Maratona masculina
Maratona masculina – Atletismo – Jogos Olímpicos – Tóquio 2020
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Chances do Brasil
Três brasileiros estarão na maratona masculina dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, sendo dois deles de maneira surpreendente. Paulo Roberto Paula é o ‘veterano’ da turma e vai para a terceira participação. Já Daniel Chaves da Silva e a jovem e grata surpresa Daniel Nascimento vão estrear. São baixas as chances de medalha, ainda mais com grandes nomes da prova indo para os Jogos.
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Daniel Chaves da Silva foi o primeiro a alcançar o índice olímpico. Marcou 2h11min10 sem Londres, em abril de 2019, naquela que foi apenas a segunda maratona de sua carreira. Paulo Roberto alcançou o índice olímpico em fevereiro do ano passado, em Sevilla, onde cravou 2h10min08s. Em 2021, Daniel Nascimento venceu a maratona de Lima com o tempo de 2h09min06s, baixando em mais de dois minutos o índice exigido para ir para a Olimpíada. Além disso, foi o melhor tempo de um brasileiro na prova de 42.195 km em nove anos.
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Os Favoritos
Quenianos e etíopes tem dominado recentemente a maratona masculina pelo mundo. Campeão nos Jogos Olímpicos Rio-2016, o queniano Eliud Kipchoge é o grande favorito para buscar o bicampeonato. Ele disputou 12 maratonas oficiais na vida, vencendo 11 e ficando em segundo lugar em uma. Além de ser o recordista mundial com 2:01:39 obtidos em Berlim em 2018, Kipchoge foi o único a fazer uma maratona em menos de duas horas, com 1:59:40 feitos em Viena em uma prova experimental de exibição em outubro de 2019.
Um dos grandes nomes da história do atletismo, o etíope Kenenisa Bekele disputou apenas uma prova em 2019, vencendo a maratona masculina de Berlim com 2:01:41, o melhor tempo do mundo no ano.
Na maratona masculina dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a equipe queniana terá ainda Amos Kipruto, bronze no último Mundial, e Lawrence Cherono, vencedor das maratonas de Boston e Chicago em 2019. Bicampeão dos 10.000m, o britânico Mo Farah vem se dedicando à maratona, tendo vencido a de Chicago em 2018. O americano Galen Rupp, bronze no Rio-2016, o tanzaniano Alphonce Simbu, bronze no Mundial de 2017 e o restante da equipe etíope e de Uganda também chegam em Tóquio com grandes chances de medalha.
O Brasil nos Jogos
A primeira participação brasileira na maratona masculina dos Jogos Olímpicos foi em Los Angeles-1932, com João Clemente da Silva, 19º com 3h02min06s, e Matheus Marcondes, que não terminou. Demorou meio século para um brasileiro voltar a competir na maratona olímpica. Em Los Angeles-1984, o gaúcho Eloi Schleder, que havia sido vice na maratona de Frankfurt dois anos antes, terminou em 23º com 2h16min35s entre 78 que terminaram.
Dois brasileiros competiram na maratona masculino nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Diamantino dos Santos foi 48º com 2h25min13s e Ivo Rodrigues, ouro no Pan de Indianápolis-1987, foi 56º com 2h26min27s entre 98 que concluíram a prova. Já em Barcelona-1992, três brasileiros competiram: Osmiro Silva, 24º com 2h17mn16s, Joseildo da Silva, 56º com 2h26min00s, e Diamantino dos Santos, que não terminou.
Luiz Antonio dos Santos obteve o melhor resultado de um brasileiro até então com o décimo lugar na maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 com 2h15min55s. Em sua estreia olímpica, Vanderlei Cordeiro de Lima terminou na 47ª posição em 2h21min01s e Diamantino dos Santos, em sua terceira e última Olimpíada, foi 73º com 2h26min53s. Três brasileiros competiram em Sydney-2000, mas apenas Vanderlei Cordeiro de Lima completou, no fraco 75º lugar com 2h37min08s, quase meia hora pior que o campeão. Osmiro Silva e Éder Fialho não terminaram.
