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4x400m feminino

Calendário

Recordes

OlímpicoMundialBrasileiro
3:17.17 / União Soviética / Seul (KOR) – 01/10/1988
3:17.17 / União Soviética / Seul (KOR) – 01/10/1988
3:26.68 / Geisa Coutinho, Bárbara de Oliveira, Joelma Sousa, Jailma de Lima / São Paulo (BRA) – 07/08/2011

Chances do Brasil

O Brasil não vai competir nesta prova.

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

Os Favoritos

Por todo o histórico, o favoritismo é total da equipe americana. Nove americanas fizeram marcas abaixo dos 51 s em 2019 nos 400 m. As americanas já venceram esta prova sete vezes em Olimpíadas e nove em Mundiais. Seis dos 10 melhores tempos da história são dos Estados Unidos e o melhor de 2019 também, que foi a marca de 3:18.92, que deu o ouro ao país no Mundial de Doha.

A Jamaica foi prata nas três últimas Olimpíadas e foi o único país que conseguiu vencer as americanas numa competição global nos últimos anos ao levaram o ouro no Mundial de 2015, quando Novlene Williams-Mills ultrapassou Francena McCorory no finalzinho.

Quem vem muito bem na prova é a Polônia. Justyna Swiety-Ersetic foi campeã europeia em 2018 nos 400 m e liderou a equipe ao ouro no 4×400 m no Europeu com 3:26.59. No Mundial, a equipe também brilhou ao levar a prata com 3:21.89, recorde nacional. A equipe já havia sido bronze no Mundial de 2017.

A Grã-Bretanha é uma presença constante no pódio da prova. Subiu ao pódio em sete Mundiais seguidos de 2005 a 2017 e ficou em 4º lugar no de 2019. Bronze no Rio-2016 e campeãs europeias no mesmo ano, a equipe não tem nenhuma atleta entre as 30 melhores de 2019.

Correm por fora a Bélgica, 5ª colocada no Mundial de 2019, a França, 4ª no Mundial de 2017 e prata no Europeu de 2018, a Ucrânia, o Canadá e a Holanda. Vale ficar de olho também na Botsuana, que tem duas das melhores atletas do mundo na prova dos 400 m: Christine Botlogetswe e Galefele Moroko.

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O Brasil nos Jogos

A primeira equipe a competir pelo Brasil na prova foi formada por Tânia Miranda, Suzete Montalvão, Soraya Telles e Maria Figueiredo, que marcaram 3:36.81 nas eliminatórias em Seul-1988, terminando com o 11º tempo.

Na Olimpíada de Atenas-2004, Maria Laura Almirão, Josiane Tito, Geisa Coutinho e Lucimar Teodoro marcaram 3:28.43 nas eliminatórias, o 12º tempo no geral e ficaram fora da decisão. Emmily Pinheiro entrou no lugar de Geisa Coutinho em Pequim-2008 na equipe brasileira, que marcou 3:30.10, ficando com o 13º tempo e fora da final.

Em Londres-2012, o Brasil contou com Joelma Sousa, Jailma de Lima, Aline dos Santos e Geisa Coutinho. Com 3:32.95, ficaram em 13º no geral. Para o Rio-2016, saiu Aline dos Santos e entrou Letícia de Souza. Mas com 3:30.27, o Brasil ficou com o 16º e último lugar nas eliminatórias e segue sem disputar uma final olímpica da prova.

Histórico

A estreia do revezamento 4×400 m feminino foi em Munique-1972, 60 anos depois da estreia masculina da prova no programa olímpico. Prova ainda nova, o recorde mundial foi batido duas vezes logo na sua estreia olímpica. A equipe da Alemanha Oriental bateu a marca nas eliminatórias com 3:28.5 e novamente na final com 3:22.95, com três atletas campeãs do europeu no ano anterior.

Com equipe totalmente renovada em Montreal-1976, novamente deu Alemanha Oriental na final com mais um recorde mundial, 3:19.23, com duas atletas que foram ao pódio dos 400 m.

A vitória em Moscou-1980 ficou com as soviéticas, com o tempo de 3:20.12. Com o boicote dessas equipes favoritas, os Estados Unidos venceram em Los Angeles-1984 sem serem ameaçados. O quarteto americano marcou novo recorde olímpico 3:18.29, colocando quase 3 s sobre o Canadá, que ficou com a prata. A vitória no revezamento deu o 3º ouro a Valerie Brisco-Hooks nos Jogos de 1984, após vencer os 200 m e os 400 m.

