Heptatlo
Heptatlo – Atletismo – Jogos Olímpicos – Tóquio 202
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Recordes do heptatlo
Chances do Brasil no heptatlo
O Brasil não tem representantes nessa prova.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Favoritas no heptatlo nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
A disputa em Tóquio será parecida com o que ocorreu no Mundial de Doha-2019, com a belga Nafissatou Thiam e a britânica Katarina Johnson-Thompson brigando prova a prova, ponto a ponto.
A belga Thiam tinha sido bronze no Europeu de 2014, mas surpreendeu muita gente ao vencer o ouro na Rio-2016. Depois levou o Mundial de 2017 e ficou com a prata no de 2019. Ela tem uma grande prova de salto em altura, já tendo vencido duas etapas da Liga Diamante, inclusive.
Mas a britânica Johnson-Thompson não deixará barato. Ela foi campeã mundial Sub 18 em 2009 e campeã mundial Sub 20 do salto em distância em 2012. No heptatlo, KJT foi 13ª em Londres-2012, 5ª colocada no Mundial de 2013 e 6ª no Rio-2016. Em 2017, ficou novamente em 5º lugar no Mundial tanto no heptatlo como no salto em altura e despontou com o ouro na combinada no Mundial de 2019, quando marcou 6.981 pontos. Também é fortíssima no salto em altura e no salto em distância.
Muitas outras brigam pelo bronze. Entre elas a austríaca Verena Preiner, bronze no último Mundial, a letã Laura Ikauniece, 4ª no Rio-2016, bronze no Mundial de 2015 e prata no Europeu de 2012, as americanas Erica Bougard, 4º no Mundial de 2019, e Kendell Williams, 5ª colocada, e a holandesa Nadine Broersen, 4ª no Mundial de 2019 e campeã mundial indoor do pentatlo em 2014, mesmo ano que foi vice-campeã europeia.
Duas atletas africanas também vem com boas marcas e podem pegar uma boa colocação. De Benin, vem Odile Ahouanwanou, 8ª no último Mundial, e da Burkina Faso temos Marthe Koala, prata na Universíade de 2019 e campeã africana. Koala estava em 6º lugar no Mundial em 2019 após 5 provas, mas teve problemas no dardo e teve que abandonar a prova.
O Brasil no heptatlo dos Jogos Olímpicos
Aída dos Santos foi a primeira brasileira a competir em uma prova combinada, quando disputou o pentatlo na Cidade do México-1968. Quarta colocada no salto em altura na edição anterior, ela acabou na 20ª colocação no pentatlo, indo mal inclusive na sua principal prova, marcando 1,59 m, longe do 1,74 m dos Jogos anteriores.
Conceição Geremias disputou a última aparição do pentatlo nos Jogos, em Moscou-1980, terminando em 14º lugar com 4.263 pontos. Ela também competiu na estreia do heptatlo em Los Angeles-1984, mas teve problemas no lançamento de dardo, ficando sem marca e desistiu de disputar os 800 m. Já em Seul-1988, a brasileira conseguiu terminar, mas ficou na 22ª posição com 5.508 pontos.
Lucimara da Silva esteve em Pequim-2008, após ser bronze no Pan do Rio-2007. Ela ficou em 16º com 6.076 pontos, conseguindo mais de 1.000 em duas provas, mas pecando no peso e no dardo.
Vanessa Chefer competiu no Rio-2016, onde ficou na 23ª posição geral com 6.024 pontos. Teve os 200 m como sua melhor performance.
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Histórico do heptatlo nos Jogos Olímpicos
As mulheres competem em provas combinadas nos Jogos desde Tóquio-1964, com o pentatlo, que compreendia os 80 m com barreiras, arremesso de peso, salto em altura, salto em distância e 200 m, disputados em dois dias. A primeira campeã foi a soviética Irina Press, ouro nos 80m com barreiras em Roma-1960. Na Cidade do México-1968, o ouro foi para a alemã ocidental Ingrid Becker. Em Munique-1972, a primeira prova do pentatlo foi alterada para os 100 m com barreiras e o ouro foi da britânica Mary Peters, com recorde mundial de 4.801.
Já em Montreal-1976 a disputa do pentatlo foi inacreditável. O pódio foi todo formado por alemãs orientais, com ouro para Siegrun Siegl com 4.745 pontos, exatamente a mesma pontuação de Christine Laser, prata nos critérios de desempate, e apenas 5 pontos a mais que a medalhista de bronze Burglinde Pollak. Já em Moscou-1980, o pentatlo passou a ser disputado em apenas um dia e, mesmo assim, a soviética Nadiya Tkachenko bateu o recorde mundial com 5.083 pontos.
Em Los Angeles-1984, foram incluídos o lançamento de dardo e os 800 m e chegava o heptatlo. A australiana Glynis Nunn foi a primeira campeã da nova prova com 6.390 pontos, apenas 5 pontos à frente da americana Jackie Joyner, que só perdeu porque foi mal no salto em distância, prova em que levaria o ouro quatro anos mais tarde.
O ciclo seguinte foi totalmente dominado pela americana, agora Jackie Joyner-Kersee. Ela vencera o Mundial de 1987 e quebrara o recorde mundial três vezes antes de Seul-1988. Na Olimpíada, ela nem viu as outras competidoras. Venceu quatro das sete provas e foi top-5 nas outras três. Com isso, somou espetaculares 7.291 pontos, novo recorde mundial que dura até hoje. Destaque para seu excelente salto em distância de 7,27 m, o melhor da história de um heptatlo, marca que seria suficiente para ficar com o ouro na prova do salto em distância, que ela venceu com 7,40 m.
