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Peso meio-pesado masculino 81kg

Peso meio-pesado masculino 81kg – Boxe – Jogos Olímpicos Tóquio 2020 

Chances do Brasil no peso meio-pesado masculino 81kg nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Keno Marley Boxe Tóquio
Keno Machado foi prata no Pan de Lima-2019 e foi ouro nos Jogos da Juventude de 2018, em Buenos Aires (Alexandre Loureiro/COB)

O jovem Keno Machado terá a missão de tentar repetir em Tóquio a façanha de Yamaguchi Falcão, nove anos depois do histórico bronze de Londres-2012. A promessa do boxe brasileiro se tornou vice-campeão pan-americano em Lima-2019 aos 19 anos, tendo perdido apenas para o campeão olímpico da Rio-2016, o cubano Julio Cezar De La Cruz, na final.

No Campeonato Mundial de 2019, Keno avançou até a terceira rodada, mas acabou sendo eliminado pelo cazaque Bekzad Nurdauletov, que viria a se sagrar campeão. Natural de Sapeaçu, na Bahia, mas criado em Conceição do Almeida, Keno se tornou campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em Buenos Aires-2018. Influenciado pelo irmão, e fruto de um projeto social, a promessa brasileira tentará provar aos 21 anos que já é realidade do esporte brasileiro em Tóquio. 

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

O Brasil no peso meio-pesado masculino 81kg dos Jogos Olímpicos

Boxe Yamaguchi Falcão
Yamaguchi Falcão exibe a medalha de bronze conquistada em Londres-2012 (Reprodução)

O meio-pesado masculino contou com a participação de nove brasileiros desde que a categoria se tornou olímpica nos Jogos de Antuérpia-1920. Ao longo dos anos, o Brasil bateu na trave por diversas vezes, tendo sido quinto colocado em três ocasiões. Foi somente em 2012 com Yamaguchi Florentino, o mais velho dos irmãos Falcão, que o Brasil finalmente conseguiu conquistar sua medalha nessa categoria, um bronze.

Como na maioria das categorias, nossa primeira participação entre os meio-pesados também aconteceu na edição de Helsinque-1952. Após sair de bye na primeira rodada, Lucio Grottone venceu o norueguês Bjarne Lingas, se classificando para as quartas de final. Na fase seguinte, ele acabou caindo diante do argentino Antonio Pacenza, se despedindo em quinto lugar.

A segunda participação brasileira aconteceu em Roma-1960, com José Leite. Mais uma vez a Argentina acabou com os sonhos do Brasil de conquistar uma medalha, quando Rafael Gargiulo derrotou o brasileiro logo na segunda rodada, deixando José Leite na nona colocação.

Já em 1976, nas Olimpíadas de Montreal, outro brasileiro voltou a ser nono colocado no meio-pesado. Valdemar de Oliveira, pernambucano de Bom Conselho, começou derrotando o indiano Nghivav Singh na primeira fase, mas acabou derrotado logo em seguida para o nigeriano Isaac Ikhouria.

Daniel Bispo foi o representante nacional nos Jogos Olímpicos de 1996, disputados em Atlanta. O paulistano venceu Adnan Khaddour da Síria e Jean-Louis Mandengue, da França, mas acabou superado pelo alemão Thomas Ulrich e se despediu em sétimo lugar. Quatro anos depois, em Sydney-2000, Laudelino Barros representou o Brasil, sendo eliminado logo na primeira rodada pelo australiano Danny Green.

Nas duas edições seguintes nosso país foi representado pelo paulista Washington Silva. Em Atenas-2004 o atleta de Diadema perdeu logo em sua estreia contra o azeri Ali Smailov, dando adeus na 17ª colocação. Quatro anos depois, em Pequim-2008, o desempenho de Washington foi bastante diferente. O paulista estreou com vitória sobre o haitiano Azea Augustama e em seguida derrotou o ganês Bastir Samir, avançando para as quartas de final. No confronto decisivo que valia a primeira medalha da categoria para o Brasil, Washington acabou sendo derrotado pelo irlandês Kenneth Egan, deixando novamente o país na quinta colocação.

A primeira medalha veio na edição de Londres-2012 com Yamaguchi Falcão. Prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011, Yamaguchi estreou derrotando o indiano Sumit Sangwang em um confronto bastante equilibrado. Na segunda fase, o capixaba de Colatina derrotou Meng Fanlong da China em decisão da arbitragem após empate em 17 a 17.

Nas quartas de final Yamaguchi conquistou uma das vitórias mais expressivas do boxe brasileiro em Jogos Olímpicos. Para assegurar sua medalha, ele derrotou o cubano Julio Cesar De La Cruz, que até então detinha o título de campeão mundial e campeão pan-americano em 2011. Nas semifinais o capixaba acabou derrotado para o russo Egor Mekhontsev, que viria a se tornar o campeão olímpico, assegurando, com a derrota, a medalha de bronze, a primeira medalha entre os meio-pesados.

