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5000m feminino

Calendário

Recordes

OlímpicoMundialBrasileiro
14:26.17 / Vivian Cheruiyot (KEN) / Rio de Janeiro (BRA) – 19/08/2016
14:06.62 / Letesenbet Gidey (ETH) / Valência (ESP) – 07/10/2020
15:18.85 / Simone Alves da Silva / São Paulo (BRA) – 20/05/2011

O Brasil nos Jogos

Roseli Machado competiu pelo Brasil logo na estreia da prova, em Atlanta-1996. A brasileira foi 9ª na sua bateria eliminatória com 15:41.63 e não avançou para a final. Esta é a única participação brasileira na história olímpica. Em 4 de abril de 2021, Roseli veio a falecer, assim como milhares de brasileiros, vítima da Covid-19. A atleta tinha 52 anos.

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

As Favoritas

Desde 2003, todos os títulos mundiais ou olímpicos da prova ficaram entre Quênia e Etiópia. Todas as medalhas olímpicas desde Atenas-2004 e todos os ouros e pratas dos mundiais desde 2005 foram para esses dois países.

Sendo assim, é de se esperar mais uma vez uma disputa entre as duas potências africanas das provas de fundo, que só definirão as suas equipes mais próximas dos Jogos.

Pelo Quênia, o principal nome é Hellen Obiri. Prata no Rio-2016, ela ainda foi bicampeã mundial em 2017 e 2019, quando venceu com recorde do campeonato mundial. Obiri fez os melhores tempos do mundo nos anos de 2017, 2018 e 2019 e tem o segundo melhor tempo de 2020. A campeã olímpica no Rio, Vivian Cheruiyot, só compete em provas de rua e irá disputar apenas na maratona em Tóquio.

Já pela Etiópia, o principal nome é Letesenbet Gidey. Bicampeã mundial júnior de cross-country, Gidey foi prata nos 10.000 m no último Mundial, mas ela entrou nesta lista por ter batido o recorde mundial em outubro de 2020 em uma prova na Espanha com 14:06.62.

São poucas as atletas que podem entrar nessa briga. A holandesa Sifan Hassan foi campeã europeia em 2018 e bronze no Mundial de 2017, mas não disputou a prova no de 2019, já que a final caía no mesmo dia dos 1.500 m, prova que venceu. Hassan venceu também os 10.000 m no último Mundial, mas ainda precisa decidir quais provas competirá em Tóquio. 

A jovem alemã Konstanze Klosterhalfen beliscou o bronze no Mundial de 2019, se colocando entre as quenianas e etíopes. Com o tempo de 14:26.76, a alemã se tornou a 15ª mais rápida da história e a melhor entre as nascidas na Europa ocidental.

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Histórico

Os 5.000 m femininos só entraram no programa olímpico em Atlanta-1996, substituindo os 3.000 m, que já havia sido disputado três vezes, desde Los Angeles-1984.

A chinesa Wang Junxia foi campeã na estreia, nos Estados Unidos, com 14:59.88. Membro do Hall da Fama da Federação Internacional, Wang foi campeã mundial dos 10.000 m em 1993 sob a tutela do técnico Mao Dezhen, que teve acusações por dar doping aos seus atletas. 

A romena Gabriela Szabo é uma das grandes fundistas da história e venceu a prova em Sydney-2000 com 14:40.79, baixando o recorde olímpico. Szabo chegou para competir na Austrália como grande favorita, vinda de duas vitórias seguidas nos Mundiais de 1997 e 1999.

Após a vitória da romena, veio o domínio da Etiópia. Meseret Defar é sem dúvida o grande nome da história nos 5.000 m. A etíope venceu em Atenas-2004 com apenas 20 anos com o tempo de 14:45.65, colocando quase três segundos sobre a queniana medalha de prata Isabella Ochichi. O bronze ficou com outro grande nome etíope, Tirunesh Dibaba.

Quatro anos depois, foi a vez de Dibaba vencer em Pequim-2008 uma final bem lenta, com 15:41.40, apesar do favoritismo de Defar, que ganhou o Mundial do ano anterior. Aproveitando o ritmo mais lento, a turca Elvan Abeylegesse passou Defar no finzinho da prova para ficar com a prata. Só que a turca foi pega no doping e Defar subiu pra prata.

Em Londres-2012, a queniana Viviana Cheruiyot chegou como a força a ser batida, após os ouros nos Mundiais de 2009 e de 2011. Mas ela tinha as etíopes pela frente. Dibaba assumiu a liderança com 3.000 m e foi segurando as rivais. Faltando 200 m pro fim, Cheruiyot e Defar a ultrapassaram e Defar faturou o bicampeonato da prova com 15:04.25 contra 15:04.73 da queniana. Defar ainda venceria o Mundial de 2013 em Moscou.

Uma semana antes da decisão do Rio-2016, a etíope Almaz Ayana destruiu o recorde mundial dos 10.000 m e ameaçava conquistar a dobradinha com a vitória nos 5.000 m, feito conseguido apenas por Tirunesh Dibaba em 2008. Ayana vinha também da vitória no Mundial no ano anterior em Pequim. Só que a queniana Vivian Cheruiyot não ia facilitar. Ayana abriu voando e liderou boa parte da prova com uma boa diferença, colocando 25 m sobre as quenianas. No último quilômetro, Cheruiyot e sua compatriota Hellen Obiri foram buscar a etíope, que não aguentou a pressão e foi ultrapassada. Cheruiyot venceu com 14:26.17 contra 14:29.77 de Obiri e 14:33.59 de Ayana. Esta foi a última prova na pista de Cheruiyot, que agora se dedica exclusivamente às corridas de rua.

As Medalhistas

Olimpíada
Jogos
Ouro

Prata

Bronze
Atlanta 1996Wang Junxia
CHN
Pauline Konga
KEN
Roberta Brunet
ITA
Sydney 2000Gabriela Szabo
ROU
Sonia O’Sullivan
IRL
Gete Wami
ETH
Atenas 2004Meseret Defar
ETH
Isabella Ochichi
KEN
Tirunesh Dibaba
ETH
Pequim 2008Tirunesh Dibaba
ETH
Meseret Defar
ETH
Sylvia Kibet
KEN
Londres 2012Meseret Defar
ETH
Vivian Cheruiyot
KEN
Tirunesh Dibaba
ETH
Rio 2016Vivian Cheruiyot
KEN
Hellen Obiri
KEN
Almaz Ayana
ETH

Quadro de Medalhas

PaísTotal
1Etiópia3148
2Quênia1416
3China1001
3Romênia1001
5Irlanda0101
6Itália0011

A Prova

5000 metros é uma modalidade olímpica de atletismo é uma das corridas de fundo disputadas em pista, com um total de 12½ voltas em torno da pista padrão de 400 metros do estádio.

Os antigos gregos já organizavam corridas de resistência semelhantes às corridas de longa distância atuais. Durante o século XIX, corridas em distâncias semelhantes eram realizadas como apostas nos Estados Unidos e na Inglaterra.[1] A prova entrou no programa olímpico em Estocolmo 1912, com a vitória do finlandês Hannes Kolehmainen.

Introduzida no programa olímpico para mulheres em Atlanta 1996, em substituição aos 3000 metros e equiparando as mulheres aos homens, a primeira campeã olímpica foi a chinesa Wang Junxia.