Salto masculino
Salto masculino – Ginástica Artística – Jogos Olímpicos – Tóquio 2020
Chances do Brasil no salto masculino
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil deverá contar com Caio Souza, especialista no solo masculino e que conquistou uma vaga na final do Campeonato Mundial de 2018. Na ocasiã,o ele terminou em oitavo lugar. Em 2019, o ginasta enfrentou problemas com lesões, o que acabou afastando o atleta das finais do aparelho. Caso chegue em forma em 2021, o brasileiro se torna um nome forte para aparecer naquela que pode ser a primeira final do Brasil no salto.
A melhor participação brasileira no solo masculino aconteceu nos Jogos Olímpicos Rio-2016 com o nono lugar de Sérgio Sasaki. O ginasta conseguiu a nota 15.016 e ficou a uma posição de conseguir a vaga na final.
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Favoritos do salto masculino em Tóquio
A prova de salto masculino não conta com um favoritismo acentuado de nenhum ginasta. Um dos principais atletas, o norte-coreano Ri Se-Gwang, campeão olímpico de 2016 e campeão mundial em 2018, ficou de fora da final no Campeonato Mundial de 2019 e dificilmente estará nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, deixando assim a disputa em aberto.
No último Campeonato Mundial brilharam, os ginastas russos Nikita Nagornyy, com a medalha de ouro, e Artur Dalaloyan, com a prata. Nikita também foi medalhista de prata no mundial de 2018 e aparece como um provável medalhista olímpico.
Atual medalhista de bronze no salto masculino, o japonês Kenzo Shirai irá competir em casa e buscará na torcida em Tóquio o impulso necessário para melhorar sua colocação no pódio. Presença constante nas principais competições do ciclo, Shirai foi campeão mundial em 2017 e medalhista de bronze no Mundial de 2018, mas acabou fora da final em 2019.
Outro nome que deve estar na final do salto masculino e com boas possibilidades de conquistar uma medalha em Tóquio é o ucraniano Igor Radivilov. Finalista na Rio-2016, o ginasta foi medalhista de prata no Campeonato Mundial de 2017 e bronze em 2019. Além disso, o ucraniano treina um novo salto que pode levar o seu nome e possui uma grande dificuldade.
Vale ficar de olho no britânico Dominick Cunningham, finalista nos últimos campeonatos do mundo, no veterano romeno Mariam Dragulesco, que dá nome a um dos principais saltos na prova masculina e que também é presença constante em finais do aparelho, e no sul-coreano Kim Han-sol, medalhista de bronze no mundial de 2017.
Histórico do salto masculino em Jogos Olímpicos
Anteriormente chamado de salto sobre o cavalo, essa prova está presente em Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição em Atenas-1896. Atualmente, os saltos são executados em uma mesa com 1,2 metros de comprimento e 95 centímetros de altura.
Os ginastas correm em uma pequena pista, pegam impulso em um trampolim e entram na mesa com as mãos. Para as notas do individual geral e por equipes é realizado apenas um salto, enquanto para a prova individual do aparelho são realizados dois saltos com diferentes graus de dificuldade onde são avaliados o nível de execução e suas notas são somadas. O salto ao lado do solo são os únicos aparelhos que estão presentes tanto na ginástica masculina quanto na feminina.
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Junto com a prova de argolas, o salto masculino apresenta uma grande variedade de países medalhistas ao longo da história. A União Soviética lidera de forma isolada o quadro geral da prova com seis medalhas de ouro, seguida por um grupo de cinco países com duas medalhas de ouro cada: Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos e Japão.
O primeiro campeão do salto masculino foi o alemão Carl Schumann nos Jogos Olímpicos de Atenas-1896. A prata ficou com o suíço Louis Zutter e o bronze com Hermann Weingartner, também da Alemanha.
Assim como os demais exercícios que hoje compõe o programa olímpico da ginástica, o salto masculino não foi disputado de forma individual nos Jogos de 1900, voltando na edição de Saint Louis-1904.
O evento, bem como o dos outros aparelhos, apresenta um número impreciso de participantes sabendo-se basicamente os seus medalhistas. O pódio foi completamente formado por atletas dos Estados Unidos. Nas edições seguintes novamente o salto não foi disputado como uma prova individual.
Os Jogos Olímpicos de Paris-1924 marcam definitivamente o retorno do salto masculino e dos demais aparelhos ao programa olímpico da ginástica artística. Naquela ocasião o campeão da disputa foi Frank Kriz, dos Estados Unidos, batendo na final o ginasta Jan Koutný, da Tchecoslováquia, por apenas um centésimo: 9.98 contra 9.97. O bronze foi conquistado por Bohumil Morkovsky, também da Tchecoslováquia. Essa foi a última vez em que os Estados Unidos subiram no lugar mais alto do pódio.