Nosso último representante foi Michel Borges nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O carioca ficou muito perto de conquistar a segunda medalha do Brasil na categoria, terminando em quinto lugar. Michel venceu na primeira rodada o boxeador de Camarões e na segunda rodada o boxeador da Croácia, avançando para as quartas de final. Nesse momento novamente o cubano Julio Cesar De La Cruz apareceu no caminho do Brasil, mas dessa vez com resultado diferente. O cubano derrotou o brasileiro, deixando Michel com o quinto lugar.

Favoritos do peso meio-pesado masculino 81kg nos Jogos de Tóquio-2020

De vermelho, o cubano Julio César La Cruz exibe a medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto-2015 (Reprodução)

Atual campeão olímpico, o cubano Julio Cesar De La Cruz segue sendo um dos principais nomes da categoria. Campeão mundial em 2017 em competição disputada em Hamburgo, na Alemanha, o cubano também foi medalhista de bronze no mundial de 2019. De La Cruz foi ainda campeão Pan-Americano de boxe em Lima 2019, seu terceiro título consecutivo, derrotando na final o brasileiro Keno Machado.

Um dos principais adversários do cubano em Tóquio será o cazaque Bekzad Nurdauletov, responsável por derrotá-lo na semifinal do mundial de 2019. Após passar pelo favorito na competição, o cazaque não teve dificuldade em conquistar a medalha de ouro. Com apenas 23 anos de idade Bekzad surge como uma das principais forças do meio-pesado e um dos favoritos para marcar presença no pódio.

Finalista do mundial de 2019, Dilshodbek Ruzmetov também é uma das novas promessas dos meio-pesados. O uzbeque de apenas 22 anos surpreendeu ao avançar para a final da categoria, quando foi superado por  Bekzad. O seu currículo ainda é pequeno, muito pela pouca idade, mas mostra que o boxeador está no caminho para ser um dos grandes da categoria.

Também podem aparecer no pódio o britânico Benjamin Whittaker, medalhista de bronze no mundial de 2019 e de prata nos Jogos Europeus de 2019; o azeri Loren Alfonso, campeão dos Jogos Europeus de 2019; Keno Machado, do Brasil, vice-campeão pan-ameriano de 2019 e sétimo colocado no ranking mundial de 2020; e o egípcio Abdelrahman Oraby, campeão dos Jogos Africanos de 2019.

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Histórico do peso meio-pesado masculino 81kg nos Jogos Olímpicos

Muhhamad Ali ouro Roma 1960
O americano Muhhamad Ali, então conhecido como Cassius Clay, recebe a medalha de ouro na Olimpíada de Roma-1960 (Reprodução)

A categoria que revelou ao mundo aquele que é considerado por muitos como o maior boxeador de todos os tempos, Muhammad Ali, entrou no programa olímpico nos Jogos Olímpicos de Antuérpia-1920. Com pugilistas do calibre de Evander Holyfield, Leon Spinks, Antonio Tarver, Andre Ward e o próprio Muhammad Ali, os Estados Unidos obviamente são a maior potência do meio-pesado em Jogos Olímpicos.

Em 23 edições disputadas os americanos levaram o título por sete vezes, além de somarem duas medalhas de bronze. Quem também se destaca na categoria é a extinta Iugoslávia com três medalhas de ouro. África do Sul e Rússia somam duas medalhas de ouro e empatam no terceiro lugar. Em Londres-2012 o Brasil conquistou sua primeira medalha na categoria com Yamaguchi Falcão, o mais velho dos irmãos Falcão.

Em Antuérpia-1920, o meio-pesado seguiu a tradição das outras categorias e também contou com um americano como seu primeiro campeão olímpico. Eddie Eagan conquistou a primeira medalha da categoria após vencer três lutas, incluída a final contra o norueguês Sverre Sorsdal.

A segunda medalha de ouro foi conquistada pelo britânico Harry Mitchell nas Olimpíadas de Paris-1924, após derrotar na final o dinamarquês Thyge Petersen. Quatro anos depois, era a vez de uma das potências do boxe no período conquistar sua primeira medalha nessa categoria, a Argentina. Victor Avendaño levou para o país sul-americano o ouro de Amsterdã-1928 após derrotar quatro adversários. Já a edição de Los Angeles-1932 foi conquistada pelo sul-africano David Carstens, que na final venceu o italiano Gino Rossi.

Na Olimpíada de Berlim-1936, o francês Roger Michelot acabou conquistando o ouro do meio-pesado derrotando na final o dono da casa, o alemão Richard Vogt. Na edição de Londres-1948, a África do Sul conquistou sua segunda medalha, se tornando o primeiro país a atingir a marca. O responsável pela medalha foi George Hunter, que bateu na final o britânico Don Scott.

