O badminton foi a última modalidade com brasileiro a decidir uma medalha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Coube a Vitor Tavares ficar com a missão de ganhar sua partida para o Brasil superar as 72 medalhas da Rio-2016. Pois bem, diante do britânico Krysten Coombs, Vitor saiu na frente, mas tomou a virada e ficou sem o bronze. O placar foi de 2 games a 1 (12/21, 21/10 e 21/16).
“Uau, incrível! Nem sei o que falar direito. Esse momento é surreal, é o sonho representar o Brasil, Paraná, Curitiba”, disse bem emocionado. “Este quarto lugar, posso dizer que foi merecido. Fiquei um ano e meio sem torneio. E todo mundo veio com uma sede por medalhas na estreia do badminton nos Jogos Paralímpicos.”
O resultado deixou o Brasil com 72 medalhas no total: 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze. Mesmo sem o recorde de medalhas, a campanha brasileira em Tóquio 2020 é a melhor da história em Jogos Paralímpicos.
“Meu adversário é um cara extremamente experiente, foi campeão do mundo diversas vezes, o currículo dele é admirável. Aliás, ele foi um dos caras que me inspirei quando comecei e hoje posso falar que fiz um jogo contra um dos melhores nos Jogos Paralímpicos de Tóquio”, completou Vitor Tavares, único representante do badminton.
A partida foi cheia de altos e baixos. O brasileiro começou o primeiro game com um 8 a 2 no placar. O britânico esboçou uma reação, mas rapidamente foi controlado. Vitor Tavares comandou os pontos e botou o adversário para correr. Com um Com um 21 a 12, em apenas 12 minutos, o primeiro game foi do Brasil.
A segunda parcial já foi mais disputada. Muitas alternâncias na liderança e igualdades. Ponto cá, ponto lá. Vitor Tavares já estava mais tenso com a proximidade do bronze. Krysten Coombs estava contra a parede e buscando sua sobrevivência no badminton dos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
De repente, o britânico desandou a fazer pontos e abriu uma vantagem confortável: 11 a 4. Vitor Tavares, assim como já tinha acontecido na semifinal, saiu completamente da partida e tornou-se uma presa fácil. No fim das contas, game para Krysten Coombs e terceiro game decisivo para o bronze.
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Ainda abalado com o game anterior, Vitor Tavares demorou para reencontrar o seu ritmo. Oscilou demais, perdeu por 21 a 16 e viu o bronze ir para o adversário.
Ao final da disputa, Vitor Tavares fez uma série de agradecimento, mas um muito especial. “Eu quero agradecer uma pessoa especial. Meu amigo Diego Mota. Ele sempre esteve comigo. Infelizmente, ele faleceu ano passado. Queria deixar um abraço para a família dele. Foi uma perda inestimável. Terminar aqui agradecendo e cabeça erguida para Paris-2024.”