Ciclismo de pista
Ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Provas do ciclismo de pista em Tóquio
Feminino
+ Keirin feminino
+ Sprint individual feminino
+ Sprint por equipes feminino
+ Perseguição por equipes feminino
+ Madison feminino
+ Omnium feminino
Masculino
+ Keirin masculino
+ Sprint individual masculino
+ Sprint por equipes masculino
+ Perseguição por equipes masculino
+ Madison masculino
+ Omnium masculino
Calendário do ciclismo de pista em Tóquio
Local da competição do ciclismo de pista nos Jogos de Tóquio
As disputas do ciclismo de pista serão no Velódromo de Izu, que foi expandido para os Jogos para 5.000 lugares. Izu fica a sudoeste de Tóquio, dentro da Prefeitura de Shizuoka, ficando a pouco mais de 100 km da capital japonesa.
Ao lado do velódromo, serão realizadas as provas de mountain bike.
O Brasil no ciclismo de pista dos Jogos Olímpicos
Nunca um brasileiro ganhou uma medalha olímpica em nenhuma prova do ciclismo.
A primeira participação brasileira na pista foi em Melbourne-1956, com Anísio Argenton, até hoje o melhor brasileiro da história em Jogos. O paulista de Boa Esperança do Sul foi 9º no 1 km contrarrelógio e no sprint individual em 1956 e, em Roma-1960, conseguiu resultados melhores ainda, com o 5º lugar no sprint e o 6º no contrarrelógio, ficando muito próximo das medalhas.
O país só voltou a competir na pista em Moscou-1980, até enviando uma equipe para a perseguição por equipes. Depois esteve em Los Angeles-1984, em Seul-1988, com um bom 10º lugar no 1 km contrarrelógio de Clóvis Anderson, em Barcelona-1992 e, após mais um longo hiato, no Rio-2016, com o 13º lugar de Gideoni Monteiro na Omnium. Nunca uma mulher brasileira competiu no ciclismo de pista em Olimpíadas.
Grandes nomes do ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos
Os ciclistas mais famosos da história competiram quase que sempre nas provas de estrada, mas alguns estiveram também nas pistas, nas provas de resistência. Já os grandes velocistas são extremamente especializados e focados nas provas de pista.
O britânico Chris Hoy é um desses grandes velocistas da história. Hoy venceu seis ouros olímpicos entre Atenas-2004 e Londres-2012, quando encerrou sua carreira. Ele venceu ouro nas quatro provas de velocidades possíveis. Em 2004 no 1 km contrarrelógio e no sprint e, em Pequim-2008 e Londres-2012, no sprint por equipes e na Keirin. Conquistou também 11 títulos mundiais e 25 medalhas no total. Após sua carreira de muito sucesso no ciclismo, Hoy se dedicou ao automobilismo.
O francês Arnaud Tournant não foi tão bem sucedido nos Jogos como Hoy, com apenas um ouro no sprint por equipes em Sydney-2000 e duas pratas e um bronze, mas tem 14 títulos mundiais no currículo.
Curiosamente, alguns dos grandes velocistas campeões mundiais não chegou sequer a disputar uma Olimpíada, por conta da proibição da participação de esportistas profissionais. O japonês Koichi Nakano foi campeão mundial no sprint por espetaculares 10 vezes seguidas entre 1977 e 1986, mas nunca competiu nos Jogos. Outros dois exemplos são o dinamarquês Thorvald Ellegaard, seis vezes campeão mundial entre 1901 e 1911, e o belga Jef Scherens, sete títulos mundiais entre 1932 e 1947. O italiano Antonio Maspes venceu também sete vezes o sprint em Mundiais entre 1955 e 1964, mas conquistou um bronze olímpico em Helsinque-1952 na extinta prova Tandem.
Entre os atletas de resistência, o britânico Bradley Wiggins é um dos grandes destaques. Ele começou na pista, vencendo a perseguição individual em Atenas-2004 e em Pequim-2008, passou pra estrada ficando com o ouro na prova de Londres-2012, e voltou pra pista quando levou o ouro na perseguição por equipes no Rio-2016. Wiggins tem oito medalhas olímpicas e 15 em Mundiais. Além disso, foi campeão do Tour de France de 2012.
A força feminina no ciclismo de pista
Entre as mulheres, a francesa Félicia Ballanger conquistou o bicampeonato olímpico no sprint em Atlanta-1996 e Sydney-2000 e tem 10 títulos mundiais, sendo cinco seguidos no sprint e nos 500 m contrarrelógio de 1995 a 1999.