Em sua terceira Olimpíada, Vanderlei fez uma excelente prova em Atenas-2004. Com 20 km de prova, ele disparou na liderança, abrindo boa vantagem sobre o italiano Stefano Baldini, o americano Mebrahtom Keflezeghi e o queniano Paul Tergat. Faltando apenas 7 km para o fim da maratona masculina, o brasileiro foi atacado pelo padre irlandês Cornelius Horan, que o segurou. Um espectador grego o ajudou, mas, muito abalado, o brasileiro viu Baldini e Keflezighi o ultrapassarem.
Vanderlei chegou no estádio Panathinaiko para conquistar a medalha de bronze da maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Atenas, abrindo os braços até cruzar a linha de chegada aos gritos dos espectadores que tinham visto tudo no telão, conquistando a primeira e única medalha do Brasil em uma prova de rua. Pela esportividade, Vanderlei recebeu a maior honra olímpica, a Medalha Pierre de Coubertin.
Nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, José de Souza foi o único brasileiro a terminar a maratona masculina, ficando em 38º com 2h20min25s, enquanto Marilson dos Santos, campeão da maratona de Nova York em 206 e 2008, e Franck Caldeira, que vinha do ouro no Pan do Rio-2007, não terminaram.
O brasileiros fizeram uma excelente prova nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Já muito mais experiente e chegando como um dos favoritos, Marilson ficou na excelente quinta colocação na maratona masculina com 2h11min10s. Paulo Roberto Paula também fez grande prova em solo londrino acabando em oitavo lugar com 2h12min17s e Franck Caldeira acabou em 13º com 2h13min35s. No Rio-2016, Paulo Roberto Paula ficou em 15º com 2h13min56s, Marilson dos Santos apenas em 59º com 2h19min09s e Solonei da Silva foi 78º com 2h22min05s.
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Histórico
Uma das principais provas olímpicas, a maratona masculina é tradicionalmente disputada no último dia dos Jogos Olímpicos, e as medalhas são entregues na Cerimônia de Encerramento.
Apesar de ser disputada desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas-1896, a distância da maratona masculina variou, começando com aproximadamente 40.000m, subiu para 40.260 em Paris-1900, voltou para 40.000m em St. Louis-1904, 42.195m em Londres-1908, 40.200m em Estocolmo-1912, 40.750m na Antuérpia-1920 até ser oficializada a partir de Paris-1924 nos 42.195m, que é a distância oficial até hoje. Criada para os Jogos, a Maratona foi inspirada na lenda de Fidípides, e a sua primeira disputa serviu como seletiva grega para a Olimpíada.
E nesta primeira disputa olímpica, a vitória ficou com o grego Spyridon Louis, que estava em quarto por boa parte da prova, até que o francês, o americano e o australiano na disputa foram abandonando e Louis foi para vencer em 2h58min50. Seria um pódio todo grego com Charilaos Vasilakos na segudnda colocação e Spyridon Belokas na terceira, mas Belokas foi desclassificado após ser acusado de fazer parte do percurso de carruagem. O francês nascido em Luxemburgo Michel Théato venceu nos Jogos Olímpicos de Paris-1900 com 2h59min45s.
Nos Jogos Olímpicos de Saint Louis-1904, o primeiro a cruzar a linha de chegada da maratona masculina foi o americano Fred Lorz, que abandonou a corrida por volta do 14º quilometro, pegou uma carona de carro, que quebrou no 30º quilometro, e aí correu até o final, completando em 3h13min00. Quando ia receber a medalha, sua trapaça foi descoberta e a vitória ficou com o também americano Thomas Hicks com 3h28min53s. Esta corrida também foi marcada pelas altíssimas temperaturas e com apenas um posto de água, em ruas não pavimentadas.
