Florete masculino
Florete masculino do Brasil na história dos Jogos Olímpicos
O Brasil participou de sete Jogos Olímpicos e foi justamente na última, em casa, onde conquistou o melhor resultado. O gaúcho Guilherme Toldo, que vaai para sua terceira edição olímpica em Tóquio-2020, terminou o torneio em um espetacular 5º lugar.
Sua campanha na Rio teve vitórias sobre o japonês Yuki Ota, então campeão mundial, por 15 x 13 no round 32, e para cima de Cheung Ka Long, de Hong Kong, por 15 x 10 nas oitavas de final. Terminou sua participação perdendo para o italiano Daniele Garozzo, que sagrou-se o campeão olímpico.
Toldo finalizou em quinto lugar, a melhor posição de um brasileiro na esgrima em todos os tempos, empatado com Nathalie Moellhausen que também ficou em quinto na Rio-2016. Em Londres-2012, perdeu para o americano Race Imbonden por 15 x 5 no Round 32.
Outras participações brasileiras de destaque foram Lodovico Alessandri, Moacyr Dunham e Ricardo Vagnotti, os primeiros brasileiros na prova em Berlim-36, que não avançaram além da primeira rodada, assim como Marco Martins e João Souza, eliminados no Round 64, respectivamente, em Sydney-2000 e Pequim-2008.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para a Olimpíada
Favoritos no florete masculino
O florete masculino é a grande chance dos Estados Unidos quebrarem um dos maiores tabus de seu esporte, o fato de nunca terem conquistado nenhum ouro olímpico na esgrima masculina dentre as provas que fazem parte do programa olímpico.
O forte time americano será formado por Gerek Meinhardt, Alexander Massialas e Nick Itkin, atletas que são respectivamente os números 2, 4 e 9 do mundo. O time americano é tão forte que deixaram de fora da seleção olímpica ainda Race Imboden, atleta quarto colocado no ranking mundial, mas que ficou de fora devido ao número limite de três atletas por prova. Os três têm nível muito parecido, mas Massialas desponta em resultados pois é o atual vice campeão olímpico. Nenhum deles, entretanto, venceu o título mundial até hoje.
Os italianos serão os principais adversários a barrarem o sonho americano. Eles são liderados por Alessio Foconi, número um do ranking mundial, e por Daniele Garozo, atual campeão olímpico. Andrea Cassarà , veterano de 37 anos e presente na seleção italiana desde 2004, é o número seis do mundo e pode brigar forte também.
Alheios aos trios americano e italiano, vem o francês atual campeão mundial Enzo Lefort, atleta que pode conquistar um ouro francês que não vem desde Atenas-2004. Olho também no vice-campeão mundial Marcus Mepstead, da Grã Bretanha, e no sul-coreano Lee Kwang-hyun.
Histórico do florete masculino nos Jogos Olímpicos
O florete individual masculino é a prova olímpica mais antiga da esgrima, presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era Moderna em Atenas-1896, assim como o sabre masculino. Desde então, só não foi incluída no programa dos Jogos de Londres-1908. Mesmo com tanto tempo nos Jogos, apenas nove países já venceram o ouro olímpico, sendo Itália e França as grandes campeãs com nove títulos.
Os primeiros campeões olímpicos foram franceses, iniciando o domínio do país na modalidade. Títulos para Eugène-Henri Gravelotte em Atenas-1986 e Émile Coste em Paris-1900. Logo em seguida, ouro para o cubano Ramón Fonst, que se tornou o primeiro homem a vencer o ouro em duas armas diferentes. O cubano também era campeão da espada.
Em seguida, o italiano Nedo Nadi se tornou o primeiro bicampeão olímpico da esgrima com os títulos de Estocolmo-1912 e Antuérpia-1920. França e Itália se revezaram nos ouros olímpicos seguintes com destaque para o francês Christian d’Oriola, segundo homem a se tornar bicampeão olímpico em Helsinque-52 e Melbourne-56. A vitória em Helsinque foi sobre o italiano Edoardo Mangiarotti, campeão olímpico na espada daquela edição que visava igualar Ramón Fonst e conquistar o ouro olímpico em duas armas diferentes.
Fora do eixo
O domínio Itália/França foi quebrado justamente na casa dos italianos com o ouro olímpico do soviético Viktor Zhdanovich em Roma-60.
Na história da prova, outros destaques são o sul-coreano Kim Young-ho, campeão em Sydney-2000 e o primeiro homem asiático com um ouro olímpico na esgrima, feito repetido pelo chinês Lei Sheng em Londres-2012. O pódio de Londres, aliás, foi pela segunda vez na história da modalidade composto apenas por atletas não europeus. A prata foi para o egípcio Alaaeldin Abouelkassem, primeiro africano medalhista olímpico na esgrima e o bronze para Choi Byung-chul, da Coréia do Sul.
