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Conjunto

Conjunto – Ginástica rítmica – Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Chances do Brasil

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Conjunto do Brasil conseguiu a classificação durante o Campeonato Pan-Americano da modalidade, disputado em junho de 2021 no Rio de Janeiro.

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para a Olimpíada

Favoritas do Conjunto nos Jogos Olímpicos de Tóquio

ginástica rítmica Rússia
Conjunto da Rússia de ginástica rítmica na Rio-2016, quando mais uma vez levou a medalha de ouro (COI)

Assim como aconteceu nas últimas cinco edições olímpicas, a Rússia é a grande favorita ao ouro no conjunto. Imbatíveis por mais de duas décadas, as russas possuem um dos maiores protagonismos em um esporte entre todos os que são disputados nos Jogos Olímpicos.

A superioridade russa sobre os adversários pode ser comparada à de Simone Biles no individual da ginástica artística; a de Katie Ledecky nos 800 e 1500 metros da natação; aos chineses no tênis de mesa; e ao da própria Rússia no nado artístico. O conjunto russo venceu os três mundiais do ciclo e é presença constante nos pódios das etapas de Copa do Mundo.

As japonesas, donas da casa, são as que mais incomodam a Rússia, ao lado da equipe da Bulgária. Enquanto o Japão foi medalhista de prata no Mundial de 2019 e de bronze em 2017, a tradicional Bulgária esteve presente no pódio em todas as edições, com a prata em 2017 e o bronze nas edições de 2018 e 2019. Caso o Japão conquiste uma medalha, será a primeira do país na prova por equipes.

A Itália atualmente completa o top 4 da prova e também aparece com grandes chances de subir ao pódio em Tóquio. Medalhistas de prata no Mundial de Sofia, na Bulgária, em 2018, as italianas tentam retornar ao pódio depois de ficarem ausentes na Rio-2016. Já a Espanha que conquistou a medalha de prata em 2016 no Rio de Janeiro, e que chegou até mesmo a ameaçar o ouro das russas, teve uma queda nesse ciclo e sequer conseguiu confirmar ainda uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O país agora corre atrás de uma vaga que estará em disputa no Campeonato Europeu em 2021.

Brasil no Conjunto nos Jogos Olímpicos

ginástica rítmica Brasil Rio-2016
Na Rio-2016, o Conjunto do Brasil terminou em 9º lugar (Ricardo Bufolin/CBG)

A primeira participação brasileira aconteceu nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, após o país conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1999 disputados em Winnipeg e assim assegurar a vaga. Fizeram parte do histórico time nacional em Sidney as ginastas Dayane Camilo, Flávia de Faria, Alessandra Ferezin, Camila Ferezin, Thalita Nakadomari e Natália Scherer. Durante as apresentações na cidade australiana o sexteto nacional conquistou a torcida local com duas apresentações de músicas brasileiras que acabaram ajudando o país a se classificar para a grande final.

Na apresentação com cinco pares de maças o Brasil subiu no tablado ao som de um mix de músicas regionais do Brasil, enquanto a apresentação com as três fitas e dois arcos foi ao som de Aquarela do Brasil. Na final o Brasil terminou na oitava colocação. Atualmente, Camila Ferezin é a treinadora da equipe brasileira.

Quatro anos depois, o Brasil voltaria a se classificar para a final dos Jogos Olímpicos na prova de conjunto. Em Atenas-2004, o Brasil foi representado por Larissa Barata, Dayane Camilo, Fernanda Cavalieri, Ana Maria Maciel, Tayanne Mantovaneli e Jennifer Oliveira. Na fase de classificação, o grupo brasileiro terminou na sétima colocação, mas não conseguiu manter a posição na final e terminou em oitavo lugar.

A terceira participação do Brasil na prova por equipes da ginástica rítmica aconteceu em Pequim-2008. O Brasil já não possuía a mesma força de antes, mas ainda assim conseguiu classificar a equipe para os Jogos Olímpicos. O grupo foi formado por Daniela Leite, Luana Faro, Luisa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Tayanne Mantovaneli e terminou na 12ª colocação, não avançando para a final.

A última participação brasileira foi nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Após ficarem ausentes das Olimpíadas de Londres-2012, o conjunto brasileiro voltou a figurar entre as 12 equipes classificadas para os Jogos. Morgana Gmach, Emanuelle Lima, Jessica Maier, Gabrielle da Silva e Francielly Pereira foram as responsáveis por se apresentarem diante da torcida e tiveram a missão de melhorarem a posição alcançada em Pequim-2008. O objetivo foi alcançado e o país quase retornou a uma final olímpica, terminando na nona colocação, uma posição atrás da linha de corte.

