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4x400m masculino

Calendário

Recordes

OlímpicoMundialBrasileiro
2:55.39 / Estados Unidos / Pequim (CHN) – 23/08/2008
2:54.29 / Estados Unidos / Stuttgart (GER) – 22/08/1993
2:58.56 / Eronilde Araújo, Anderson Jorge dos Santos, Claudinei da Silva, Sanderlei Parrela / Winnipeg (CAN) – 30/07/1999

Chances do Brasil

O Brasil não vai competir nesta prova.

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

Os Favoritos

Não há dúvida que o favoritismo do 4x400m é todo dos americanos. Desde 2004, são três ouros e uma prata olímpicos e sete ouros e uma prata em Mundiais. Com uma equipe sempre muito consistente, a vitória deles é quase certa.

Sem nenhum grande nome no individual, a Jamaica vem para brigar por medalha no revezamento devido a boa consistência de seus atletas, vindo de uma prata no Rio-2016 e no Mundial de Doha-2019. Ainda na América Latina, olho em Trinidad & Tobago, campeã do Mundial de Revezamentos de 2019, e na Colômbia, que surpreendeu com a ótima 4ª colocação em Doha e com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019.

Entre os europeus, a Bélgica é o grande destaque graças aos irmãos Jonathan, Kevin e Dylan Borlée. Eles ajudaram o seu país a vencer esta prova nos Europeus de 2016 e 2018, ficaram em 4º no Rio-2016 e foram bronze em Doha-2019, desta vez sem Jonathan. Polônia, Grã-Bretanha e Botsuana têm chances menores de medalha, mas brigam por vaga na final.

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O Brasil nos Jogos

A estreia brasileira na prova veio apenas em Moscou-1980. Aproveitando o boicote, o Brasil, que contava com Agberto Guimarães na equipe, ficou em 2º na sua bateria com 3:04.9 atrás apenas dos soviéticos e terminou a final na ótima 5ª colocação com 3:05.9, a pouco mais de 1s do pódio.

O Brasil voltou a competir em Los Angeles-1984, fez 3:05.08 nas eliminatórias e parou nas semifinais com 3:03.99, ficando a apenas 0.10 da final.

Em Barcelona-1992, o Brasil voltou a surpreender. Venceu sua bateria eliminatória com 3:01.38 e ficou em 4º lugar na final com 3:01.61, contando até com Robson Caetano na equipe, ficando fora do pódio por pouco menos de 2s. Em Atlanta-1996, o Brasil marcou 3:02.51 nas eliminatórias e parou na semifinal com 3:03.46, 6º em sua bateria.

O Brasil só voltou a competir na Rio-2016. Nas eliminatórias marcaram 3:00.43, pegando a última vaga para a final, onde terminaram em 8º com 3:03.28.

Histórico

Assim como o 4x100m, a estreia do 4x400m masculino veio na edição de Estocolmo-1912 e a vitória ficou com os americanos, que são os maiores vencedores desta prova, com 17 ouros em 24 disputas.

Os britânicos venceram na Antuérpia-1920 e foram seguidos por três vitórias americanas, todas com recordes mundiais. Os britânicos voltaram a vencer em Berlim-1936 antes da 2ª Guerra.

Após a Guerra, o domínio americano foi quase completo até os anos 1970. Eles venceram em Londres-1948, perderam para a Jamaica em Helsinque-1952, e venceram as quatro edições seguintes até Cidade do México-1968, onde levaram com 2:56.1, a primeira vez que uma equipe baixou dos 3min na história olímpica. O tempo corrigido de 2:56.16 durou como recorde mundial por 24 anos.

Em Munique-1972, os americanos Vince Matthews e Wayne Collett, ouro e prata nos 400m, foram banidos pelo COI após desrespeitarem o protocolo no pódio da prova individual. Além deles, John Smith se lesionou na final dos 400m e, sem equipe, os americanos não puderam competir, apesar do enorme favoritismo. Assim, o ouro acabou com o quarteto do Quênia, que venceu com 2:59.83.

Tudo voltou ao normal em Montreal-1976 com mais um ouro americano, com 2:58.65, quase 3s à frente da equipe da Polônia. A União Soviética venceu em Moscou-1980 aproveitando o boicote americano.

Em casa, em Los Angeles-1984, eles voltaram ao topo, vencendo esta e as 6 Olimpíadas seguintes, mas um dos ouros foi retirado depois. Com os medalhistas de ouro e prata nos 400m, os americanos venceram em Seul com uma folga enorme de mais de 4s sobre a Jamaica, igualando o recorde mundial de 2:56.16, da Cidade do México-1968.

