Salto triplo feminino
Salto triplo feminino – Atletismo – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Caelndário
Recordes do salto triplo feminino
Chances do Brasil no salto triplo feminino
Núbia Soares é a representante brasileira na prova. Ela conseguiu o índice (14,32m) no último dia do prazo, cravando 14,68m no dia 29 de junho, na Espanha. A melhor marca dela é um centímetro a mais, 14,69m, registrada em julho de 2018. Chega para os Jogos como a número 50 do mundo, mas vale dizer que ela sofreu muito com lesões nos últimos tempos e também que já chegou a ser a oitava melhor do planeta. Poucas chances de medalha.
O Brasil no salto triplo feminino nos Jogos Olímpicos
Maria de Souza foi a primeira brasileira a competir no salto triplo nos Jogos logo na sua estreia, em Atlanta-1996. Com 13,38 m, ela ficou em 22º lugar na qualificação, fora da final. Luciana Santos esteve em Sydney-2000, onde acabou na 24ª colocação na quali com 13,48 m. Gisele de Oliveira competiu em Pequim-2008, mas com 13,81 m foi 23ª na qualificação, longe da final. Keila Costa competiu em Londres-2012 e também ficou fora da final, após o 20º lugar na qualificação com 13,84 m. Na Rio-2016, Núbia Soares terminou em 23º lugar com 13,85 m e Keila foi 24ª com 13,78 m.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
As Favoritas
A colombiana Caterina Ibargüen é um dos grandes nomes da história desta prova. Ouro no Rio-2016 e prata em Londres-2012, tem cinco medalhas em mundiais, sendo dois ouros em 2013 e 2015, venceu três vezes a Copa Continental, conquistou dois ouros em Jogos Pan-Americanos e soma impressionantes 38 vitórias no circuito da Liga Diamante. Apesar do excelente currículo, só saltou três vezes acima dos 15,00 m.
Mas a grande favorita para Tóquio é a venezuelana Yulimar Rojas. Aos 20 anos, apareceu para o mundo em 2016 vencendo o título mundial indoor em março. Cinco meses depois, ficou com a prata no Rio-2016. Neste ciclo olímpico, Rojas venceu dois Mundiais, em 2017 e 2019, e o Mundial indoor em 2018, além de levar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019, ano que brilhou muito, marcando em prova na Espanha 15,41 m, o segundo melhor salto da história e vencendo o Mundial com 15,37 m, 4ª melhor marca da história. Em 2020, bateu o recorde mundial indoor em fevereiro na Espanha com 15,43 m e foi eleita a melhor atleta do ano pela Federação Internacional.
A jamaicana Shanieka Ricketts corre por fora. Prata no Mundial de Doha-2019, também ficou na 2ª colocação nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e nos Jogos da Comunidade Britânica de 2018.
A americana Keturah Orji ficou na 4ª colocação no Rio-2016 e também no Mundial indoor no mesmo ano. No Pan de Lima-2019, foi prata no salto em distância e no Mundial Sub18 de 2013 foi prata no salto em distância e bronze no triplo. Multicampeã nacional, busca a primeira medalha olímpica dos Estados Unidos nesta prova.
A veterana ucraniana Olha Saladukha vai para sua 4ª Olimpíada com um excelente currículo. Bronze em Londres-2012, foi campeã mundial em 2011 e tricampeã europeia entre 2010 e 2014. Chegará em Tóquio com 38 anos, mas ainda consegue boas marcas e vem do 5º lugar no Mundial de 2019.
Outros nomes fortes são o da grega Paraskevi Papachristou, campeã europeia em 2018, o da espanhola Ana Peleteiro, bronze no Europeu de 2018, campeã europeia indoor em 2019 e 6ª no último Mundial, o da israelense Hanna Knyazheva-Minenko, 4ª em Londres-2012 , 5ª no Rio-2016, prata no Mundial de 2015 e prata no Europeu de 2016, e o da portuguesa Patrícia Mamona, 6ª no Rio-2016 e campeã europeia em 2016.
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Histórico do salto em distância feminino nos Jogos Olímpicos
O salto triplo feminino só entrou para o programa olímpico em Atlanta-1996, apesar de haver registros de mulheres competindo nesta prova desde os anos 1920. O primeiro recorde mundial oficial foi ratificado apenas em 1990.
Antes mesmo dos Jogos, a ucraniana Inessa Kravets bateu o recorde mundial no Mundial de Gotemburgo, em 1995, com 15,50 m, marca que dura até hoje. Favorita, ela sobrou na final em Atlanta-1996 para ficar com o primeiro ouro da prova com 15,33 m, colocando 35 cm de vantagem sobre a medalhista de prata, a russa Inna Lasovskaya.