As três edições seguintes foram vencidas pelos Estados Unidos, mostrando o poder do país na categoria, se tornando a primeira nação a atingir a façanha. A primeira das medalhas veio em Helsinque-1952 com Norvel Lee, derrotando na final o argentino Antonio Pacenza. A segunda medalha da sequência dos Estados Unidos veio nas Olimpíadas de Melbourne-1956, com Jim Boyd, ao vencer o romeno Gheorghe Negrea.

O terceiro ouro veio com Muhammad Ali, em Roma-1960, para muitos o maior boxeador da história. Nascido Cassius Clay Jr, o pugilista, filho de um pintor de faixas e cartazes e de uma empregada doméstica, se tornou campeão olímpico ao derrotar na final do torneio o polonês Zbigniew Pietrzykowski. Cassius tinha apenas 18 anos quando se sagrou campeão.

Naquele mesmo ano o pugilista passou a se dedicar ao boxe profissional, mudando o nome para Muhammad Ali após se converter ao islamismo em 1964, quando já era campeão mundial dos pesos pesados. Envolveu-se na luta pelos direitos civis e  contra o racismo. Ali negou-se a lutar na Guerra do Vietnã e teve o título retirado pela Justiça americana, em 1967.

Recuperou o cinturão na épica luta contra George Foreman, em 1974. Ali se tornou Mensageiro da Paz pela Organização das Nações Unidas e participou de diversas ações de caridade ao redor do mundo. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 o ex-boxeador foi o responsável pelo acendimento da pira olímpica durante a Cerimônia de Abertura.

A sequência de títulos americanos foi quebrada em 1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, pelo italiano Cosimo Pinto, que derrotou o soviético Aleksei Kiselyov. Quatro anos, na Cidade do México, a União Soviética conquistou a medalha de ouro com Danas Pozniakas, que na final bateu o romeno Ion Monea.

Em Munique-1972, uma nova potência dos meio-pesados se mostrava ao mundo, a Iugoslávia. A extinta nação dos Bálcãs subiu ao topo do pódio com Mate Parlov, batendo na final uma potência do boxe que também emergia naquela época, Cuba, representada por Gilberto Carrillo.

Nos Jogos de Montreal-1976, os Estados Unidos voltavam a conquistar o ouro com outro pugilista que entraria para a história da modalidade, Leon Spinks. Aos 23 anos, ele levou o ouro olímpico depois de derrotar o cubano Sixto Soria. Ao se tornar profissional, um dos maiores feitos de Spinks foi a conquista do cinturão dos pesados, batendo ninguém menos do que Muhammed Ali, em 1977.

A Iugoslávia voltaria a conquistar o título olímpico em Moscou-1980. Após vencer três confrontos, o iugoslavo Slobodan Kacar derrotou na grande final o polonês Pawel Skrzeck. Quatro anos depois, em Los Angeles-1984, a Iugoslávia voltava a subir no topo do pódio da categoria, conquistando seu segundo ouro consecutivo, e o terceiro no total, com Anton Josipovic superando o neozelandês Kevin Berry na final.

Nesta edição, destaque para um dos ganhadores das medalhas de bronze, o americano Evander Holyfield, que tornou-se um dos maiores pugilistas profissionais da história, chegando ao título mundial dos pesados. Ficou conhecido mundialmente na revanche de sua vitporia contra Mike Tyson, em 1997, quando levou uma mordida na orelha do rival.

Andrew Mynard voltou a colocar os Estados Unidos no topo do pódio em 1988, nas Olimpíadas de Seul, ao bater na final o soviético Nurmagomed Shanavazov. A edição seguinte, Barcelona-1992, foi vencida pelo alemão Torsten May, com a prata ficando com Rostyslav Zaulychnyi, da Equipe Unificada.

Vassiliy Jirov, do Cazaquistão, conquistou o título olímpico de Atlanta-1996, deixando a prata para o sul-coreano Lee Seung-Bae. O campeão olímpico de Sydney-2000 foi o russo Aleksandr Lebziak, que derrotou na final Rudolf Kraj, da República Tcheca.

Outro americano de sucesso no mundo profissional e que também foi campeão olímpico é Andre Ward. Nos Jogos Olimpícos de 2004, em Atenas, o pugilista americano conquistou o ouro após vencer na final o atleta de Belarus, Magomed Aripgadjiev. Já o campeão olímpico de 2008, em Pequim, foi o chinês Zhang Xiaoping, que na final venceu o irlandês Kenneth Egan.

Bronze no Mundial de 2011, o russo Egor Mekhontsev chegou como um dos favoritos para os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e acabou saindo da capital britânica com o ouro, ao derrotar o azeri Adilbek Niyazymbetov na final. Foi nessa edição que o Brasil conquistou sua primeira, e até hoje única, medalha na categoria, com o capixaba Yamaguchi Falcão levando a medalha de bronze. O atual campeão olímpico é o cubano Julio César De La Cruz. Tricampeão mundial em 2011, 2013 e 2015, o cubano brilhou na Rio-2016 e derrotou a final Adilbek Niyazymbetov, do Cazaquistão.

Medalhistas do peso meio-pesado masculino 81kg nos Jogos Olímpicos

JogosOuroPrataBronze
Antuérpia 1920Eddie Eagan (USA)Sverre Sørsdal (NOR)Harry Franks (GBR)
Paris 1924Harry Mitchell (GBR)Thyge Petersen (DEN)Sverre Sørsdal (NOR)
Amsterdã 1928Víctor Avendaño (ARG)Ernst Pistulla (GER)Karel Miljon (NED)
Los Angeles 1932Dave Carstens (RSA)Gino Rossi (ITA)Peter Jørgensen (DEN)
Berlim 1936Roger Michelot (FRA)Richard Vogt (GER)Francisco Risiglione (ARG)
Londres 1948George Hunter (RSA)Don Scott (GBR)Mauro Cía (ARG)
Helsinque 1952Norvel Lee (USA0Antonio Pacenza (ARG)Harry Siljander (FIN)
Anatoly Perov (URS)
Melbourne 1956Jim Boyd (USA)Gheorghe Negrea (ROU)Romualdas Murauskas (URS)
Carlos Lucas (CHI)
Roma 1960Cassius Clay (USA)Zbigniew Pietrzykowski (POL)Tony Madigan (AUS)
Giulio Saraudi (ITA)
Tóquio 1964Cosimo Pinto (ITA)Aleksey Kiselyov (URS)Aleksandar Nikolov (BUL)
Zbigniew Pietrzykowski (POL)
Cidade do México 1968Danas Pozniakas (URS)Ion Monea (ROU)Georgi Stankov (BUL)
Stanisław Dragan (POL)
Munique 1972Mate Parlov (YUG)Gilberto Carrillo (CUB)Isaac Ikhouria (NGR)
Janusz Gortat (POL)
Montreal 1976Leon Spinks (USA)Sixto Soria (CUB)Janusz Gortat (POL)
Costică Dafinoiu (ROU)
Moscou 1980Slobodan Kačar (YUG)Paweł Skrzecz (POL)Herbert Bauch (GDR)
Ricardo Rojas (CUB)
Los Angeles 1984Ante Josipović (YUG)Kevin Barry (NZL)Evander Holyfield (USA)
Mustapha Moussa (ALG)
Seul 1988Andrew Maynard (USA)Nurmagomed Shanavazov (URS)Damir Škaro (YUG)
Henryk Petrich (POL)
Barcelona 1992Torsten May (GER)Rostyslav Zaulychnyi (EUN)Zoltán Béres (HUN)
Wojciech Bartnik (POL)
Atlanta 1996Vasily Zhirov (KAZ)Lee Seung-Bae (KOR)Antonio Tarver (USA)
Thomas Ulrich (GER)
Sydney 2000Aleksandr Lebzyak (RUS)Rudi Kraj (CZE)Andriy Fedchuk (UKR)
Sergey Mikhaylov (UZB)
Atenas 2004Andre Ward (USA)Mahamed Aryphadzhyeu (BLR)Utkirbek Khaydarov (UZB)
Ahmed Ismail (EGY)
Pequim 2008Zhang Xiaoping (CHN)Kenny Egan (IRL)Tony Jeffries (GBR)
Yerkebulan Shynaliyev (KAZ)
Londres 2012Yegor Mekhontsev (RUS)Adilbek Niyazymbetov (KAZ)Yamaguchi Falcão (BRA)
Oleksandr Hvozdyk (UKR)
Rio 2016Julio César la Cruz (CUB)Adilbek Niyazymbetov (KAZ)Mathieu Bauderlique (FRA)
Joshua Buatsi (GBR)

Quadro de medalhas geral do peso meio-pesado masculino 81kg nos Jogos Olímpicos

PaísOuroPrataBronzeTotal
Estados Unidos7029
Iugoslávia3014
Rússia2002
África do Sul2002
União Soviética1225
Cuba1214
Alemanha1214
Cazaquistão1214
Grã-Bretanha1135
Argentina1124
Itália1113
França1012
China1001
Polônia0268
Romênia0213
Dinamarca0112
Noruega0112
Belarus0101
República Tcheca0101
Irlanda0101
Nova Zelândia0101
Coreia do Sul0101
Equipe Unificada0101
Bulgária0022
Ucrânia0022
Uzbequistão0022
Argélia0011
Austrália0011
Brasil0011
Chile0011
Alemanha Oriental0011
Egito0011
Finlândia0011
Hungria0011
Holanda0011
Nigéria0011