Basquete feminino
Tabela do basquete feminino – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
GRUPO A
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Espanha | 6 | 3 | 3 | 0 | 234 | 205 |
2 | Sérvia | 5 | 3 | 2 | 1 | 207 | 214 |
3 | Canadá | 4 | 3 | 1 | 2 | 208 | 201 |
4 | Coreia do Sul | 3 | 3 | 0 | 3 | 183 | 212 |
GRUPO B
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 6 | 3 | 3 | 0 | 260 | 223 |
2 | Japão | 5 | 3 | 2 | 1 | 245 | 239 |
3 | França | 4 | 3 | 1 | 2 | 239 | 229 |
4 | Nigéria | 3 | 3 | 0 | 3 | 217 | 270 |
GRUPO C
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | China | 6 | 3 | 3 | 0 | 247 | 191 |
2 | Bélgica | 5 | 3 | 2 | 1 | 234 | 196 |
3 | Austrália | 4 | 3 | 1 | 2 | 240 | 230 |
4 | Porto Rico | 3 | 3 | 0 | 3 | 176 | 280 |
+ LISTA DOS BRASILEIROS CLASSIFICADOS PARA OLIMPÍADA
O torneio de 2020
O basquete feminino foi uma das poucas modalidades que conseguiu realizar os torneios pré-olímpicos antes da pandemia do coronavírus atingir o planeta. Os 12 países que já estão classificados são: Japão (país sede), Estados Unidos (campeão Mundial em 2018), Espanha, Bélgica, Canadá, França, Austrália, Porto Rico, Nigéria, Sérvia, China e Coreia do Sul (todos classificados através dos torneios pré-olímpicos mundiais). O Brasil, infelizmente, ficou de fora dos Jogos após perder a vaga para Porto-Rico em fevereiro.
De todas as modalidades coletivas, nenhuma é tão fácil de prever quanto o basquete feminino. A medalha de ouro só não irá para os Estados Unidos se um verdadeiro desastre acontecer. A equipe americana não perde uma partida em Olimpíadas desde Barcelona-1992 e tem tudo para seguir invicta. Desde os Jogos da Atlanta-1996, são seis títulos consecutivos. A seleção dos EUA tem um aproveitamento espetacular de 66 vitórias e apenas três derrotas. Em Copas do Mundo, a última derrota ocorreu na semifinal de 2006, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para a Rússia. Desde então, são três títulos consecutivos, sem perder nenhum jogo.
Como se não bastasse isso tudo, os Estados Unidos têm a liga de basquete mais poderosa do mundo e a melhor jogadora do planeta. Aos 25 anos, a campeã olímpica e bicampeã mundial Breanna Stewart deve comandar novamente as americanas no Japão. Na Copa do Mundo de 2019, a atleta foi eleita a melhor do torneio (MVP). Tina Charles e Brittney Griner devem ser figuras garantidas em Tóquio, se saudáveis. Não se sabe se veteranas como Diana Taurasi e Sue Bird estarão com a equipe no Japão após o adiamento dos Jogos, mas, mesmo sem as experientes campeãs olímpicas, a seleção americana possui inúmeras peças de reposição.
A briga pela prata e pelo bronze deve ser eletrizante, entretanto. A Espanha vive um bom momento na modalidade nos últimos anos. Das últimas quatro edições do EuroBasket (Campeonato Europeu de basquete feminino), as espanholas venceram três títulos, incluindo o último, realizado em 2019. Com jogadoras dominantes no garrafão como Astou Nodur e Laura Nicholls, incomodam qualquer rival nas quadras. Alba Torrens é outra que costuma ter grandes partidas com a camisa de sua seleção. O país da península Ibérica tem tudo para repetir a ótima segunda colocação que obteve na Rio 2016. Na ocasião, as espanholas jogaram de igual para igual com as americanas, mas acabaram derrotadas nas semifinais.
