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Ciclismo BMX

Ciclismo BMX nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Provas do ciclismo BMX em Tóquio

Ciclismo BMX Race
+ BMX Racing Feminino
+ BMX Racing Masculino

Ciclismo BMX Freestyle
+ BMX Freestyle Feminino
+ BMX Freestyle Masculino

Calendário do ciclismo BMX em Tóquio

Local da competição

Ariake Urban Sports Park Ciclismo BMX
Imagem virtual da Ariake Urban Sports Park, palco das provas do ciclismo BMX em Tóquio (Reprodução/Tokyo 2020)

As disputas do ciclismo BMX em Tóquio 2020, tanto o Race quanto o Freestyle, serão realizadas no Parque de Desportos Urbanos de Ariake. O local construído para receber esportes urbanos, como o skate, está localizado próximo da Vila Olímpica dos atletas e do Centro de Mídia. Durante as competições do BMX Freestyle o local terá capacidade para receber até 6.600 pessoas, enquanto as competições do BMX Race receberão até 6.000 pessoas.

O Brasil no ciclismo BMX dos Jogos Olímpicos

Sem grande tradição na modalidade, o Brasil participou pela primeira vez do BMX nas Olímpiadas de Londres-2012 com Squel Stein no feminino e Renato Rezende no masculino. Os brasileiros, entretanto, acabaram na oitava colocação de suas baterias, não conseguindo avançar para as semifinais.

Renato Rezende BMX Missão Europa
Renato Rezende representou o Brasil em duas Olimpíadas: Londres-2012 e Rio-2016 (Rafael Bello/COB)

Quatro anos depois, Renato Rezende voltou a disputar as Olimpíadas do Rio-2016, terminando novamente no oitavo lugar de sua bateria. Nessa mesma edição, o Brasil foi representado no feminino por Priscila Carnaval, terminando também na oitava colocação de sua série.

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Grandes nomes do ciclismo BMX nos Jogos Olímpicos

Os primeiros nomes de destaque da modalidade contribuíram para o desenvolvimento do esporte de forma definitiva. Entre esses nomes se destacam os americanos Tinker Juarez e Bob Haro, considerado o pai da modalidade e criador da primeira bicicleta do Freestyle. Outros que contribuíram para o esporte foram R.L. Osbourn, Woody Itson, Mike Dominguez e Martin Aparijo

Quando se fala em Jogos Olímpicos dois pilotos já se tornaram bicampeões olímpicos e estão entre os mais vencedores do esporte. Maris Strombergs, da Letônia, conquistou as duas primeiras edições olímpicas do BMX masculino em Pequim-2008 e Londres-2012. Maris ainda foi bicampeão mundial e tricampeão europeu.

Já a colombiana Mariana Pajón é o principal nome da modalidade desde o ciclo de Londres-2012. Bicampeã olímpica em 2012 e 2016, um dos maiores nomes do esporte colombiano é dona de seis ouros em mundiais, além de deter outras quatro medalhas de bronze nas mais diversas provas do BMX Race. Bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, a colombiana tentará seu terceiro pódio olímpico em Tóquio e chegará como uma das grandes favoritas.

Mariana Pajón Colômbia
A colombiana Mariana Pajón é um dos maiores nomes do ciclismo BMX e buscará seu terceiro ouro olímpico no Japão (Divulgação/Red Bull)

Alguns países possuem grande destaque no BMX Race, como a Austrália, os Estados Unidos, Holanda, França e Nova Zelândia. Dos Estados Unidos vieram Mike Day e Donny Robinson, medalhistas olímpicos em 2008, além do campeão olímpico de 2012, Connor Fields. No feminino o país americano possui como destaque Jill Kintner, medalhista olímpica em 2008, e Alise Post, prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Da Holanda vêm Laura Smulders, medalhista de bronze em Londres-2012 e campeã mundial em 2018, e Jelle van Gorkom, medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Destaque também para Raymon van der Biezen e Twan van Gendt.

Medalhista de prata em Londres-2012, Sam Willoughby é o maior nome do BMX australiano. Bicampeão mundial, Sam terminou na sexta colocação nas Olimpíadas de 2016. No feminino, destaque para Sarah Walker, vice-campeã olímpica em 2016 e dona de 11 medalhas mundiais, incluindo três ouros. Anne-Caroline Chausson, campeã olímpica em 2008, e Laetitia Le Corguillé, vice-campeã da mesma edição, são os maiores destaques da França.

Já a Colômbia é o país da América Latina mais tradicional no BMX, tendo além de Mariana Pajón dois medalhistas de bronze em Olimpíadas: Carlos Oquendo em Londres-2012 e Carlos Ramirez em 2016, no Rio de Janeiro.

Quadro de medalhas do ciclismo BMX nos Jogos Olímpicos

PaísOuroPrataBronzeTotal
Colômbia2024
Letônia2002
Estados Unidos1225
França1102
Holanda0112
Austrália0101
Nova Zelândia0101
Venezuela0011

O esporte

Rio 2016
Disputa do ciclismo BMX na Olimpíada Rio-2016 (Reprodução/Olympics)

O BMX é uma das vertentes do ciclismo, praticado com bicicletas especiais e em pistas de terra, sendo dividido em várias provas. A sigla BMX se refere a Bicycle MotoCross, chamado por aqui de Bicicross. As bicicletas nessa modalidade possuem aro 20’’ ou 24’’, contendo uma marcha e um freio.

Em 1981, criou-se a Federação Internacional de BMX, dando ainda mais impulso à nova modalidade. Posteriormente o BMX passaria a ser gerido também pela União Ciclística Internacional (UCI). Em Pequim-2008, o esporte passou a integrar o programa dos Jogos Olímpicos com a prova do BMX Race, em uma tentativa do Comitê Olímpico Internacional (COI) de atrair mais jovens para o movimento olímpico. Com o sucesso do esporte nos Jogos Olímpicos, o COI abriu as portas para a outra modalidade do BMX, e o Freestyle fará sua estreia olímpica em Tóquio-2020.

A competição mais tradicional, o Supercross ou Race, é uma corrida realizada em uma pista com diversos obstáculos como morros e curvas. Tóquio será a quarta edição da modalidade, sucesso absoluto nas Olimpíadas. Em uma pista entre 300 e 400 metros os competidores largam de uma plataforma com cerca de 10 metros de altura.

A competição em Tóquio contará com 24 ciclistas, tanto no masculino quanto no feminino, e ao contrário das outras edições, quando era feita uma corrida individual para a tomada de tempo dos atletas, em Tóquio estes serão dispostos nas baterias de acordo com o seu ranking. Assim, os 24 ciclistas começarão as disputas já nas quartas de final e a partir daí as baterias serão eliminatórias, até que se classifiquem oito para a disputa da grande final, onde serão distribuídas as três medalhas: ouro, prata e bronze.

Já o ciclismo BMX Freestyle fará sua estreia olímpica contando com nove atletas no masculino e nove atletas no feminino. O Freestyle se divide em cinco vertentes, sendo o Freestyle Park o que será disputado em Tóquio. Os atletas farão manobras, como giros e saltos, em uma pista fechada com várias rampas, grandes transições e outros obstáculos. Serão duas voltas de um minuto cada onde os árbitros avaliam os ciclistas com base na dificuldade, originalidade, estilo e execução. Serão atribuídas notas de 0 a 100 em cada uma das voltas e a pontuação será somada para definir os medalhistas.