Foi nos Jogos Olímpicos de Londres-1908 que a distância oficial atual foi percorrida pela primeira vez na maratona masculina, com 42.195m. O italiano Dorando Pietri forçou muito o ritmo nos quilômetros finais e quase não aguentou. Ele chegou a cair cinco vezes dentro do estádio e foi ajudado pelos árbitros a se levantar. Ele demorou dez minutos para completar os 350m finais. Completando em 2h54min46s4, ele acabou desclassificado por receber ajuda e a vitória ficou com o americano Johnny Hayes.
Após a Primeira Guerra Mundial, foram duas vitórias finlandesas na maratona masculina com Hannes Kolehmainen nos Jogos Olímpicos de Antuérpia-1920 e Albin Stenroos em Paris-1924. O argentino Juan Carlos Zabala foi ouro em Los Angeles-1932, batendo o recorde olímpico com 2h31min36s. Nos Jogos de Berlim-1936, a vitória ficou com Sohn Kee-chung, coreano, que competiu pelo Japão. Na época, a Coreia era uma colônia japonesa e, na hora do hino japonês, ele abaixou sua cabeça, mostrando a vergonha por não competir pelo seu país de origem.
A segunda vitória de uma argentino na maratona masculina veio nos Jogos Olímpicos de Londres-1948, com Delfo Cabrera, campeão com 2h34min5s6. Em Helsinque-1952 foi a vez do checo Emil Zátopek vencer seu terceiro ouro em uma mesma edição. Ele venceu os 10.000m em 20 de julho, os 5.000m 4 dias depois e fechou a trifeta no dia 27 ao completar a maratona com 2h23min03s2. Quatro anos depois, em Melbourne-1956, Zatopek voltou a correr, mas acabou em 6º.
A maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Roma-1960 foi uma das mais marcantes da história olímpica, pois foi nela que o etíope Abebe Bikila venceu. Ele se tornou o primeiro atleta da África sub-Saariana a vencer um ouro olímpico e fez isso correndo descalço pelas ruas da capital italiana com o tempo de 2h15min16s2, estabelecendo o novo recorde mundial da distância. Bikila voltaria ao topo ao vencer o bicampeonato em Tóquio-1964, desta vez correndo calçado, vencendo com o tempo de 2h12min11s2, mais uma vez recorde mundial. Ele voltaria a correr na Cidade do México-1968, mas com uma fratura na fíbula, acabou desistindo após 16km e a vitória ficou com seu compatriota Mamo Wolde, com 2h20min26s.
Nos Jogos Olimpícos de Munique-1972, a vitória da maratona masculina ficou com o americano Frank Shorter (que nasceu na cidade alemã), com 2h12min19s, mas o primeiro a entrar no estádio não foi ele, mas sim um estudante alemão com o uniforme da Alemanha Ocidental, que foi vaiado por invadir e retirado pelos árbitros. Quatro anos mais tarde, numa chuvosa prova em Montreal, Shorter chegou como favorito, mas viu o alemão oriental Waldemar Cierpinski, que vinha da prova de obstáculos, se desgarrar com 30km de prova e vencer com 2h09min55s0, 50s a frente do americano. Cierpinski voltaria a vencer em Moscou-1980 se tornando o segundo bicampeão da história.
O sul-coreano Hwang Yeong-cho obteve uma surpreendente vitória na maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992, numa prova que começou bem tarde, às 18h30, terminando muito pouco antes da cerimônia de encerramento, com 2h13min23s. Quem ultrapassou o tempo limite de 2h45min não entrou no estádio de Montjuic e foi redirecionado para uma segunda chegada, na pista de aquecimento.
Foi apenas nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 que um africano voltou a vencer a maratona masculina, após 28 anos. Sem nenhum grande favorito, o ouro ficou com o sul-africano Josia Thugwane com 2h12min36s. Em Sydney-2000, em mais uma prova sem um grande favorito, o ouro ficou com o etíope Gezahegne Abera, vencendo com 2h10min11s, no primeiro pódio todo africano, com o queniano Erick Wainaina na prata e o também etíope Tesafye Tola no bronze.