A tradicional Austrália também deve brigar por medalhas no Japão. Vice-campeãs mundiais em 2018, as australianas foram superiores às equipes europeias nos últimos anos e querem superar o “trauma” da Rio 2016, quando foram surpreendidas pela equipe da Sérvia nas quartas de final, após vencerem os cinco jogos da fase de classificação. Foi a primeira vez que a Austrália ficou fora de um pódio olímpico desde Sydney-2000. A grande estrela é a pivô Liz Cambage, cestinha e segunda melhor reboteira do Mundial em 2018 e uma das maiores atletas do mundo.
A França segue com um time muito forte, mas um pouco abaixo das outras citadas anteriormente. Segue sendo uma grande força do continente europeu, tendo alcançado todas as finais do EuroBasket desde 2013, ficando com quatro vice-campeonatos (três derrotas para a Espanha e uma para a Sérvia). Lideradas pela pivô Sandrine Guda, buscam repetir a boa campanha de Londres-2012, quando foram vice-campeãs olímpicas.
Não é só no futebol profissional que existe uma “ótima geração belga”. O basquete feminino viu, nos últimos anos, o surgimento de grandes jogadores da Bélgica no continente Europeu. A equipe, que não esteve presente nos Jogos Olímpicos do Rio há quatro anos, começou a despontar no Campeonato Europeu de 2017, quando ficou na terceira colocação geral. Um ano depois, no Campeonato Mundial, caíram na semi para os Estados Unidos, perdendo o bronze para a Espanha na sequência. Com jogadoras de muita habilidade como Emma Meesseman, Kim Mestdagh, Julie Allemand e Kyara Linskens, tem tudo para incomodar as grandes potências.
Canadá, Japão, China e Nigéria possuem equipes fortes e devem fazer bons jogos com as principais forças. O país da América do Norte tem a ala Kia Nurse como sua principal arma. Destaque da WNBA, a jovem de 24 anos foi fundamental na boa campanha no Mundial de 2018. Na ocasião, o Canadá parou nas quartas de final contra a Espanha, porém venceu todos os seus adversários na fase de grupos, incluindo a França e a Coréia do Sul. Nurse foi a terceira maior cestinha com média de 18 pontos por partida. Até a pausa dos torneios por conta do coronavírus, o Canadá ocupava a quarta colocação do ranking mundial, atrás somente de EUA, Austrália e Espanha.
A Nigéria possui bastante poderio defensivo. A equipe incomoda muito nos rebotes e nas bolas roubadas. No Mundial de 2018, por exemplo, as nigerianas tiveram quase 10 bolas recuperadas por partida, melhor marca da competição. Em rebotes, só ficaram atrás de Estados Unidos e Austrália. A pivô Evelyn Akhator é um dos principais destaques, pontuando e recuperando arremessos errados das adversárias. Ezinne Kalu é especialista em “bater carteiras”. A oitava colocação no Mundial foi bastante honrosa para o país africano.
Japão e China fazem uma boa rivalidade na Ásia, com os anfitriões da próxima Olimpíada levando vantagem nos últimos quatro campeonatos continentais. No Mundial de 2018, entretanto, a China deu o troco e eliminou as japonesas nas oitavas de final. O Japão possui dois talentos individuais cruciais para o bom desempenho da equipe: Yuki Miyazawa e Maki Takada. A primeira lidera a equipe em pontos, enquanto a outra auxilia muito o setor defensivo. A China, por sua vez, conta com Ting Shao e Sijing Huang, duas das principais responsáveis pela vitória no Mundial de 2018.
Medalhista de bronze no último campeonato europeu, disputado em seu próprio território, a Sérvia vivia uma boa fase antes da pandemia atingir o planeta. A equipe evoluiu muito em comparação a 2017 e 2018, a ponto de ocupar a oitava colocação do ranking mundial. Jelena Brooks é um dos principais destaques da equipe.Porto Rico e Coreia do Sul estão um nível abaixo das outras dez equipes. Mesmo tendo eliminado o Brasil, as caribenhas não devem ir muito longe e uma classificação para as quartas-de-finais olímpica já seria uma grande vitória. O mesmo deve ocorrer com as coreanas.
