Florete masculino
Florete masculino – esgrima – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
No florete masculino, Guilherme Toldo se prepara para participar pela quarta vez dos Jogos Olímpicos. Seu melhor desempenho foi na Rio-2016, onde alcançou as quartas de final e terminou em oitavo lugar. Em Londres-2012 e Tóquio-2020, ele foi eliminado na fase de 32. Atualmente, Toldo ocupa a 27ª posição no ranking mundial, mas tem enfrentado dificuldades para obter bons resultados no circuito. No último Mundial, em 2023, ele terminou na 37ª colocação.
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Os favoritos
Um dos principais favoritos à medalha de ouro é o italiano Tommaso Marini. Ele é o atual campeão mundial, europeu e número 1 do ranking. Além disso, possui duas medalhas em Grand Prix e oito em etapas de Copas do Mundo, sendo metade delas de ouro. Outro concorrente é Nick Itkin, dos Estados Unidos, que tem grandes chances de quebrar um dos maiores tabus dos norte-americanos na esgrima masculina, pois nunca conquistaram ouro olímpico nas provas que fazem parte do programa olímpico. Ele é atualmente vice-campeão mundial e medalhista de bronze em 2022.
A lista continua com o atual campeão olímpico e medalhista de bronze no Mundial de 2022, Cheung Ka Long, que é o terceiro colocado no ranking. Também na disputa estão o japonês Kyosuke Matsuyama, terceiro lugar no Mundial de 2023 e 5º no ranking, e o francês Enzo Lefort, anfitrião dos Jogos de Paris-2024, medalhista de bronze no Mundial de 2023 e campeão de 2022.
Brasil no florete masculino em Jogos Olímpicos
O Brasil participou de oito Jogos Olímpicos e foi justamente na edição em casa, na Rio-2016, que obteve seu melhor resultado, alcançando as quartas de final e terminando em oitavo na classificação geral com o gaúcho Guilherme Toldo, que estará em sua quarta edição olímpica em Paris-2024.
Sua campanha na Rio teve vitórias sobre o japonês Yuki Ota, então campeão mundial, por 15 x 13 no round 32, e para cima de Cheung Ka Long, de Hong Kong, por 15 x 10 nas oitavas de final. Terminou sua participação perdendo para o italiano Daniele Garozzo, que sagrou-se o campeão olímpico.
Toldo finalizou em oitavo lugar, a melhor posição de um brasileiro na esgrima em todos os tempos, empatado com Nathalie Moellhausen que também caiu nas quartas de final na Rio-2016. Em Londres-2012, perdeu para o americano Race Imbonden por 15 x 5 no Round 32.
Outras participações brasileiras de destaque foram Lodovico Alessandri, Moacyr Dunham e Ricardo Vagnotti, os primeiros brasileiros na prova em Berlim-36, que não avançaram além da primeira rodada, assim como Marco Martins e João Souza, eliminados no Round 64, respectivamente, em Sydney-2000 e Pequim-2008.
Histórico do florete masculino nos Jogos Olímpicos
O florete individual masculino é a prova olímpica mais antiga da esgrima, presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era Moderna em Atenas-1896, assim como o sabre masculino. Desde então, só não foi incluída no programa dos Jogos de Londres-1908. Mesmo com tanto tempo nos Jogos, apenas nove países já venceram o ouro olímpico, sendo Itália e França as grandes campeãs com nove títulos.
Os primeiros campeões olímpicos foram franceses, iniciando o domínio do país na modalidade. Títulos para Eugène-Henri Gravelotte em Atenas-1986 e Émile Coste em Paris-1900. Logo em seguida, ouro para o cubano Ramón Fonst, que se tornou o primeiro homem a vencer o ouro em duas armas diferentes. O cubano também era campeão da espada.
Em seguida, o italiano Nedo Nadi se tornou o primeiro bicampeão olímpico da esgrima com os títulos de Estocolmo-1912 e Antuérpia-1920. França e Itália se revezaram nos ouros olímpicos seguintes com destaque para o francês Christian d’Oriola, segundo homem a se tornar bicampeão olímpico em Helsinque-52 e Melbourne-56. A vitória em Helsinque foi sobre o italiano Edoardo Mangiarotti, campeão olímpico na espada daquela edição que visava igualar Ramón Fonst e conquistar o ouro olímpico em duas armas diferentes.
Fora do eixo
O domínio Itália/França foi quebrado justamente na casa dos italianos com o ouro olímpico do soviético Viktor Zhdanovich em Roma-60.
Na história da prova, outros destaques são o sul-coreano Kim Young-ho, campeão em Sydney-2000 e o primeiro homem asiático com um ouro olímpico na esgrima, feito repetido pelo chinês Lei Sheng em Londres-2012. O pódio de Londres, aliás, foi pela segunda vez na história da modalidade composto apenas por atletas não europeus. A prata foi para o egípcio Alaaeldin Abouelkassem, primeiro africano medalhista olímpico na esgrima e o bronze para Choi Byung-chul, da Coréia do Sul.
