5000m masculino
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Chances do Brasil
O melhor brasileiro dos 5000m masculino na atualidade é Altobeli da Silva. Em 2019, ele fez 13:27.90 em prova nos Estados Unidos, a pouco menos de 15s do índice olímpico. Ele tem boas chances de se classificar pelo ranking, já que são 42 vagas para a prova
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Os Favoritos
Os etíopes são os favoritos para a prova dos 5000m masculino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, mais que os quenianos, que só levaram o ouro em Seul-1988 e fizeram o campeão mundial pela última vez em 2005 com Benjamin Limo em 2005.
A seletiva etíope será muito disputada, mas qualquer um que passar chegará aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 como favorito nos 5000m masculino. Telahun Bekele venceu a fortíssima prova da Diamond League de Roma em 2019, fazendo o melhor tempo do ano com 12:52.98. Selemon Barega foi prata no Mundial em Doha e vice em 3 etapas da Diamond League. Também brigam pelas vagas etíopes Hagos Gebrhiwet, bronze no Rio-2016, e, claro, Muktar Edris, que só competiu em duas provas nesta distância em 2019, ficando em 18º em Lausanne e ouro no Mundial de Doha.
Apesar de não terem medalhado em Doha, os irmãos noruegueses Jakob, Henrik e Filip Ingebrigtsen são uma boa ameaça à equipe etíope, se trabalharem em equipe. Jakob, o mais novo, é quem tem as melhores marcas, embora sua principal prova seja os 1.500m. Ele foi campeão europeu em 2018, com Henrik ficando com a prata.
Entre as Américas, o canadense Mohammed Ahmed foi bronze no Mundial e é o melhor nome, assim como os americanos Paul Chelimo, prata no Rio-2016, e Hassan Mead. Também tem boas chances Joshua Cheptegei, de Uganda, o queniano Nicholas Kimeli e o barenita Birhanu Balew, campeão asiático em 2019.
O Brasil nos Jogos
Alfredo Gomes foi o primeiro brasileiro a disputar a prova nos Jogos Olímpicos, em Paris-1924, não passando das eliminatórias. Só teríamos novamente um brasileiro competindo nos 5000m masculino em Montreal-1976, com José Andrade da Silva, mas ele não passou das eliminatórias. José João da Silva competiu em Los Angeles-1984, ficando em oitavo na sua bateria eliminatória com 14min03s44, eliminado. Adalberto Garcia competiu em Atlanta-1996, mas, com 14min28s64, não passou da primeira rodada. Ele foi o último brasileiro a competir nesta prova em uma Olimpíada.
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Histórico
Apesar de hoje ser dominada pelos africanos, o país com o maior número de ouros olímpicos nos 5000m masculino é a Finlândia. A primeira vitória de um finlandês veio logo na primeira disputa olímpica da prova, em Estocolmo-1912, com Hannes Kolehmainen, com 14min36s6, vencendo o francês Jean Bouin por centímetros. Em Antuérpia-1920, o finlandês Paavo Nurmi ganharia sua primeira medalha olímpica nessa prova, com uma prata.
Depois disso, seria uma sequência finlandesa, com Nurmi levando ouro nos 5000m masculino dos Jogos Olímpicos de Paris-1924 com 14:31.2, Ville Ritola em Amsterdã-1928 com 14.38.0 deixando Nurmi com a prata, Lauri Lehtinen em Los Angeles-1932 com 14:30.0 e Gunnar Höckert em Berlim-1936 com 14:22.2.
Após a Segunda Guerra Mundial foi a vez do tcheco Emil Zatopek aparecer. Ele foi prata nos 5000m masculino dos Jogos Olímpicos de Londres-1948 dias depois de vencer os 10.000m, ficando atrás do belga Gaston Reiff, mas venceria em Helsinque-1952 com 14min06s6. Zatopek fez uma Olimpíada inacreditável na Finlândia, com ouros nos 5.000m, 10.000m e na maratona!
A única vitória de um americano na história dos 5000m masculino foi na Olimpíada de Tóquio-1964, com Bob Schul. Quatro anos depois, viria a primeira medalha de um africano, com o tunisiano Mohammed Gammoudi. Aliás, seria logo um pódio todo africano, com prata e bronze para o Quênia.
Apesar dos grandes nomes que passaram pela prova, o primeiro bicampeonato olímpico viria apenas nos Jogos Olímpicos de Munique-1972 e Montreal-1976, com o finlandês Lasse Virén. A partir daí, tivemos uma boa sequencia de africanos vencendo, como etíope Miruts Yifter em Moscou-1980, o marroquino Saïd Aouita em Los Angeles-1984, o queniano John Ngugi em Seul-1988, aliás, o único ouro da história do Quênia nesta prova. O alemão Dieter Baumann se infiltrou no meio ao vencer em Barcelona-1992. Em Atlanta-1996, a vitória foi de Venuste Niyongabo, conquistando o primeiro e único ouro da história do Burundi.
A Olimpíada de Atenas-2004 viu a vitória de um dos grandes nomes do atletismo mundial, o marroquino Hicham El Guerrouj, que levou também os 1.500m nesses Jogos, sua principal prova, que venceu 4 ouros em Mundiais. Em Pequim-2008, outro mito esportivo levou. O etíope Kenenisa Bekele voou para 12:57.82, recorde olímpico, 20s pior que o seu próprio recorde mundial. Seis dias antes, ele tinha ficado com o ouro nos 10.000m.
Nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e no Rio-2016, foi a vez de Mo Farah fazer história. Nascido na Somália, cresceu no Djibuti e, com oito anos, foi para a Inglaterra. Farah fez corridas espetaculares e até hoje é o único atleta a vencer em duas Olimpíadas os 5.000m e os 10.000m. Em Londres, ele venceu com 13min41s66, apenas 0s22 de vantagem sobre o etíope Dejen Gebremeskel, e no Rio foi ouro com 13min03s30, 0s60 na frente do americano Paul Kipkemoi Chelimo.
As Medalhistas
Olimpíada | |||
---|---|---|---|
Estocolmo-1912 | Hannes Kolehmainen FIN | Jean Bouin FRA | George Hutson GBR |
Antuérpia-1920 | Joseph Guillemot FRA | Paavo Nurmi FIN | Eric Backman SWE |
Paris-1924 | Paavo Nurmi FIN | Ville Ritola FIN | Edvin Wide SWE |
Amstrerdã-1928 | Ville Ritola FIN | Paavo Nurmi FIN | Edvin Wide SWE |
Los Angeles-1932 | Lauri Lehtinen FIN | Ralph Hill USA | Lauri Virtanen FIN |
Berlim-1936 | Gunnar Höckert FIN | Lauri Lehtinen FIN | Henry Jonsson SWE |
Londres-1948 | Gaston Reiff BEL | Emil Zátopek CZE | Wim Slijkhuis NED |
Helsinque-1952 | Emil Zátopek CZE | Alain Mimoun FRA | Herbert Schade GER |
Melbourne-1956 | Vladimir Kuts URS | Gordon Pirie GBR | Derek Ibbotson GBR |
Roma-1960 | Murray Halberg NZL | Hans Grodotzki GER | Kazimierz Zimny POL |
Tóquio-1964 | Bob Schul USA | Harald Norpoth GER | Bill Dellinger USA |
Cidade do México-1968 | Mohammed Gammoudi TUN | Kipchoge Keino KEN | Naftali Temu KEN |
Munique-1972 | Lasse Virén FIN | Mohammed Gammoudi TUN | Ian Stewart GBR |
Montreal-1976 | Lasse Virén FIN | Dick Quax NZL | Klaus-Peter Hildenbrand GDR |
Moscou-1980 | Miruts Yifter ETH | Suleiman Nyambui TAN | Kaarlo Maaninka FIN |
Los Angeles-1984 | Saïd Aouita MAR | Markus Ryffel SUI | António Leitão POR |
Seul-1988 | John Ngugi KEN | Dieter Baumann GDR | Hansjörg Kunze FRG |
Barcelona-1992 | Dieter Baumann GER | Paul Bitok KEN | Fita Bayisa ETH |
Atlanta-1996 | Vénuste Niyongabo BDI | Paul Bitok KEN | Khalid Boulami MAR |
Sydney-2000 | Million Wolde ETH | Ali Saïdi-Sief ALG | Brahim Lahlafi MAR |
Atenas-2004 | Hicham El Guerrouj MAR | Kenenisa Bekele ETH | Eliud Kipchoge KEN |
Pequim-2008 | Kenenisa Bekele ETH | Eliud Kipchoge KEN | Edwin Soi KEN |
Londres-2012 | Mo Farah GBR | Dejen Gebremeskel ETH | Thomas Pkemei Longosiwa KEN |
Rio-2016 | Mo Farah GBR | Paul Kipkemoi Chelimo USA | Hagos Gebrhiwet ETH |
Quadro de Medalhas
País | Total | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | Finlândia | 7 | 4 | 2 | 13 |
2 | Etiópia | 3 | 2 | 2 | 7 |
3 | Grã-Bretanha | 2 | 1 | 3 | 6 |
4 | Marrocos | 2 | 0 | 2 | 4 |
5 | Quênia | 1 | 4 | 4 | 9 |
6 | Alemanha | 1 | 2 | 1 | 4 |
6 | Estados Unidos | 1 | 2 | 1 | 4 |
8 | França | 1 | 2 | 0 | 3 |
9 | Nova Zelândia | 1 | 1 | 0 | 2 |
9 | Tchéquia | 1 | 1 | 0 | 2 |
9 | Tunísia | 1 | 1 | 0 | 2 |
12 | Bélgica | 1 | 0 | 0 | 1 |
12 | Burundi | 1 | 0 | 0 | 1 |
12 | União Soviética | 1 | 0 | 0 | 1 |
15 | Alemanha Oriental | 0 | 1 | 1 | 2 |
16 | Argélia | 0 | 1 | 0 | 1 |
16 | Suíça | 0 | 1 | 0 | 1 |
16 | Tanzânia | 0 | 1 | 0 | 1 |
19 | Suécia | 0 | 0 | 4 | 4 |
20 | Alemanha Ocidental | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Países Baixos | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Polônia | 0 | 0 | 1 | 1 |
20 | Portugal | 0 | 0 | 1 | 1 |
A Prova
5000 metros é uma modalidade olímpica de atletismo é uma das corridas de fundo disputadas em pista, com um total de 12½ voltas em torno da pista padrão de 400 metros do estádio.
Os antigos gregos já organizavam corridas de resistência semelhantes às corridas de longa distância atuais. Durante o século XIX, corridas em distâncias semelhantes eram realizadas como apostas nos Estados Unidos e na Inglaterra.[1] A prova entrou no programa olímpico em Estocolmo 1912, com a vitória do finlandês Hannes Kolehmainen.
Introduzida no programa olímpico para mulheres em Atlanta 1996, em substituição aos 3000 metros e equiparando as mulheres aos homens, a primeira campeã olímpica foi a chinesa Wang Junxia.