Histórico do Conjunto em Jogos Olímpicos

Conjunto
Ginástica rítmica 
Espanha 
Atlanta-1996
A Espanha levou a primeira medalha de ouro olímpica no Conjunto, em Atlanta-1996 (Reprodução/FIG)

A primeira aparição da prova por equipes, ou conjunto, da ginástica rítmica foi apenas na edição de Atlanta-1996 e desde então não saiu mais do cronograma olímpico. A competição conta com um amplo domínio russo, que conquistou cinco das seis medalhas de ouro já distribuídas em Jogos Olímpicos. O único país fora a Rússia a conquistar a medalha de ouro foi a Espanha, que ainda detém uma medalha de prata. Belarus, Bulgária e Itália também são países de tradição na modalidade e que costumam aparecer no pódio olímpico. O Brasil por sua vez participou por quatro vezes, tendo classificado para a final em duas ocasiões.

A disputa conta com duas apresentações que são somadas, apontando as oito melhores equipes que avançam para a disputa final. As pontuações são então zeradas e novamente são feitas duas apresentações, apontando as medalhistas. Os aparelhos utilizados na prova por equipes são revezados a cada ciclo olímpico e em Tóquio-2020 uma das apresentações será feita com cinco bolas e a outra com três arcos e duas maças.

O primeiro conjunto campão olímpico foi espanhol, superando na final de Atlanta-1996 a Bulgária e a Rússia. O sexteto espanhol formado por Marta Baldó, Nuria Cabanillas, Estela Giménez, Lorena Gurendéz, Tania Lamarca e Estíbaliz Matínez liderou a competição tanto na prova de cinco arcos quanto na prova de três bolas e duas fitas e faturou o ouro com um total de 38,933 contra os 38,866 das búlgaras.

Quatro anos depois tinha-se o início do longo domínio russo que perdura ainda hoje. Na edição de Sydney-2000 as apresentações foram divididas em uma com cinco maças e a outra contando com três fitas e duas bolas. A Rússia acabou na final empatando com Belarus com a mesma pontuação nas duas apresentações, 19,800 nas maças e 19,700 nas fitas e bolas, somando 39.500, mas acabaram levando a melhor no critério de desempate. O sexteto grego completou o pódio com uma soma total de 39,283. Campeãs quatro anos antes, as espanholas não conseguiram se classificar para a final.

O segundo título russo veio na edição de Atenas-2004, que de forma tranquila deixou para trás o conjunto italiano com uma diferença de quase dois pontos na soma total das apresentações. A Itália apareceu pela primeira vez em um pódio olímpico da ginástica rítmica e a Bulgária completou o pódio, voltando a conquistar uma medalha após ficar ausente no pódio de Sydney-2000. Em Pequim-2008 a Rússia se tornava tricampeã olímpica. As séries nessa edição foram divididas em cinco cordas na primeira apresentação e três arcos e duas maças na segunda. A medalha de prata foi conquistada pelas donas da casa, a equipe chinesa, desbancando as ginastas de Belarus, que haviam sido medalhistas de prata no mundial anterior, em 2007.

Maior potência da modalidade, a Rússia levou seu quinto ouro olímpico no Conjunto na Rio-2016 (Reprodução)

O quarto título do conjunto russo foi conquistado em Londres-2012. Com nota de 28,375 na apresentação com cinco bolas e 28,000 na apresentação com três fitas e dois arcos, a equipe somou 56,375, ficando à frente do conjunto italiano por 0,575. O pódio foi completado pela equipe de Belarus. O último título russo foi conquistado na Rio-2016, sendo o mais complicado para o país. Na fase de classificação a equipe russa acabou avançando na segunda colocação, atrás das espanholas. Na final a Espanha acabou conquistando uma nota maior que a Rússia na apresentação das cinco fitas, mas na apresentação das três maças e dois arcos o time acabou cometendo erros que permitiram a virada russa e a consequente conquista da quinta medalha dourada. O bronze foi conquistado pela Bulgária.

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Todos as medalhistas do Conjunto nos Jogos Olímpicos

JogosOuroPrataBronze
Atlanta 1996EspanhaBulgáriaRússia
Sydney 2000RússiaBelarusGrécia
Atenas 2004RússiaItáliaBulgária
Pequim 2008RússiaChinaBelarus
Londres 2012RússiaBelarusItália
Rio 2016RússiaEspanhaBulgária

Quadro de medalhas do Conjunto nos Jogos Olímpicos:

PaísOuroPrataBronzeTotal
Rússia5016
Espanha1102
Belarus0213
Bulgária0123
Itália0112
China0101
Grécia0011