O outro pódio sem europeus foi no longínquo St Louis-1904 com o ouro de Ramon Fonst seguido dos americanos Albertson Van Zo Post e Charles Tatham.
Todos os medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Atenas-1896 | Eugène Henry Gravelotte (FRA) | Henri Callot (FRA) | Athanasios Vouros (GRE) Periklis Pierrakos-Mavromikhalis (GRE) |
Paris-1900 | Émile Coste (FRA) | Henri Masson (FRA) | Marcel Boulenger (FRA) |
St. Louis-1904 | Ramón Fonst (CUB) | Albertson Van Zo Post (EUA) | Charles Tatham (EUA) |
Estocolmo-1912 | Nedo Nadi (ITA) | Pietro Speciale (ITA) | Richard Verderber (AUT) |
Antuérpia-1920 | Nedo Nadi (ITA) | Philippe Cattiau (FRA) | Roger Ducret (FRA) |
Paris-1924 | Roger Ducret (FRA) | Philippe Cattiau (FRA) | Maurice Van Damme (BEL) |
Amsterdã-1928 | Lucien Gaudin (FRA) | Erwin Casmir (ALE) | Giulio Gaudini (ITA) |
Los Angeles-1932 | Gustavo Marzi (ITA) | Joe Levis (EUA) | Giulio Gaudini (ITA) |
Berlim-1936 | Giulio Gaudini (ITA) | Edward Gardère (FRA) | Giorgio Bocchino (ITA) |
Londres-1948 | Jéhan de Buhan (FRA) | Christian d’Oriola (FRA) | Lajos Maszlay (HUN) |
Helsinque-1952 | Christian d’Oriola (FRA) | Edoardo Mangiarotti (ITA) | Manlio Di Rosa (ITA) |
Melbourne-1956 | Christian d’Oriola (FRA) | Giancarlo Bergamini (ITA) | Antonio Spallino (ITA) |
Roma-1960 | Viktor Zhdanovich (URS) | Yury Sisikin (URS) | Albie Axelrod (EUA) |
Tóquio-1964 | Egon Franke (POL) | Jean-Claude Magnan (FRA) | Daniel Revenu (FRA) |
Cidade do México-1968 | Ion Drîmbă (ROM) | Jenő Kamuti (HUN) | Daniel Revenu (FRA) |
Munique-1972 | Witold Woyda (POL) | Jenő Kamuti (HUN) | Christian Noël (FRA) |
Montreal-1976 | Fabio Dal Zotto (ITA) | Aleksandr Romankov (URS) | Bernard Talvard (FRA) |
Moscou-1980 | Vladimir Smirnov (URS) | Pascal Jolyot (FRA) | Aleksandr Romankov (URS) |
Los Angeles-1984 | Mauro Numa (ITA) | Matthias Behr (FRG) | Stefano Cerioni (ITA) |
Seul-1988 | Stefano Cerioni (ITA) | Udo Wagner (GDR) | Aleksandr Romankov (URS) |
Barcelona-1992 | Philippe Omnès (FRA) | Serhiy Holubytskyi (EUN) | Elvis Gregory (CUB) |
Atlanta-1996 | Alessandro Puccini (ITA) | Lionel Plumenail (FRA) | Franck Boidin (FRA) |
Sydney-2000 | Kim Yeong-Ho (COR) | Ralf Bißdorf (ALE) | Dmitry Shevchenko (RUS) |
Atenas-2004 | Brice Guyart (FRA) | Salvatore Sanzo (ITA) | Andrea Cassarà (ITA) |
Pequim-2008 | Benjamin Kleibrink (ALE) | Yuki Ota (JAP) | Salvatore Sanzo (ITA) |
Londres-2012 | Lei Sheng (CHI) | Alaaeldin Abouelkassem (EGI) | Choi Byeong-Cheol (COR) |
Rio-2016 | Daniele Garozzo (ITA) | Alexander Massialas (EUA) | Timur Safin (RUS) |
Tóquio-2020 | Cheung Ka Long (HKG) | Daniele Garozzo (ITA) | Alexander Choupenitch (CZE) |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
França | 9 | 9 | 7 | 27 |
Itália | 9 | 5 | 8 | 22 |
União Soviética | 2 | 2 | 2 | 6 |
Polônia | 2 | 0 | 0 | 2 |
Alemanha | 1 | 2 | 0 | 4 |
Cuba | 1 | 0 | 1 | 2 |
República da Coreia | 1 | 0 | 1 | 2 |
República Popular da China | 1 | 0 | 0 | 1 |
Romênia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Hong Kong | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 3 | 2 | 5 |
Hungria | 0 | 2 | 1 | 3 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Egito | 0 | 1 | 0 | 1 |
Japão | 0 | 1 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grécia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Federação Russa | 0 | 0 | 2 | 2 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Bélgica | 0 | 0 | 1 | 1 |
República Checa | 0 | 0 | 1 | 1 |