Saiu a primeira medalha do Brasil na canoagem velocidade dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Luís Carlos Cardoso conquistou a prata no KL1 200 m com a marca de 48s031. O brasileiro ficou atrás apenas do húngaro Peter Kiss, que faturou o ouro, com 45s447. Outros dois brasileros candidatos à medalha, Caio Ribeiro e Fernando Rufino ficaram, respectivamente, em quinto lugar na KL3 200 m e em sexto lugar na KL2 200 m.
“A sensação é indescritível. Ainda estou tentando assimilar tudo isso! Foram dias de muito trabalho duro e momentos em que eu pensei realmente que eu não ia conseguir, mas graças a Deus deu certo! Isso significa que o trabalho realmente está no caminho certo e eu estou aqui agora: vice-campeão paralímpico”, comemorou Luís Carlos Cardoso.
Na prova, Luís Carlos Cardoso largou muito bem e saiu na frente, mas logo Peter Kiss forçou o ritmo e arrancou, abrindo boa vantagem em relação aos concorrentes. O francês Remy Boulle chegou a encostar no brasileiro, que, no entanto, remou firme nos metros finais para cruzar a linha de chegada na segunda colocação.
“A gente já sabia que o húngaro iria disparar. Treinei com ele em um período esse ano e sabia disso. O bom é que aqui em Tóquio eu vi minha evolução. Minha saída melhorou e isso é bom porque mostra que estamos no caminho certo. O húngaro é muito bom de largada e isso era um das minhas dificuldades, e o que me atrapalhou na Rio-2016. Foram dias de trabalho duro e tive momentos em que eu pensei que não iria conseguir. Graças a Deus deu tudo certo e sou vice-campeão paralímpico. Agora é só comemorar”, afirmou Luis Carlos Cardoso, se referindo ao fato de ter ficado muito perto da medalha nos Jogos Paralímpicos Rio-2016. Na oportunidade, ele terminou a prova na quarta colocação.
+Assista ao vivo: canoagem nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020
Medalhista de prata no KL1 200 m (caiaque), Luis Carlos Cardoso volta a competir nesta sexta-feira às 22h05 na semifinal do VL2 masculino (canoa). “A gente trabalha nos dois, canoa e caiaque. Treinando meio que de uma forma mesclada, com cada dia focando e fazendo mais um dos dois. Amanhã eu vou dar o meu melhor, pretendo conseguir a vaga na final e tentarei subir no pódio mais uma vez, mas uma modalidade é totalmente diferente da outra. Competir nas duas é um trabalho em dobro. Meu técnico vem trabalhando comigo para que a gente conseguisse chegar em bom nível nas duas. São técnicas completamente diferentes, mas vem dando certo e isso é muito bom”.
Caio Ribeiro fica com o quinto lugar
No KL3 200 m, Caio Ribeiro, do Time Nissan, era esperança de medalha. Na véspera, ele fez 41s687 e ficou em segundo lugar em sua bateria, atrás apenas do ucraniano Serhii Yemelianov, e se classificou para a semifinal, disputada na noite desta quinta-feira. Nela, o brasileiro melhorou bastante o tempo em relação às eliminatórias e, mesmo tendo largado mal, se recuperou e conseguiu a classificação em primeiro lugar com a marca de 40s717.
Na final, no entanto, ele não repetiu o desempenho e completou a prova com a marca de 42s005. Favorito ao ouro, o tricampeão mundial Serhii Yemelianov venceu com 40s355 e conquistou o bicampeonato paralímpico. Se tivesse feito o mesmo tempo da semifinal, Caio Ribeiro teria conseguido a medalha de bronze.
“Estou triste, muito triste porque eu queria trazer uma medalha para o Brasil, queria voltar para casa com uma medalha no caiaque para voltar um pouco mais aliviado. Eu tinha uma meta de melhorar meu resultado da Rio-2016 (bronze), mas infelizmente deu um erro. Isso, no entanto, não me matou, não me derrubou. O livro continua sendo escrito e bola para frente. Vamos ver o que o futuro vai nos dizer”, afirmou o canoísta, que na noite desta sexta disputa a VL3 200 m.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK
Fernando Rufino é sexto
A exemplo do que aconteceu com Caio Ribeiro, Fernando Rufino também não conseguiu repetir na final o tempo feito na semifinal. Depois de se classificar para a disputa da medalha com 42s209, o caubói da canoagem marcou 43s2012 e terminou apenas em quinto lugar.
Se Fernando Rufino tivesse tido o mesmo desempenho da semifinal, teria terminado com a prata, já que o vencedor foi o australiano Curtis McGrath com 41s426, seguido por Mykola Syniuk, da Ucrânia, que fez 42s503, e Federico Mancarella, da Itália, que cruzou a linha de chegada com 42s574.
+ RECEBA NOTÍCIAS NO NOSSO CANAL NO TELEGRAM OU PARTICIPE DO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP
Débora Benevides fica em sétimo lugar
Depois de conseguir avançar após terminar com o terceiro lugar na semifinal, Débora Benevides terminou sua participação no VL2 200 m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com o sétimo lugar. Após largar muito bem, conseguindo se manter entre as primeiras colocadas durante alguns metros, a brasileira não sustentou o ritmo e terminou sua participação com o tempo de 1min04s778.
A medalha de ouro foi conquistada pela britânica Emma Wiggs, com o tempo de 57s028, a prata foi de Susan Seipel, da Austrália, com 1min01s481, e o bronze ficou com a britânica Jeanette Chippington, com 1min02s149.