No Mundial de 1991, Joyner-Kersee teve uma lesão e abandonou durante a prova dos 200 m, mas voltou para Barcelona-1992 com força e venceu seu segundo título olímpico, com 7.044 pontos, vencendo três provas, inclusive o salto em distância com 7,10 m.
Em Atlanta-1996, a americana competiu novamente no heptatlo, mas só participou da primeira prova, os 100m com barreiras. O histórico ouro dos Jogos foi para a síria Ghada Shouaa. Ela havia participado dos Jogos de Barcelona, quando terminou na 25ª e penúltima posição, mas em 1995 foi pro holofote, vencendo o Mundial em Gotemburgo. Em Atlanta, Shouaa foi muito bem no peso e no dardo e levou o ouro com 6.780 pontos, o único ouro da história de seu país.
Shouaa teve muitos problemas com lesões nos anos seguintes, mas ainda pegou um bronze no Mundial de 1999. Foi para Sydney-2000 tentar defender seu ouro, mas se lesionou na primeira prova e nem completou. A vitória em solo australiana foi da britânica Denise Lewis com 6.584 pontos.
A sueca Carolina Klüft é a segunda melhor da história na prova, com a marca de 7.032 pontos. Ela é a única atleta além de Joyner-Kersee a passar dos 7.000 mais de uma vez. Klüft venceu o Europeu em 2002 e o Mundial de Paris em 2003 com 7.001 pontos. Em Atenas-2004, ela sobrou para levar o ouro com 6.952 pontos, colocando mais de 500 sobre a medalhista de prata, a lituana Austra Skujyte. Ela venceu ainda os Mundiais de 2005 e 2007 e o Europeu de 2006, mas decidiu não disputar o heptatlo em Pequim-2008, focando no salto em distância e no salto triplo, terminando em 9º e 20º respectivamente. O ouro na China acabou com a ucraniana Nataliya Dobrysnka com 6.733 pontos.
No Mundial de 2009 apareceu a estrela da britânica Jessica Ennis. Ela venceu as edições de Berlim-2009 e de Daegu-2011 para brilhar em casa em Londres-2012. Ennis fez 12.54 nos 100m com barreiras, a melhor marca da história do heptatlo e recorde nacional. A britânica ainda fez a melhor marca dos 200 m e dos 800 m para faturar o ouro com 6.955 pontos, mais de 300 sobre a medalhista de prata.
Ennis se lesionou e depois engravidou, ficando de fora de duas temporadas após os Jogos de Londres. Em 2015, voltou com tudo para vencer mais um Mundial, em Pequim. Na Rio-2016 fez mais uma grande campanha ficando com a prata com 6.775 pontos, sendo surpreendida pela quase desconhecida belga Nafissatou Thiam. Especialista no salto em altura, Thiam marcou um excelente 1,98 m, melhor marca da história no heptatlo. Seguiu bem no arremesso de peso e no salto em distância e levou o ouro com 6.810 pontos.
Medalhistas do heptatlo em Jogos Olímpicos
Olimpíada | |||
---|---|---|---|
Los Angeles 1984 | Glynis Nunn AUS | Jackie Joyner EUA | Sabine Everts FRG |
Seul 1988 | Jackie Joyner-Kersee EUA | Sabine John GDR | Anke Behmer GDR |
Barcelona 1992 | Jackie Joyner-Kersee EUA | Irina Belova EUN | Sabine Braun GER |
Atlanta 1996 | Ghada Shouaa SYR | Natasha Sazanovich BLR | Denise Lewis GBR |
Sydney 2000 | Denise Lewis GBR | Yelena Prokhorova RUS | Natasha Sazanovich BLR |
Atenas 2004 | Carolina Klüft SWE | Austra Skujytė LTU | Kelly Sotherton GBR |
Pequim 2008 | Nataliya Dobrynska UKR | Fonte Hyleas EUA | Kelly Sotherton GBR |
Londres 2012 | Jessica Ennis GBR | Lilli Schwarzkopf GER | Austra Skujytė LTU |
Rio 2016 | Nafi Thiam BEL | Jessica Ennis-Hill GBR | Brianne Theisen-Eaton CAN |
Quadro de Medalhas do heptatlo em Jogos Olímpicos
País | Total | ||||
---|---|---|---|---|---|
País | Ouro | Prata | Bronze | Total | |
1 | Estados Unidos | 2 | 2 | 0 | 4 |
2 | Grã-Bretanha | 2 | 1 | 3 | 6 |
3 | Austrália | 1 | 0 | 0 | 1 |
3 | Bélgica | 1 | 0 | 0 | 1 |
3 | Suécia | 1 | 0 | 0 | 1 |
3 | Síria | 1 | 0 | 0 | 1 |
3 | Ucrânia | 1 | 0 | 0 | 1 |
8 | Belarus | 0 | 1 | 1 | 2 |
8 | Alemanha Oriental | 0 | 1 | 1 | 2 |
8 | Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
8 | Lituânia | 0 | 1 | 1 | 2 |
12 | Rússia | 0 | 1 | 0 | 1 |
12 | Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
14 | Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
14 | Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |
O Heptatlo
Heptatlo, do grego hepta (sete) e athlon (competição), é uma competição de atletismo com sete provas, tendo duas versões, uma feminina e outra masculina, esta apenas em pista coberta. A versão mais popular e a única disputada em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais ao ar livre é a feminina. Seu equivalente olímpico para os homens é o decatlo.
Consiste em dois dias de competições. No primeiro dia disputa-se, pela ordem, os 100 m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso e 200 m rasos. No segundo ele é completado com o salto em distância, lançamento de dardo e os 800 m. A cada prova a atleta acumula um número determinado de pontos de acordo com seu aproveitamento e a vencedora é a que atinge o maior número de pontos somadas as sete modalidades ao final.