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Florete masculino

Guilherme Toldo Copa do Mundo de florete Cairo
Guilherme Toldo representará o Brasil pela quarta vez nos Jogos Olímpicos (Foto: Gaspar Nobrega-COB)

CALENDÁRIO

Chances do Brasil

No florete masculino, Guilherme Toldo se prepara para participar pela quarta vez dos Jogos Olímpicos. Seu melhor desempenho foi na Rio-2016, onde alcançou as quartas de final e terminou em oitavo lugar. Em Londres-2012 e Tóquio-2020, ele foi eliminado na fase de 32. Atualmente, Toldo ocupa a 27ª posição no ranking mundial, mas tem enfrentado dificuldades para obter bons resultados no circuito. No último Mundial, em 2023, ele terminou na 37ª colocação.

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Os favoritos

Um dos principais favoritos à medalha de ouro é o italiano Tommaso Marini. Ele é o atual campeão mundial, europeu e número 1 do ranking. Além disso, possui duas medalhas em Grand Prix e oito em etapas de Copas do Mundo, sendo metade delas de ouro. Outro concorrente é Nick Itkin, dos Estados Unidos, que tem grandes chances de quebrar um dos maiores tabus dos norte-americanos na esgrima masculina, pois nunca conquistaram ouro olímpico nas provas que fazem parte do programa olímpico. Ele é atualmente vice-campeão mundial e medalhista de bronze em 2022.

Tommaso Marini é um dos favoritos ao ouro e atual número um do Mundo (Foto: Facebook Federazione Italiana Scherma)

A lista continua com o atual campeão olímpico e medalhista de bronze no Mundial de 2022, Cheung Ka Long, que é o terceiro colocado no ranking. Também na disputa estão o japonês Kyosuke Matsuyama, terceiro lugar no Mundial de 2023 e 5º no ranking, e o francês Enzo Lefort, anfitrião dos Jogos de Paris-2024, medalhista de bronze no Mundial de 2023 e campeão de 2022.

Brasil no florete masculino em Jogos Olímpicos

O Brasil participou de oito Jogos Olímpicos e foi justamente na edição em casa, na Rio-2016, que obteve seu melhor resultado, alcançando as quartas de final e terminando em oitavo na classificação geral com o gaúcho Guilherme Toldo, que estará em sua quarta edição olímpica em Paris-2024.

Sua campanha na Rio teve vitórias sobre o japonês Yuki Ota, então campeão mundial, por 15 x 13 no round 32, e para cima de Cheung Ka Long, de Hong Kong, por 15 x 10 nas oitavas de final. Terminou sua participação perdendo para o italiano Daniele Garozzo, que sagrou-se o campeão olímpico.

Toldo finalizou em oitavo lugar, a melhor posição de um brasileiro na esgrima em todos os tempos, empatado com Nathalie Moellhausen que também caiu nas quartas de final na Rio-2016. Em Londres-2012, perdeu para o americano Race Imbonden por 15 x 5 no Round 32.

Guilherme toldo e outros 12 esgrimistas do Brasil competem nesta semana
Guilherme Toldo possui a melhor colocação de um brasileiro na prova do florete masculino (Foto: Marina Ziehe/COB)

Outras participações brasileiras de destaque foram Lodovico Alessandri, Moacyr Dunham e Ricardo Vagnotti, os primeiros brasileiros na prova em Berlim-36, que não avançaram além da primeira rodada, assim como Marco Martins e João Souza, eliminados no Round 64, respectivamente, em Sydney-2000 e Pequim-2008.

Histórico do florete masculino nos Jogos Olímpicos

O florete individual masculino é a prova olímpica mais antiga da esgrima, presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era Moderna em Atenas-1896, assim como o sabre masculino. Desde então, só não foi incluída no programa dos Jogos de Londres-1908. Mesmo com tanto tempo nos Jogos, apenas nove países já venceram o ouro olímpico, sendo Itália e França as grandes campeãs com nove títulos. 

Os primeiros campeões olímpicos foram franceses, iniciando o domínio do país na modalidade. Títulos para Eugène-Henri Gravelotte em Atenas-1986 e Émile Coste em Paris-1900. Logo em seguida, ouro para o cubano Ramón Fonst, que se tornou o primeiro homem a vencer o ouro em duas armas diferentes. O cubano também era campeão da espada. 

Christian d'Oriola
Lenda da esgrima francesa, Christian d’Oriola somou quatro ouros olímpicos (Twitter/sportricolore)

Em seguida, o italiano Nedo Nadi se tornou o primeiro bicampeão olímpico da esgrima com os títulos de Estocolmo-1912 e Antuérpia-1920. França e Itália se revezaram nos ouros olímpicos seguintes com destaque para o francês Christian d’Oriola, segundo homem a se tornar bicampeão olímpico em Helsinque-52 e Melbourne-56. A vitória em Helsinque foi sobre o italiano Edoardo Mangiarotti, campeão olímpico na espada daquela edição que visava igualar Ramón Fonst e conquistar o ouro olímpico em duas armas diferentes. 