A australiana Anna Meares é outra grande velocista. Venceu os 500 m contrarrelógio em Atenas-2004 e o sprint em Londres-2012. São 26 medalhas em Mundiais, sendo 11 ouros. A britânica Victoria Pendleton foi uma de suas grandes adversárias. Ela tem dois ouros e uma prata olímpicos e nove títulos mundiais, sendo seis no sprint.
A britânica Laura Kenny tem se mostrado uma das maiores da história nas provas mais longas. Aos 20 anos, venceu em casa em Londres-2012 os ouros na perseguição por equipes e na Omnium e repetiu os feitos no Rio-2016. São 15 medalhas em Mundiais, sendo sete ouros.
Apesar de ser uma grande especialista nas provas de estrada, a holandesa Leontien van Moorsel foi campeã olímpica na perseguição individual em Sydney-2000 e acumulou outros quatro títulos mundiais nesta prova. Na estrada, venceu três ouros olímpicos, sendo dois de estrada e um no contrarrelógio, e quatro mundiais, sendo dois em cada prova.
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Quadro de medalhas do ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Grã-Bretanha | 30 | 23 | 19 | 72 |
França | 28 | 20 | 17 | 65 |
Itália | 23 | 9 | 6 | 38 |
Austrália | 12 | 17 | 17 | 46 |
Alemanha | 12 | 11 | 14 | 37 |
Estados Unidos | 10 | 15 | 12 | 37 |
Holanda | 8 | 15 | 8 | 31 |
União Soviética | 6 | 4 | 6 | 16 |
Dinamarca | 5 | 4 | 9 | 18 |
Alemanha Oriental | 4 | 5 | 4 | 13 |
Alemanha Ocidental | 4 | 3 | 3 | 10 |
Bélgica | 3 | 4 | 5 | 12 |
Espanha | 3 | 3 | 3 | 9 |
Rússia | 2 | 4 | 4 | 10 |
Tchecoslováquia | 2 | 2 | 1 | 5 |
China | 1 | 3 | 3 | 7 |
Canadá | 1 | 2 | 5 | 8 |
Nova Zelândia | 1 | 2 | 4 | 7 |
Suíça | 1 | 2 | 1 | 4 |
Áustria | 1 | 0 | 2 | 3 |
Argentina | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estônia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Noruega | 1 | 0 | 0 | 1 |
África do Sul | 0 | 3 | 3 | 6 |
Grécia | 0 | 3 | 0 | 3 |
Japão | 0 | 1 | 3 | 4 |
Polônia | 0 | 1 | 2 | 3 |
Ucrânia | 0 | 1 | 2 | 3 |
México | 0 | 1 | 1 | 2 |
Cuba | 0 | 1 | 0 | 1 |
Uruguai | 0 | 1 | 0 | 1 |
Belarus | 0 | 0 | 1 | 1 |
Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Hong Kong | 0 | 0 | 1 | 1 |
Jamaica | 0 | 0 | 1 | 1 |
Malásia | 0 | 0 | 1 | 1 |
O esporte
O ciclismo de pista data desde pelo menos 1870, quando os velódromos já tinham uma disposição parecida com a atual, com duas retas opostas e curvas ligeiramente inclinadas. Foi um esporte que começou muito lucrativo, pois conseguiam cobrar ingressos, controlar o público e ainda por cima realizar provas o ano todo em locais fechados, mesmo no inverno. Os primeiros velódromos surgiram no Reino Unido.
Apesar das provas não terem tido alterações significativas, as bicicletas evoluíram imensamente, cada vez mais leves e mais aerodinâmicas.
Com exceção de Estocolmo-1912, o ciclismo de pista esteve presente em todas as edições olímpicas. As mulheres entraram para a disputa apenas a partir de Seul-1988 e, desde Sydney-2000, os velódromos devem ser cobertos.
O comprimento da pista variou bastante. Nos anos 1960, as pistas tinham em geral 333,333 m, mas, desde 1990, a União Ciclística Internacional (UCI) padronizou a distância de 250 m.
As provas na pista tem diferentes formatos, mas são divididas em basicamente dois tipos: velocidade e resistência. Entre as provas de velocidade, temos o sprint individual e por equipes, a Keirin e a contrarrelógio (que não é mais olímpica). Entre as de resistência, temos em disputa em Mundiais a perseguição individual e por equipes, a Scratch, a Corrida por Pontos, a Madison e a prova combinada da Omnium. Com exceção da Scratch, todas elas já foram disputadas nos Jogos. Atualmente, temos apenas a perseguição por equipes, a Madison e a Omnium como olímpicas.