Na sequência, vitória soviética em Seul-1988 com o espetacular tempo de 3:15.17. A esperada final colocou Olga Bryzgina, campeã dos 400 m, de frente a frente com Florence Griffith-Joyner, que havia vencido os 100 m e os 200 m, numa das finais mais emblemáticas da história. Bryzhina e sua compatriota Olga Nazarova tiveram parciais de 47.8 enquanto a americana fechou em também excelentes 48.0. O tempo de ouro das soviética foi recorde mundial e a marca dura até hoje. A prata americana foi com 3:15.51, o 2º melhor tempo da história até hoje.

Foi mais uma decisão disputada em Barcelona-1992 entre a Equipe Unificada e os Estados Unidos. Lideradas novamente por Bryzgina, a Equipe Unificada venceu com 3:20.20 contra 3:20.92 das americanas.

A partir daí, só deu Estados Unidos. A sequência começou em Atlanta-1996 com 3:20.91 e uma inédita prata para a Nigéria muito perto com 3:21.04. A vitória americana em Sydney-2000 contou com a presença de Marion Jones na equipe. Fechando as provas de pista nos Jogos, o 4×400 m seria sua 5ª medalha na Olimpíada australiana, um feito espetacular. Os Estados Unidos venceriam com 3:22.62 contra 3:23.25 da equipe da Jamaica. Anos depois, Jones revelou que tinha se dopado e perdeu suas cinco medalhas, mas, por conta das regras da época, o resto da equipe não perdeu sua medalha, apenas Jones.

Em Atenas-2004, a vitória americana foi com 3:19.01 e foi aqui que surgiu um dos grandes nomes da prova de 400 m e que ajudou muito os revezamentos americanos: Sanya Richards-Ross. Ela esteve em três campanhas de ouro dos Estados Unidos nos Jogos, passando também por Pequim-2008 e Londres-2012. O ouro na China veio com o tempo de 3:18.54, na época, o melhor tempo do mundo desde 1993. Foi aí que apareceu outro grande nome do esporte, que ajudou muito nos revezamentos: Allyson Felix.

Novamente com Felix e Richards-Ross, os Estados Unidos sobraram na decisão em Londres-2012, para vencer com 3:16.87, o 5º melhor tempo da história até hoje, colocando quase 4 s sobre a Rússia, que foi prata, mas teve sua medalha cassada anos depois por doping.

No Mundial de 2015, a jamaicana Novlene Williams-Mills havia ultrapassado a americana Francena McCorory para levar o ouro, mesmo com uma parcial espetacular de Felix de 47.7, a 2ª melhor da história. No Rio-2016, foi a vez de Felix fechar contra Williams-Mills. Na última curva, a americana vinha a frente, enquanto a jamaicana ia diminuindo a sua diferença, mas Felix acelerou e conseguiu abrir uma vantagem de 8 m para dar o 6º ouro seguido para os Estados Unidos na prova com 3:19.06 contra 3:20.34 da Jamaica.

As Medalhistas

Olimpíada
Munique 1972Alemanha OrientalEstados UnidosAlemanha Ocidental
Montreal 1976Alemanha OrientalEstados UnidosUnião Soviética
Moscou 1980União SoviéticaAlemanha OrientalGrã-Bretanha
Los Angeles 1984Estados UnidosCanadáAlemanha Ocidental
Seul 1988União SoviéticaEstados UnidosAlemanha Oriental
Barcelona 1992Equipe UnificadaEstados UnidosGrã-Bretanha
Atenas 1996Estados UnidosNigériaAlemanha
Sydney 2000Estados UnidosJamaicaRússia
Atenas 2004Estados UnidosRússiaJamaica
Pequim 2008Estados UnidosJamaica
Londres 2012Estados UnidosJamaicaUcrânia
Rio 2016Estados UnidosJamaicaGrã-Bretanha

Quadro de Medalhas

PaísTotal
Estados Unidos74011
Alemanha Oriental2114
União Soviética2013
Equipe Unificada1001
Jamaica0415
Rússia0112
Canadá0101
Nigéria0101
Grã-Bretanha0033
Alemanha Ocidental0022
Alemanha0011
Ucrânia0011

A Prova

O Revezamento 4×400 metros rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas, que correm cada um deles uma volta inteira na pista.

Quatro velocistas competem em equipe dando uma volta inteira na pista. A primeira volta é corrida dentro de raias pré-designadas, assim como a segunda, até começo da reta de chegada. A partir daí, sem mais raias demarcadas, os atletas disputam a prova juntos geralmente correndo na mesma raia, cada um deles sempre portando um bastão a ser entregue ao corredor posterior, que o recebe dentro da zona de troca, uma área de dez metros de comprimento marcada a partir da linha de chegada nas pistas de atletismo. Vence a equipe cujo último atleta cruzar a linha de chegada primeiro com o bastão nas mãos