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Formato de disputa do torneio de basquete feminino
Doze países, divididos em três chaves de quatro seleções, que se enfrentarão em turno único. Avançarão para a fase decisiva os dois melhores de cada grupo e mais as duas melhores que ficarem em terceiro lugar. Um sorteio definirá o chaveamento e os confrontos das quartas de final, sendo que as equipes que se enfrentaram na fase de grupos não poderão jogar novamente nas quartas. A partir daí, os vencedores avançarão para a semifinal, onde os perdedores decidirão a medalha de bronze e os vencedores, o ouro.
O basquete feminino do Brasil nos Jogos Olímpicos
A geração que encantou o Brasil nos anos 1990 de Paula, Hortência, Janeth, Alessandra e companhia elevou o patamar do basquete feminino. Foram duas incríveis medalhas olímpicas: a de prata em Atlanta-1996, em uma campanha histórica, e o bronze em Sydney-2000, sem a dupla Paula/Hortência, mas ainda com Janeth como estrela. Na Austrália, inclusive, o Brasil teve uma de suas vitórias mais dramáticas, quando derrotou a Rússia nas quartas de final com uma cesta no último lance. Em 2004, o Brasil novamente fez uma boa campanha, terminando na quarta colocação. Desde então, o nível do basquete feminino nacional caiu muito e o país fez campanhas bem abaixo do que costumava fazer. A esperança é que em Paris-2024 a nova geração consiga trazer de volta as glórias do basquete feminino.
O basquete feminino nos Jogos Olímpicos
O torneio feminino de basquete chega a sua décima segunda edição em Tóquio. Ao longo de todas as edições, como dissemos, há dominância total dos Estados Unidos. Das onze edições até aqui, as americanas só não venceram três, sendo que em uma delas, o país boicotou a realização dos Jogos Olímpicos (Moscou-1980). A última derrota do país da América do Norte ocorreu em 1992.
Os outros dois títulos ficaram com a União Soviética (Montreal-1976 e Moscou-1980) e com a Comunidade de Estados Independentes, composta por ex-países da União Soviética, extinta em 1989.
Desde Atlanta-1996, a Austrália se consolidou como a segunda força mundial. Foram quatro medalhas – duas de prata e duas de bronze – de 1996 até 2012. Herdeira da União Soviética. A Rússia foi bem de 1996 até 2012, mas acabou sendo ultrapassada por outros países europeus como a França e a Espanha.
Medalhistas do basquete feminino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Montreal 1976 | União Soviética | Estados Unidos | Bulgária |
Moscou 1980 | União Soviética | Bulgária | Iugoslávia |
Los Angeles 1984 | Estados Unidos | Coreia do Sul | China |
Seul 1988 | Estados Unidos | Iugoslávia | União Soviética |
Barcelona 1992 | Equipe Unificada | China | Estados Unidos |
Atlanta 1996 | Estados Unidos | Brasil | Austrália |
Sydney 2000 | Estados Unidos | Austrália | Brasil |
Atenas 2004 | Estados Unidos | Austrália | Rússia |
Pequim 2008 | Estados Unidos | Austrália | Rússia |
Londres 2012 | Estados Unidos | França | Austrália |
Rio 2016 | Estados Unidos | Espanha | Sérvia |
Quadro de medalhas do basquete feminino
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 8 | 1 | 1 | 10 |
União Soviética | 2 | 0 | 1 | 3 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Austrália | 0 | 3 | 2 | 5 |
Brasil | 0 | 1 | 1 | 2 |
Bulgária | 0 | 1 | 1 | 2 |
China | 0 | 1 | 1 | 2 |
Iugoslávia | 0 | 1 | 1 | 2 |
França | 0 | 1 | 0 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 1 | 0 | 1 |
Espanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Rússia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Sérvia | 0 | 0 | 1 | 1 |