Em Barcelona-1992, os Estados Unidos venceram com a excepcional marca de 2:55.74 e contaram com Michael Johnson na equipe. Em casa, em Atlanta-1996, os americanos não contaram com Michael Johnson (ouro nos 200m e 400m, machucado após a final dos 200m) e Butch Reynolds (recordista mundial dos 400m, lesionado pouco antes dos Jogos), mas mesmo assim levaram o ouro com 2:55.99 contra 2:56.60 da equipe britânica.

Agora com Michael Johnson em sua última Olimpíada, os americanos levaram em Sydney-2000 com 2:56.35, contra 2:58.68 da equipe da Nigéria. Quatro anos depois, os americanos foram desclassificados. Em 2004, Jerome Young foi declarado inelegível e todos os seus resultados foram excluídos. Ele havia competido nas eliminatórias e na semifinal e os americanos acabaram perdendo o ouro, herdados pelos nigerianos.

Nos anos seguintes, liderados por Jeremy Wariner, os americanos venceram em Atenas-2004 e, contando também com grandes nomes como LaShawn Merritt e Angelo Taylor, em Pequim-2008. Vale ressaltar que os Estados Unidos foram ouro por seis Mundiais seguidos, entre 2005 e 2015.

Já em Londres-2012, a equipe de Bahamas surpreendeu os americanos e ficou com o ouro numa decisão emocionante. Angelo Taylor fechou para os americanos na liderança, mas foi ultrapassado por Ramon Miller nos 40 m finais.

Vale lembrar que nesta prova tivemos a participação de Oscar Pistorius pela África do Sul, o primeiro duplo amputado a disputar o atletismo em uma Olimpíada. Ele quase não competiu, pois nas eliminatórias, o Quênia atrapalhou a África do Sul e ele nem chegou a correr. Por conta da interferência, os sul-africanos foram colocados na decisão, que contou com 9 equipes.

Na final do Rio-2016, mais um ouro americano, que, fechando com o multimedalhista LaShawn Merritt, marcou 2:57.30 contra 2:58.16 da equipe da Jamaica.

Os Medalhistas

Olimpíada
Estocolmo-1912Estados UnidosFrançaGrã-Bretanha
Antuérpia-1920Grã-BretanhaÁfrica do SulFrança
Paris-1924Estados UnidosSuéciaGrã-Bretanha
Amsterdã-1928Estados UnidosAlemanhaCanadá
Los Angeles-1932Estados UnidosGrã-BretanhaCanadá
Berlim-1936Grã-BretanhaEstados UnidosAlemanha
Londres-1948Estados UnidosFrançaSuécia
Helsinque-1952JamaicaEstados UnidosAlemanha
Melbourne-1956Estados UnidosAustráliaGrã-Bretanha
Roma-1960Estados UnidosAlemanha UnificadaFederação da Índias Ocidentais
Tóquio-1964Estados UnidosGrã-BretanhaTrinidad & Tobago
Cidade do México-1968Estados UnidosQuêniaAlemanha Ocidental
Munique-1972QuêniaGrã-BretanhaFrança
Montreal-1976Estados UnidosPolôniaAlemanha Ocidental
Moscou-1980União SoviéticaAlemanha OrientalItália
Los Angeles-1984Estados UnidosGrã-BretanhaNigéria
Seul-1988Estados UnidosJamaicaAlemanha Ocidental
Barcelona-1992Estados UnidosCubaGrã-Bretanha
Atlanta-1996Estados UnidosGrã-BretanhaJamaica
Sydney-2000NigériaJamaicaBahamas
Atenas-2004Estados UnidosAustráliaNigéria
Pequim-2008Estados UnidosBahamasGrã-Bretanha
Londres-2012BahamasEstados UnidosTrinidad & Tobago
Rio-2016Estados UnidosJamaicaBahamas

Quadro de Medalhas

PaísTotal
Estados Unidos173020
Grã-Bretanha25512
Jamaica1214
Bahamas1113
Quênia1102

A Prova

O Revezamento 4×400 metros rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas, que correm cada um deles uma volta inteira na pista.

Quatro velocistas competem em equipe dando uma volta inteira na pista. A primeira volta é corrida dentro de raias pré-designadas, assim como a segunda, até começo da reta de chegada. A partir daí, sem mais raias demarcadas, os atletas disputam a prova juntos geralmente correndo na mesma raia, cada um deles sempre portando um bastão a ser entregue ao corredor posterior, que o recebe dentro da zona de troca, uma área de dez metros de comprimento marcada a partir da linha de chegada nas pistas de atletismo. Vence a equipe cujo último atleta cruzar a linha de chegada primeiro com o bastão nas mãos