C1 masculino
C1 masculino – Canoagem slalom – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
O Brasil no C1 masculino dos Jogos Olímpicos
O Brasil já foi representado no C1 masculino em três oportunidades, com dois atletas diferentes. Leonardo Selbach representou o Brasil no regresso da modalidade nos Jogos, em Barcelona-1992 quando terminou em 26º lugar. Quatro anos mais tarde, em Atlanta-1996, melhorou sua posição ao finalizar em 23º. O outro representante brasileiro veio 20 anos depois, nos Jogos do Rio-2016, onde Felipe Borges terminou em 16º lugar.
Favoritos do C1 masculino nos Jogos de Tóquio-2020
Apesar da evolução de várias nações na modalidade ao longo dos anos, os mesmos países devem brigar pelo pódio olímpico da C1 masculina. França, Eslováquia, Alemanha e por fora, a Eslovênia. Os países dominam as etapas de Copa do Mundo, mundiais e campeonatos europeus há muitos anos. As disputas internas, inclusive, ajudam a elevar o nível destes países.
O nível da França, aliás, é tão forte que eles possuem o atual campeão olímpico e europeu (Denis Gargaud Chanut) e o atual campeão mundial (Cédric Joly), mas nenhum dos dois irá representar o país em Tóquio-2020. O escolhido para a vaga única foi Martin Thomas, que venceu seus compatriotas na dificílima seletiva francesa. Só por isso, já vai chegar com grandes chances de medalha.
A Eslováquia levará o vice-campeão olímpico Matej Benus, que mais uma vez venceu a seletiva de seu país sobre o poderoso Michal Martikan, que mesmo não se classificando continua na ativa aos 42 anos visando Paris-2024. Pela Alemanha, destaque para o vice olímpico de Londres-2012 Sideris Tasiadis, e pela Eslovênia destaque para o medalhista de bronze mundial Luka Bozic.
Estes países dominam a modalidade há bastante tempo, mas é claro que não se pode descartar atletas de outros países, haja vista o bronze de Takuya Haneda do Japão nos Jogos do Rio. Além deles, vale ficar de olho em Ryan Westley da Grã Bretanha.
Histórico do C1 masculino nos Jogos Olímpicos
O C1 masculino é de longe a prova com a maior rivalidade da canoagem slalom. Michal Martikán da Eslováquia e Tony Estanguet são duas lendas desse esporte, conquistando juntos cinco ouros olímpicos e 21 títulos mundiais. Em apenas duas edições olímpicas o título não ficou com França ou Eslováquia, sendo Reinhard Eiben, da Alemanha Oriental, campeão em Munique-1972 e Lukas Pollert da Tchecoslováquia vencedor em Barcelona-1992.
Tony Estanguet não participou de Atlanta-1996, mas a disputa com Michal Martikán praticamente começou na edição olímpica americana. O francês viu da arquibancada o eslovaco ficar com o ouro, enquanto seu irmão mais velho Patrice Estanguet ficava com a medalha de bronze. Exatamente um mês depois dos Jogos de Atlanta, em agosto daquele ano, Tony conquistara sua primeira medalha em copas do mundo, o ouro na etapa de Praga. Ali começou sua grandiosa carreira internacional
O francês não ia bem em campeonatos mundiais, mas crescia absurdamente quando o assunto eram Jogos Olímpicos. Seu primeiro título foi em Sydney-2000 com uma diferença de dois segundos sobre Michal Martikán. No ciclo a caminho de Atenas-2004, enquanto seu rival colecionava mais dois títulos mundiais, Estanguet mais uma vez cresceu no momento certo e ficou com a medalha de ouro nos Jogos da Grécia, vencendo Martikan com uma diferença de apenas 0,12 milésimos de segundo.
Quem dominou o ciclo rumo a Pequim-2008, o terceiro de rivalidade da dupla, foi Tony Estanguet, que enfim conquistou o ouro mundial no ano de 2006, justamente em Praga. Ironias olímpicas à parte, Estanguet chegou em Pequim como porta-bandeira de seu país na cerimônia de abertura e favorito ao tricampeonato olímpico depois de viver seu melhor ciclo na carreira. Entretanto, teve na China a sua pior participação olímpica, ficando em nono lugar, fora da final, e assistindo Michel Martikán conquistar, depois de 12 anos, outro ouro olímpico para a Eslováquia.
Em Londres-2012, contando com uma imensa torcida francesa na arquibancada, Estanguet conquistou seu terceiro ouro olímpico, com Michel Martikán levando o bronze, sua quinta medalha olímpica, que o coloca como o único atleta da história a subir em cinco pódios olímpicos na modalidade.
O intruso entre eles foi o alemão Sideris Tasiadis, então com 22 anos. Enquanto o francês se aposentou, Martikan segue em busca da sexta medalha olímpica. O atleta não esteve nos Jogos do Rio-2016 e não estará em Tóquio-2020, pois perdeu a vaga para seu compatriota Matej Benus nas duas ocasiões.
Nos Jogos do Rio, o ouro ficou com Denis Gargaud Chanut, da França. A prata foi conquistada por Matej Benus, da Eslováquia, enquanto o bronze foi para o japonês Takuya Haneda, que se tornou o primeiro asiático a conquistar uma medalha olímpica na modalidade.
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Os medalhistas do C1 masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Munique 1972 | Reinhard Eiben (GDR) | Reinhold Kauder (FRG) | Jamie McEwan (USA) |
Barcelona 1992 | Lukáš Pollert (TCH) | Gareth Marriott (GBR) | Jacky Avril (FRA) |
Atanta 1996 | Michal Martikán (SVK) | Lukáš Pollert (CZE) | Patrice Estanguet (FRA) |
Sydney 2000 | Tony Estanguet (FRA) | Michal Martikán (SVK) | Juraj Minčík (SVK) |
Atenas 2004 | Tony Estanguet (FRA) | Michal Martikán (SVK) | Stefan Pfannmöller (GER) |
Pequim 2008 | Michal Martikán (SVK) | David Florence (GBR) | Rob Bell (AUS) |
Londres 2012 | Tony Estanguet (FRA) | Sideris Tasiadis (GER) | Michal Martikán (SVK) |
Rio 2016 | Denis Gargaud Chanut (FRA) | Matej Beňuš (SVK) | Takuya Haneda (JPN) |
Quadro de medalhas do C1 masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
França | 4 | 0 | 2 | 6 |
Eslováquia | 2 | 3 | 2 | 7 |
Tchecoslováquia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 1 | 0 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 2 | 0 | 2 |
Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
República Tcheca | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Ocidental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Austrália | 0 | 0 | 1 | 1 |
Japão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 0 | 1 | 1 |