Espada masculina
Espada masculina do Brasil na história dos Jogos Olímpicos
O Brasil esteve presente em nove edições dos Jogos Olímpicos da espada individual masculina. Athos Schwantes é o principal nome do país na atualidade na prova. Ele foi 28º em Londres-2012 e 32º nos Jogos do Rio em 2016. Infelizmente o atleta não se classificou para Tóquio-2020 e o Brasil não terá representantes.
A primeira edição com participação brasileira foi em Berlim-36 com Henrique de Aguilar, Moacyr Dunham e Ennio de Oliveira, com destaque para Aguilar que terminou entre os 20 melhores atletas do mundo.
Outros destaques do Brasil na história da prova são Mario Biancalana, 13º em Londres-1948; Carlos Couto 32º na Cidade do México-1968, mesma posição de Antônio Machado em Seul-1988
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para a Olimpíada
Favoritos na espada masculina
De todas as especialidades da esgrima, a espada é a prova que tem a disputa mais aberta. De 2012 para cá, oito homens diferentes venceram os principais torneios do mundo, sendo Ruben Limardo, da Venezuela, e Park Sang-young, da Coréia do Sul, campeões olímpicos, e o estoniano Nikolai Novosjolov, os franceses Ulrich Robeiri e Yannick Borel, o italiano Paolo Pizzo e os húngaros Géza Imre e Gergely Siklósi campeões mundiais ao longo dos últimos seis torneios.
Siklosi é o campeão vigente e estará em Tóquio 2020, assim como Limardo, Sang-young e Borel, todos com chances enormes de medalhas de ouro. Outros nomes fortes são o líder do ranking mundial Sergey Bida, da Rússia, atual vice-campeão do mundo, os medalhistas mundiais Ihor Reizlin, da Ucrânia, e Andrea Santarelli, da Itália, e o japonês Masaru Yamada, que competirá em casa.
É uma prova bem aberta e não será surpreendente se nenhum dos citados chegar ao pódio na Olimpíada de Tóquio.
Histórico da espada masculina nos Jogos Olímpicos
A espada individual masculina está presente nos Jogos Olímpicos desde Paris-1900, a segunda edição olímpica. Doze países já conquistaram o ouro, sendo a Itália, com sete conquistas, e a França, com cinco, os maiores vencedores. Cuba, Bélgica, Alemanha, Rússia e Hungria venceram duas vezes, já União Soviética, Suécia, Suíça, Venezuela e Coréia do Sul tem um título cada.
O primeiro campeão olímpico foi o cubano Ramón Fonst, na verdade bicampeão olímpico, com seus títulos conquistados em Paris-1900 e St Louis-1904. Fonst também venceu o florete em St Louis e se tornou o primeiro ídolo nacional da pequena ilha caribenha que virou uma das potências mundiais do esporte, especialmente nos anos 90. Ramón segue, até os dias de hoje, como o único bicampeão olímpico individual.
Dos sete ouros italianos, seis deles foram conquistados em sequência entre os Jogos de Los Angeles-1932 e Roma-1960 por seis atletas diferentes. Uma curiosidade é que o pódio de Melbourne-1956 foi dividido por três campeões olímpicos, com o ouro de Carlos Pavesi, a prata de Giuseppe Delfino e o bronze de Edoardo Mangiarotti, que defendia seu título olímpico. Após essa sequência de títulos, os italianos tiveram dificuldades com a ascensão das potências do leste europeu e só voltaram a ganhar o evento em Pequim-2008, com Matteo Tagliariol.
Os soviéticos e húngaros foram responsáveis por frustrar os italianos que se achavam imbatíveis. Grigory Kriss, da União Soviética, venceu em Tóquio-1964 e Gyozo Kulcsár e Csaba Fenyvesi conquistaram dois títulos húngaros em sequência na Cidade do México-1968 e em Munique-1972.
Outro grande destaque da espada masculina foi Pavel Kolobkov, da Rússia, campeão em Sydney-2000 e bronze em Atenas-2004. Kolobkov é considerado por muitos o maior espadista de todos os tempos, tendo uma técnica de ataque e precisão perfeita segundo especialistas do esporte.
Após o bicampeonato de Ramon Fonst, foi necessária uma espera de 108 anos para que a modalidade tivesse um não europeu como campeão olímpico, feito que coube ao venezuelano Rubén Limardo em Londres-2012.
Da Coréia do Sul veio o campeão olímpico seguinte, Park Sang-young, que venceu na emocionante final olímpica dos Jogos do Rio o húngaro Géza Imre por 15 x 14, se tornando o primeiro asiático campeão da prova. Na espada, é bem comum decisões decididas por um ponto.