Fora do eixo

O domínio Itália/França foi quebrado justamente na casa dos italianos com o ouro olímpico do soviético Viktor Zhdanovich em Roma-60. 

Victor Zhdanovich da União Soviética quebrou a hegemonia Itália/França (Foto: Unknown/George Masin)

Na história da prova, outros destaques são o sul-coreano Kim Young-ho, campeão em Sydney-2000 e o primeiro homem asiático com um ouro olímpico na esgrima, feito repetido pelo chinês Lei Sheng em Londres-2012. O pódio de Londres, aliás, foi pela segunda vez na história da modalidade composto apenas por atletas não europeus. A prata foi para o egípcio Alaaeldin Abouelkassem, primeiro africano medalhista olímpico na esgrima e o bronze para Choi Byung-chul, da Coréia do Sul. 

O outro pódio sem europeus foi no longínquo St Louis-1904 com o ouro de Ramon Fonst seguido dos americanos Albertson Van Zo Post e Charles Tatham.

Todos os medalhistas

JogosOuroPrataBronze
Atenas-1896Eugène Henry Gravelotte (FRA)Henri Callot (FRA)Athanasios Vouros (GRE)
Periklis Pierrakos-Mavromikhalis (GRE)
Paris-1900Émile Coste (FRA)Henri Masson (FRA)Marcel Boulenger (FRA)
St. Louis-1904Ramón Fonst (CUB)Albertson Van Zo Post (EUA)Charles Tatham (EUA)
Estocolmo-1912Nedo Nadi (ITA)Pietro Speciale (ITA)Richard Verderber (AUT)
Antuérpia-1920Nedo Nadi (ITA)Philippe Cattiau (FRA)Roger Ducret (FRA)
Paris-1924Roger Ducret (FRA)Philippe Cattiau (FRA)Maurice Van Damme (BEL)
Amsterdã-1928Lucien Gaudin (FRA)Erwin Casmir (ALE)Giulio Gaudini (ITA)
Los Angeles-1932Gustavo Marzi (ITA)Joe Levis (EUA)Giulio Gaudini (ITA)
Berlim-1936Giulio Gaudini (ITA)Edward Gardère (FRA)Giorgio Bocchino (ITA)
Londres-1948Jéhan de Buhan (FRA)Christian d’Oriola (FRA)Lajos Maszlay (HUN)
Helsinque-1952Christian d’Oriola (FRA)Edoardo Mangiarotti (ITA)Manlio Di Rosa (ITA)
Melbourne-1956Christian d’Oriola (FRA)Giancarlo Bergamini (ITA)Antonio Spallino (ITA)
Roma-1960Viktor Zhdanovich (URS)Yury Sisikin (URS)Albie Axelrod (EUA)
Tóquio-1964Egon Franke (POL)Jean-Claude Magnan (FRA)Daniel Revenu (FRA)
Cidade do México-1968Ion Drîmbă (ROM)Jenő Kamuti (HUN)Daniel Revenu (FRA)
Munique-1972Witold Woyda (POL)Jenő Kamuti (HUN)Christian Noël (FRA)
Montreal-1976Fabio Dal Zotto (ITA)Aleksandr Romankov (URS)Bernard Talvard (FRA)
Moscou-1980Vladimir Smirnov (URS)Pascal Jolyot (FRA)Aleksandr Romankov (URS)
Los Angeles-1984Mauro Numa (ITA)Matthias Behr (FRG)Stefano Cerioni (ITA)
Seul-1988Stefano Cerioni (ITA)Udo Wagner (GDR)Aleksandr Romankov (URS)
Barcelona-1992Philippe Omnès (FRA)Serhiy Holubytskyi (EUN)Elvis Gregory (CUB)
Atlanta-1996Alessandro Puccini (ITA)Lionel Plumenail (FRA)Franck Boidin (FRA)
Sydney-2000Kim Yeong-Ho (COR)Ralf Bißdorf (ALE)Dmitry Shevchenko (RUS)
Atenas-2004Brice Guyart (FRA)Salvatore Sanzo (ITA)Andrea Cassarà (ITA)
Pequim-2008Benjamin Kleibrink (ALE)Yuki Ota (JAP)Salvatore Sanzo (ITA)
Londres-2012Lei Sheng (CHI)Alaaeldin Abouelkassem (EGI)Choi Byeong-Cheol (COR)
Rio-2016Daniele Garozzo (ITA)Alexander Massialas (EUA)Timur Safin (RUS)
Tóquio-2020Cheung Ka Long (HKG)Daniele Garozzo (ITA)Alexander Choupenitch (CZE)

Quadro de medalhas

PaísOuroPrataBronzeTotal
França99727
Itália95822
União Soviética2226
Polônia2002
Alemanha1204
Cuba1012
República da Coreia1012
República Popular da China1001
Romênia1001
Hong Kong1001
Estados Unidos0325
Hungria0213
Alemanha Oriental0101
Egito0101
Japão0101
Equipe Unificada0101
Alemanha Ocidental0101
Grécia0022
Federação Russa0022
Áustria0011
Bélgica0011
República Checa0011