O outro pódio sem europeus foi no longínquo St Louis-1904 com o ouro de Ramon Fonst seguido dos americanos Albertson Van Zo Post e Charles Tatham.
Medalhistas do florete masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Atenas-1896 | Eugène Henry Gravelotte (FRA) | Henri Callot (FRA) | Athanasios Vouros (GRE) Periklis Pierrakos-Mavromikhalis (GRE) |
Paris-1900 | Émile Coste (FRA) | Henri Masson (FRA) | Marcel Boulenger (FRA) |
St. Louis-1904 | Ramón Fonst (CUB) | Albertson Van Zo Post (EUA) | Charles Tatham (EUA) |
Estocolmo-1912 | Nedo Nadi (ITA) | Pietro Speciale (ITA) | Richard Verderber (AUT) |
Antuérpia-1920 | Nedo Nadi (ITA) | Philippe Cattiau (FRA) | Roger Ducret (FRA) |
Paris-1924 | Roger Ducret (FRA) | Philippe Cattiau (FRA) | Maurice Van Damme (BEL) |
Amsterdã-1928 | Lucien Gaudin (FRA) | Erwin Casmir (ALE) | Giulio Gaudini (ITA) |
Los Angeles-1932 | Gustavo Marzi (ITA) | Joe Levis (EUA) | Giulio Gaudini (ITA) |
Berlim-1936 | Giulio Gaudini (ITA) | Edward Gardère (FRA) | Giorgio Bocchino (ITA) |
Londres-1948 | Jéhan de Buhan (FRA) | Christian d’Oriola (FRA) | Lajos Maszlay (HUN) |
Helsinque-1952 | Christian d’Oriola (FRA) | Edoardo Mangiarotti (ITA) | Manlio Di Rosa (ITA) |
Melbourne-1956 | Christian d’Oriola (FRA) | Giancarlo Bergamini (ITA) | Antonio Spallino (ITA) |
Roma-1960 | Viktor Zhdanovich (URS) | Yury Sisikin (URS) | Albie Axelrod (EUA) |
Tóquio-1964 | Egon Franke (POL) | Jean-Claude Magnan (FRA) | Daniel Revenu (FRA) |
Cidade do México-1968 | Ion Drîmbă (ROM) | Jenő Kamuti (HUN) | Daniel Revenu (FRA) |
Munique-1972 | Witold Woyda (POL) | Jenő Kamuti (HUN) | Christian Noël (FRA) |
Montreal-1976 | Fabio Dal Zotto (ITA) | Aleksandr Romankov (URS) | Bernard Talvard (FRA) |
Moscou-1980 | Vladimir Smirnov (URS) | Pascal Jolyot (FRA) | Aleksandr Romankov (URS) |
Los Angeles-1984 | Mauro Numa (ITA) | Matthias Behr (FRG) | Stefano Cerioni (ITA) |
Seul-1988 | Stefano Cerioni (ITA) | Udo Wagner (GDR) | Aleksandr Romankov (URS) |
Barcelona-1992 | Philippe Omnès (FRA) | Serhiy Holubytskyi (EUN) | Elvis Gregory (CUB) |
Atlanta-1996 | Alessandro Puccini (ITA) | Lionel Plumenail (FRA) | Franck Boidin (FRA) |
Sydney-2000 | Kim Yeong-Ho (COR) | Ralf Bißdorf (ALE) | Dmitry Shevchenko (RUS) |
Atenas-2004 | Brice Guyart (FRA) | Salvatore Sanzo (ITA) | Andrea Cassarà (ITA) |
Pequim-2008 | Benjamin Kleibrink (ALE) | Yuki Ota (JAP) | Salvatore Sanzo (ITA) |
Londres-2012 | Lei Sheng (CHI) | Alaaeldin Abouelkassem (EGI) | Choi Byeong-Cheol (COR) |
Rio-2016 | Daniele Garozzo (ITA) | Alexander Massialas (EUA) | Timur Safin (RUS) |
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Quadro de medalhas – Florete masculino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
França | 9 | 9 | 7 | 27 |
Itália | 9 | 4 | 8 | 21 |
União Soviética | 2 | 2 | 2 | 6 |
Polônia | 2 | 0 | 0 | 2 |
Alemanha | 1 | 2 | 0 | 4 |
Cuba | 1 | 0 | 1 | 2 |
República da Coreia | 1 | 0 | 1 | 2 |
República Popular da China | 1 | 0 | 0 | 1 |
Romênia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 3 | 2 | 5 |
Hungria | 0 | 2 | 1 | 3 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Egito | 0 | 1 | 0 | 1 |
Japão | 0 | 1 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grécia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Federação Russa | 0 | 0 | 2 | 2 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Bélgica | 0 | 0 | 1 | 1 |