Medalhistas da espada masculina nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Paris-1900 | Ramón Fonst (CUB) | Louis Perrée (FRA) | Léon Sée (FRA) |
St. Louis-1904 | Ramón Fonst (CUB) | Charles Tatham (EUA) | Albertson Van Zo Post (EUA) |
Londres-1908 | Gaston Alibert (FRA) | Alexandre Lippmann (FRA) | Eugène Olivier (FRA) |
Estocolmo-1912 | Paul Anspach (BEL) | Ivan Osiier (DIN) | Philippe Le Hardy de Beaulieu (BEL) |
Antuérpia-1920 | Armand Massard (FRA) | Alexandre Lippmann (FRA) | Gustave Buchard (FRA) |
Paris-1924 | Charles Delporte (BEL) | Roger Ducret (FRA) | Nils Hellsten (SUE) |
Amsterdã-1928 | Lucien Gaudin (FRA) | Géo Buchard (FRA) | George Calnan (EUA) |
Los Angeles-1932 | Giancarlo Cornaggia-Medici (ITA) | Géo Buchard (FRA) | Carlo Agostoni (ITA) |
Berlim-1936 | Franco Riccardi (ITA) | Saverio Ragno (ITA) | Giancarlo Cornaggia-Medici (ITA) |
Londres-1948 | Gino Cantone (ITA) | Oswald Zappelli (SUI) | Edoardo Mangiarotti (ITA) |
Helsinque-1952 | Edoardo Mangiarotti (ITA) | Dario Mangiarotti (ITA) | Oswald Zappelli (SUI) |
Melbourne-1956 | Carlo Pavesi (ITA) | Giuseppe Delfino (ITA) | Edoardo Mangiarotti (ITA) |
Roma-1960 | Giuseppe Delfino (ITA) | Allan Jay (GBR) | Bruno Habārovs (URS) |
Tóquio-1964 | Grigory Kriss (URS) | Bill Hoskyns (GBR) | Guram Kostava (URS) |
Cidade do México-1968 | Győző Kulcsár (HUN) | Grigory Kriss (URS) | Gianluigi Saccaro (ITA) |
Munique-1972 | Csaba Fenyvesi (HUN) | Jacques Ladègaillerie (FRA) | Győző Kulcsár (HUN) |
Montreal-1976 | Alexander Pusch (FRG) | Hans-Jürgen Hehn (FRG) | Győző Kulcsár (HUN) |
Moscou-1980 | Johan Harmenberg (SUE) | Ernő Kolczonay (HUN) | Philippe Riboud (FRA) |
Los Angeles-1984 | Philippe Boisse (FRA) | Björne Väggö (SUE) | Philippe Riboud (FRA) |
Seul-1988 | Arnd Schmitt (FRG) | Philippe Riboud (FRA) | Andrey Shuvalov (URS) |
Barcelona-1992 | Éric Srecki (FRA) | Pavel Kolobkov (EUN) | Jean-Michel Henry (FRA) |
Atlanta-1996 | Aleksandr Beketov (RUS) | Iván Trevejo (CUB) | Géza Imre (HUN) |
Sydney-2000 | Pavel Kolobkov (RUS) | Hugues Obry (FRA) | Lee Sang-Gi (COR) |
Atenas-2004 | Marcel Fischer (SUI) | Wang Lei (CHI) | Pavel Kolobkov (RUS) |
Pequim-2008 | Matteo Tagliariol (ITA) | Fabrice Jeannet (FRA) | José Luis Abajo (ESP) |
Londres-2012 | Rubén Limardo (VEN) | Bartosz Piasecki | Jeong Jin-Seon (COR) |
Rio-2016 | Park Sang-Yeong (COR) | Géza Imre (HUN) | Gauthier Grumier (FRA) |
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Quadro de medalhas – espada masculina – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Itália | 7 | 3 | 5 | 15 |
França | 6 | 11 | 7 | 24 |
Hungria | 2 | 2 | 3 | 7 |
Cuba | 2 | 1 | 0 | 3 |
Alemanha Ocidental | 2 | 1 | 0 | 3 |
Bélgica | 2 | 0 | 1 | 3 |
Rússia | 2 | 0 | 1 | 3 |
União Soviética | 1 | 1 | 3 | 5 |
Suécia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Suíça | 1 | 1 | 1 | 3 |
Coreia do Sul | 1 | 0 | 2 | 3 |
Venezuela | 1 | 0 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 2 | 0 | 2 |
Estados Unidos | 0 | 1 | 2 | 3 |
Dinamarca | 0 | 1 | 0 | 1 |
Noruega | 0 | 1 | 0 | 1 |
China | 0 | 1 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
Espanha | 0 | 0 | 1 | 1 |