Na edição seguinte, Amsterdã-1928, o ginasta Eugen Mack, da Suíça conquistou a medalha de ouro para o seu país, a primeira nesse aparelho. Prata para Emanuel Loffler, da Tchecoslováquia, e bronze para Stane Derganc, da Iugoslávia. Em Los Angeles-1932, o título ficou com o italiano Savino Guglielmetti seguido pelos americanos Al Jochin e Ed Carmichael. E nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, a Alemanha conquistou mais um de seus ouros na ginástica na prova do salto masculino. O responsável pela vitória alemã foi Alfred Schwarmann. A prata ficou com o suíço Eugen Mack, que voltava ao pódio oito anos após ser campeão em 1928, e o bronze com o também alemão Matthias Volzs.
Paavo Aaltonen deu à Finlândia o ouro no solo masculino nos Jogos Olímpicos de Londres-1948 e foi seguido no pódio por seu compatriota Olavi Rove. O bronze foi um empate triplo entre János Mogyorósi-Klencs e Ferenc Pataki, da Hungria, e Leo Sotomík, da Tchecoslováquia.
Em 1952, a União Soviética conquistava aquele que seria o primeiro de uma sequência de três ouros consecutivos. Viktor Chukarin acabou derrotando naquela edição de Helsinque uma legião de japoneses, que ficaram com a prata através de Masao Takemoto e com dois bronzes quando Takashi Ono e Tadao Uesako terminaram empatados no terceiro lugar. Nos Jogos olímpicos de Melbourne-1956 o soviético Valentin Muratov dividiu o topo do pódio com Helmut Bantz, do time da Alemanha Unificada. Yuri Titov, também soviético ficou com o bronze.
Quatro anos depois a URSS conquistava o seu terceiro título consecutivo através dos saltos de Boris Shakhlin. Assim como na edição anterior, o pódio em Roma-1960 também acabou sendo dividido, mas dessa vez com o japonês Takashi Ono.
Competindo em casa, o japonês Haruhiro Hyamachita conquistou para seu país o segundo ouro da história. Completaram o pódio dos jogos de Tóquio o soviético Viktor Lisitskay com a medalha de prata e o finlandês Hannu Rantakari.
Mikhail Voronin voltou a colocar a bandeira da união Soviética no topo do pódio do solo masculino na Cidade do México em 1968 batendo o japonês Yukio Endo por apenas 0,050. Sergey Diamidov completou o pódio conquistando mais um bronze para os Soviéticos. Em Munique-1972 foi a vez de Klaus Kost se sagrar campeão pela Alemanha Oriental, com os soviéticos Viktor Klimenko e Nikolai Andrianov completando o pódio com as medalhas de prata e bronze, respectivamente.
Nikolai Andrianov, da União Soviética, se tornou nos Jogos de Montreal-1976 e Moscou-1980 o primeiro ginasta bicampeão olímpico na prova de salto. Em 1976, ele venceu na final os japoneses Mitsuo Tsukahara e Hiroshi Kajiyama e em 1980 bateu o seu compatriota Alexander Dityatin e o ginasta da Alemanha Oriental, Roland Bruckner. A edição disputada em solo soviético foi a última em que os ginastas do país conquistaram uma medalha na prova de salto masculino.
Logo após o bicampeonato de Andrianov, os Jogos Olimpicos apresentaram ao mundo um novo bicampeão no salto masculino. Lou Yun, da China, se tornou o segundo ginasta a atingir tal feito nas edições de Los Angeles-1984 e Seul-1988.
Em Los Angeles, além do ouro de Yun, chamou a atenção a quantidade de ginastas empatados na medalha de prata. Koji Gushiken e Shinji Morisue, do Japão, Mitch Gaylorf, dos Estados Unidos, e Li Ning da China empataram com a pontuação de 19,825 e dividiram o segundo lugar na disputa. Já em 1988 o ginasta chinês foi campeão derrotando Sylvio Krol da Alemanha Oriental e Park Jonh-hoon da Coréia do Sul.
Destaque absoluto dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992, Vitaly Scherbo também conquistou um de seus ouros na prova de salto. Na final, o campeão por equipes, do individual geral, das argolas, cavalo com alças e das barras paralelas bateu o seu colega de time unificado Grigory Misutin e colocou o título do salto masculino em sua extensa galeria. O bronze mais uma vez ficou com a Coréia do Sul, mas agora com Yoo Ok-riul.
Herdeiros diretos da ginástica artística soviética, os russos conquistaram sua primeira medalha no salto masculino nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 com Alexei Nemov. A prata ficou com mais um sul-coreano, Yeo Hong-chul, e o bronze com o agora ginasta de Belarus, Vitaly Scherbo.
O espanhol Gervasio Deferr colocou a Espanha no mapa da ginástica artística masculina ao se tornar o terceiro ginasta da história a conquistar um bicampeonato na prova de salto. O espanhol de ascendência argentina foi o campeão das Olimpíadas de Sidney-2000, quando derrotou na final Alexei Bondarenko da Rússia e Leszek Blanik da Polônia. Então vigente campeão olímpico, o russo Alexei Nemov acabou ficando de fora do pódio. O segundo ouro de Gervasio Deferr veio nas Olimpíadas de Atenas-2004 ao deixar para trás o favorito da prova, o romeno Marian Dragulesco que terminou com a medalha de bronze. A prata ficou com o letão Jevgēņijs Saproņenko.
