Sabre masculino
Sabre masculino do Brasil na história dos Jogos Olímpicos
Após quatro edições de Jogos Olímpicos seguidas, o Brasil não terá representantes no sabre masculino na Olimpíada de Tóquio 2020.
O Brasil participou do sabre masculino em sete edições olímpicas, quatro delas com o maior saibrista de todos os tempos da esgrima brasileira, Renzo Agresta.
Renzo, bicampeão pan-americano em 2013 e 2016, participou de Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, tendo como melhor resultado o round 32 nas quatro oportunidades. O atleta conquistou ainda dois bronzes individuais em Jogos Pan-Americanos. Após os Jogos do Rio, então com 31 anos, Renzo se aposentou do esporte.
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As outras participações brasileiras foram de Lodovico Alessandri, Moacyr Dunham e Ennio de Oliveira em Berlim-36 e Etienne Molnar em Londres-48 e Helsinque-52. Em Londres Molnar ficou entre os 32 melhores do mundo.
Favoritos no sabre masculino
Hungria e Coreia do Sul são os principais países no sabre masculino no último ciclo. A tendência é de um décimo quinto título olímpico dos húngaros ou um ouro inédito para a Coréia do Sul. Pelo lado húngaro vão Áron Szilágyi, András Szatmári e Csanád Gémesi e pelo lado sul-coreano Gu Bon-gil, Kim Jung-hwan e Oh Sang-uk.
Szilágyi é o atual bicampeão olímpico e chega como forte candidato para se tornar o primeiro homem tricampeão olímpico individual não só do sabre, mas também de toda esgrima masculina. Ele, entretanto, não tem resultados muito consistentes em campeonatos mundiais, onde nunca ganhou nenhum título individual, mas cresce em Jogos Olímpicos.
Seu compatriota András Szatmári é quem tem conquistado os melhores resultados para a Hungria nos últimos anos, com o título mundial de 2017 e o vice em 2019. As duas finais de Szatmári foram disputadas contra atletas da Coreia do Sul, com vitória sobre Gu Bon-gil em 2017 por 15 x 11 e derrota para Oh Sang-uk em 2019 por 15 x 12.
A Coréia do Sul desponta como principal adversária dos húngaros pois além dos dois atletas ainda teve Kim Jung-hwan campeão mundial em 2018, edição que Szilágyi e Szatmári perderam nas quartas de final. Tóquio 2020 pode facilmente ver um pódio triplo tanto da Hungria quanto da Coréia do Sul, país que vive o melhor momento atualmente.
Fora estas nações, destaque para o alemão Max Hartung, o italiano Luca Curatoli, o iraniano Mojtaba Abedini, o americano Eli Dershwitz e o russo Kamil Ibragimov.
Histórico do sabre masculino nos Jogos Olímpicos
Tal qual o florete masculino, o sabre individual para homens também está presente no programa olímpico desde a primeira edição dos Jogos, em Atenas-1896. O primeiro campeão olímpico inclusive foi grego, título para Ioannis Georgiadis em final com o compatriota Telemachos Karakalos. O ouro de Gerogiadis é até os dias de hoje o único do país berço dos Jogos Olímpicos.
Ao contrário de florete e espada masculina, onde França e Itália dominam, o sabre masculino é território húngaro. O país nesta disciplina conquistou incríveis 14 ouros olímpicos. Para se ter uma ideia da superioridade, França e União Soviética dividem o posto de segunda nação com mais títulos, com três cada. A Itália tem duas conquistas.
Antes do início do domínio húngaro, Georges de la Falaise venceu pela França em Paris-1900 e Manuel Diaz coroou uma era de ouro da esgrima cubana com o título de St Loius-1904. A força húngara começou a dar sinais com o primeiro bicampeão da prova, Jenő Fuchs, ouro em Londres-1908 e Estocolmo-1912.
Território húngaro
Após isso veio o domínio. Dos 14 ouros olímpicos húngaros, nove foram conquistados em sequência por oito atletas diferentes. De Paris-1924 a Tóquio-1964, um período de 40 anos, o único hino que tocou para premiar o vencedor do sabre individual masculino foi húngaro. Dos campeões, destaque para Aladár Gerevich, campeão de Londres-1948 e dono de outras seis medalhas de ouro por equipes, o maior vencedor de títulos olímpicos da esgrima. Ele ainda foi bronze em Berlim-1936 com seu compatriota Endre Kabos com o ouro e prata em Helsinque-1952 em um pódio totalmente húngaro.
Durante o período do domínio húngaro quem mais bateu na trave foi a Itália, que conquistou três vice-campeonatos e duas medalhas de bronze. Entretanto, não foi o país que quebrou a sequência húngara na Cidade do México-68, sendo o polonês Jerzy Pawlowski o responsável pelo feito.