O ouro em Sydney-2000 foi para a búlgara Tereza Marinova, campeã com 15,20 m, seguida da russa Tatyana Lebedeva, com 15,00 m. Lebedeva venceu os dois mundiais seguintes, em 2001 e 2003 e era o nome mais forte para a disputa em Atenas-2004, só que a camaronesa François Mbango Etone estava num dia inspiradíssimo e venceu com 15,30 m. Seus cinco saltos válidos foram para mais de 15 m. A prata foi para a grega Hrysopiyi Devetzi com 15,25 m e Lebedeva acabou com o bronze com 15,17 m.
Após a vitória em solo grego, Etone competiu muito pouco em 2005 e ficou parada por quase três anos. Em 2008, voltou a vencer o campeonato africano e se classificou para os Jogos de Pequim-2008, onde foi a melhor na qualificação e novamente na final, vencendo com excelentes 15,39 m, até hoje recorde olímpico e a 3ª melhor marca da história. Lebedeva e Devetzi repetiram o pódio de 2004, mas invertendo a posição. As duas foram flagradas em doping nos anos seguintes e consequentemente desclassificadas.
A vitória em Londres-2012 foi para a cazaque Olga Rypakova, que venceu com 14,98 m, deixando para trás com a prata a colombiana Caterine Ibaguën, com 14,80 m. A colombiana dominou por completo a prova nos anos seguintes, ficando três anos sem perder uma única prova no salto triplo. Entre 2013 e 2015 foram 30 vitórias, incluindo dois títulos mundiais. Favoritíssima, Ibargüen venceu no Rio-2016 com 15,17 m, deixando a venezuelana Yulimar Rojas com a prata com 14,98 m.
Medalhistas do salto triplo feminino nos Jogos Olímpicos
Olimpíada | |||
---|---|---|---|
Atlanta 1996 | Inesa Kravets UKR | Inna Lasovskaya RUS | Šárka Kašpárková CZE |
Sydney 2000 | Tereza Marinova BUL | Tatyana Lebedeva RUS | Olena Hovorova UKR |
Atenas 2004 | Françoise Mbango CMR | Pigi Devetzi GRE | Tatyana Lebedeva RUS |
Pequim 2008 | Françoise Mbango CMR | Olga Rypakova KAZ | Yargelis Savigne CUB |
Londres 2012 | Olga Rypakova KAZ | Caterine Ibargüen COL | Olha Saladukha UKR |
Rio 2016 | Caterine Ibargüen COL | Yulimar Rojas VEN | Olga Rypakova KAZ |
Quadro de Medalhas
País | Total | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Camarões | 2 | 0 | 0 | 2 |
2 | Cazaquistão | 1 | 1 | 1 | 3 |
3 | Colômbia | 1 | 1 | 0 | 2 |
4 | Ucrânia | 1 | 0 | 2 | 3 |
5 | Bulgária | 1 | 0 | 0 | 1 |
6 | Rússia | 0 | 2 | 1 | 3 |
7 | Grécia | 0 | 1 | 0 | 1 |
7 | Venezuela | 0 | 1 | 0 | 1 |
8 | Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 |
8 | República Tcheca | 0 | 0 | 1 | 1 |
O Salto triplo feminino
O Salto Triplo é uma combinação de três saltos sucessivos que terminam com a queda numa caixa de areia. A prova inicia-se com uma corrida de impulso. O salto começa com o contacto da perna de impulsão tocando o solo (maior absorção de impacto); segue-se uma pequena flexão da perna de impulsão (maior tensão elástica); nesse momento a perna de impulsão sofre grande pressão (até 6 vezes o peso do atleta), sendo que quanto maior o ângulo maior a pressão. A chamada é realizada com um movimento de patada, onde o saltador faz um movimento brusco com a perna para trás e para cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal. O ângulo resultante de saída é menor que o salto da distância. Por fim, na fase de voo, deve-se corrigir o equilíbrio através da rotação horizontal dos braços, colocando o centro de gravidade no lugar.
Numa outra técnica, o salto realiza-se com a perna de elevação (+ fraca); dá-se o toque sobre a planta do pé (maior absorção de impacto) e o movimento de “patada” ativa na chamada para reduzir a perda de velocidade horizontal; existe maior tempo de contacto com o solo; a fase de voo é próxima da do salto em comprimento, e tem apenas como diferença a menor velocidade horizontal, provocando uma menor fase de voo. Para tal utiliza-se outro tipo de estilo – o tipo peito e o carpado. A correção do equilíbrio é feita através da rotação horizontal de braços, na fase terminal.
A Federação Internacional de Atletismo descreve a mecânica obrigatória do salto da seguinte maneira:”o salto deve ser feito de tal maneira que o atleta pouse, no primeiro salto, com o mesmo pé com que ele saltou após a corrida; o segundo salto deve pousar com o pé trocado, o qual serve de impulsão para o salto final dentro da caixa de areia”.
Os saltos são invalidados caso o atleta pise na borda ou em algum ponto tábua de impulsão. A marca é medida da ponta da tábua até a primeira marcação do corpo do saltador na caixa de areia. Assim como em várias outras modalidades do atletismo, marcas conseguidas com vento a favor superior a 2 m/s não são consideradas para recordes.