De volta às origens, a maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 teve início na cidade de Maratona, até terminar no histórico estádio Panathinaiko, que recebeu os Jogos de 1896. Infelizmente, a prova ficou marcada pelo incidente com o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Ele foi para a liderança com 20 km de prova e, no 35º quilometro, foi atacado pelo padre irlandês Cornelius Horan, que o segurou. Um espectador grego ajudou o brasileiro, que, muito abalado foi ultrapassado pelo italiano Stefano Baldini, ouro com 2h10min55s e pelo americano Mebrahtom Keflezighi, prata com 2h11min29s. Vanderlei foi bronze com 2h12min11s.
Foi apenas nos Jogos Olímpicos em Pequim-2008 que veio o primeiro ouro queniano na maratona masculina com Samuel Wanjiru, campeão com o ótimo tempo de 2h06min32s, recorde olímpico. Stephen Kiprotich, de Uganda, venceu em Londres-2012 com 2h08min01s e, no Rio-2016, a vitória ficou com o queniano atual recordista mundial Eliud Kipchoge com 2h08min44s.
Os Medalhistas
Olimpíada | |||
---|---|---|---|
Atenas-1896 | Spyridon Louis GRE | Charilaos Vasilakos GRE | Gyula Kellner HUN |
Paris-1900 | Michel Théato FRA | Émile Champion FRA | Ernst Fast SWE |
St. Louis-1904 | Thomas Hicks USA | Albert Corey USA | Arthur Newton USA |
Londres-1908 | Johnny Hayes USA | Charles Hefferon RSA | Joseph Forshaw USA |
Estocolmo-1912 | Ken McArthur RSA | Christian Gitsham RSA | Gaston Strobino USA |
Antuérpia-1920 | Hannes Kolehmainen FIN | Jüri Lossmann EST | Valerio Arri ITA |
Paris-1924 | Albin Stenroos FIN | Romeo Bertini ITA | Clarence DeMar USA |
Amstrerdã-1928 | Boughera El Ouafi FRA | Manuel Plaza CHI | Martti Marttelin FIN |
Los Angeles-1932 | Juan Carlos Zabala ARG | Sam Ferris GBR | Armas Toivonen FIN |
Berlim-1936 | Sohn Kee-chung JPN | Ernest Harper GBR | Nan Shoryu JPN |
Londres-1948 | Delfo Cabrera ARG | Tom Richards GBR | Étienne Gailly BEL |
Helsinque-1952 | Emil Zátopek CZE | Reinaldo Gorno ARG | Gustaf Jansson SWE |
Melbourne-1956 | Alain Mimoun FRA | Franjo Mihalić YUG | Veikko Karvonen FIN |
Roma-1960 | Abebe Bikila ETH | Rhadi Ben Abdesselam MAR | Barry Magee NZL |
Tóquio-1964 | Abebe Bikila ETH | Basil Heatley GBR | Kokichi Tsuburaya JPN |
Cidade do México-1968 | Mamo Wolde ETH | Kenji Kimihara JPN | Mike Ryan NZL |
Munique-1972 | Frank Shorter USA | Karel Lismont BEL | Mamo Wolde ETH |
Montreal-1976 | Waldemar Cierpinski FRG | Frank Shorter USA | Karel Lismont BEL |
Moscou-1980 | Waldemar Cierpinski FRG | Gerard Nijboer NED | Satymkul Dzhumanazarov URS |
Los Angeles-1984 | Carlos Lopes POR | John Treacy IRL | Charlie Spedding GBR |
Seul-1988 | Gelindo Bordin ITA | Douglas Wakiihuri KEN | Ahmed Salah DJI |
Barcelona-1992 | Hwang Young-cho KOR | Koichi Morishita JPN | Stephan Freigang GER |
Atlanta-1996 | Josia Thugwane RSA | Lee Bong-ju KOR | Erick Wainaina KEN |
Sydney-2000 | Gezahegne Abera ETH | Erick Wainaina KEN | Tesfaye Tola ETH |