Os três títulos soviéticos vieram em sequência nos Jogos seguintes com Viktor Sidya,k campeão em Munique-1972 e Viktor Krovopuskov bicampeão olímpico em Montreal-1976 e Moscou-1980. Os franceses voltaram ao topo do pódio também com um bicampeão, Jean-François Lamour, vencedor em Los Angeles-1984 e Seul-1988. A Hungria voltou a festejar com Bence Szabó em Barcelona-92
Em seguida, o mundo conheceu o quinto bicampeão olímpico da história da prova e para variar ele é húngaero, Áron Szilágyi, mais um grande nome do sabre do país europeu. O atleta venceu em Londres-2012 e Rio-2016 e está classificado para Tóquio-2020, onde poderá se tornar o primeiro três vezes campeão olímpico individualmente.
Medalhistas do sabre masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Atenas-1896 | Ioannis Georgiadis (GRE) | Tilemakhos Karakalos (GRE) | Holger Nielsen (DIN) |
Paris-1900 | Gabriel, Count de la Falaise (FRA) | Léon Thiébaut (FRA) | Fritz Flesch (AUT) |
St. Louis-1904 | Manuel Díaz (CUB) | William Grebe (EUA) | Albertson Van Zo Post (EUA) |
Atenas-1906 | Ioannis Georgiadis (GRE) | Gustav Casmir (ALE) | Federico Cesarano (ITA) |
Londres-1908 | Jenő Fuchs (HUN) | Béla Zulawszky (HUN) | Vilém Goppold z Lobsdorfu, Sr. (BOH) |
Estocolmo-1912 | Jenő Fuchs (HUN) | Béla Békessy (HUN) | Ervin Mészáros (HUN) |
Antuérpia-1920 | Nedo Nadi (ITA) | Aldo Nadi (ITA) | Arie de Jong (HOL) |
Paris-1924 | Sándor Pósta (HUN) | Roger Ducret (FRA) | János Garay (HUN) |
Amsterdã-1928 | Ödön Tersztyánszky (HUN) | Attila Petschauer (HUN) | Bino Bini (ITA) |
Los Angeles-1932 | György Piller (HUN) | Giulio Gaudini (ITA) | Endre Kabos (HUN) |
Berlim-1936 | Endre Kabos (HUN) | Gustavo Marzi (ITA) | Aladár Gerevich (HUN) |
Londres-1948 | Aladár Gerevich (HUN) | Vincenzo Pinton (ITA) | Pál Kovács (HUN) |
Helsinque-1952 | Pál Kovács (HUN) | Aladár Gerevich (HUN) | Tibor Berczelly (HUN) |
Melbourne-1956 | Rudolf Kárpáti (HUN) | Jerzy Pawłowski (POL) | Lev Kuznetsov (URS) |
Roma-1960 | Rudolf Kárpáti (HUN) | Zoltán Horváth (HUN) | Wladimiro Calarese (ITA) |
Tóquio-1964 | Tibor Pézsa (HUN) | Claude Arabo (FRA) | Umyar Mavlikhanov (URS) |
Cidade do México-1968 | Jerzy Pawłowski (POL) | Mark Rakita (URS) | Tibor Pézsa (HUN) |
Munique-1972 | Viktor Sidyak (URS) | Péter Marót (HUN) | Vladimir Nazlymov (URS) |
Montreal-1976 | Viktor Krovopuskov (URS) | Vladimir Nazlymov (URS) | Viktor Sidyak (URS) |
Moscou-1980 | Viktor Krovopuskov (URS) | Mikhail Burtsev (URS) | Imre Gedővári (HUN) |
Los Angeles-1984 | Jean-François Lamour (FRA) | Marco Marin (ITA) | Peter Westbrook (EUA) |
Seul-1988 | Jean-François Lamour (FRA) | Janusz Olech (POL) | Giovanni Scalzo (ITA) |
Barcelona-1992 | Bence Szabó (HUN) | Marco Marin (ITA) | Jean-François Lamour (FRA) |
Atlanta-1996 | Stanislav Pozdnyakov (RUS) | Sergey Sharikov (RUS) | Damien Touya (FRA) |
Sydney-2000 | Mihai Covaliu (ROM) | Matthieu Gourdain (FRA) | Wiradech Kothny (ALE) |
Atenas-2004 | Aldo Montano (ITA) | Zsolt Nemcsik (HUN) | Vladyslav Tretiak (UCR) |
Pequim-2008 | Zhong Man (CHI) | Nicolas Lopez (FRA) | Mihai Covaliu (ROM) |
Londres-2012 | Áron Szilágyi (HUN) | Diego Occhiuzzi (ITA) | Nikolay Kovalyov (RUS) |
Rio-2016 | Áron Szilágyi (HUN) | Daryl Homer (EUA) | Kim Jeong-Hwan (COR) |
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Quadro de medalhas – sabre masculino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Hungria | 14 | 7 | 8 | 29 |
França | 3 | 5 | 2 | 10 |
União Soviética | 3 | 3 | 4 | 10 |
Itália | 2 | 7 | 4 | 13 |
Grécia | 2 | 1 | 0 | 3 |
Polônia | 1 | 2 | 0 | 3 |
Rússia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Romênia | 1 | 0 | 1 | 2 |
Cuba | 1 | 0 | 0 | 1 |
China | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 2 | 2 | 4 |
Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Bohemia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 |
Ucrânia | 0 | 0 | 1 | 1 |