As três Olímpiadas seguintes revelaram mais três novos países campeões no salto. O primeiro foi a Polônia com o ouro de Leszek Blanik em Pequim-2008, que já havia sido medalhista de bronze oito anos antes, em Sidney. O Segundo foi a Coréia do Sul de Yang Hak-seon em Londres-2012. E por último a Coréia do Norte com Ri Se-gwang nas Olimpíadas do Rio de Janeiro-2016. Tanto em Londres quanto no Rio de Janeiro a medalha de prata ficou com o russo Denis Ablyazin.
Todos os medalhistas do salto masculino nos Jogos Olímpicos
Ouro | Prata | Bronze | ||||
1896 | Carl Schuhmann | GER | Louis Zutter | SUI | Hermann Weingärtner | GER |
1904 | Anton Heida George Eyser | USA USA | — | — | William Merz | USA |
1924 | Frank Kriz | USA | Jan Koutný | TCH | Bohumil Mořkovský | TCH |
1928 | Eugen Mack | SUI | Emanuel Löffler | TCH | Stane Derganc | YUG |
1932 | Savino Guglielmetti | ITA | Al Jochim | USA | Ed Carmichael | USA |
1936 | Alfred Schwarzmann | GER | Eugen Mack | SUI | Matthias Volz | GER |
1948 | Paavo Aaltonen | FIN | Olavi Rove | FIN | Leo Sotorník Ferenc Pataki János Mogyorósi-Klencs | TCH HUN HUN |
1952 | Viktor Chukarin | URS | Masao Takemoto | JPN | Tadao Uesako Takashi Ono | JPN JPN |
1956 | Valentin Muratov Helmut Bantz | URS GER | — | — | Yury Titov | URS |
1960 | Borys Shakhlin Takashi Ono | URS JPN | — | — | Vladimir Portnoy | URS |
1964 | Haruhiro Yamashita | JPN | Viktor Lisitsky | URS | Hannu Rantakari | FIN |
1968 | Mikhail Voronin | URS | Yukio Endo | JPN | Sergey Diomidov | URS |
1972 | Klaus Köste | GDR | Viktor Klimenko | URS | Nikolay Andrianov | URS |
1976 | Nikolay Andrianov | URS | Mitsuo Tsukahara | JPN | Hiroshi Kajiyama | JPN |
1980 | Nikolay Andrianov | URS | Aleksandr Dityatin | URS | Roland Brückner | GDR |
1984 | Lou Yun | CHN | Li Ning Koji Gushiken Shinji Morisue Mitch Gaylord | CHN JPN JPN USA | — | — |
1988 | Lou Yun | CHN | Sylvio Kroll | GDR | Park Jong-Hun | KOR |
1992 | Vitali Shcherba | EUN | Hryhoriy Misiutin | EUN | Yu Og-Yeol | KOR |
1996 | Aleksey Nemov | RUS | Yeo Hong-Cheol | KOR | Vitali Shcherba | BLR |
2000 | Gervasio Deferr | ESP | Aleksey Bondarenko | RUS | Leszek Blanik | POL |
2004 | Gervasio Deferr | ESP | Jevgēņijs Saproņenko | LAT | Marian Drăgulescu | ROU |
2008 | Leszek Blanik | POL | Thomas Bouhail | FRA | Anton Golotsutskov | RUS |
2012 | Yang Hak-Seon | KOR | Denis Ablyazin | RUS | Ihor Radivilov | UKR |
2016 | Ri Se-Gwang | PRK | Denis Ablyazin | RUS | Kenzo Shirai | JPN |
Quadro de medalhas do salto masculino nos Jogos Olímpicos
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | União Soviética | 6 | 3 | 4 | 13 |
2 | Estados Unidos | 3 | 2 | 2 | 7 |
3 | Alemanha | 3 | 0 | 2 | 5 |
4 | Japão | 2 | 5 | 4 | 11 |
5 | China | 2 | 1 | 0 | 3 |
6 | Espanha | 2 | 0 | 0 | 2 |
7 | Rússia | 1 | 3 | 1 | 5 |
8 | Suíça | 1 | 2 | 0 | 3 |
9 | Coreia do Sul | 1 | 1 | 2 | 4 |
10 | Alemanha Oriental | 1 | 1 | 1 | 3 |
10 | Finlândia | 1 | 1 | 1 | 3 |
12 | Equipe Unificada | 1 | 1 | 0 | 2 |
13 | Polônia | 1 | 0 | 1 | 2 |
14 | Coreia do Norte | 1 | 0 | 0 | 1 |
14 | Itália | 1 | 0 | 0 | 1 |
16 | Tchecoslováquia | 0 | 2 | 2 | 4 |
17 | França | 0 | 1 | 0 | 1 |
17 | Letônia | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Hungria | 0 | 0 | 2 | 2 |
20 | Bielorrússia | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Romênia | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Ucrânia | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Iugoslávia | 0 | 0 | 1 | 1 |