Atenas-2004 | Stefano Baldini ITA | Mebrahtom Keflezighi USA | Vanderlei de Lima BRA |
Pequim-2008 | Samuel Wanjiru KEN | Jaouad Gharib MAR | Tsegay Kebede ETH |
Londres-2012 | Stephen Kiprotich UGA | Abel Kirui KEN | Wilson Kipsang Kiprotich KEN |
Rio-2016 | Eliud Kipchoge KEN | Feyisa Lelisa ETH | Galen Rupp USA |
Quadro de Medalhas
País | Total | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Etiópia | 4 | 1 | 3 | 8 |
2 | Estados Unidos | 3 | 3 | 5 | 11 |
3 | França | 3 | 1 | 0 | 4 |
4 | Quênia | 2 | 3 | 2 | 7 |
5 | África do Sul | 2 | 2 | 0 | 4 |
6 | Itália | 2 | 1 | 1 | 4 |
7 | Argentina | 2 | 1 | 0 | 3 |
8 | Finlândia | 2 | 0 | 3 | 5 |
9 | Alemanha Ocidental | 2 | 0 | 0 | 2 |
10 | Japão | 1 | 2 | 2 | 5 |
11 | Coreia do Sul | 1 | 1 | 0 | 2 |
11 | Grécia | 1 | 1 | 0 | 2 |
13 | Portugal | 1 | 0 | 0 | 1 |
13 | Tchéquia | 1 | 0 | 0 | 1 |
13 | Uganda | 1 | 0 | 0 | 1 |
16 | Grã-Bretanha | 0 | 4 | 1 | 5 |
17 | Marrocos | 0 | 2 | 0 | 2 |
18 | Bélgica | 0 | 1 | 2 | 3 |
19 | Chile | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Estônia | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Irlanda | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Iugoslávia | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Países Baixos | 0 | 1 | 0 | 1 |
24 | Nova Zelândia | 0 | 0 | 2 | 2 |
24 | Suécia | 0 | 0 | 2 | 2 |
26 | Alemanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
26 | Brasil | 0 | 0 | 1 | 1 |
26 | Djibuti | 0 | 0 | 1 | 1 |
26 | Hungria | 0 | 0 | 1 | 1 |
26 | União Soviética | 0 | 0 | 1 | 1 |
A Maratona Masculina
Maratona é uma corrida realizada na distância oficial de 42,195 km, normalmente em ruas e estradas. Única modalidade esportiva que se originou de uma lenda, seu nome foi instituído como uma homenagem à antiga lenda grega do soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morreu de exaustão após cumprir a missão.
A Federação Internacional de Atletismo (IAAF – International Association of Athletics Federations) estabelece que a distância oficial da maratona deva ser de exatos 42,195 km (42 mil 195 metros), com um adendo de 42 metros. Os fiscais oficiais e medidores de quilometragem destas provas acrescentam ao final mais um metro por quilômetro percorrido, para reduzir o risco de que alguma falha na medição produza uma distância final inferior à estipulada.
Para eventos sob a égide da IAAF é obrigatório que o percurso tenha marcações intercaladas da distância percorrida, de maneira a que os corredores tenham noção do ponto em que se encontram, e esses marcos devem ser a cada quilômetro.
Os recordes conquistados, sejam eles mundiais, continentais ou nacionais, só são reconhecidos em provas que cumpram as regras da IAAF, que estabelecem que o percurso precisa ter uma distância máxima entre a partida e a chegada de 50% da distância total da prova – 42,195 km – e um desnível na topografia de no máximo 1/1000 da distância total.