liubov Charkashyna, de Belarus, completou o pódio, conquistando o bronze.
A mais recente campeã olímpica foi Margarita Mamun na Rio-2016. A russa derrotou na final sua compatriota Yana Kudryavtseva por quase um ponto de diferença, que era a principal favorita antes dos Jogos.
Todos as medalhistas do individual geral nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze | |||
Los Angeles 1984 | Lori Fung | CAN | Doina Stăiculescu | ROU | Regina Weber | FRG |
Seul 1988 | Marina Lobach | URS | Adriana Dunavska | BUL | Aleksandra Timoshenko | URS |
Barcelona 1992 | Aleksandra Timoshenko | EUN | Carolina Pascual | ESP | Oksana Skaldina | EUN |
Atlanta 1996 | Kateryna Serebrianska | UKR | Yana Batyrshina | RUS | Olena Vitrychenko | UKR |
Sydney 2000 | Yuliya Barsukova | RUS | Yuliya Raskina | BLR | Alina Kabayeva | RUS |
Atenas 2004 | Alina Kabayeva | RUS | Irina Chashchina | RUS | Hanna Bezsonova | UKR |
Pequim 2008 | Yevgeniya Kanayeva | RUS | Ina Zhukava | BLR | Hanna Bezsonova | UKR |
Londres 2012 | Yevgeniya Kanayeva | RUS | Darya Dmitriyeva | RUS | Liubou Chapkashyna | BLR |
Rio 2016 | Margarita Mamun | RUS | Yana Kudryavtseva | RUS | Hanna Rizatdinova | UKR |
Quadro de medalhas do individual geral nos Jogos Olímpicos:
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Rússia | 5 | 4 | 1 | 10 |
Ucrânia | 1 | 0 | 4 | 5 |
União Soviética | 1 | 0 | 1 | 2 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 1 | 2 |
Canadá | 1 | 0 | 0 | 1 |
Belarus | 0 | 2 | 1 | 3 |
Bulgária | 0 | 1 | 0 | 1 |
Romênia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Espanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |