Peso médio masculino 75kg
Peso médio masculino 75kg – Boxe – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Chances do Brasil no peso médio masculino 75kg nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
A maior chance de medalha do boxe masculino brasileiro no peso médio em Tóquio vem com Hebert Conceição. O baiano foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de 2019 disputado em Ecaterimburgo, na Rússia, e vice-campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no mesmo ano. No Mundial, o baiano avançou até as semifinais, quando foi derrotado pelo dono da casa, o russo Gleb Bakshi, que depois conquistaria o título do torneio.
+ Confira o perfil completo do medalhista mundial e favorita olímpica Hebert Conceição
Já nos Jogos Pan-Americanos de Lima, o brasileiro chegou até à final, mas foi superado por Arlen López, de Cuba, atual campeão olímpico da categoria. Aos 23 anos, o pugilista aparece na quarta colocação do ranking mundial e é nome frequente nos pódios dos torneios em que participa. Embora não seja favorito, um bom chaveamento pode garantir ao baiano um caminho menos complicado na busca pela segunda medalha brasileira no peso médio.
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O Brasil no peso médio masculino 75kg dos Jogos Olímpicos
Entre os brasileiros, a categoria peso médio é uma das mais populares, tendo rendido ao Brasil uma prata olímpica e um quinto lugar. Ao todo foram oito representantes nacionais neste peso, que tem como maior destaque Esquiva Falcão.
O país estreou na categoria nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952, com Nelson Andrade. Natural de Botucatu, Nelson estreou com vitória contra Matyas Plachy, da Hungria, mas acabou caindo na rodada seguinte contra Vasile Tita, da Romênia, que viria a ser medalhista de prata daquele torneio. O país voltou a ser representado em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, com Luiz Leonidas Cezar. O paulistano estreou logo na segunda fase, mas com derrota para o italiano Franco Valle, se despedindo na nona colocação. O italiano viria a conquistar uma das medalhas de bronze do torneio.
As Olimpíadas de Montreal-1976 trouxeram para o Brasil aquele que era até então o melhor resultado do país em Jogos Olímpicos na categoria peso-médio. Nascido em Santo André, Fernando Martins não precisou lutar na primeira rodada, estreando com vitória logo na segunda fase contra Matouk Elsadek, da Líbia. Na rodada seguinte, entretanto, o brasileiro acabou sendo derrotado pelo romeno Alec Nastac. Em um confronto muito apertado, o paulista viu seu oponente vencer por 3 a 2 na decisão dos juízes, se despedindo assim na quinta colocação. Quatro anos depois o Brasil contou com Carlos Fonseca nas Olimpíadas de Moscou-1980, mas acabou derrotado logo na primeira luta pelo britânico Mark Kaylor.
O Brasil voltou a ter um representante entre os médios na edição de Atlanta-1996. José Ricardo Rodriguez foi o representante nessa categoria, terminando na nona posição após cair na segunda rodada de sua chave. Em 2000, nos Jogos de Sydney, o nosso representante foi Cleiton Conceição, derrotado logo em sua primeira luta pelo polonês Pawel Kakietek. Já em Atenas-2004 foi a vez do paraense Glaucélio Abreu defender as cores do país, também caindo na primeira fase diante de Nabil Kassel, da Argélia.
Nosso melhor resultado na categoria médio veio nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Esquiva Falcão, que havia sido bronze no Mundial de 2011, era um de nossos principais nomes da equipe brasileira e o capixaba começou sua trajetória já na segunda rodada, vencendo Soltan Mijitinov, do Azerbaijão. Nas quartas de final, Esquiva bateu Zoltán Harcza, da Hungria, se classificando para as semifinais e garantindo assim um lugar no pódio.
Mas Esquiva queria mais e derrotou o britânico Anthony Ogogo. Era a primeira vez que um boxeador brasileiro atingia a final de um torneio olímpico. Seu rival na grande decisão foi o japonês Ryota Murata, medalhista de prata no Mundial de 2011. Após um combate muito equilibrado onde tudo indicava que a vitória poderia ser de Esquiva, veio a decisão dos juízes: 14 a 13 para o japonês. A decisão da arbitragem causou grande barulho na delegação brasileira, mas a prata para Esquiva Falcão foi a primeira da história e até ali nosso melhor resultado no boxe olímpico.
Favoritos do peso médio masculino 75kg nos Jogos de Tóquio-2020
Atual campeão mundial e líder do ranking, o russo Gleb Bakshi surge como um dos grandes favoritos na disputa da medalha dourada. Apesar do bom desempenho no Mundial, Gleb acabou sendo derrotado nas quartas de final dos Jogos Europeus pelo ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que terminaria com a medalha de ouro no torneio. Campeão mundial e europeu em 2017, Oleksandr também poderá marcar presença no pódio olímpico de Tóquio.
Atual campeão olímpico, o cubano Arlen Lopez não subiu ao pódio em nenhum dos mundiais do ciclo, mas segue bem cotado ao pódio. Nas duas ocasiões o atleta acabou sendo derrotado nas quartas de final, em 2017 por 3 a 2 diante de Abilkhan Amankul e em 2019 por Gleb Bakshi, também por 3 a 2. Campeão pan-americano em Lima diante do brasileiro Hebert Conceição, Arlen tentará o bicampeonato olímpico em Tóquio em condições de igualdade contra seus algozes no ciclo.
Vice-campeão mundial de boxe 2017, o cazaque Abilkhan Amankul também é um boxeador a ser considerado para o pódio olímpico. Abilkhan conquistou ainda a medalha de bronze no Campeonato Asiático de 2019 e de prata nos Jogos Asiáticos.
Vice-campeão pan-americano e medalhista de bronze no mundial de boxe de 2019, o brasileiro Hebert Conceição tentará surpreender em Tóquio, sendo considerado um boxeador que corre por fora na disputa por um lugar no pódio. Na mesma situação se encontra o filipino Eumir Marcial, vice-campeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Asiáticos de 2019, o italiano Salvatore Cavallaro, quinto no ranking mundial, e o uzbeque Fanat Kakhramanov.
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Histórico do peso médio masculino 75kg nos Jogos Olímpicos
A categoria peso médio está presente em Jogos Olímpicos desde a estreia da modalidade em Saint-Louis-1904. Três países dividem o topo do quadro de medalhas com cinco ouros conquistados cada um: Cuba, Estados Unidos e Grã-Bretanha. O desempate ocorre nas medalhas de prata, sendo três para os Estados Unidos, duas para a Grã-Bretanha e uma para Cuba. O peso médio é uma das três categorias em que o Brasil já conquistou uma medalha olímpica, com Esquiva Falcão em Londres-2012.
Os primeiros medalhistas olímpicos do peso médio do boxe, assim como nas demais categorias que fizeram parte do programa olímpico de Saint-Louis-1904, foram americanos. A categoria contou com apenas dois participantes e um confronto, com vitória de Charles Mayer sobre Benjamin Spradley por nocaute técnico.
Em Londres-1908, foi a vez dos britânicos aproveitarem o fator casa para conquistarem a medalha de ouro. John Douglas derrotou na final o representante da Australasia (naquela edição Austrália e Nova Zelândia competiram sob a mesma bandeira) Reginald Baker.
As edições de 1920, na Antuérpia, e 1924, em Paris, apresentaram ao mundo o primeiro bicampeão da categoria, o britânico Harry Mallin. O italiano Piero Toscani conquistou a medalha nos Jogos Olímpicos de Amsterdã-1928 derrotando na final o representante da extinta Tchecoslováquia, Jan Hermánek.
Quatro anos depois, em Los Angeles-1932, a medalha de ouro ficou novamente com os americanos Carmen Barth derrotando na final o argentino Amado Azar, que trazia para a América Latina a primeira medalha da categoria.
Jean Despeuax, da França, foi o campeão olímpico no boxe de Berlim-1936. Na edição de Londres-1948, László Papp, da Hungria, subiui no topo do pódio. Quatro anos depois, em Helsinque-1952, Floyd Patterson, então com apenas 17 anos, derrotou na final Vasili Tita, para assegurar a terceira medalha dourada dos Estados Unidos na categoria.
Floyd teve uma carreira muito vitoriosa no boxe profissional, tendo se sagrado campeão mundial do pesos pesados aos 21 anos, o mais jovem a conseguir tal feito até então.
As edições seguintes foram conquistadas por americanos, soviéticos e britânicos. Melbourne-1956 viu o soviético Gennadiy Shatkov se sagrar campeão olímpico no boxe, na primeira medalha de ouro do país na categoria. Eddie Crook Jr conquistou a quarta medalha de ouro dos Estados Unidos no peso médio em Roma-1960.
A segunda medalha de ouro da União Soviética no boxe veio através de Valeri Popenchenko nos Jogos Olímpicos de Tóquio-1964. Em 1968, na Cidade do México, foi a vez da Grã-Bretanha conquistar a sua quarta medalha dourada com Chris Finnegan.
A terceira medalha de ouro dos soviéticos veio na edição de Munique-1972, sendo conquistada por Vyacheslav Lemeshev. A quinta, e até o momento última, medalha dourada dos Estados Unidos veio na edição seguinte, em Montreal-1976, com Michael Spinks.
O primeiro ouro cubano no boxe foi conquistado por José Gómez Mustelier em Moscou-1980. A Coreia conquistou sua medalha dourada em Los Angeles-1984, com Sin Jun-Seop derrotando na final o americano Virgil Hill. Quatro anos depois, em Seul-1988, era a vez de Henry Mask dar a primeira dourada do peso médio para a Alemanha Oriental.
O cubano Ariel Hérnandez iniciou a trajetória de seu bicampeonato olímpico vencendo primeiro em Barcelona-1992 e depois em Atlanta-1996. A terceira medalha de ouro consecutiva conquistada por Cuba veio em Sydney-2000 com Jorge Gutierrez. Quatro anos após perder a final para Jorge Gutierrez, o russo Gaydarbeck Gaydarbekov garantiu o ouro em Atenas-2004. A Grã-Bretanha conquistou sua quinta medalha dourada na categoria em Pequim-2008, com James DeGale. A primeira medalha brasileira na categoria veio na edição de Londres-2012, a prata de Esquiva Falcão, derrotado na final pelo japonês Ryota Murata. O último campeão olímpico foi o cubano Arlen López, na Rio-2016.
Medalhistas do peso médio masculino 75kg nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
St. Louis 1904 | Charles Mayer (USA) | Ben Spradling (USA) | — |
Londres 1908 | John Douglas (GBR) | Snowy Baker (ANZ) | William Philo (GBR) |
Antuérpia 1920 | Harry Mallin (GBR) | Art Prud’homme (CAN) | Moe Herscovitch (CAN) |
Paris 1924 | Harry Mallin (GBR) | Jack Elliott (GBR) | Joseph Beecken (BEL) |
Amsterdã 1928 | Piero Toscani (ITA) | Jan Heřmánek (TCH) | Leonard Steyaert (BEL) |
Los Angeles 1932 | Carmen Barth (USA) | Amado Azar (ARG) | Eddie Peirce (RSA) |
Berlim 1936 | Jean Despeaux (FRA) | Henry Tiller (NOR) | Raúl Villarreal (ARG) |
Londres 1948 | László Papp (HUN) | Johnny Wright (GBR) | Ivano Fontana (ITA) |
Helsinque 1952 | Floyd Patterson (USA) | Vasile Tiță (ROU) | Stig Sjölin (SWE) Boris Nikolov (BUL) |
Melbourne 1956 | Gennady Shatkov (URS) | Ramón Tapia (CHI) | Víctor Zalazar (ARG) Gilbert Chapron (FRA) |
Roma 1960 | Eddie Crook (USA) | Tadeusz Walasek (POL) | Ion Monea (ROU) Yevgeny Feofanov (URS) |
Tóquio 1964 | Valery Popenchenko (URS) | Emil Schulz (GER) | Franco Valle (ITA) Tadeusz Walasek (POL) |
Cidade do México 1968 | Chris Finnegan (GBR) | Aleksey Kiselyov (URS) | Agustín Zaragoza (MEX) Al Jones (USA) |
Munique 1972 | Vyacheslav Lemeshev (URS) | Reima Virtanen (FIN) | Prince Amartey (GHA) Marvin Johnson (USA) |
Montreal 1976 | Michael Spinks (USA) | Rufat Riskiyev (URS) | Alec Năstac (ROU) Luis Felipe Martínez (CUB) |
Moscou 1980 | José Gómez (CUB) | Viktor Savchenko (URS) | Valentin Silaghi (ROU) Jerzy Rybicki (POL) |
Los Angeles 1984 | Sin Jun-Seop (KOR) | Virgil Hill (USA) | Mohamed Zaoui (ALG) Arístides González (PUR) |
Seul 1988 | Henry Maske (GDR) | Egerton Marcus (CAN) | Chris Sande (KEN) Syed Hussain Shah (PAK) |
Barcelona 1992 | Ariel Hernández (CUB) | Chris Byrd (USA) | Chris Johnson (CAN) Lee Seung-Bae (KOR) |
Atlanta 1996 | Ariel Hernández (CUB) | Malik Beyleroğlu (TUR) | Mohamed Bahari (ALG) Rhoshii Wells (USA) |
Sydney 2000 | Jorge Gutiérrez (CUB) | Gaydarbek Gaydarbekov (RUS) | Vüqar Mursal Ələkbərov (AZE) Zsolt Erdei (HUN) |
Atenas 2004 | Gaydarbek Gaydarbekov (RUS) | Gennady Golovkin (KAZ) | Andre Dirrell (USA) Suriya Prasathinphimai (THA) |
Pequim 2008 | James DeGale (GBR) | Emilio Correa, Jr. (CUB) | Darren Sutherland (IRL) Vijender Singh (IND) |
Londres 2012 | Ryota Murata (JPN) | Esquiva Falcão (BRA) | Anthony Ogogo (GBR) Abbos Atoyev (UZB) |
Rio 2016 | Arlen López (CUB) | Bektemir Melikuziyev (UZB) | Kamran Şahsuvarlı (AZE) Misael Rodríguez (MEX) |
Quadro de medalhas geral do peso médio masculino 75kg nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 5 | 3 | 4 | 12 |
Grã-Bretanha | 5 | 2 | 2 | 9 |
Cuba | 5 | 1 | 1 | 7 |
União Soviética | 3 | 3 | 1 | 7 |
Rússia | 1 | 1 | 0 | 2 |
Itália | 1 | 0 | 2 | 3 |
França | 1 | 0 | 1 | 2 |
Hungria | 1 | 0 | 1 | 2 |
Coreia do SUl | 1 | 0 | 1 | 2 |
Alemanha Oriental | 1 | 0 | 0 | 1 |
Japão | 1 | 0 | 0 | 1 |
Canadá | 0 | 2 | 2 | 4 |
Romênia | 0 | 1 | 3 | 4 |
Argentina | 0 | 1 | 2 | 3 |
Polônia | 0 | 1 | 2 | 3 |
Uzbequistão | 0 | 1 | 1 | 2 |
Australasia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Brasil | 0 | 1 | 0 | 1 |
Chile | 0 | 1 | 0 | 1 |
Tchecoslováquia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Finlândia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Cazaquistão | 0 | 1 | 0 | 1 |
Noruega | 0 | 1 | 0 | 1 |
Peru | 0 | 1 | 0 | 1 |
Argélia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Azerbaijão | 0 | 0 | 2 | 2 |
Bélgica | 0 | 0 | 2 | 2 |
México | 0 | 0 | 2 | 2 |
Bulgária | 0 | 0 | 1 | 1 |
Gana | 0 | 0 | 1 | 1 |
Índia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Irlanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
Quênia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Paquistão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Porto Rico | 0 | 0 | 1 | 1 |
África do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suécia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Tailândia | 0 | 0 | 1 | 1 |